FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Administração João Paulo Viegas MARKETING DE RELACIONAMENTO COMO FERRAMENTA PARA SATISFAÇÃO E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES: Um Estudo em uma Empresa de Funilaria e Pintura Pará de Minas 2013 João Paulo Viegas MARKETING DE RELACIONAMENTO COMO FERRAMENTA PARA SATISFAÇÃO E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES: Um Estudo em uma Empresa de Funilaria e Pintura Monografia apresentada à coordenação de Administração da Faculdade de Pará de Minas como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração de Empresas. Orientadora: Professora Márcia Beatriz Ferreira Amaral Silva. Pará de Minas 2013 João Paulo Viegas MARKETING DE RELACIONAMENTO COMO FERRAMENTA PARA SATISFAÇÃO E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES: Um Estudo em uma Empresa de Funilaria e Pintura Monografia apresentada à coordenação de Administração da Faculdade de Pará de Minas como requisito parcial para a conclusão do curso de Administração de Empresas Aprovada em: _____ / _____ / _____ _______________________________________________ Orientadora Professora Márcia Beatriz Ferreira Amaral Silva _______________________________________________ Examinador Professor Dante Grassi Pinto Ferreira LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Conceito de vendas...............................................................................14 FIGURA 2 – Conceito de marketing...........................................................................14 FIGURA 3 – Mix de marketing...................................................................................15 FIGURA 4 – Análise Swot..........................................................................................22 FIGURA 5 - Modelo de Comportamento do Consumidor...........................................28 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Satisfação com os serviços oferecidos...............................................40 GRÁFICO 2 – Satisfação com o atendimento dos funcionários................................41 GRÁFICO 3 – Satisfação com a organização da empresa........................................41 GRÁFICO 4 – Satisfação com as instalações da empresa.......................................42 GRÁFICO 5 – Satisfação com a qualidade dos serviços oferecidos.........................42 GRÁFICO 6 – Preço dos serviços oferecidos............................................................43 GRÁFICO 7 – Preço e qualidade dos serviços oferecidos........................................43 GRÁFICO 8 – Cumprimento dos prazos estabelecidos.............................................44 GRÁFICO 9 – Comprometimento dos funcionários...................................................44 GRÁFICO 10 – Confiança na empresa......................................................................45 GRÁFICO 11 – Fidelidade à empresa.......................................................................45 GRÁFICO 12 – Indicação da empresa.......................................................................46 GRÁFICO 13 – Tranquilidade ao levar o veículo à empresa estudada.....................46 RESUMO A presente monografia tem o objetivo de analisar os conceitos de marketing de relacionamento para que seja possível elaborar estratégias de satisfação e fidelização dos clientes da empresa estudada. A disponibilidade de informação e a grande concorrência do mercado estão fazendo com que os consumidores assumam uma posição privilegiada no relacionamento de compra/venda. São eles que passam a determinar o significado de “valor” e assim controlar a relacionamento com a empresa. Desta forma, se faz importante conhecer as estratégias oferecidas pelo marketing de relacionamento para se obter fatores de sucesso em relação à concorrência. Para a realização deste trabalho, foi utilizada pesquisa bibliográfica, análise documental e pesquisa de campo. Palavras-chave: Marketing de relacionamento. Satisfação. Fidelização de clientes. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 1.1 Considerações iniciais ....................................................................................... 7 1.2 Situação problemática ....................................................................................... 7 1.3 Objetivos ............................................................................................................. 8 1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 8 1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 8 1.4 Justificativa ......................................................................................................... 8 1.5 Caracterização da empresa ............................................................................... 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 11 2.1 Definições de Marketing .................................................................................. 11 2.2 A importância do marketing ............................................................................ 14 2.3 O marketing de relacionamento ...................................................................... 16 2.3.1 Planejamento Estratégico para o Marketing de Relacionamento .................... 21 2.4 Satisfação dos clientes .................................................................................... 23 2.5 Confiança .......................................................................................................... 24 2.6 Comprometimento ............................................................................................ 26 2.7 Fidelização ........................................................................................................ 27 2.8 O marketing de relacionamento aliado à satisfação e fidelização dos clientes .................................................................................................................... 33 3 METODOLOGIA ................................................................................................... 37 3.1 Natureza da pesquisa ....................................................................................... 37 3.2 Abordagem da pesquisa .................................................................................. 37 3.3 Tipo de pesquisa .............................................................................................. 37 3.4 Procedimentos utilizados na pesquisa .......................................................... 38 3.5 Universo/Amostra ............................................................................................. 38 3.6 Coleta e análise de dados ................................................................................ 39 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................... 40 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 47 5.1 Recomendações para a empresa .................................................................... 49 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 ANEXO...................................................................................................................... 52 7 1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações iniciais Atualmente, marketing pode ser conceituado como a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que estas relações causam no bem-estar da sociedade. Já o marketing de relacionamento procura aproximar os clientes e estabelecer relacionamento de forma a mantê-los satisfeitos e leais à empresa. Isso implica diretamente nas atitudes e intenções para a empresa, pois tendo um melhor atendimento ao cliente ela saberá o nível de satisfação do mesmo, seus desejos, etc. Sem contar que, desta forma a empresa pode ter o cliente como um fiel consumidor, já que para a organização isso é fundamental para manter-se no mercado, continuar lucrando e ter clientes que se encarregarão de fazer um boca a boca positivo e assim atrair novos clientes. Assim, se a empresa estiver próxima do cliente, ela saberá quando o mesmo não está satisfeito com seus produtos e serviços, para poder atender suas reclamações, pedidos e descobrir onde melhorar o atendimento, tornando a empresa cada vez mais competitiva estrategicamente. 1.2 Situação problemática Utilizando-se das ferramentas do marketing, quais as estratégias poderão ser adotadas para que a empresa estudada consiga manter um serviço diferenciado no sentido de satisfazer e fidelizar seus clientes? 8 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Analisar os conceitos de marketing de relacionamento para que seja possível elaborar estratégias de satisfação e fidelização dos clientes da empresa estudada. 1.3.2 Objetivos Específicos a) Apresentar os conceitos e definições de marketing e marketing de relacionamento; b) Demonstrar quais são as funções do marketing de relacionamento; c) Apontar as estratégias de atuação relacionadas ao marketing de relacionamento e as vantagens oferecidas; d) Expor e delimitar as formas de satisfação e fidelização de clientes; e) Apresentar a análise de dados feita através de pesquisa quantitativa na empresa estudada. 