Gabarito – Prova de 3o Ano 1. T T θ P 90 −θ 0 θ P Considerando as equações de movimento apenas na direção paralela ao plano e tomando como positivo o sentido anti-horário, temos: Para o corpo da esquerda: m a = m g senθ − T Para o corpo da direita: m a = T − m g sen(90 0 − θ ) = T − mg cosθ Somando uma equação com a outra obtemos: a = (1) (2) g (senθ − cosθ ) 2 Para que a aceleração seja máxima, a diferença ( senθ − cosθ ) deve ser máxima. O valor máximo a ser alcançado, em módulo, é 1. Como 0 ≤ θ ≤ 90 0 , isto ocorre para dois valores de θ : • θ = 00 ⇒ a = − g = −5 m/s 2 , onde o sinal negativo indica que a aceleração tem sentido 2 horário. Em outros termos, isto significa que o corpo da direita cai verticalmente, enquanto que o corpo da esquerda desliza horizontalmente sobre o plano. Usando a equação (1), obtém-se: ⎛ g⎞ T = m g sen θ − m a = − m ⎜ − ⎟ ⎝ 2⎠ ⇒ T = 30 × 5 =150 N . Este mesmo resultado é encontrado usando a equação (2) • θ = 90 0 ⇒ a = g = 5 m/s 2 . O corpo da esquerda cai verticalmente, enquanto que o corpo 2 da direita desliza horizontalmente sobre o plano. Usando a equação (1), obtém-se: T = m g sen θ − m a = m g 2 ⇒ T = 30 × 5 =150 N . Este mesmo resultado é encontrado usando a equação (2) 2. a) Quando a massa é colocada sobre a mola, a força total que nela atua é: F = mg − k x No ponto de equilíbrio, xe , a força é nula, de modo que xe = mg g = 2 , onde ω = k ω k m Ao se efetuar uma compressão xo sobre a mola, o corpo irá oscilar em torno da posição de equilíbrio, e enquanto o objeto está preso à plataforma, o movimento é descrito pela equação x(t ) = xo cos(ω t + ϕ ) , onde x(t ) é medido em relação à posição de equilíbrio, xo é a amplitude de movimento e o sentido positivo é orientado para cima. A aceleração é dada por a (t ) = −ω 2 xo cos(ω t + ϕ ) , ou simplesmente: a(t ) = −ω 2 x(t ) (1) A aceleração é, portanto, máxima nos extremos e nula no ponto de equilíbrio. Observe que se − xo ≤ x < 0 a aceleração é positiva, indicando que aponta para cima. Note que, no referencial da plataforma o corpo, devido à inércia, sofrerá uma aceleração para baixo, ficando “mais pesado” e não poderá se desprender da plataforma. Para 0 < x ≤ xo a aceleração é negativa, indicando que aponta para baixo. Contudo, no referencial da plataforma, o corpo sofre uma aceleração para cima de forma que ele exercerá sobre a plataforma uma força normal igual a: N = m (a − g ) O corpo se desprenderá da plataforma quando N = 0 , isto é quando a = g no referencial da plataforma, ou a (t ) = − g no referencial do ponto de equilíbrio. De acordo com a equação (1), isto ocorrerá em xd = g ω2 . (2) Contudo, xo é a amplitude de movimento, de maneira que é necessário que xo ≥ xd para que o corpo desprenda da plataforma. O valor mínimo para que isto ocorra é: xo (min) = g ω2 b) De acordo com o enunciado do problema, ω = 10 rad/s , de forma que usando (2) obtemos xo (min) = 10 cm . Como xo = 15 cm , o corpo irá se desprender da plataforma. Assim, sendo a deformação inicial igual a xo , a energia total do sistema será: ET = k 2 mω 2 2 xo = xo . 