Cardiodesfibrilador Implantável– Infecção em DCEI

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Síndrome de Brugada
A síndrome de Brugada é uma doença genética com transmissão autossômica dominante,
relacionada, na maior parte dos casos, a alterações no gene SCN5A (localizado no cromossomo
3p21-23, que codifica a subunidade α dos canais de sódio cardíacos, localizada no cromossomo
3)76(D). Descrita inicialmente em 1992, caracteriza-se por elevação do segmento ST nas
derivações precordiais direitas (V1 a V3), na ausência de etiologia conhecida, bloqueio de ramo
direito incompleto ou completo e suscetibilidade para desenvolver taquiarritmias
ventriculares77(C)78(D).
Manifesta-se
geralmente
na
idade
adulta,
acometendo
79
predominantemente o sexo masculino (B). É responsável por 4% a 12% de todos os casos de
morte súbita cardíaca e por cerca de 20% d a s mortes em indivíduos que não apresentam
alterações miocárdicas estruturais80(D).
As manifestações clínicas mais significativas da síndrome de Brugada estão relacionadas às
arritmias ventriculares, resultantes da heterogeneidade dos períodos refratários do miocárdio no
ventrículo direito, que decorrem da presença simultânea de canais de sódio normais e anormais
no mesmo tecido81(D). Apresenta ainda risco elevado para ocorrência de arritmias atriais,
especialmente a fibrilação atrial82(B) e bloqueios atrioventriculares. Indivíduos com síndrome de
Brugada permanecem geralmente assintomáticos; contudo, síncope ou parada cardíaca foram
descritas em 17% a 42% dos pacientes, como consequência de taquicardia ventricular polimórfica
ou fibrilação ventricular83(D).
Estudos orientados para a estratificação de risco e visando à identificação de indivíduos de
risco elevado para a ocorrência de morte súbita cardíaca na população com síndrome de Brugada
divergem na definição dos marcadores específicos relativos ao prognóstico84-87(B). Todavia, em
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