1.4 Justificativa No mundo globalizado de hoje de acesso fácil e variedade de produtos e serviços nos faz pensar, meu cliente é fiel? Ele está satisfeito com o que eu tenho para oferecer? Hoje é muito importante empresas focarem no marketing de relacionamento, trazendo o cliente para a empresa, procurando saber as necessidades e desejos do cliente, proporcionar uma relação mais pessoal. Marketing é uma das mais novas disciplinas de ação do homem e é também uma das mais antigas profissões do mundo. É o estudo formal dos processos e das 9 relações de troca, nasceu somente no início do século XX, como resultado de problemas pela sua ciência-mãe, a economia. Muitas empresas têm uma visão positiva do marketing, outras têm uma visão negativa da contribuição do marketing, há muitos anos pensavam que o campo de marketing era formado por “artistas” que queriam ganhar dinheiro de maneira fácil, muitos eram convencidos pelos espertalhões em alguma ocasião foi estimulado a comprar algum objeto de que realmente não precisava ou menos desejava. Todavia, atualmente, todas as pesquisas apontam que a ênfase do mercado está voltada a customização, diferenciação, inovação e principalmente ao relacionamento de valor. O marketing individualizado e personalizado permite uma grande vantagem competitiva, por que dessa forma a empresa pode entender melhor seu mercado e antecipar-se as ações da concorrência. A empresa estudada necessita de um estudo para que seja possível verificar e delimitar quais as estratégias, segundo o marketing de relacionamento, podem ser adotadas para a melhoria dos negócios e a fidelização dos clientes. Este estudo também será importante para o meio acadêmico no sentido de avaliar como é possível fidelizar a clientela de uma empresa através do marketing de relacionamento, pois a satisfação do cliente é o que impulsiona as vendas, já que com a fidelização das pessoas, a empresa pode crescer e melhorar a cada dia. 1.5 Caracterização da empresa A empresa estudada denomina-se Unicar Serviços Automotivos e tem como atividade principal a funilaria e pintura e como atividades secundárias a Revitalização de pintura, Polimento, Espelhamento, Cristalização, soldas em Alumínio/Inox/Magnésio/Prata, higienização interna, venda de peças de veículos antigos pela internet. A Unicar é uma empresa prestadora de serviços cujo ramo é de funilaria e pintura que atua no mercado a 40anos, é respeitada e sempre reconhecida pela qualidade, por trazer novas técnicas, equipamentos modernos e oferecendo serviços e produtos diferenciados. Seu quadro de funcionários possui 13 colaboradores, estão sempre fazendo cursos e treinamentos, apesar da carência de mão de obra 10 profissional e especializada que enfrentamos,estão distribuídos na seguinte forma: Direção, Coordenador de Produção, Compras, Recepção, Funileiro, Pintor, Preparador, Auxiliar de funilaria e Almoxarife. O perfil dos clientes são de pessoas exigentes sendo dividido em dois tipos: seguradoras e particular. Pelo fato de ser credenciada e trabalhar com quase todas as seguradoras 90% dos seus serviços acaba sendo prestado para a mesma. A Unicar apesar de possuir seu layout da produção antigo é dividida em cinco setores, montagem e desmontagem, funilaria, preparação, pintura e polimento, por ser sempre pioneira no ramo de funilaria e pintura sempre adquiriu os primeiros equipamentos da cidade e está com uma nova cabine de pintura com pressurização positiva, sistema de ar quente e frio, é o que vai ser o diferencial e inovador da região possibilitando o uso de tinta à base de água ao invés de solvente a base de petróleo, proporcionando maior qualidade, diminuição de custo e visando a preservação do meio ambiente. 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Definições de Marketing Segundo Ohio State University, em 1965 (apud KOTLER; ARMSTRONG, 1998), marketing é o processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de produtos e serviços. Boone (1998) explica que marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. Este conceito é bastante abrangente, à medida que mostra o marketing integrado a outras funções como pesquisa e desenvolvimento, planejamento, contabilidade, finanças, produção e distribuição e ao mesmo tempo contempla os elementos do composto de marketing, produtos/serviços, preço, promoção e praça, todos direcionados no sentido da satisfação das necessidades dos clientes e da organização. Boone (1998) também afirma que se deve entender os elementos do composto de marketing que interage na consecução dos objetivos organizacionais em consonância com a missão do negócio: o produto/serviço, os conjuntos de bens materiais e imateriais que atendam às necessidades dos consumidores; o preço, como o preço justo que estimule a compra do produto ofertado e proporcione o retorno financeiro para a organização, a promoção, como a utilização de ferramentas, como propaganda, força de vendas e relações públicas; e a praça, como a distribuição do produto/serviço nos locais corretos, utilizando os canais de distribuição adequados. Para Kotler (2002), marketing é uma atividade humana orientada a satisfazer necessidades e desejos através do processo de trocas. Já em 1998, o mesmo autor alterava a sua definição de marketing para um processo social e gerencial pelo qual pessoas obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros, está baseada nos conceitos 12 centrais: necessidades, desejos e demandas, produtos, custo e satisfação, troca e transações, relacionamentos entre empresa e consumidor. Na abordagem tradicional o marketing era utilizado somente para conquistar clientes e focalizar produtos, e atualmente é uma técnica para construir relacionamentos. Ou seja, as organizações deixaram a era do produto ou da venda e passaram a focar sua atenção na satisfação e lealdade de seus clientes. Kotler (2002) ressalta que é fundamental destacar que para que as organizações prosperem é necessário o aumento do valor oferecido, pois os produtos são lançados e aperfeiçoados diariamente, e o diferencial está no relacionamento estabelecido entre a empresa e seu mercado consumidor. Os consumidores se tornarão fiéis à empresa, se esta lhe oferecer mais que o esperado, se ele se sentir surpreendido e tiver suas expectativas ultrapassadas, desta forma o cliente estará propenso a voltar e tornar sua relação duradoura para com a empresa. Gordon (2002) descreve marketing com sendo um processo de planejar e executar a concepção de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuas e organizacionais. Do ponto de vista de Dias (2004), praticar o marketing de forma contínua e competente, leva ao crescimento sólido dos lucros da empresa, pois ele gera a renda que é administrada pelo pessoal de finanças. Ainda de acordo com o autor, ao expandir as vendas e receitas, o marketing ajuda a cobrir os custos fixos da empresa, aumentando dessa forma sua lucratividade. Para Madruga (2004) deve-se deduzir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda desnecessária. O objetivo é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço ao seu alcance. Em 2004, a American Marketing Association definiu marketing uma função organizacional e um conjunto de processos de criação, comunicação e de valor para os clientes e para o gerenciamento dos relacionamentos com clientes para beneficiar a empresa e seus interessados. Já Las Casas (2007) explica que marketing é a área de conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a 13 satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que estas relações causam no bem-estar da sociedade. Isso mostra que há várias definições e pontos de vista diferentes a respeito do significado e do valor social de marketing. Todavia, com o intuito de criar vantagens competitivas, as organizações utilizam de um novo enfoque do marketing, a orientação para o relacionamento, possibilitando assim a individualização do cliente e uma ampla percepção das necessidades e preferências destes. Surge, então, conforme Gordon (2002) esta filosofia de gestão com finalidade de reformular as atividades organizacionais perante uma sociedade em transformação, pois o marketing tradicional estaria em fase de declínio. Para Mckenna (2000) a função do marketing é integrar o cliente à elaboração do produto e desenvolver um processo sistemático de integração que dará firmeza à relação. À luz de tal pensamento, pode-se afirmar que, o estereótipo de vendedor que “empurre” o bem ou serviço para seu consumidor está defasado, dando espaço para o surgimento de um facilitador, apto a criar um a relação mutuamente satisfatória baseada na confiança e fidelidade. Ainda conforme o autor, o marketing de relacionamento ressalta a necessidade de uma ligação de longo prazo com o mercado, buscando como resultado a fidelização do consumidor. Desta forma, o marketing passou de ser apenas um processo de vendas e publicidade para ser um conjunto de processos em criar, comunicar, transmitir e entregar valor. Algumas características do marketing atual apontadas por Kotler (2002) são: a) Marketing da missão: é ajudar o cliente a realizar suas aspirações e seu lado da compaixão; b) Marketing de valores: mostrar valores para buscar novos que façam a diferença; c) Marketing de visão: transmitindo a visão de sustentabilidade corporativa para os acionistas, colaboradores e consumidores. 14 Figura 1 – Conceito de vendas. Fonte: KOTLER, 2002. Figura 2 – Conceito de marketing. Fonte: KOTLER, 2002. Diante destas figuras, Kotler (2002) dispõe: A venda é considerada “marketing”? Publicidade é “marketing”? Na verdade, a venda é apenas parte do processo de marketing, assim como a publicidade. Em outros tempos há 30 ou 40 anos atrás o marketing consistia apenas em vendas, em vez de departamentos de marketing, as empresas tinham departamentos de vendas com pessoas fazendo pesquisa de mercado. Às vezes, um gerente de promoção se unia à equipe ou uma agência era contratada para fazer a publicidade e as promoções. Hoje até mesmo as pequenas empresas possuem planos de marketing bem definidos. O marketing não é apenas mais abrangente do que a venda, não é de nenhuma forma uma atividade especializada, ele abrange uma área empresarial por completo. (KOTLER, 2002, p. 25). 2.2 A importância do marketing Os princípios de marketing são os mesmos de administração que são (planejar, organizar, dirigir e controlar), na maioria das publicações de marketing são feitas por administradores, é constante a utilização de conhecimentos originados da economia, sociologia, psicologia, comunicação e matemática. Todavia, para realizar corretamente o marketing, utilizam-se técnicas de mercado, ferramentas de planejamento, ações de relacionamentos com clientes, 15 tecnologias de desenvolvimento de produtos e serviços, uma boa comunicação e ferramentas de controle das ações e dos resultados. Para Pacanhan et al (2009), no passado, a preocupação maior estava voltada para a produção propriamente dita e o marketing, mesmo sem ter esta denominação já era praticado, porém sem muita relevância. A preocupação estava na qualidade e quantidade daquilo que estava sendo produzido e não havendo interesse na opinião dos consumidores. Assim, foi criado o mix de marketing que é o conjunto de ferramentas de marketing que a organização utiliza para alcançar seus objetivos de marketing no mercado alvo. Sendo que, as variáveis específicas para cada “P” são proferidas estrategicamente de forma a oferecerem benefícios aos clientes. A figura abaixo apresenta as quatro variáveis controláveis de marketing conhecidas como os 4P’s do marketing, Produto, Preço, Promoção e Praça (Distribuição), conforme McCarthy (apud SOUZA, 2009): Figura 3 – Mix de marketing. Fonte: SOUZA, 2009. 