2 2 No ponto onde o corpo começa a desprender, a energia será a soma da energia potencial mais a cinética. Por conservação de energia: mω 2 2 mω 2 2 m 2 xo = xd + vd 2 2 2 Logo a velocidade vd com que o corpo é lançado é: ( vd2 = ω 2 xo2 − xd2 ) (Observe nesta expressão que xo deve ser maior que xd , pois se isto não ocorresse o quadrado da velocidade seria negativo). Se h' é a altura que o objeto atinge, medida a partir deste ponto, teremos: m 2 vd = mgh' 2 ( vd2 ω 2 xo2 − xd2 = h' = 2g 2g ⇒ ) A altura total que se pede na questão é em relação à posição de equilíbrio. Logo h = x d + h' Usando (2) teremos h= h= g ω2 + g 2ω 2 ω2 2g + xo2 − ω2 2g ω2 g2 2g ω 4 xo2 Fazendo ω = 10 rad/s e xo = 15 cm , obtemos h = 16,25 cm 3. a) Como a pressão é mantida constante, obtemos da equação dos gases ideais, P V = n R T , a relação: ΔT = P ΔV nR Como a expansão ocorre com velocidade constante, teremos: ΔV = A Δx = A v Δ t Logo ΔT = PA v Δt nR Substituindo os valores: ΔT = 10 5 × 300 × 10 −4 × 16,6 × 10 −3 × 50 3 × 8,3 Obtemos: ΔT = 100 K b) A quantidade de energia transferida ao gás será: ΔQ = n C P ΔT Sabemos que para gases ideais temos C P = CV + R , de modo que C P = Assim ΔQ = 3 × 7 × 8,3 × 100 2 ΔQ = 8715 J 7 R 2 4. No meio inicial devemos ter a relação v = λ f . No meio i, esta relação será: vi = λi f , onde f não é alterado na passagem entre os meios. Dividindo estas equações, tem-se a relação: λ v = = ni vi λi λi = ⇒ λ ni , onde, utilizando os dados do problema, temos: n1 = 1,5 e n2 = 2 Para o comprimento d do meio 1 cabem Analogamente para o meio 2 devemos ter N 2 = N1 = d λ2 = d λ1 d n2 λ = d n1 = 1,5 λ =2 d λ d λ comprimentos de onda. . Por outro lado, como as distâncias destes meios até P são as mesmas, para que haja interferência destrutiva em P, é necessário que as ondas que delas emergem devem estar em oposição de fase (isto é, se uma delas em um ponto é pico a outra deve ser um vale). Mas isto só acontece se a diferença N 2 − N1 for um semi-inteiro. Assim N 2 − N1 = 0,5 d λ = (2m + 1) 1 , onde m = 0, 1, 2K 2 Obtemos então d = (2m + 1)λ Logo os possíveis valores de d serão: d = λ , 3λ , 5λ K Observação: Uma solução mais formal para este problema é dado a seguir: Sejam as ondas no ponto P representadas por: y1 = yo cos(k1r1 − ω t + ϕ ) e y 2 = yo cos(k 2 r2 − ω t + ϕ ) onde as distâncias foram medidas a partir do ponto onde as ondas entram nos meios 1 e 2. Note que as constantes de fase são iguais uma vez que, de acordo com o enunciado, elas entram em fase naqueles meios. A onda total será: y = y1 + y 2 = yo [cos(k1r1 − ω t + ϕ ) + cos(k 2 r2 − ω t + ϕ )] Resulta: ⎛k r −k r ⎞ ⎛k r +k r ⎞ y = 2 yo cos ⎜ 2 2 1 1 ⎟ cos ⎜ 2 2 1 1 − ω t + ϕ ⎟ 2 2 ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ A intensidade da onda será proporcional ao quadrado da amplitude da onda resultante, ou seja: ⎛k r −k r ⎞ I α cos 2 ⎜ 2 2 1 1 ⎟ 2 ⎝ ⎠ Observe a interferência será destrutiva se (k 2 r2 − k1r ) = (2m + 1) π onde m = 0, 1, 2.... Se l é a distância de cada meio a P teremos: (1) k1r1 = 2π d+ λ1 2π λ 2π l= d n1 + λ 2π l λ e k 2 r2 = 2π λ2 d+ 2π λ l= Assim (k 2 r2 − k1r ) = 2π λ 2π λ d n2 + 2π λ l d (n 2 − n1 ) Usando (1) : 2π λ d (n 2 − n1 ) = ( 2m + 1) π ⇒ d = (2m + 1) λ 2(n2 − n1 ) Substituindo os valores obtemos: d = (2m + 1)λ , ou seja: d = λ , 3λ , 5λ K 5. n2 x α r n1 O β R y Para o primeiro objeto, aplicando a lei da refração para o raio que incide em O, teremos: n1senα = n2 senβ Observando a figura, observa-se que: x = r senα Logo, n1 e y = R senβ (1) x y = n2 r R Mas, de acordo com o problema, x = y e R = 2r O que nos leva a: n2 = 2n1. a) Para o segundo objeto, o meio onde a luz incide inicialmente tem índice de refração n2 , enquanto que o segundo meio tem índice n1 . Devemos ter, então: n2 senα = n1senβ Usando (1): n2 x y = n1 , ou r R y= n2 R x n1 r Teremos então: y = 4 x b) O fenômeno da reflexão total só ocorre quando o meio incidente tem índice de refração maior do que o índice do meio refrator. Assim, no primeiro objeto não haverá reflexão total para o feixe incidente. Para o segundo meio, usamos a lei da refração: n2 senα = n1senβ O ângulo limite α l ocorre quando β = 90 0 , ou seja: n2 senα l = n1 Usando (1): senα l = Logo xl = xl r n1 r n2 Resultando xl = r 2 6. A figura abaixo mostra uma vista (de cima) do conjunto em três situações. A figura (a) mostra o espelho em sua posição de equilíbrio (onde a torção do fio é nula). O feixe refletido incide sobre o espelho no ponto C e atinge a tela no ponto O. O detector está na direção da normal ao espelho. A figura (b) mostra o espelho em uma de seus extremos de oscilação e neste instante o feixe refletido atinge o detector. A figura (c) mostra o espelho em outra extremidade de oscilação. Observe que o ângulo de incidência no espelho é (θ + α 0 ) e que o feixe refletido forma, em relação à CO, um ângulo 2α 0 . Tela Tela O C θ B O α0 Tela α0 a) C Detetor A α0 b) C N N α0 Detetor θ O θ+α0 θ θ Detetor c) a. Segundo o enunciado, o feixe refletido atinge o detetor quando o espelho está formando um ângulo de máxima deflexão, α 0 , em relação à sua posição de repouso (figura b). Neste instante, a normal CN ao espelho girou de α 0 em relação à sua posição de equilíbrio, de modo que o ângulo de reflexão é α 0 . Usando a lei da reflexão, obtemos: α0 = θ 2 = π 40 rad Da figura sinal X tempo, obtém-se que o período de oscilação é T = 0,4 s , de forma que: ω= 2π = 5π rad / s T Para achar ϕ o , devemos achar a posição do espelho em um determinado instante. Da figura S x t observa-se que quando t = 0,1 s sinal não é nulo, indicando que o espelho está numa de suas extremidade de oscilação, ou mais precisamente em α (0,1 s ) = −α 0 . Assim, α (0,1s) = α 0 sen (ω × 0,1 + ϕ o ) = −α 0 π 3⎞ ⎛ + ϕ o = ⎜ 2m + ⎟π 2 2⎠ ⎝ sen (0,5π + ϕ 0 ) = −1 ⇒ ⇒ m = 0, 1, 2K Logo ϕ o = (2m + 1)π , ou seja, ϕ o = π , 3π , 5π K . Como