lista 02 Brasil 2016 caius

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LISTA DE EXERCÍCIOS
Professor:
1º BIMESTRE
CAIUS
Lista 02
HISTÓRIA
SÉRIE: 3º ANO
DATA: 05/ 02/ 2016
01 - (UERJ/2012)
Uma questão acadêmica, mas interessante, acerca da “descoberta” do Brasil é a seguinte: ela resultou de um acidente, de um
acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os defensores da casualidade são hoje uma corrente minoritária. A célebre carta de
Caminha não refere a ocorrência de calmarias. Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13 caravelas, bússola e
marinheiros experimentados se perdesse em pleno oceano Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia por acidente.
Rejeitado o acaso como fonte de explicação no que tange aos objetivos da “descoberta”, fica de pé a seguinte pergunta: qual
foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral?
Adaptado de LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial.
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI foram processos importantes para a construção do mundo moderno. A
chegada dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que levaram diferentes nações europeias às grandes navegações.
Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto: qual foi a finalidade da expedição de Cabral?
Em seguida, cite dois motivos que justificam as grandes navegações marítimas nos séculos XV e XVI.
02 - (UDESC SC/2012)
Leia as proposições abaixo sobre as revoluções na Europa entre os séculos XVII e XVIII e assinale (V) para verdadeira ou (F)
para falso.
( )
(
(
(
(
)
)
)
)
Movidos pela riqueza adquirida durante as grandes navegações, os Países Ibéricos tiveram condições de iniciar a
Revolução Industrial no século XVII.
Os ingleses mantiveram livres as plantações em áreas comunais e atrasaram a inserção das indústrias na Inglaterra.
A partir do final do século XVIII, os franceses realizaram uma revolução que influenciaria o mundo inteiro.
Os ingleses fizeram a primeira Revolução burguesa.
A Revolução Industrial se iniciou em Portugal, país que teve os primeiros grandes parques industriais na Europa.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a)
b)
c)
d)
e)
V–F–V–F–F
F–F–V–V–F
V–V–F–F–V
F–V–V–V–F
F–F–V–F–V
03 - (FUVEST SP/2012)
Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses
comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e
financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão
com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em
mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e
tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de
História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento
a)
puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes
empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.
b)
ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia
à expansão econômica e vice-versa.
por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados
para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis.
militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como
complemento apenas ocasional.
que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e
religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.
c)
d)
e)
04 - (UEL PR/2012)
O ser humano, historicamente, tem procurado medir e controlar o tempo. Para isso, criou instrumentos utilizando-se de
elementos naturais.
Sobre as diferentes formas de os homens medirem o tempo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir.
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
O astrolábio, ou relógio de estrelas, foi utilizado pelos povos Maia e Asteca.
A ampulheta, ou relógio de areia, foi utilizada pelos gregos e romanos.
O relógio atômico utiliza a meia vida de um elemento radiativo e regula atualmente a hora internacional.
A clepsidra, ou relógio de água, foi utilizado pelos povos da antiguidade.
O sextante, ou relógio naval, marcava o tempo da viagem na época das Grandes Navegações.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a)
b)
c)
d)
e)
V, V, F, V, F.
V, V, F, F, V.
V, F, V, F, V.
F, V, V, V, F.
F, F, V, F, V.
05 - (UPE/2012)
O processo da Expansão Ultramarina acabou por redefinir o mapa mundial nos séculos XV-XVI. Com a descoberta da América
e a possibilidade de um melhor conhecimento da África e Ásia, por parte dos europeus, ocorreram várias mudanças na
mentalidade europeia. Sobre essa realidade, é CORRETO afirmar que
a)
b)
c)
d)
e)
várias narrativas sobre as terras distantes e exóticas e seus habitantes foram publicadas na Europa, como os escritos de
Hans Staden.
os espanhóis, logo de início, caracterizaram as descobertas de Colombo, como a chegada a um novo continente até então
desconhecido.
os portugueses optaram por colonizar a África central, evitando fixarem-se na América.
a França e a Inglaterra colheram os lucros pela antecipação às nações ibéricas no processo das descobertas ultramarinas.
a Espanha acabou por ocupar boa parte do território africano, dominando assim o tráfico negreiro até fins do século
XVIII.
06 - (UEL PR/2012)
Observe as figuras 3 e 4 a seguir.
Figura 3: Globo Terrestre
(CARRARO, Fernando. Atividades com mapa. São Paulo: FTD, 1996.)
2
Figura 4: Planisfério
(CARRARO, Fernando. Atividades com mapa. São Paulo: FTD, 1996.)
Oceanos abrigaram, uniram e separaram povos no decorrer do tempo. Representações artísticas, literárias, cartográficas e
narrativas históricas sobre os oceanos contribuíram para ampliar a sua compreensão.
Com base no enunciado e nos conhecimentos históricos, considere as afirmativas a seguir.
I.
Grande parte das terras banhadas pelo Mediterrâneo, denominado Mare Nostrum pelos antigos romanos, foi por eles
colonizada no decorrer do seu Império.
II. Os portugueses, nos séculos XV e XVI, dominaram oceanos com caravelas e conhecimentos náuticos, anotando, em suas
viagens, as rotas marítimas.
III. As narrativas sobre as criaturas míticas que habitavam os oceanos apavoraram o homem no período medieval, retardando
as Grandes Navegações.