16 Todavia, com toda a evolução do conceito de marketing, foram criados por Nickels e Wood os oito processos universais do marketing de relacionamento. Segundo Pacanhan et al (2009), o padrão atual no mercado indica mudanças constantes e rápidas em todas as áreas de uma empresa, especialmente no marketing, com a adesão de novas tecnologias, consumidores mais criteriosos, novos mercados e multiplicação da concorrência. Assim como os 4 Ps, os oito processos de Nickels e Wood é uma alternativa para desenvolver uma ordem de prioridades para que o processo decisório de marketing seja mais eficaz e atinja plenamente seus objetivos. Segundo Pacanhan (2009), o primeiro processo é o de busca e análise ambiental. O segundo processo é a pesquisa e análise de marketing. O terceiro passo é a segmentação, seleção de mercado-alvo e posicionamento. O quarto processo diz respeito ao desenvolvimento de produto e diferenciação. Determinação de valor e preços é o quinto processo e o gerenciamento de canais e da cadeia de valor é o sexto processo. O sétimo processo é a comunicação de marketing integrada (CMI) e o último processo se refere a construção de relacionamento. 2.3 O marketing de relacionamento O conceito de Marketing de Relacionamento é relativamente recente, e passou a receber maior importância a partir da década de 1990. Como todos os demais conceitos da área da administração este também surgiu de uma necessidade, imposta pelo mercado: a reformulação da relação empresa/consumidor. De acordo com Roberto Madruga (2004) a expressão marketing de relacionamento surgiu timidamente na década de 80 na área acadêmica, que contestava a baixa eficácia do marketing convencional para muitas situações, e atualmente começa a tomar o seu lugar de importância nas organizações. Ele foi influenciado por várias correntes, entre as quais o marketing de serviços, o marketing industrial americano e a qualidade total. Embora esteja apenas na sua “infância”, talvez seja um dos temas mais importantes do mundo contemporâneo dos 17 negócios, que efetivamente está auxiliando as empresas a tornarem-se diferentes, próximas de seus clientes, líderes de mercado e altamente rentáveis. Além disso, Negrão et al (2008) afirmam que é errado pensar que marketing de relacionamento somente busca a satisfação do cliente, pois a lucratividade da empresa é fator fundamental em tal teoria. Nela, a empresa adota uma filosofia pela qual passa a direcionar todas suas ações ao cumprimento das expectativas dos consumidores com a finalidade de criar um relacionamento próximo e que seja mais lucrativo por um longo período. Para Torres e Fonseca (2012), quando o mercado se abre para a concorrência, as empresas devem cortejar rapidamente seus clientes para eles permanecerem fiéis. Essas empresas expressaram uma nova disposição em modificar seu produto de modo a atender as exigências dos clientes, procurando estabelecer uma real interação empresa-cliente, onde o cliente interage com a empresa, expondo suas necessidades e assim ajudando a empresa a lançar novos produtos. Nickels e Wood (apud PACANHAN et al, 2009) tratam o marketing de relacionamento como um processo de estabelecer e manter relacionamento de longo prazo mutuamente benéficos entre organizações e clientes, empregados e outros grupos de interesse, ou seja, enfatiza a continuidade nas transações de troca entre as partes, formando um elo de fortalecimento e compromisso entre a empresa e seus colaboradores. Kotler (2002) diz que o marketing de relacionamento é a prática da construção de relações satisfatórias no longo prazo com alguns atores chave – consumidores, fornecedores e distribuidores – para reter sua preferência e manter suas relações comerciais, afirmando ainda que as empresas inteligentes devem tentar desenvolver confiança e relacionamentos do tipo “ganha-ganha” com consumidores, distribuidores, revendedores e fornecedores. O resultado esperado com a prática do marketing de relacionamento é a construção de um ativo exclusivo da empresa chamado “rede de marketing”. Uma rede de marketing, segundo Kotler (2002), é formada pela empresa e todos os interessados que a apoiam: consumidores, fornecedores, funcionários, distribuidores, varejistas, agências de propaganda, cientistas universitários e outros com quem se estruturam, relacionamentos comerciais mutuamente rentáveis. Outro 18 ponto a ressaltar é a importância e o reconhecimento, que as empresas passaram a dedicar a sua equipe de vendas. A chave para o sucesso e a conquista do cliente depende cada vez mais do poder de persuasão de um bom vendedor, por isso a empresa deve estar atenta: recompensar as “estrelas do atendimento”, promover constantemente cursos de aperfeiçoamento e/ou reciclagem, desenvolver políticas salariais e de carreira, incentivar o trabalho em equipe e valorizar a iniciativa individual são medidas necessárias para agregação de valor ao relacionamento. Pacanhan et al (2009) explicam que o marketing de relacionamento é baseado na premissa de que os clientes importantes precisam receber atenção contínua. Os vendedores que trabalham com clientes-chave devem fazer mais do que visitas para recolhimento de pedidos, devendo também visitá-los em outras ocasiões, receber e fazer sugestões, ou seja, deve estar inserido na vida da empresa e dos clientes. Esse processo de interação continuada de pós-venda é uma parte muito importante do pós-marketing e é tão necessária quanto a venda, se uma organização deseja contar com oportunidades continuadas de negócios com o mesmo cliente no futuro. Para Cobra (2009), marketing de relacionamento é a tarefa de fazer com que os consumidores se tornem leais à marca. O investimento no marketing de relacionamento se distingue por cinco níveis: o nível básico, o nível reativo, o nível responsável, o nível proativo e o nível de parceria. O nível básico é entendido como as necessidades primárias demandadas pelos clientes. No nível reativo, o empenho realizado pela organização para ofertar o produto é o mesmo ou maior do que a concorrência. No responsável, é atender, respeitando os direitos do consumidor. O nível proativo se refere a antecipar à concorrência, buscando oferecer aos clientes serviços não esperados. E, na parceria, procura-se um relacionamento de cumplicidade com os clientes de forma a agradá-los sempre. E, para isso, é de suma importância que eles tenham, em relação ao produto ou serviço, um valor percebido elevado. Martins (apud TORRES; FONSECA, 2012), explica que uma filosofia de administração empresarial baseada na aceitação da orientação para o cliente e para o lucro, por parte de toda a empresa, e no reconhecimento de que se deseja buscar novas formas de comunicação para estabelecer um relacionamento profundo e 19 duradouro para os clientes, prováveis clientes, fornecedores e todos os intermediários como forma de obter vantagem competitiva sustentável. O marketing de relacionamento busca envolver e atrair os clientes nas diversas fases de criação de valor, buscando inovação. É preciso entender que o marketing de relacionamento é fundamental, uma vez que, para que um cliente adquira um produto, esse produto passou por vários níveis, tendo sempre em vista o respeito à necessidade do cliente dentro de uma empresa e trazendo benefícios para o ele. Segundo Kotler (2002) as principais etapas envolvidas no estabelecimento de um programa de marketing de relacionamento são: a) Identificação de clientes-chave que merecem atenção especial; b) Designação de um gerente de relacionamento habilitado a cada cliente-chave; c) Desenvolvimento de uma clara descrição das tarefas dos gerentes de marketing de relacionamento. Devem ser descritos seus objetivos, responsabilidades e critérios de avaliação. d) Indicação de um gerente-geral para supervisionar os gerentes de relacionamento. Esta pessoa deverá desenvolver descrições de tarefas, critérios de avaliação e recursos de apoio para aumentar a eficácia dos gerentes de relacionamento. e) Cada gerente de relacionamento deve desenvolver um plano á longo prazo e um plano anual de relacionamento com o cliente. Gordon (2002) sustenta que o marketing de relacionamento é o processo contínuo de identificação e criação de valores com clientes individuais e compartilhamento de seus benefícios, envolvendo compreensão, concentração e administração de uma contínua colaboração entre fornecedores e clientes selecionados. Para tornar esse processo, é necessária a interdependência e o alinhamento organizacional. Ainda segundo o autor: [...] o marketing de relacionamento possui cinco dimensões que diferem materialmente dos conceitos históricos de marketing. São eles: Procurar criar novo valor para os clientes e compartilhar esse valor entre o produtor e o consumidor; Reconhecer o papel fundamental que os clientes individuais têm não apenas como compradores, mas na definição do valor que desejam. O cliente ajuda a empresa a fornecer o pacote de benefícios que ele valoriza. O valor é assim criado com os clientes e não por eles; É um esforço contínuo e não colaborativo entre o comprador e o vendedor. Desse modo, funciona em tempo real; Reconhece o valor dos clientes por seu 20 período de vida de consumo. Ao reconhecer o valor do período de vida (ou vitalício), o marketing de relacionamento procura unir progressivamente a empresa aos clientes; Procura construir uma cadeia de relacionamento dentro da organização para criar o valor desejado pelos clientes. (GORDON, 2002, p. 86). O marketing de relacionamento ajuda na identificação e no valor individual de cada produto e/ou serviço para os consumidores. Na medida em que as empresas criam valor para o cliente-alvo, fornecendo o que desejam e preocupando-se constantemente com um relacionamento cada vez mais fiel entre o cliente e a organização. Torres e Fonseca (2012) afirmam que as organizações estão fazendo parcerias com seus clientes e fornecedores; elas estão buscando fazer do relacionamento a principal arma para sobreviverem no mercado cada vez mais competitivo, ou seja, esse é o marketing de relacionamento. É importante construir a satisfação do cliente externo por meio de produtos de qualidade e que tenham benefícios para o cliente, dessa forma, a oferta de produtos e serviços passa a ser o diferencial que determina a vantagem competitiva em relação a outras empresas. Para Las Casas (2007), o marketing de relacionamento não admite argumentos que possuam a finalidade de enganar as pessoas, mas busca uma conclusão de venda, representa um processo de ida e volta, dessa forma, uma relação de parceria, lealdade, e o comprometimento com todos na empresa. Todos os colaboradores responsáveis por manterem o relacionamento, preocupando-se