estas soluções são fisicamente equivalentes, escolhemos, por simplicidade, ϕ o = π . A equação de oscilação do espelho será: α (t ) = π 40 sen (5π t + π ) b. A imagem descreve na tela um arco de circunferência onde O é o ponto central (figura c). Se o ângulo de torção é α , o feixe refletido forma um ângulo 2α em relação à CO. Isto corresponde, na tela, um arco de circunferência s = 2 α R . Assim, s (t ) = so sen (ω t +ϕ 0 ) , onde so = 2α o R = Teremos, então: s (t ) = π 20 π 20 m sen (5π t + π ) 7. O primeiro fragmento penetra na região do campo magnético e, pelo fato da direção de seu movimento ser alterada, significa que ele sofreu a ação de uma força magnética, pois nesta região há apenas campo magnético. Contudo esta só atua em objetos carregados e com velocidade não nula. Isto implica então que o fragmento adquiriu uma carga q1. O módulo desta força é dado por FM = q1 v B . Esta força é sempre perpendicular ao vetor velocidade, de modo que o movimento descrito pelo fragmento é circular. A aceleração é centrípeta, de modo que: q1 v1 B = m1 v12 R d = 2R = 2 m1 v1 q1 B Como m1 = mo 2 2m1v1 dB v1 = 3vo e q1 = teremos q1 = ⇒ 3m o v o dB Aplicando a regra da mão direita, deduz-se que, pelo tipo de trajetória descrita, este fragmento está carregado negativamente, de forma que q1 = − 3mo vo (1) dB O outro fragmento, por conservação de momento, deve ter mo vo = m1v1 + m2 v 2 Como m1 = m2 = mo , obtemos v2 = −vo . 2 r O sinal negativo indica que este fragmento retorna à região do campo E . Como o corpo é inicialmente neutro, devido à conservação de carga teremos q1 + q 2 = 0 , ou seja, q 2 = − q1 = 3mo vo dB r Como E está orientado na direção negativa do eixo Oy, e a carga é positiva, devemos ter: r v r q E F = q 2 E = m2 a ⇒ a y = − 2 = a ⇒ m2 a=− a=− 3mo vo E d B m2 6 E vo dB A equação horária será: x = −vo t y=− 3Evo 2 t dB 3E 2 x dBvo Logo : y ( x) = − 8. a) De acordo com Bohr, quando ocorre uma transição de um nível de energia superior para outro inferior, há a emissão de um fóton de energia ΔE = E s − Ei . Como E n = − 13,6 n2 eV , as três linhas de mais baixa energia da serie de Balmer terão energia: Transição Cálculo da energia (eV) Energia do fóton emitido (eV) ns = 3 ⇒ ni = 2 1 ⎞ ⎛ 1 ΔE1 = 13,6⎜ 2 − 2 ⎟ 3 ⎠ ⎝2 ΔE1 = 1,889 ns = 4 ⇒ ni = 2 1 ⎞ ⎛ 1 ΔE2 = 13,6⎜ 2 − 2 ⎟ 4 ⎠ ⎝2 ΔE2 = 2,550 ns = 5 ⇒ ni = 2 1 ⎞ ⎛ 1 ΔE3 = 13,6⎜ 2 − 2 ⎟ 5 ⎠ ⎝2 ΔE3 = 2,856 Como a função trabalho vale Φ = 2,656 eV , somente o fóton de energia ΔE3 irá provocar efeito fotoelétrico. A energia cinética máxima dos elétrons ejetados será dada por: (Ec )max = ΔE3 − Φ Obtemos então: (Ec )max = 0,2 eV b) De acordo com de Broglie o comprimento de onda associado a uma partícula de momento linear (quantidade de movimento) p é λ = Por outro lado E c = Resulta λ = h . p m v2 p2 = 2 2m h 2mEc Substituindo os valores (e lembrando-se que Ec = 0,2 eV = 0,2 × 1,6 × 10 −19 J ) teremos: λ= 6 × 10 −34 2 × 9 × 10 −31 × 3,2 × 10 −20 Resulta: λ = 2,5 × 10 −9 m = 2,5 nm