IV. No período colonial brasileiro, os holandeses, através de seus empreendimentos de navegação, conquistaram a capitania
do Rio de Janeiro, por meio século.
Assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
Somente as afirmativas II e III são corretas.
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
07 - (UFSC/2012)
Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi
Vespucci Aliorum Lustrationes (mapa mundo) – Martin Waldseemüller, 1507.
Disponível em: <www.novomilenio.inf.br/santos/major18.htm> Acesso em: 19 set. 2011.
As grandes navegações foram responsáveis por transformações importantes, tanto na Europa como nas Américas.
Sobre as grandes navegações, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Portugal possui um grande litoral e, consequentemente, só poderia se dedicar ao comércio marítimo: o pioneirismo
português nas navegações se deu exclusivamente a uma dádiva natural.
02. Dois importantes concorrentes portugueses nas grandes navegações foram França e Inglaterra que, assim como Portugal,
foram países favorecidos pela paz reinante em seus territórios durante os séculos XIV e XV.
04. São consequências importantes das grandes navegações o crescimento de operações comerciais e a diversificação de
produtos provenientes das Américas, como o tabaco, o milho, a batata e o cacau.
08. A conquista espanhola nas Américas ocorreu de forma pacífica, uma vez que os incas tiveram a liberdade de exercer suas
atividades culturais e econômicas de modo independente da Espanha.
16. Dentre os habitantes das Américas estavam astecas, incas e maias. Os maias desenvolveram um sistema matemático e
astronômico bastante apurado.
3
08 - (PUC RJ/2011)
“Historicamente, a incorporação de novos espaços à economia mundial tem levado à decadência dos eixos econômicos
tradicionais e ao surgimento de novos polos econômicos e de poder. Até o século XV o Mediterrâneo era o centro das
sociedades ocidentais, em seguida a hegemonia passou para o eixo Atlântico, que atualmente está sob a ameaça de um eixo
emergente na bacia do Oceano Pacífico”.
Adaptado de PIRES, M. Cordeiro. O deslocamento do eixo econômico
mundial in Revista PUC VIVA, 32, 2008.
Sobre esses processos, NÃO É CORRETO afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
o deslocamento do eixo comercial para o Oceano Atlântico relacionou-se às Grandes Navegações e à Colonização da
América, pelos europeus.
no século XIX, a abertura do Canal de Suez permitiu um acesso mais rápido ao Pacífico e a emergência de novos países
industrializados, como a Coréia do Sul e Cingapura, entre outros.
entre os séculos XVI e XIX, a navegação atlântica conectou a África à Europa e à América, permitindo acesso às riquezas
do Oriente e a captura de milhões de africanos.
o crescimento econômico da Coréia do Sul, da China e Índia colaborou para o incremento de relações comerciais na Bacia
do Pacífico.
no século XX, a hegemonia econômica norte-americana suplantou a hegemonia européia, reafirmando o Oceano
Atlântico como principal cenário do comércio mundial.
09 - (UFRN/2011)
Analise o fragmento textual e a imagem abaixo.
“A História do Brasil, nos três primeiros séculos, está intimamente ligada à da expansão comercial e colonial europeia na época
moderna. Parte integrante do império ultramarino português, o Brasil-colônia refletiu, em todo o largo período da sua formação
colonial, os problemas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana. Por outro lado, a história da
expansão ultramarina e da exploração colonial portuguesa se desenrola no amplo quadro da competição entre as várias
potências, em busca do equilíbrio europeu [...]. A pressão das demais potências europeias cresceu a partir da união dinástica de
Portugal e Espanha”.
NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial.
In: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Brasil em perspectiva. 15.
ed. São Paulo: DIFEL, 1985. p. 47-54.
Fortaleza dos Reis Magos – Monumento histórico do Rio Grande do Norte.
Disponível em: <www.fja.rn.gov.br>. Acesso em: 13 jul. 2010.
A partir da análise do fragmento textual e da imagem,
a)
mencione e explique três fatores que impulsionaram a expansão marítimo-comercial europeia.
b)
cite e comente duas razões que levaram, nesse contexto, à construção da Fortaleza dos Reis Magos.
10 - (UFV MG/2011)
É INCORRETO afirmar que o processo de conquista e formação dos impérios coloniais na América no século XVI:
a)
b)
c)
d)
foi favorecido pela expansão comercial e marítima, pelo fortalecimento das monarquias absolutistas e pela política
mercantilista.
dizimou populações indígenas e destruiu as estruturas sociais existentes anteriormente.
colocou em contato civilizações que se confrontaram pelo choque de culturas e pelo reconhecimento do Outro.
deslocou o eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico, passando o comércio a ter proporções de
empreendimento regional.
4
11 - (PUC SP/2011)
“Enquanto as caravelas cruzavam os mares obedecendo a cálculos precisos, multidões se deliciavam, na Corte, com os
espetáculos de Gil Vicente, onde se abria espaço às práticas cotidianas do povo comum, eivadas de magismo e de maravilhoso.
Os processos quinhentistas da Inquisição atestam como era corriqueiro o recurso a filtros e poções mágicas, e difundida a
crença nos poderes extraordinários do Demônio.”