com a qualidade dos mesmos, também se preocupam em estabelecer estratégias organizacionais, ligadas aos interesses dos acionistas, esses imprescindíveis para conquistarem relacionamentos a longo prazo com os clientes. Brambila, Pereira e Pereira (2010) afirmam que as empresas estão preocupadas em ter uma relação direta com os clientes internos, visto que do trabalho bem desempenhado pelos colaboradores é que há possibilidade de satisfação dos consumidores e a fidelização dos mesmos. A fidelização dos consumidores possibilita o crescimento para as empresa: um consumidor fiel traz novos consumidores para a empresa, e cabe à empresa o mesmo processo de buscar a fidelização. Para analisar e justificar o marketing de relacionamento, McKenna (2000) sugere dez fatores reguladores de mercado, fatores esses que estabeleceriam 21 restrições no funcionamento dos mercados, ressaltadas a necessidade e a conveniência do marketing de relacionamento: A diversidade de produtos e serviços está aumentando até em pequenos segmentos de mercado; A competição mundial vem aumentando; Os mercados ficam tão segmentados que os nichos tornam-se soberanos, abrindo oportunidades para ações pontuais bem sucedidas; As distinções entre produtos ficam pouco nítidas, a capacidade de copiar e adaptar da concorrência é cada vem mais agressiva; Os ciclos de vida dos produtos são acelerados; Os canais de distribuição estão em fluxo constante. Embora ficar ao lado do cliente seja preeminente, os canais muitas vezes obscurecem o diálogo com o cliente ao parecerem os reais donos do produto ou serviço; A mídia proporcional tradicional amplia o nível de barulho e não consegue comunicar mensagens claras. Reina a confusão; As organizações diminuem e se reestruturam, procurando novas formas de fazer negócio. Este fato é comprovado pelo sucesso dos novos modelos de gestão em todos os tipos de empresas; O ambiente de negócio e o curso dos eventos competitivos são imprevisíveis; A previsão e as pesquisas não proporcionam um caminho nítido de ação. Isso leva a relevar e adotar novos e sofisticados mecanismos de pesquisa, incluindo aqueles baseados em recursos de tecnologia da informação. (MCKENNA, 2000, p. 102). Torres e Fonseca (2012) afirmam que fidelizar um cliente nem sempre é uma tarefa fácil, mesmo que uma empresa esteja lidando com um público específico, há sempre aquele cliente que deseja que o produto tenha um diferencial e cabe à empresa saber administrar essas diferenças. Existe uma preocupação muito grande por parte das empresas em trabalhar com produtos que satisfaçam as necessidades dos clientes. 2.3.1 Planejamento Estratégico para o Marketing de Relacionamento Uma estratégia nunca pode ser resumida a um grupo de decisões e sua aplicação pelas pessoas da organização. Para Nickels e Wood (apud PACANHAN et al, 2009), existem três níveis de estratégia. A primeira delas, chamada estratégia de nível corporativo que estabelece a direção geral para toda a organização. A estratégia de nível de negócio que direciona a forma como um negócio, ou divisão, específicos serão administrados, e por fim, as estratégias de nível funcional, que possuem o escopo mais restrito, guiando as atividades de marketing, finanças e outras funções. O foco das estratégias das empresas deve estar sempre nos clientes. Quando as empresas adotam outro ponto de vista que não este, estão correndo um grande 22 risco de desenvolver o que Theodore Levitt (apuc PACANHAN et al, 2009) chamou de “miopia de marketing”. A miopia de marketing é uma expressão utilizada para apontar os caminhos errôneos da estratégia de uma empresa, na qual a organização tende a olhar apenas para a produção dos bens e serviços, deixando de lado a satisfação dos clientes. Assim, ao planejar uma estratégia para o marketing de relacionamentos, é necessário olhar além as simples transações. Uma estratégia eficaz deveria ser concebida para atrair novos clientes e conseguir fazer mais negócios com os clientes atuais, maximizando o valor de vida útil deles. A definição dos objetivos estratégicos deve partir de uma série de análises ambientais, como propõe Nickels e Wood (apud PACANHAN, 2009) já no seu primeiro processo, e para este processo se encontra disponível uma série de ferramentas, tais como: Análise de SWOT: que é uma análise geral que busca identificar os pontos fortes (strengths), pontos fracos (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats); Matriz de crescimento-participação, dentre outras. Figura 4 – Análise Swot. Fonte: BICHO; BAPTISTA, 2006. 23 A estratégia fornece a estrutura e o propósito que agrega todos os oito processos de marketing, e deve começar a se constituir a partir das necessidades dos clientes, de modo a definir as metas e objetivos organizacionais. A empresa deve ainda unir essa análise de mercado ao processo de segmentação, onde irá definir “quem a empresa quer como cliente”, identificando o público-alvo, os formadores de opinião e definindo qual o posicionamento mais adequado da empresa/produto. Como resultado final do processo de administração de marketing a empresa deve buscar a construção de relacionamento com seus clientes. Nickels e Wood (apud PACANHAN, 2009) enumeram os cinco princípios básicos do planejamento desta construção: a) Os relacionamentos se baseiam em comunicação aberta. Envolve fazer perguntas investigativas e sondagens, além de ser um bom ouvinte e mostrar interesse no que o outro tem a dizer; b) Os relacionamentos são construídos com base na confiança. A confiança é adquirida com o tempo e deve-se cumprir com as promessas feitas, prazos e assumir as responsabilidades; c) Os relacionamentos são reforçados quando as partes mantêm contato com os clientes, com o objetivo de identificar necessidades e desejos, visando desenvolver novos produtos e serviços; d) Os relacionamentos dependem de confiança e honestidade e comportamento ético. Qualquer indício que a empresa não está sendo correta e ética, com qualquer de seus públicos, irá enfraquecer os relacionamentos; e e) Parceiros em um relacionamento mostram que se preocupam. Deve ser feito um esforço para mostra esta preocupação, recompensando até aqueles que são leais. 2.4 Satisfação dos clientes Os clientes são a principal razão de existência de qualquer empresa e satisfazê-los deve ser o principal foco das organizações. Afinal, são eles que possibilitam o desenvolvimento da empresa em um mercado cada vez mais competitivo. Por isso, estar atendo às necessidades dos clientes é imprescindível. 24 A definição de satisfação, segundo Schmitt é referente a: [...] uma atitude orientada para o resultado emanada de clientes que compraram o desempenho do produto com suas respectivas expectativas a respeito dele. Se o produto ficar abaixo dessas expectativas, os clientes estão insatisfeitos; se estiver acima, estão satisfeitos. O modelo de satisfeito do cliente se preocupa muito mais com a funcionalidade do produto que com a experiência do cliente. (SCHIMITT apud TORRES; FONSECA, 2012, p. 10). De acordo com Kotler (2002, p. 42), a “satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento de uma pessoa resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido de um produto e suas expectativas”. Para Negrão (2008), satisfação é oferecer produtos ou serviços que atendam as necessidades e expectativas dos clientes. Uma organização somente obterá a satisfação plena dos clientes se os produtos e/ou serviços ofertados por eles atenderem as exigências do público-alvo. Cobra (2009) afirma que não é porque um cliente está satisfeito com um produto e/ou serviço que ele irá ser leal com a empresa, afinal um cliente nunca está totalmente satisfeito. Satisfazer clientes significa saber o que ele quer ou deseja, e a grande maioria de pessoas não sabe exatamente o que quer. Para isso, é preciso investir em pesquisas motivacionais e tecnológicas, além de melhorar continuamente o desempenho dos produtos ou serviços da organização. A procura contínua da satisfação tem como objetivo avalizar a permanência do cliente nas organizações, provocando a fidelização dos clientes. Além do que, quanto mais satisfeitos os clientes estiverem, mais fiéis às empresas eles serão. Devido a isso, o próximo tópico tratará da fidelização dos clientes nas organizações. 2.5 Confiança Confiança é um item indispensável na construção de todo relacionamento, pode ser entendido como a segurança da realização do que é desejável, e não do que é temido. Negrão et al (2008) salientam que o marketing de relacionamento é fundamentado na confiança. O que possibilita a elevar a profundidade e a amplitude do relacionamento. Para os autores, confiança é a mais influente aliada do 25 profissional que busca o estreitamento das relações. Quanto maior for o nível de confiança entre as partes envolvidas em um negócio, maior será a probabilidade de haver um relacionamento em longo prazo. Por isso, a confiança baseia-se em relações de integridade e de mínimas incertezas. De acordo com Berry (apud NEGRÃO et al, 2008) a confiança é o instrumento mais importante do marketing de relacionamento de que as empresas dispõem. Esta relação é a mais difícil de obter e manter no cotidiano organizacional. A confiança deve estar aliada ao compromisso para que se possa alcançar a fidelização. Além disso, a confiança é baseada em expectativas positivas sobre as intenções e atitudes do próximo. Nasce e é sustentada, quando existe comunicação entre os parceiros, e estes evitam atitudes oportunistas que prejudique as partes interessadas. Kotler (2002) definiu confiança como sendo: [...] um dos atributos estratégicos necessários à orientação de longo prazo. Para ele confiança é a vontade que uma das partes possui em acreditar nas atitudes que o outro terá perante o processo de troca. Ou seja, a confiança é uma convicção, um sentimento ou uma expectativa que um dos envolvidos possui em relação à outra parte, derivada do conhecimento e da credibilidade que a mesma possui. O autor argumenta que a confiança deve ser reflexo de dois componentes distintos: credibilidade, ou seja, crença que a outra parte tem capacidade de executar seu trabalho e benevolência, intenções e atitudes positivas que a outra parte deve ter perante situações inusitadas na relação, as quais não foram previstas ou negociadas. (KOTLER, 2002, p. 156). Assim, a confiança manifesta-se quando em situações de instabilidade ou incerteza os atores econômicos se expõem mesmo correndo o risco de um comportamento oportunista, porque estes acreditam que os outros atores não tirarão proveito da oportunidade. A edificação de confiança mútua fornece bases sólidas para que se sobressaiam componentes sociais e afetivos na ligação entre cliente e colaborador, permitindo ao relacionamento progredir e consolidar-se. Assim, no âmbito econômico, segundo Negrão et al (2008) as empresas podem adotar uma série de estratégias para sustentar a confiança, como: manter uma boa reputação e comprometimento com o consumidor. Assim, o caráter, a personalidade, os princípios e os valores de todos os envolvidos comprometem a confiança do mercado para com a organização. 26 2.6 Comprometimento O comprometimento pode ser sintetizado, conforme Morgan e Hunt (apud NEGRÃO et al, 2008) como sendo a crença dos companheiros no valor do relacionamento e de sua manutenção, orientando suas ações para tal. A imagem implícita surge com o fato de que os relacionamentos baseados em confiança são tão valorizados, que os atores desejarão comprometer-se em longo prazo, deixando claro que a confiança é decisiva para o comprometimento relacional, enfatizando a relação positiva existente entre confiança e comprometimento. O comprometimento, embora seja uma variável recente no contexto do marketing de relacionamento, é a ideia central na literatura de trocas sociais. Os compromissos mútuos cogitam a dimensão de metas comuns, incentivos e até mesmo, compromissos contratuais. Para Madruga (2004): O comprometimento é a extensão na qual as partes envolvidas no relacionamento, sentem e acreditam que vale a pena gastar energia para manter o relacionamento. O compromisso envolve três facetas: um desejo de desenvolver uma relação estável, uma vontade de fazer pequenos sacrifícios para manter a relação, e a confiança na estabilidade da relação. A indicação de continuidade desenvolve uma inclinação para que se mantenha uma relação e revelam a dimensão temporal do comprometimento. (MADRUGA, 2004, p. 98). O mercado exige a adoção uma nova filosofia de marketing, e que possibilite a este a formação de relações e não somente da promoção de produtos, dando ênfase à orientação em longo prazo, pela qual os clientes voltam à empresa não por obrigação ou por incentivo financeiro, mas sim pelo bem estar proporciona do pela mesma. Os consumidores passam a se sentirem como peças fundamentais da relação quando existe o comprometimento das partes. Já a comunicação, segundo Mckenna (2002): [...] é um dos constructos para se iniciar e desenvolver relacionamentos com os consumidores, de forma a retê-los, tornando-os lucrativos, pois é, través da qual o público toma conhecimento dos propósitos e realizações de uma organização. O autor ainda relata que comunicação eficaz é habilidade que permeia todos os aspectos da vida profissional. É a essência do atendimento ao cliente, e é fundamental para desenvolver relacionamentos profissionais positivos e duradouros com seus clientes. (MCKENNA, 2002, p. 117). 27 Para Mackenna (2002), não há como estabelecer nenhum tipo de relacionamento se as partes não se comunicam. Quando é praticada de forma eficaz, ambos os lados lucram. No marketing de relacionamento a comunicação com o consumidor abrange tanto ouvir quanto falar. É por meio de diálogo que os relacionamentos são construídos e os produtos são concebidos, adaptados e aceitos. A comunicação na área de vendas é o ato de transmitir informações e entendimentos verbais ou não entre vendedor e comprador. Assim define-se a comunicação como um processo de troca que consiste no envio e no recebimento de mensagens com algum tipo de resposta esperada entre as partes. Para Negrão et al (2008) a comunicação é vital e imprescindível para que as relações públicas possam mediar relacionamentos organizacionais. Desta forma, a construção de relacionamentos duradouros pressupõe a existência de uma comunicação efetiva, fluente e eficaz, visto que as pessoas necessitam saber o que está ocorrendo para dar continuidade a alguma ação. Empresas voltadas para o marketing de relacionamento admitem comunicações com os clientes como parte natural do negócio. Essas organizações perceberam que o consumidor está mais sofisticado e instruído, exigindo atenção e tratamento diferenciado. Ouvir os clientes faz parte do negócio e agrega valor, e é este tipo de postura de parceria que os clientes esperam de seus fornecedores. 2.7 Fidelização Consumidores são pessoas que adquirem algum tipo de produto ou prestação de serviço, e caracteriza o inicio do relacionamento empresa-cliente. Diante disso afirma Kotler (2002), entender o comportamento do consumidor do mercado-alvo é a tarefa essencial do administrador de marketing, pois o mercado de consumo é constituído de todos os indivíduos e domicílios que compram ou adquirem produtos e serviços para consumo pessoal. Para Stevens (apud SOUZA, 2009) comportamento é o que se pode observar ou inferir no mercado. É de interesse do estrategista não o comportamento inicial, mas também, o comportamento repetido de compras. O comportamento inicial 28 envolve a passagem do consumidor de um estágio de simples reconhecimento de um produto para a verdadeira prova do produto por meio de compra. Com isso, percebe-se que para se estabelecer um relacionamento duradouro com os clientes, é preciso oferecer-lhes confiança e um atendimento personalizado, atendendo às suas necessidades particulares, transformando os visitantes em clientes e em frequentes consumidores. Segundo Souza (2009): A grande influência no comportamento do consumidor é justamente o ambiente de mercado que este estar vivenciando, entende-se então, que se, si diferem mercados as características dos consumidores seguem estas diferenciações. O campo do comportamento do consumidor estuda como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, ideias ou experiências para satisfazer suas necessidades e seus desejos. (SOUZA, 2009, p. 34). Para Kotler (2002) os principais fatores que influenciam o comportamento do consumidor estão apresentados na abaixo: Figura 5 - Modelo de Comportamento do Consumidor. Fonte: KOTLER apud SOUZA, 2009. 29 Neste sentido é importante analisar o processo de decisão que passa o consumidor, desde a necessidade de compra até o pós-compra, para que a empresa tenha conhecimento das características das suas vontade e estímulos que os levaram a comprar. Souza (2009) explica que Assim, quando as necessidades, anseios, e desejos dos clientes são atendidos e monitorados pela empresa, a tendência é que após um relacionamento de interesses entre as partes nasça a possibilidade da fidelização. A satisfação e fidelidade dos clientes é o foco principal do relacionamento de marketing. Segundo o conceito de marketing, uma empresa, para ser bem sucedida, deve prover mais valor aos seus clientes e satisfazê-los mais do que os seus concorrentes. Portanto os profissionais de marketing não devem apenas visar às necessidades dos consumidores alvo: devem também alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra as de seus concorrentes. (SOUZA, 2009, p. 43). Para atingir a fidelidade dos clientes, a organização pode operar basicamente em dois vértices: possuir uma marca forte que crie lealdade dos consumidores ou envolver os clientes por intermédio dos serviços que oferece. Segundo Torres e Fonseca (2012), existem dois tipos de clientes leais: a) lealdade à loja: o consumidor sabe em qual loja encontrar determinado produto que lhe agrada e, ao encontrar novamente esse produto na mesma loja, a sua fidelidade é reforçada, o que aumenta a probabilidade de ele querer repetir a compra no mesmo local; b) Lealdade à marca: ser leal nesse sentido significa buscar uma marca especifica que o cliente já tenha consumido, pois assim o cliente sabe o que irá encontrar. O cliente compra um produto de uma determinada marca e, aprovando-a, aumenta a probabilidade de ele querer repetir a compra da mesma marca. (TORRES; FONSECA, 2012, p. 10). Na visão de Brown: Como ponto de partida, uma organização deve perceber que seu relacionamento com seus clientes deve evoluir assim como um namoro. A fidelidade mútua e a confiança devem ser conquistadas gradual e seletivamente. A empresa que constrói um relacionamento duradouro, ou noivado, vence a batalha por clientes. (BROWN apud TORRES; FONSECA, 2012, p. 10). O autor acima faz relação quanto à necessidade de se conhecer o cliente, trabalhar passo a passo. Como em um relacionamento, uma organização tem que passar confiança para o cliente; a partir desse ponto, é possível construir uma relação duradoura. De acordo com Torres e Fonseca (2012), há ainda administradores que pensam que fidelizar clientes é aumentar os gastos da empresa com a distribuição 30 de brindes e descontos, porém isso constitui um efeito a curto prazo e não prolonga os clientes na organização. Fidelizar é encantar o cliente, é surpreendê-lo com o diferencial no atendimento, ou seja, a forma de atuar estrategicamente, armazenando informações referentes aos clientes. Os autores ainda frisam que: [...] observando essas características, a empresa é capaz de: agendar visitas telefônicas, envio de e-mails e correspondência, o cliente irá receber atendimento vip: realizando adequadamente estas estratégias, evitando cometer gafes de comunicação com todas as pessoas que até aquele momento ainda não ganharam confiança com empresa. (TORRES; FONSECA, 2012, p. 11). Para Kotler (2002) a estratégia de fidelização corresponde não somente ao tratamento que recebem como também ao conhecimento que os consumidores têm em relação ao produto ofertado pela mesma. O autor ressalta também que clientes satisfeitos e fiéis fazem propaganda da empresa para a sua família e para seus conhecidos e aumenta, com isso, o número de clientes da organização. Rapp e Collins (apud TORRES; FONSECA, 2012) estabelecem seis modalidades de programas de fidelização, cujas distinções justificam suas aplicações em diferentes tipos de empresas e segmentos de mercado. São elas: Modelo de Recompensa Modelo Educacional São programas que recompensam o relacionamento do cliente e a repetição da compra por meio de prêmios, bônus, incentivos, pontuações, entre outros. Toda empresa que busca algum grau de assiduidade e fidelidade por parte de seu cliente, deve buscar diferenciais que, aos olhos do consumidor, transpareçam grande vantagem e agreguem valor ao ato de comprar. Um cliente beneficiado por uma empresa sente-se acolhido e volta a comprar. São programas que buscam manter um ciclo de comunicação interativa com o cliente. Ele reserva um espaço