Laura de Mello e Souza. Inferno atlântico. São Paulo:
Companhia das Letras, 1993, p. 21-22
O texto caracteriza a época da expansão marítima europeia (séculos XVe XVI) e destaca
a)
b)
c)
d)
e)
a vitória definitiva do pensamento racional sobre os valores rel igiosos e obscurant istas que caracterizavam a Idade
Média.
uma cruzada religiosa contra os infiéis e a tentativa cristã de libertar Jerusalém do domínio islâmico.
a convivência entre pensamento racionalista e diversas formas de crenças no caráter maravilhoso do mundo.
um esforço europeu para impor sua hegemonia militar, política e comercial sobre a América e o litoral atlântico da África.
a ampliação do poder da Igreja, que passava a controlar as manifestações artísticas populares e perseguia os hereges.
12 - (UFF RJ/2011)
“ (...) foi relativamente rápida a tragédia dos Waimiri-Atruahi. Foram derrotados, mas como os Txukahamai, impuseram
imensas derrotas a seus inimigos brancos, através de muitos ataques entre 1968 e 1975. Depois disso, a doença, as muitas
mortes, a invasão do território pela estrada, pela hidrelétrica, pela mineradora. A história se repete, mais ou menos a mesma,
com os Arara, na Transamazônica, com os Parakanã, removidos três vezes em conseqüência da invasão de seu território pela
estrada e pelas águas da hidrelétrica de Tucuruí.”
MARTINS, José de Souza. A chegada do estranho. São Paulo, Hucitec, 1993, p.75.
Se é possível falarmos hoje de uma História do índio no Brasil, é preciso considerar as rupturas e continuidades nos projetos
de proteção ou de destruição de comunidades indígenas. Sobre isso, pode-se afirmar que
a)
b)
c)
d)
e)
a história da expulsão de comunidades indígenas deve ser analisada não somente pelo seu viés econômico. Trata-se
também da destruição de seus valores culturais. Tais valores foram reconhecidos e consagrados pela Carta Magna de
1988.
a legislação indigenista do período pombalino inaugurou a política de reconhecimento dos valores culturais dos índios
que se manteria, sem alterações, ao longo do Império brasileiro.
o emprego de técnicas para disseminar doenças desconhecidas pelos índios é uma prática atual para acelerar o processo
de extermínio de comunidades, na maior parte das vezes, assentadas em áreas inférteis e desvalorizadas para o capital.
ao contrário das expectativas otimistas e de uma história recente de preservação das comunidades, a população indígena
tem diminuído nos últimos anos.
a conjuntura a que se refere o autor representa o período de ditadura, quando os projetos de expansão agrícola para as
áreas amazônicas foram beneficiados com incentivos fiscais e por uma política agrária que não regularizava as terras
pertencentes às comunidades indígenas.
13 - (UFRN/2011)
A partir dos primeiros contatos entre os europeus e os nativos da América Portuguesa, os povos indígenas que habitavam o
litoral mudaram as suas relações com o meio ambiente. Essas novas relações estão representadas na gravura contida na obra de
André Thevet, que esteve no Brasil entre 1555 e 1556.
Gravura de André Thevet, 1575. Fonte: AZANHA, Gilberto;
VALADÃO, Virgínia M. Senhores destas terras: os povos indígenas
no Brasil: da colônia aos nossos dias. São Paulo: Atual, 1991, p. 13.
5
Analisando a gravura e o contexto histórico ao qual ela remete, pode-se corretamente afirmar que a principal razão dessas mudanças foi
a)
b)
c)
a utilização de instrumentos e utensílios de origem europeia, que permitiram o início da exploração aurífera pelos índios.
a imediata implantação do trabalho escravo, que exigiu a adequação dos nativos aos propósitos mercantilistas, então em vigor.
a estratégica utilização da força de trabalho indígena, para suprir as necessidades mercantis dos conquistadores.
d)
o desmatamento da vegetação nativa, para a implantação da policultura, destinada a abastecer o mercado metropolitano.
14 - (PUC SP/2011)
“O Brasil é uma criação recente. Antes da chegada dos europeus (...) essas terras imensas que formam nosso país tiveram sua
própria história, construída ao longo de muitos séculos, de muitos milhares de anos. Uma história que a Arqueologia começou
a desvendar apenas nos últimos anos.”
Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil.
A arqueologia pré-histórica no Brasil. São Paulo: Atual, 2009
(15ª edição), p. 6
O texto acima afirma que
a)
b)
c)
d)
e)
o Brasil existe há milênios, embora só tenham surgido civilizações evoluídas em seu território após a chegada dos
europeus.
a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes da chegada dos europeus e conta com a contribuição de
muitos povos que aqui viveram.
as terras que pertencem atualmente ao Brasil são excessivamente grandes, o que torna impossível estudar sua história
ao longo dos tempos.
a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pesquisar o passado colonial brasileiro e seu vínculo com a Europa.
os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada dos europeus, foram dizimados pelos conquistadores
portugueses.
15 - (FUVEST SP/2012)
Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil];
nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado
é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo
africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de
relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o
abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento
dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines
mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de
africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento
dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura … escravista. Paradoxalmente, é a
partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.
Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo
Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,
a)
b)
c)
d)
e)
os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso
dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho
de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições
de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.
a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo
momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de
pessoas.
o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de
outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente
às estruturas do sistema de colonização.