para a comunicação com o cliente, através de conteúdos informativos, como revistas, boletins e periódicos, cujos reflexos vertem em conteúdo para o consumidor, 31 Modelo Contratual Modelo de Afinidade Modelo de Serviço de Valor Agregado objetivando o fornecimento de informações para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, com margem superior de qualidade para conquistar a fidelidade do cliente. Consiste em programas que oferecem a entrega periódica de um produto e/ou serviço. Temos como exemplo de benefícios a participação em eventos exclusivos, preços menores em alguns produtos e/ou serviços, com descontos especiais e acesso diferenciado a algumas informações através de, por exemplo, malas diretas com informações sobre lançamentos. Esse tipo de programa busca atingir clientes potenciais e exclusivos, fazendo-os se sentirem mais especiais e fortalecendo assim a relação entre empresa e cliente. Consiste em programas que reúnem grupos de consumidores que compartilham interesses em comum em relação a determinados produtos específicos, trazendo assim alto nível de resposta, através do envolvimento e interação com a marca. Esse tipo de estratégia de fidelização reúne enormes grupos em nome de verdadeiras devoções a uma marca ou produto especifico capaz de, em seus encontros, atrair a atenção de outros consumidores potenciais, para que estes possam vir a se filiar a esses grupos ou adquirir o mesmo bem. São programas que envolvem serviços agregados aos produtos. Como exemplo, pode-se citar serviços de concessionárias que remetem os automóveis a consertos e revisões. Esse modelo busca aumentar a satisfação do cliente unindo produtos de qualidade a serviços eficiente, fazendo com que 32 Modelo de Aliança Complementar estes se sintam especiais e exclusivos. São programas fundamentados em alianças entre empresas, geralmente não concorrentes. Nessa modalidade de efetivação da fidelização do cliente, empresas buscam alianças com outras empresas cujo produto e/ou serviço venha a representar uma necessidade. Esse tipo de programa busca oferecer aos clientes serviços e produtos complementares aos existentes, conseguindo assim oferecer serviços completos. Quadro 1 - Programas de fidelização. Fonte: RAPP; COLLINS apud TORRES; FONSECA, 2012, p. 12. Isso mostra que uma estratégia adequada de fidelização pode proporcionar a diferenciação individual dos clientes, dando margem para a descoberta de novas oportunidades de mercado para a empresa. Instituir um programa de fidelização pressupõe estudos e análises, visto que cada organização possui prioridades e necessidades diferentes, devendo implantar estratégias e procedimentos eficazes de acordo com sua realidade. Para Souza (2009), a fidelização do cliente, alvo desejado por qualquer organização, é alcançada quando a empresa alcança o nível de satisfação e dependência dos clientes em relação à organização. Contudo para que isso aconteça é preciso que se tenha uma administração de relacionamentos eficiente e eficaz. Assim, podemos encontrar algumas vantagens na fidelização dos clientes, como, segundo Souza (2009): Os custos de marketing serão reduzidos devido à conscientização e à fidelidade do consumidor em relação à marca; Em muitos casos a empresa terá mais poder de negociação com distribuidores e varejistas porque os consumidores esperam que eles tenham a marca; A empresa pode cobrar um preço maior do que o de seus concorrentes porque a marca tem maior qualidade; Quanto mais fiéis, maior a vida útil da carteira de clientes da empresa, menor o custo de recuperação de clientes e maior valor financeiro agregado à marca; A fidelidade do cliente oferece à empresa certa defesa contra a concorrência por preço; A fidelização dá à empresa um diferencial e cria barreiras de confiança tornando inconveniente a migração para um concorrente, porque o novo relacionamento começaria do zero, sem nenhum conhecimento de ambas as partes. (SOUZA, 2009, p. 45). 33 Para Souza (2009), fidelização de clientes é medir, gerenciar e criar valor. É tornar a fidelização de clientes parte integrante da missão da empresa, Integrando sistemas de informação, criando valor, ou seja, transformando clientes satisfeitos em clientes fiéis. Medir a fidelização é necessário, como também o impacto dos sistemas de gestão do relacionamento com clientes na fidelização. É mais fácil e barato manter do que conquistar novos clientes. Negrão et al (2008) afirmam que as empresas brasileiras também têm constatado, na prática, que a manutenção de um público cativo possibilita retorno mais significativo e rápido. Não se trata de abandonar novos negócios, o que é fundamental para qualquer empresa, de qualquer setor, em qualquer mercado, ao contrário, estratégias de fidelização baseadas no planejamento e na criatividade criam benefícios para o público que, além de manter estável a carteira de clientes, proporciona valor agregado às marcas da empresa, tornando-a forte, bem posicionada e ainda mais preparada para o mercado. Em outras palavras, um cliente satisfeito e fiel traz outro. As pessoas estão acima dos processos: o objetivo de um negócio é criar valor, não apenas produtos ou serviços. Ao observar a conduta dos clientes, dos funcionários e dos investidores - ou seja, se permanecem ou não fiéis à empresa, é possível concluir a quem se fornece valor e se a empresa está cumprindo a missão de criar um valor duradouro. Em outras palavras, a fidelidade proporciona um padrão para medir o desempenho da empresa, além de um ponto de referência para alcançá-lo. 2.8 O marketing de relacionamento aliado à satisfação e fidelização dos clientes Segundo Kotler (2002), o marketing de relacionamento objetiva estabelecer relacionamentos mutuamente satisfatórios de longo prazo com partes-chave: clientes, fornecedores e distribuidores, a fim de ganhar e reter sua preferência no longo prazo. Estes relacionamentos estabelecem sólidas ligações econômicas, técnicas e sociais entre as partes, resultando na construção de um patrimônio corporativo singular, denominado rede de marketing. 34 Assim, o primeiro objetivo do Marketing de Relacionamento, com grande foco no cliente, é obter um valor de duração de cada um deles. O segundo objetivo é aumentar o valor da duração de cada cliente e manter essa duração crescente. O terceiro objetivo é usar os lucros do sucesso nos dois primeiros objetivos para custear a conquista de novos clientes a um custo mais baixo. O objetivo a longo prazo é a sobrevivência e crescimento. Torres e Fonseca explicam que: Finalmente, cliente e fornecedor obtêm benefícios vindos de um relacionamento: redução dos custos de pesquisa de novos fornecedores e de busca por novos clientes; sensível diminuição dos investimentos em adaptação, após a primeira vez em que são realizados; e melhoria nos processos de comunicação e interatividade. Desta forma, os benefícios vindos da implementação e da aplicação adequada das ações inerentes ao marketing de relacionamento normalmente ocorrem em longo prazo. Um deles é o aumento da lealdade do cliente, ou seja, os clientes permanecem com a empresa por períodos mais longos, compram mais da empresa e também com maior frequência o cliente é fidelizado, ficam mais satisfeitos e proporcionam o marketing boca a boca. Outro benefício é a maior lucratividade por cliente, não apenas porque cada cliente compra mais e usa mais seus serviços, mas em função de custos menores para seduzir os clientes reduzindo o custo de venda e publicidade. (TORRES; FONSECA, 2012, p. 14). Las Casas (2007) aponta que a comercialização moderna é caracterizada pela aplicação do conceito de marketing, que estabelece que as empresas devem procurar satisfazer os desejos, as necessidades e as expectativas dos clientes. Através da aplicação deste conceito, as organizações poderão contar com lucros em longo prazo pela formação de clientes satisfeitos e fiéis à sua marca. Por isso, todas as atividades de troca devem visar estes objetivos. Todo cliente espera sair satisfeito de uma transação comercial e também espera que a empresa esteja empenhada em satisfazê-lo. Mas ter um cliente satisfeito não garante sua fidelidade. O que influencia na satisfação dos clientes? Conforme pôde ser visto, alguns fatores influenciam na satisfação dos clientes, como: produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade dos produtos ou serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. Assim, segundo Kotler (2002), a tarefa do profissional de marketing é entender o que acontece no consciente do comprador entre a chegada do estímulo 35 externo e a decisão de compra. É notório que os agentes de decisão que são os profissionais envolvidos, independente de seu papel na empresa, precisam estar atentos para a análise adequada sobre as necessidades do consumidor. Além disso, as empresas precisam determinar a direção que suas ações de marketing devem seguir, pois no momento da compra muitas vezes a decisão será tomada por outra pessoa e não por aquela que realmente utilizará o produto ou serviço em questão. O marketing de relacionamento envolve diversas diretrizes, uma delas é a pesquisa do comportamento, percepções e necessidades do cliente. A utilização da tecnologia mais adequada também tem sua importância nesse processo, pois através dela é que a empresa poderá absorver todas as informações sobre seus clientes. Conseguindo com isso, implantar ações que disponibilizem maior valor agregado ao cliente, criando assim, vantagem competitiva em relação a concorrência. (SOUZA, 2009, p. 46). Entende-se, com isso, que o marketing de relacionamento traz grandes benefícios para a empresa quando bem utilizados, pois se esta souber vincular sua tecnologia com as ações que envolvem o conhecimento do cliente, ela conseguirá ser bem mais lucrativa e competitiva. E ainda que, a empresa deve pensar que o cliente precisa de seus produtos, mas para que ocorra a comercialização, ele quer ser cada vez mais bem tratado, ele quer se sentir importante dentro da empresa. Kotler (2002) considera o novo posicionamento das empresas como sendo uma forma de mudança do comportamento organizacional. Antes as empresas visavam somente o lucro com base na venda dos produtos e/ou serviços, hoje a preocupação não está somente no aumento da lucratividade, há também outras esferas a serem trabalhadas, uma delas é a criação de relacionamento com os clientes. Percebe-se com isso, que algumas empresas estão muito mais concentradas nesse objetivo, pois pesquisam mais, ouvem mais, utilizam tecnologia de ponta, e conseguem direcionar todos os esforços para satisfazer os clientes e torná-los fiéis. Além disso, é importante observar a necessidade de engajar clientes através do diálogo e da interação. Souza (2009) afirma que o aumento de satisfação do cliente e o crescimento de lucratividade são conquistados escutando a voz do cliente. Para o autor, uma estratégia clara e focada na criação de satisfação do cliente, processos robustos e tecnologia de suporte devem ser colocados em prática para permitir que a voz do cliente penetre todos os níveis e funções dentro de uma organização, através dos diversos tipos de pontos de contato. 