16 - (UFPE/2012)
A presença dos holandeses foi marcante na história dos tempos coloniais. De fato, os holandeses possuíam grande poder de
investimento e tinham rivalidades com outras nações da Europa. No Brasil, a presença holandesa em terras pernambucanas:
6
00. deu-se, apenas, devido às rivalidades religiosas existentes entre católicos e protestantes, responsáveis por guerras
contínuas e influentes na gestão das terras americanas.
01. favoreceu o crescimento da produção açucareira, afastou a Espanha de Portugal e trouxe vantagens para as relações
políticas com a democracia.
02. movimentou o mercado internacional do açúcar, alterou relações diplomáticas e trouxe novas práticas sociais.
03. derrubou os preconceitos contra a mão de obra escrava e recuperou Pernambuco da forte crise econômica que
atravessava.
04. trouxe novos hábitos para a colônia, com a vinda das ideias renascentistas, embora não tenha consolidado a aceitação
da religião protestante na sociedade da época.
17 - (UFPE/2012)
O trabalho escravo garantia a colonização, mesmo que atingisse a dignidade humana e se chocasse com os princípios da
religião católica romana, uma das instituições articuladoras da ocupação das terras americanas. No Brasil colonial, o trabalho
escravo:
00. foi usado nas plantações de cana de açúcar, mas recebeu a condenação dos holandeses no período de suas invasões às
terras pernambucanas.
01. definiu a identidade cultural da sociedade da época, sendo aceito, pelos nativos, sem resistência, em todas as atividades
econômicas da colônia.
02. contou com a participação de comerciantes europeus nas conexões com a África, favorecendo os países poderosos,
como a Inglaterra.
03. estendeu-se pela região sudeste, mas não participou, com destaque, da exploração do ouro, devido à falta de preparo
técnico dos trabalhadores.
04. conseguiu fixar-se na monocultura, com presença marcante na produção do açúcar, o que não o impediu de existir,
embora com menos intensidade, nas vilas e cidades da colônia.
18 - (MACK SP/2012)
Carlos Eduardo Novaes e César Lobo. História do Brasil para principiantes.
São Paulo: Ática, 2003, p.61
A charge refere-se
a)
b)
c)
d)
e)
à organização do Governo Geral, em 1549, dividindo o território brasileiro em extensos lotes de terras, entregues, por sua
vez, a nobres portugueses responsáveis pelo início efetivo da colonização do Brasil.
às dificuldades encontradas pelo coroa portuguesa no início da colonização do Brasil, uma vez que, em virtude, dentre
outros, do fracasso das Capitanias Hereditárias, a colônia sofria constantes ataques de piratas europeus.
ao fracasso do Governo Geral, em virtude da corrupção existente na corte portuguesa, transferida para o Brasil, responsável
pela concessão de privilégios aos piratas franceses no comércio do pau-brasil.
ao Governo Geral, responsável pela efetivação da colonização brasileira, por meio de incentivos aos bandeirantes paulistas,
para que ultrapassassem os limites de Tordesilhas e expulsassem os piratas franceses fixados no litoral.
às dificuldades encontradas pela coroa portuguesa na efetiva organização da exploração da colônia, uma vez que a
abundância de metais preciosos ali despertou, nos piratas europeus, o interesse pelas terras lusas na América.
19 - (MACK SP/2012)
A primeira arte a surgir no Brasil pós-descobrimento foi a arquitetura, sendo os fortes militares e as Igrejas os tipos mais
comuns de edificações. Se os primeiros visavam salvaguardar as populações litorâneas e combater a pirataria estrangeira, as
7
construções religiosas, edificadas durante muito tempo pedra por pedra enviada de Portugal, e apenas montadas no Brasil
por arquitetos locais, cumpriam dois importantes papéis. Nos séculos XVI e XVII, além da preocupação das autoridades
portuguesas em ensinar o modelo civilizatório europeu aos indígenas, a construção de igrejas, seguindo o modelo
metropolitano, servia
a)
b)
c)
d)
e)
à preocupação de acompanhar de perto a veracidade e a sinceridade do processo de conversão dos cristãos novos,
residentes no Brasil, muitos deles ainda seguidores secretos do judaísmo.
à manutenção da memória dos europeus emigrados para que, no espaço físico dessas igrejas, não se esquecessem de
sua própria cultura, já que muitos haviam se acostumado com os hábitos locais.
à manifestação irrefutável da superioridade civilizatória europeia perante as rudimentares construções indígenas, que
não poderiam competir com o monumentalismo português.
à necessidade de registrar o número de índios cristianizados e, portanto, leais à Coroa Portuguesa, além de realizar
casamentos, batismos e todos os cerimoniais cristãos para os portugueses residentes no Brasil.
para combater, no campo religioso, os ataques de corsários e hugenotes franceses que, além de se interessarem em
ocupar o território nacional, desejavam converter os indígenas ao protestantismo.
20 - (FGV/2012)
A presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa, especialmente durante a administração
de Maurício de Nassau (1637-1644), caracterizou-se pelo
a)
b)
c)
d)
e)
oferecimento de privilégios aos pernambucanos que se convertessem ao judaísmo, como a isenção tributária e a
possibilidade de obter empréstimos bancários.
incentivo à utilização do trabalho livre, considerado pelos holandeses mais produtivo, em detrimento do trabalho
compulsório dos africanos.
favorecimento à participação dos proprietários lusobrasileiros nas instâncias de poder no Brasil holandês, como na
Câmara dos Escabinos.
confisco das propriedades dos cristãos-novos pernambucanos que lutaram contra a presença holandesa, assim como de
todos os bens da Igreja Católica.
processo de reorganização das atividades econômicas em Pernambuco, sobretudo com a troca da produção de algodão
pela de manufatura.