36 Desta forma, constata-se que as estratégias do marketing de relacionamento são fundamentais para a definição da cultura organizacional, pois requerem a participação dos clientes e exercem as funções de avaliar, julgar programas, orientar discussões e guiar as ações das pessoas nas organizações. Além disso, as estratégias do marketing de relacionamento estão fundamentadas por valores como confiança, colaboração, comprometimento e honestidade, o que facilita o relacionamento entre a empresa e seus clientes, empregados, fornecedores e investidores. 37 3 METODOLOGIA De acordo com Gil (2002) na metodologia o autor do projeto mostra como será o desenvolvimento do trabalho, considerando os objetivos do mesmo. Deste modo são detalhados, tipos de pesquisa, abordagem da pesquisa, universo, amostra, período de estudo, técnicas de coletas e analise dos dados. 3.1 Natureza da pesquisa Para o presente estudo, foi utilizada a pesquisa aplicada que, de acordo com Gil (2002, p. 28) “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”. 3.2 Abordagem da pesquisa Quanto à forma de abordagem, o presente trabalho utilizou-se de uma pesquisa quantitativa que detecta a presença ou não de algum fenômeno, sem se importar com sua magnitude ou intensidade. 3.3 Tipo de pesquisa A pesquisa quanto aos fins pode ser exploratória, descritiva e explicativa. A pesquisa exploratória, segundo Gil (2002) é utilizada para realizar um estudo preliminar do principal objetivo da pesquisa que será realizada, ou seja, familiarizarse com o fenômeno que está sendo investigado, de modo que a pesquisa subsequente possa ser concebida com uma maior compreensão e precisão. A pesquisa exploratória, pode ser realizada através de diversas técnicas, geralmente 38 com uma pequena amostra que permite ao pesquisador definir o seu problema de pesquisa e formular a sua hipótese com mais precisão. Para a monografia, objeto de estudo, foi realizado o método exploratório, que permite ao autor ter mais contato o objeto investigado. 3.4 Procedimentos utilizados na pesquisa Segundo Gil (2002, p. 42), “a pesquisa pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, levantamento, ex post facto, participante, pesquisa ação e estudo de caso.” Para a monografia foram utilizadas as pesquisas bibliográfica, documental e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica procura explicar problemas a partir de referências teóricas publicadas em livros, revistas especializadas, jornais, etc. A pesquisa documental, segundo Gil (2002), é muito parecida com a bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Já o estudo de caso, segundo o autor, procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela 3.5 Universo/Amostra O universo de clientes da empresa estudada é composto de aproximadamente 160 clientes e a amostra foi composta de 30 clientes pessoa física, com idade de 20 a 60 anos e renda de um salário mínimo e até R$ 5000,00. 39 3.6 Coleta e análise de dados Gil (2002) explica que na coleta de dados é informado como o autor pretende obter os dados que são necessários para responder ao problema. Por isso, utiliza-se de qualquer forma de administração como questionários, formulários, observações etc. A coleta de dados é uma fase que objetiva obter informações da realidade. Para o presente trabalho, foi feito um questionário estruturado composto de 14 perguntas e, após sua aplicação, os dados coletados foram analisados por meio de gráficos do Excel. 40 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Com base no que foi aqui exposto e visando responder aos objetivos do trabalho, dá-se início à análise dos dados. O questionário compõe-se de 14 perguntas objetivas e apenas 01 questão aberta onde o cliente pode dar sua opinião. Conforme disposto na metodologia, a amostra foi composta de 30 clientes pessoa física, sendo que, para o perfil dos clientes, considera-se que 90% dos entrevistados possuem idade entre 35 e 45 anos, com rendimento de R$ 1500,00 a R$ 5000,00. A primeira pergunta questiona se os entrevistados estão satisfeitos com os produtos oferecidos pela Unicar. Dos entrevistados, 21 disseram que concordam e gostam dos serviços oferecidos e 9 disseram que concordam totalmente com os serviços oferecidos pela empresa. 0% 30% CONCORDO 0% DISCORDO CONCORDO TOTALMENTE DISCORDO TOTALMENTE 0% 70% NÃO CONCORDO NEM DISCORDO Gráfico 1 – Satisfação com os serviços oferecidos. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A segunda pergunta questiona se o cliente está satisfeito com o atendimento dos funcionários da empresa. Dos entrevistados, 25 concordaram com o atendimento, alegando que estão satisfeitos; 2 não concordam nem discordam; e 3 concordam totalmente com o atendimento dos funcionários. 41 10% CONCORDO 0% 7% DISCORDO 0% CONCORDO TOTALMENTE DISCORDO TOTALMENTE NÃO CONCORDO NEM DISCORDO 83% Gráfico 2 – Satisfação com o atendimento dos funcionários. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A terceira pergunta questiona se o cliente está satisfeito com a organização da empresa estudada. Dos entrevistados, 20 mostraram-se satisfeitos; 3 não estão satisfeitos; e 7 estão bastante satisfeitos com a organização da empresa. 0% 23% CONCORDO 0% DISCORDO CONCORDO TOTALMENTE 10% 67% DISCORDO TOTALMENTE NÃO CONCORDO NEM DISCORDO Gráfico 3 – Satisfação com a organização da empresa. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. 42 A quarta pergunta questiona se o cliente está satisfeito com as instalações da empresa. Dos entrevistados, 28 estão satisfeitos; e apenas 2 estão bastante satisfeitos e concordam totalmente com as instalações da empresa estudada. 0% 0% 7% CONCORDO 0% DISCORDO CONCORDO TOTALMENTE DISCORDO TOTALMENTE NÃO CONCORDO NEM DISCORDO 93% Gráfico 4 – Satisfação com as instalações da empresa. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A quinta pergunta questiona se o cliente está satisfeito com a qualidade dos serviços oferecidos pela empresa. Dos entrevistados, 26 estão satisfeitos; 2 não estão; e apenas 2 concordam totalmente com a qualidade dos serviços oferecidos. 0% 7% 7% CONCORDO 0% DISCORDO CONCORDO TOTALMENTE DISCORDO TOTALMENTE 86% NÃO CONCORDO NEM DISCORDO Gráfico 5 – Satisfação com a qualidade dos serviços oferecidos. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. 43 A sexta pergunta questiona como os clientes consideram os preços dos serviços oferecidos pela empresa em relação à concorrência. Dos entrevistados, 2 disseram que é igual; 25 disseram que estão acima dos preços da concorrência; e 3 não souberam responder. 10% 0% 7% BAIXO IGUAL MAIOR NÃO SEI RESPONDER 83% Gráfico 6 – Preço dos serviços oferecidos. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A sétima pergunta questiona se os preços praticados pela empresa estão condizentes com a qualidade oferecida. Dos entrevistados, 27 disseram que concordam com esta questão; e apenas 3 não concordam nem discordam. 0% 0% CONCORDO 10% 0% DISCORDO CONCORDO TOTALMENTE DISCORDO TOTALMENTE 90% NÃO CONCORDO NEM DISCORDO Gráfico 7 – Preço e qualidade dos serviços oferecidos. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. 44 A oitava pergunta questiona se a empresa estudada cumpre com os prazos estabelecidos. Dos entrevistados, 24 disseram que sim; 5 disseram que às vezes; e apenas 1 disse que não. 0% SIM 17% 3% NÃO NÃO SEI 80% AS VEZES Gráfico 8 – Cumprimento dos prazos estabelecidos. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A nona pergunta questiona se os funcionários da empresa estudada são comprometidos com os serviços. Dos entrevistados, 25 disseram que sim; e apenas 5 disseram que as vezes eles são comprometidos. 0% SIM 17% 0% NÃO NÃO SEI 83% AS VEZES Gráfico 9 – Comprometimento dos funcionários. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. 45 A décima pergunta questiona se o cliente confia nos serviços dos funcionários da empresa estudada. Todos os entrevistados disseram que sim. A décima primeira pergunta questiona se o cliente entende que a empresa é de confiança. Dos entrevistados, 26 disseram que sim; e 4 disseram que sempre entenderam que a empresa estudada é de confiança. 0% 13% SIM 0% NÃO SEMPRE NUNCA 87% Gráfico 10 – Confiança na empresa. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A décima segunda pergunta questiona se o cliente é fiel à empresa estudada. Dos entrevistados, 19 disseram que sim; 3 disseram que não; e 8 disseram que sempre foram fiéis á empresa estudada. 15% SIM 0% 12% NÃO SEMPRE 73% Gráfico 11 – Fidelidade à empresa. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. NUNCA 46 A décima terceira pergunta questiona se o cliente indicaria a empresa estudada para familiares e amigos. Dos entrevistados, 22 disseram que sim; e 8 disseram que sempre indicam a empresa a outras pessoas. 27% 0% SIM NÃO SEMPRE 0% 73% NUNCA Gráfico 12 – Indicação da empresa. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. A décima quarta pergunta questiona se o cliente se sente tranquilo ao levar seu carro à empresa estudada. Dos entrevistados, 22 disseram que sim; e 8 disseram que sempre se sentem seguros ao levar o carro para a empresa estudada. 27% SIM 0% NÃO SEMPRE 0% 73% NUNCA Gráfico 13 – Tranquilidade ao levar o veículo à empresa estudada. Fonte: Dados levantados pela pesquisa. 