21 - (PUC SP/2012)
“Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilização econômica das terras americanas que não fosse a fácil
extração de metais preciosos. Somente assim seria possível cobrir os gastos de defesa dessas terras. (...) De simples empresa
espoliativa e extrativa —idêntica à que na mesma época estava sendo empreendida na costa da África e nas Índias Orientais—
a América passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva europeia, cuja técnica e capitais a ela se aplicam para
criar de forma permanente um fluxo de bens destinados ao mercado europeu.”
Celso Furtado. Formação econômica do Brasil. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1971, p. 8. Adaptado.
Segundo o texto, a colonização sistemática do território brasileiro por Portugal favoreceu
a)
b)
c)
d)
e)
a integração da América a uma economia internacionalizada, que tinha a Europa como centro.
o estabelecimento das feitorias na costa atlântica do Brasil, responsáveis pela extração e pelo comércio de pau-brasil.
a constituição de forte hegemonia portuguesa sobre o Oceano Atlântico, que persistiu até o século XVIII.
o início de trocas comerciais regulares e intensas do Brasil com as colônias portuguesas das Índias Orientais.
a construção de fortalezas no litoral brasileiro, para rechaçar, no século XVI e no XVII, as tentativas de invasões francesas
e holandesas.
22 - (UDESC SC/2012)
“O século XVI assistiu à transição da geografia fantástica para a da experiência. Os relatos de viagem que surgiram neste
período, portanto, estão impregnados pela mudança na forma de ver e de descrever o mundo. [...] O imaginário europeu
quinhentista caracterizava-se pelo ‘fantástico’, pelo ‘maravilhoso’, pelo ‘prodigioso’, pelo ‘monstruoso’, etc. Esse imaginário
aplicava-se ao remoto, ao distante, ao longínquo... Quanto maior o afastamento da Europa civilizada, maior também o
‘maravilhoso’! [...] O imaginário europeu foi transplantado para o novo mundo. Os seres e lugares fantásticos que existiram
na Ásia e na África, também passaram a existir na América.”
STEIGLEDER, Carlos Geovane. Staden, Thevet e Léry.
Olhares europeus sobre os índios e sua religiosidade.
São Luís/MA: EDUFMA, 2010, p. 23-50.
8
Analise as proposições considerando o contexto histórico e as questões a ele referentes, abordadas no excerto:
I.
II.
III.
IV.
Os viajantes europeus do século XVI destacavam, em seus relatos, a produção de um olhar eurocêntrico sobre os
continentes africano, asiático e americano.
O contexto abordado pelo autor refere-se à Idade Média. Os escritores medievais – em sua maioria pertencentes à Igreja
Católica – escreviam histórias fantásticas sobre os lugares do mundo, para além da Europa. Esses lugares e os
personagens que neles habitavam quase sempre eram caracterizados com elementos do inferno, demônios e outros
monstros fantásticos.
Ao escrever que “o século XVI assistiu à transição da geografia fantástica para a da experiência”, o autor do excerto
refere-se ao fato de que a ideia de uma geografia fantástica marcada por mapas ilustrados de monstros marinhos e
abismos que informavam o “fim do mundo” passaria, aos poucos, a ser substituída por uma geografia marcada pela
observação e experiência de diferentes viajantes que se lançaram aos mares, no contexto da expansão marítima
europeia.
Ao escrever que “Os seres e lugares fantásticos que existiram na Ásia e na África, também passaram a existir na América”,
o autor do excerto refere-se ao fato de que as viagens no contexto da expansão marítima europeia acabaram também
fortalecendo as relações culturais nos diferentes continentes, haja vista que os viajantes não apenas levavam nativos
americanos para a Europa, mas também traziam asiáticos e africanos para o Brasil.
Assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
Todas as afirmativas são verdadeiras.
23 - (FGV/2012)
Leia o texto.
Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de
política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a confiança
dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental.
Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali.
Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse
país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho do
mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).
[Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor),
História geral da África, IV: África do século XII ao XVI]
No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois
a)
b)
c)
d)
e)
encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como o feudalismo.
reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao continente.
percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas ritualísticas.
24 - (FGV/2012)
Leia o texto sobre as origens de São Paulo.
A estratégia da penetração para o sertão, se foi amplamente aproveitada pelos colonos de São Paulo, nasce na prática da
conversão jesuítica. (...) Embora por razões opostas, tanto as incursões dos jesuítas, tímidas é verdade, não se embrenhando
muito além do núcleo piratiningano, como as bandeiras e as entradas dos colonos tinham um mesmo objetivo: o índio.
(Amílcar Torrão Filho, A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação
de São Paulo de Piratininga. Revista USP. São Paulo, n.º 63, 2004)
O fragmento apresenta parte das condições que originaram
a)
a guerra travada entre a Igreja Católica, a favor da escravização indígena, e os colonos paulistas, defensores do trabalho
livre.
9
b)
c)
d)
e)
o conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão de obra indígena, presente no entorno de São Paulo.
a leitura, com forte viés ideológico, que considerava desnecessária a exagerada violência dos jesuítas contra os povos
indígenas.
o desvínculo econômico de São Paulo com o resto da colônia, diante da impossibilidade de exploração da mão de obra
indígena.
o fracasso das missões religiosas em São Paulo, pois coube apenas ao Estado português o controle direto dos indígenas.
25 - (UCS RS/2012)
Considere as seguintes afirmativas sobre a posição da Igreja Católica em relação às escravidões indígena e africana ocorridas
no Brasil durante o período colonial.
I.
II.
III.
A escravidão indígena era proibida pela Igreja, que defendia a necessidade de catequizar os índios, sem escravizá-los.
Além disso, representava um negócio pouco lucrativo e restrito à região colonial.
Acreditava-se que a escravidão do africano era uma forma de purgar os pecados desses povos, que haviam tido contato
com a religião muçulmana. Além disso, era um negócio extremamente lucrativo, envolvendo três continentes e vários
produtos.
Na Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), concluída em 3 de maio de 2000, em Porto
Seguro, Bahia, foi aprovada uma carta intitulada “Brasil – 500 anos: diálogo e esperança”. Em 81 parágrafos, os bispos,
entre outras coisas, pedem perdão aos índios e aos negros pela violência imposta no passado e pelas injustiças que
perduram até hoje.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que
a)
b)
c)
d)
e)
apenas I está correta.
apenas II está correta.
apenas I e II estão corretas.
apenas II e III estão corretas.
I, II e III estão corretas.
26 - (ESPM/2012)
Com efeito, São Paulo e São Vicente, baldados os esforços iniciais de uma agricultura rentável em nível internacional,
encontraram no índio sua mercadoria de exportação, não apenas para outras capitanias brasileiras, onde ele era cinco vezes
mais barato que o escravo negro, mas também para o Paraguai, com seus ervais, e para o Peru (...).
Em 1630, os paulistas, dirigidos por Antonio Raposo Tavares, atacaram a parte setentrional do Guairá, apoderando-se dos
índios da redução de São Miguel. No ano seguinte tomaram outras aldeias.
(Fernando Cacciatore de Garcia. Fronteira Iluminada:
história do povoamento, conquista e limites do Rio Grande do Sul)
O texto deve ser relacionado com:
a)
b)
c)
d)
e)
bandeirismo de sertanismo de contrato.
bandeirismo de procura de drogas do sertão.
entradas.
bandeirismo de apresamento de indígenas.
bandeirismo de procura de ouro e pedras preciosas.
27 - (UECE/2012)
As capitanias hereditárias, imensos tratos de terras na colônia portuguesa na América, foram distribuídas entre fidalgos portugueses cuja
origem social era diversa. Dentre essa fidalguia, EXCETUA(M)-SE
a)
b)
c)
d)
a grande nobreza, a quem muito interessava as terras do Reino e suas ilhas adjacentes.
a pequena nobreza e funcionários da burocracia monárquica, muitos de extração burguesa.
os Cristãos novos e judeus recém-convertidos por ordem de Dom Manuel.
homens como tesoureiros, escudeiros reais e provedores, escrivães e negociantes.
28 - (UNESP SP/2012)
O artista holandês Albert Eckhout (c.1610-c.1666) esteve no Brasil entre 1637 e 1644, na comitiva de Maurício de Nassau. A
tela foi pintada nesse período e pode ser considerada exemplar da forma como muitos viajantes europeus representaram os
índios que aqui viviam.
10
(Albert Eckhout. Índia Tarairiu (tapuia), 1641.)
Identifique e analise dois elementos da imagem que expressem esse “olhar europeu” sobre o Brasil.
29 - (UEM PR/2012)
Sobre a imigração e colonização na América, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01. Na busca de ouro e prata, os espanhóis conquistaram territórios desde o México até o extremo sul do continente
americano, submetendo povos nativos que viviam em toda essa região, como os maias, os incas e os astecas.
02. No século XIX, com a crise da escravidão, o Brasil passou a receber imigrantes europeus, que colonizaram o País e
contribuíram para a formação do mercado de trabalho livre.
04. Na América do Norte, os franceses estabeleceram-se em parte do atual Canadá, na América Central, fixaram-se no Haiti
e, na América do Sul, instalaram-se na Guiana Francesa.
08. A penetração no interior do território brasileiro, por bandeirantes, garantiu a posse de terras aos portugueses. Embora
essa ocupação fosse dispersa, foi efetiva, com os portugueses incorporando territórios em direção ao interior do
continente.
16. A ocupação da região Sul no Brasil começou no século XV, com a fundação de reduções ou missões: aldeamentos
indígenas organizados e administrados pelos jesuítas persas.
30 - (UEM PR/2012)
A colonização portuguesa na América praticamente se limitara ao litoral durante o século XVI. A partir do século XVII, fatores
econômicos e estratégicos acabaram por conduzir a uma interiorização da colonização. A esse respeito, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
01. No Nordeste, a pecuária impulsionou a ocupação do sertão e conduziu a uma guerra contra os índios da região, a Guerra
dos Bárbaros.
02. O domínio holandês no Atlântico Sul dificultou o abastecimento de escravos africanos para os engenhos da Bahia. Esse
fato impulsionou as expedições dos bandeirantes em busca do índio para ser escravizado.
04. O avanço português em direção ao Sul levou à fundação da Colônia de Sacramento, no final do século XVII, à margem
esquerda do rio da Prata.
08. Além de capturar índios hostis, as expedições dos bandeirantes tinham por objetivo estabelecer alianças com as
populações nativas do altiplano andino.