47 5 CONCLUSÃO Conforme pôde ser visto neste trabalho, a empresa que está inclinada a aumentar seus clientes, e atendê-los bem, deverá procurar vantagens diferenciadas para oferecer. O marketing é uma importante ferramenta de todas as organizações que procuram perceber, servir e satisfazer os clientes, é como uma chave para o atendimento das metas organizacionais se afasta de um simples conceito de vendas e se dirige para um conceito de planejamento programado do produto, determinação do preço, promoção e distribuição, a fim de atender os interesses dos clientes visados e também suas necessidades. No marketing de relacionamento, as empresas buscam satisfazer as necessidades de seus consumidores, ofertando produtos e/ou serviços de qualidade e criando valor para os clientes, buscando fidelizá-los. Da mesma forma, as respostas dos clientes demonstram que a satisfação não se resume à aquisição de produto ou serviço, mas na sua avaliação contínua após a venda. Mais ainda, conforme ensina Las Casas (2007) ele espera que a empresa possa continuar prestando-lhe atendimento, e de qualidade, mesmo após ter-se encerrado o processo de aquisição. Ou seja: a relação entre uma empresa e seu cliente é para sempre: se isso não ocorre, ele tende a procurar outros produtos, outras marcas, outros fornecedores. Assim, como falado anteriormente, segundo Las Casas (2007), o marketing de relacionamento está intimamente ligado à fidelização do cliente, investindo na manutenção dos seus clientes cativos e ainda na conquista de outros clientes, contando com o apoio de um banco de dados que permita coletar e processas as informações, expectativas e necessidades dos clientes, e, tudo isso, está diretamente relacionado à estratégia empresarial. A principal preocupação da empresa estudada, neste caso, deve ser em relação à satisfação dos clientes, pois esta é uma estratégia das organizações para conquistar seus objetivos, pois a satisfação do cliente é o propósito maior das organizações e é a única forma de uma empresa sobreviver a longo prazo. As questões relativas à confiança e tranquilidade quanto aos serviços ofertados pela empresa também demonstram que estes pontos são muito importantes, pois é através da confiança que se obtém a boa vontade dos clientes e 48 estes passam a ter segurança no que está sendo proporcionado. Assim, consequentemente, se sentem satisfeitos, pois suas necessidades e expectativas foram atendidas. Os consumidores buscam iniciar ou manterem relacionamento com empresas que percebem serem honestas, ou seja, que transmitam confiança. Quando uma organização se insere em um mercado, tem que ter consciência de que a competição existe e precisa trabalhar para conquistar o seu lugar no mercado. Da mesma forma, é preciso considerar a fidelidade como uma estratégia, não como uma tática. A fidelidade do cliente, a do funcionário e a do investidor estão intimamente interligadas. Portanto, para que o gerenciamento baseado na fidelidade produza frutos, é necessário considerar todas as partes. Conforme pôde ser visto, alguns fatores influenciam na satisfação dos clientes, como: produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade dos produtos ou serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. Conclui-se com relação ao quesito satisfação que praticamente toda a amostra está satisfeita no que tange aos seguintes quesitos: produtos oferecidos, atendimento dos funcionários, organização, instalações e qualidade dos serviços. Isso comprova um alto nível de satisfação dos clientes, o que pode estar fundamentado no trabalho que a empresa já vem realizando ao longo dos anos. No que tange aos preços, observou-se que os clientes consideram os mesmos elevados, acima da concorrência, no entanto, com relação à questão se preços estão condizentes com a qualidade, eles concordam, ou seja, o preço elevado é compensado pelo alto nível de qualidade. Com relação aos prazos cumpridos, comprometimento dos funcionários e confiança, houve também um alto nível de satisfação. No que se trata de fidelidade e indicação da empresa, 88% da amostra é fiel à Unicar e todos disseram que recomendam a empresa. Com relação à questão aberta que perguntou o que, na opinião do cliente, a empresa poderia fazer para melhorar a qualidade do serviço e do atendimento. Segundo os clientes, a empresa deve fazer mais propaganda de seus serviços e passar a utilizar o pagamento com cartão de crédito. 49 Assim, diante da avaliação deste questionário, foi possível perceber que o marketing de relacionamento é importante, uma vez que a empresa precisa dos consumidores para sobreviver, e precisa que os mesmos estejam satisfeitos com os produtos e serviço oferecidos pela organização. Isso mostra que quando uma organização se insere em um mercado, tem que ter consciência de que a competição existe e precisa trabalhar para conquistar o seu lugar no mercado. Da mesma forma, é preciso considerar a fidelidade como uma estratégia, não como uma simples tática. A fidelidade do cliente, o atendimento do funcionário e a lucratividade da empresa estão intimamente ligadas. Portanto, para que o gerenciamento baseado na fidelidade produza frutos, é necessário considerar todos estes fatores. 5.1 Recomendações para a empresa a) Utilização da forma de pagamento por meio de cartão de crédito; b) Elaboração e criação de propagandas; c) Verificação e acompanhamento dos preços em relação à concorrência; d) Continuar oferecendo sempre serviços de qualidade, confiança e bom atendimento. 50 REFERÊNCIAS BICHO, Leandro; BAPTISTA, Susana. Modelo de Porter e análise Swot: estratégias de negócio. Disponível em: <http://prof.santana-esilva.pt/gestao_de_empreendimentos/trabalhos_alunos/word/Modelo%20de%20Port er%20e%20An%C3%A1lise%20SWOT_DOC.pdf>. Acesso em: 05 jul. 2013. BOONE, E.Louis; KURTZ, L.David. Marketing Contemporâneo. 8. ed. São Paulo: JC. 1998. BRAMBILLA, Flavio Régio; PEREIRA, Luciana V.; PEREIRA, Paula Bristot. Marketing de Relacionamento: Definição e Aplicações. INGEPRO – Inovação, Gestão e Produção, dez./2010, v. 2, n. 12. Disponível em: <http://ingepro.com.br/Publ_2010/Dez/306-941-1-PB.pdf>. Acesso em: 03 maio 2013. CLARO, Danny Pimentel. Marketing de relacionamento: conceitos e desafios para o sucesso do negócio. Disponível em: <www.ibmecsp.edu.br/pesquisa/download.php?recid=3078>. Acesso em: 3 maio 2013. DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2004. GORDON, Ian. Marketing de relacionamento: estratégias, técnicas e tecnologias para conquistar clientes e mantê-los para sempre. São Paulo: Futura, 2002. KOTLER Philip. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Afiliada, 2002. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios do Marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1998. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MADRUGA, Roberto. Guia de implementação de marketing de relacionamento e CRM: o que e como todas as empresas brasileiras devem fazer para conquistar, reter e encantar seus clientes. São Paulo: Atlas, 2004. MCKENNA, Regis. Marketing de Relacionamento. Rio de Janeiro: Campus, 2002. NEGRÃO, Eunice Ester; NOVAES, Amilton Luiz; VIANA, José Jair Soares; HALL, Rosemar José. Marketing de relacionamento: uma reflexão teórica. Disponível em: <http://www.convibra.com.br/2008/artigos/215_0.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2013. OLIVEIRA, Clarice Fabíola de. A utilização de marketing de relacionamento: um exemplo ilustrativo de uma empresa de seguros. Disponível em: <http://www.esag.edu.br/biblioteca/images2/clarice_20060207.pdf>. Acesso em: 3 maio 2013. 51 PACANHAN, Mario Nei; CHIUSOLI, Claudio Luiz; STAHL, Luciane Maria; HARTIRI, Henrique Akira. Marketing de relacionamento: reflexões a partir da Experiência de gestão no contexto de micro e pequenas empresas. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/7semead/paginas/artigos%20recebidos/marketin g/MKT45_-_Marketing_relacionamento_pequenas_empr.PDF>. Acesso em: 28 abr. 2013. SOUZA, Roberto Araújo de Oliveira. Estratégias de marketing de relacionamento: um estudo na empresa videira artigos evangélicos e locadora. Disponível em: <http://asac.unirg.edu.br/cur/adm/arq/banco7p2009_1/PROJETO%20%20Roberto%20Araujo%20de%20Oliveira%20Souza.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2013. TORRES, Simone Pádua; FONSECA, Sônia Cristina. Marketing de relacionamento: a satisfação e fidelização do cliente. Disponível em: < http://www.iptan.edu.br/publicacoes/anuario_prodcientifica/arquivos/revista1/artigos/ Artigo_Simone_Sonia.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2013. 52 ANEXO A - QUESTIONÁRIO RELACIONAMENTO COMO DE – PESQUISA FERRAMENTA PARA MARKETING SATISFAÇÃO DE E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES Prezado Cliente: A aplicação deste questionário tem a finalidade de composição de um trabalho acadêmico de conclusão de curso de Administração de Empresas da Faculdade de Pará de Minas. Vale lembrar que o nome da pessoa que responder este questionário não será revelado. Favor não deixar de responder nenhuma questão. Para as questões seguintes, marque um X na resposta que melhor representa a sua situação. Idade: Menos de 20 anos 20 a 30 anos De 31 a 40 anos De 41 a 50 anos De 51 a 60 anos Renda: R$4.999,99 Mais de 60 anos Até R$622,00 Entre R$623,00 e R$1.499,99 Entre R$1.500,00 e R$5.000 ou mais Quantidade de veículos: 1 2 Mais de 2 Sexo: Masculino Feminino 1) – Você está satisfeito com os serviços oferecidos pela Unicar? Concordo Discordo totalmente Concordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo 2) – Você está satisfeito com o atendimento dos funcionários da Unicar? Concordo Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo totalmente 3) – Você está satisfeito com a organização da Unicar? Concordo Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo totalmente 4) – Você está satisfeito com as instalações da Unicar? Concordo Discordo totalmente Concordo totalmente 53 Discordo Não concordo nem discordo 5) – Você está satisfeito com a qualidade dos serviços oferecidos na Unicar? Concordo Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo totalmente 6) – Como você considera os preços dos serviços da Unicar em relação à concorrência? Baixo Igual Maior Não sei responder 7) – Os preços praticados pela Unicar são condizentes com a qualidade oferecida? Concordo Discordo totalmente Concordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo 8) – A empresa Unicar cumpri com os prazos estabelecidos? Sim PREÇO Não Não sei As vezes 9) – Os funcionários da Unicar são comprometidos com o serviço? Concordo Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo totalmente 10) – Você confia nos serviços dos funcionários da Unicar? Sim Sempre Não PROMOÇÃO 11) – A Unicar é uma empresa de confiança? Sim Não Sempre Nunca Nunca 12) – Você é fiel à Unicar? Sim Não Sempre Nunca PRAÇA 13) – Você indicaria a Unicar para familiares ou amigos? Sim Não Sempre Nunca 14) – Você se sente tranqüilo ao levar seu carro na Unicar? Sim Não Sempre Nunca PROCESSO 15) – Na sua opinião o que podemos fazer para melhorar a qualidade do nosso atendimento e dos nossos s