16. No século XVIII, a descoberta e a exploração do ouro nas Minas Gerais impulsionaram, decisivamente, a ocupação
daquela região pelos portugueses.
31 - (UEM PR/2012)
Desde o início da colonização, a América portuguesa foi alvo de invasões de outros povos europeus. Dentre tais invasões, a
mais significativa é, provavelmente, a invasão holandesa no atual Nordeste do Brasil, na primeira metade do século XVII. A
respeito dessa invasão, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01. Em seu auge, o domínio holandês estendeu-se, aproximadamente, desde o litoral do atual Estado do Maranhão até o
território que, em nossos dias, corresponde ao Estado de Sergipe.
02. A expulsão dos holandeses do Nordeste resultou da ação militar comandada pelo governador geral Mem de Sá, o
segundo governador geral do Brasil.
11
04. Durante o período em que permaneceram no Nordeste, os holandeses mudaram completamente as estruturas
econômico-sociais da região, com destaque para a introdução do trabalho livre nas fazendas e o estímulo à diversificação
agrícola.
08. A pecuária e a produção das drogas do sertão foram as duas principais atividades desenvolvidas pelos holandeses no
Nordeste.
16. A invasão holandesa vincula-se ao processo de separação dos Países Baixos do domínio espanhol, bem como a questões
relativas à União Ibérica (1580-1640).
32 - (FEPECS DF/2012)
A expansão portuguesa e espanhola nas Américas resultou na formação de sociedades coloniais com fortes contrastes, mas
também com traços comuns. Assinale a opção que melhor apresenta as aproximações possíveis entre as sociedades coloniais
da América hispânica e portuguesa.
a)
b)
c)
d)
e)
a inclusão das populações indígenas no sistema escravista marcou o processo de colonização português e espanhol;
a Igreja Católica foi importante fator de socialização e de difusão de uma identidade cultural das sociedades coloniais;
o interesse em formar uma elite colonial ilustrada impulsionou a criação de universidades nas áreas de colonização
espanhola e portuguesa;
o predomínio de pequenos proprietários rurais como agentes impulsionadores do processo de colonização;
o desenvolvimento de uma elite colonial que valoriza o trabalho manual, pois viabiliza a riqueza e promove a ascensão
social do indivíduo.
33 - (FEPECS DF/2012)
A efetiva colonização do território americano pela coroa portuguesa ocorre a partir da expedição de Martim Afonso e Souza
(1530-1532). Esse fato evidencia a mudança da política portuguesa em relação à América. Assinale a afirmativa que melhor
explicita os fatores que contribuíram para a alteração da política colonial portuguesa para a América:
a)
b)
c)
d)
e)
a Espanha anexa os territórios amazônicos, o que coloca em risco as possessões portuguesas na América;
a Espanha realiza expedições nas capitanias de Pernambuco e da Bahia como retaliação aos acordos políticos assinados
entre Portugal e os Impérios andinos;
a Espanha anula o Tratado de Tordesilhas à medida que assume o controle das minas do Alto Peru, o que exigiu de
Portugal maiores cuidados na defesa dos território conquistados;
as derrotas militares espanholas no Alto Peru motivam a Coroa portuguesa a organizar a política de colonização na
América do sul;
a Espanha obtém o acesso aos metais preciosos da América após a conquista do império Asteca, enquanto os franceses
permanecem ameaçando as conquistas portuguesas.
34 - (UEMG/2012)
LEIA o trecho abaixo:
Aprendeu-se a liberdade
Combatendo em Guararapes
Entre flechas e tacapes
Facas, fuzis e canhões
Brasileiros irmanados
Sem senhores, sem senzala
E a Senhora dos Prazeres
Transformando pedra em bala
Bom Nassau já foi embora
Fez-se a revolução
E a festa da Pitomba é a reconstituição .
Jangadas ao mar
Pra buscar lagosta
Pra levar pra festa
Em Jaboatão
Vamos preparar
Lindos mamulengos
Esse é um trecho do samba-enredo “Onde o Brasil aprendeu a liberdade”, da escola de samba UNIDOS DE VILA ISABEL, de 1972, que foi
escrito por Martinho da Vila, Rodolpho, Graúna. O samba-enredo faz referência à luta contra a presença holandesa, no período colonial
brasileiro.
Considerando o contexto da dominação holandesa na América portuguesa, pode-se afirmar CORRETAMENTE que
12
a)
b)
c)
d)
os holandeses invadiram a colônia portuguesa, porque Portugal proibiu que a Companhia das Índias Ocidentais holandesas continuasse
a comprar o açúcar produzido no Brasil para ser revendido na Espanha.
o início da ocupação holandesa na América portuguesa se deu pela Bahia, sede do governo colonial e principal produtora de açúcar no
século XVII, e se estendeu até a Capitania do Maranhão.
durante o governo de Maurício de Nassau, a insatisfação dos nordestinos atingiu seu cume, pois, nessa época, os holandeses começaram
a cobrar os empréstimos anteriormente feitos aos senhores de engenho e puniam com severidade aqueles que não os pagassem.
os holandeses estabeleceram a tolerância religiosa nas regiões conquistadas no Brasil, possibilitando a convivência
pacífica entre pessoas que professavam religiões diferentes e tornando-se um porto seguro contra as perseguições
religiosas que aconteciam na Europa.
35 - (UEMG/2012)
SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. São Paulo: Ática. 2.ed - 2007.176p.
Assinale, a seguir, a alternativa cuja citação faz uma referência CORRETAMENTE relacionada à imagem acima apresentada.
a)
b)
c)
d)
(...) Eram eles os encarregados de todos os serviços urbanos, sobretudo do transporte de mercadorias e passageiros. Constituíam a
categoria especial dos negros de ganho, (...) Passavam o dia na rua alugando seus serviços com a obrigação de entregar ao senhor uma
renda diária ou semanal previamente fixada, pertencendo-lhes o excedente. (GORENDER, Jacob. O Escravismo Colonial).
(...) impossível estabelecer uma única motivação para as alforrias. (...) o número, as motivações, as formas e as características dos
alforriados variavam em função de condições específicas, no tempo e no espaço. Estabelecer um padrão típico para as alforrias,
principalmente para o período colonial, é muito difícil. (FARIA, Sheila de C. A Mulher africana – alforria e formas de sobrevivência.)
(...) pelas próprias características das tarefas desempenhadas, (...) eram aqueles que maior contato tinham como seus senhores, junto dos
quais passavam todo dia e mesmo parte da noite, pois deviam estar atentos a qualquer chamado, independente do horário de trabalho.
(ALGRANTI, L. M. O feitor ausente: estudo sobre a escravidão urbana no Rio de Janeiro.)
(...) mulatos, cabras e crioulos forneciam o grosso dos homens empregados no controle e repressão aos africanos. Eram
eles que faziam o trabalho sujo dos brancos de manter a ordem nas fontes, praças e ruas de Salvador, invadir e destruir
terreiros religiosos nos subúrbios, perseguir escravos fugitivos através da província e debelar rebeliões escravas onde quer
que aparecessem. (REIS, João José. Rebelião escrava.)
TEXTO: 1 - Comum às questões: 36, 37
Nem sempre é fácil distinguir a crônica da história, quando se lida com textos do nosso período colonial. Entretanto, se é um
fato que as páginas de Gândavo e de Gabriel Soares de Souza sabem antes a relatório que a reflexão sobre acontecimentos,
já na História do Brasil de Frei Vicente de Salvador reponta o cuidado de inserir a experiência do colono em um projeto histórico
lusobrasileiro. O que explica as críticas de Frei Vicente à relutância do português em deixar o litoral seguro (onde e “como
caranguejo”) e o consequente desleixo em face da riqueza potencial da terra.
(Alfredo Bosi, História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970, p. 28)
36 - (PUCCamp SP/2010)
Diferentemente da “relutância do português em deixar o litoral seguro”, bandeirantes adentraram o chamado “sertão” e
dentre suas principais motivações, pode-se citar
a)
b)
c)
d)
o apresamento de índios, visto que a comercialização dos mesmos era uma atividade econômica fundamental para a
subsistência dos povoados nascentes no Sudeste, bem como a busca por metais preciosos.
a expansão das fronteiras brasileiras, uma vez que a existência ilegal de núcleos de povoamentos espanhóis, franceses
e holandeses no interior do território ameaçavam o domínio colonial português.
a missão civilizatória atribuída aos bandeirantes pela Companhia de Jesus e pela própria Coroa Portuguesa, uma vez que
pouca gente se dispunha a catequizar os índios que viviam distantes do litoral.
a necessidade do combate militarizado aos quilombos que proliferavam no Sudeste e no Sul, prática financiada pelos
comerciantes de escravos que foi denominada “sertanismo de contrato”.
13
e)
a urgência da Coroa portuguesa em povoar as terras do “sertão” e instituir práticas culturais, como o uso da língua
portuguesa, que contribuíssem para garantir o poder da metrópole sobre a população nativa.
37 - (PUCCamp SP/2010)
Comparando diferentes autores e textos do nosso período colonial, Alfredo Bosi
a)
b)
c)
d)
e)
conclui que, apesar de sutis diferenças entre eles, todos são classificáveis como crônicas históricas.
vê como significativa a distinção entre o simples relato de um estado de coisas e uma projeção histórica.
procura perceber as diferenças estilísticas entre eles, único critério que permite distingui-los.
percebe que há, em todos eles, alguma irritação com a resistência do colonizador a se afastar do litoral.
constata que nenhum deles reuniu condições para avaliar o processo colonial em sua dimensão histórica.
TEXTO: 2 - Comum à questão: 38
Argumento histórico  Na primeira expedição foi ao Rio Grande do Norte um moço de nome Martim Soares Moreno, que
se ligou de amizade com Jacaúna, chefe dos índios do litoral, e seu irmão Poti. Em 1608, por ordem de D. Diogo Meneses,
voltou a dar princípio à regular colonização daquela capitania. Poti recebeu no batismo o nome de Antônio Filipe Camarão,
que ilustrou na guerra holandeza. Martim chegou a mestre-de-campo e foi um dos excelentes cabos portugueses que
libertaram o Brasil da invasão holandeza. O Ceará deve honrar sua memória como um varão prestante e seu verdadeiro
fundador.
(Adaptado de José de Alencar. Notas a Iracema. S. Paulo: Melhoramentos, 2.ed. p. 154)
38 - (PUCCamp SP/2011)
A capitania a que o texto se refere, correspondia a uma forma de ocupação baseada
a)
b)
c)
d)
e)
nas feitorias voltadas ao cultivo da cana-de-açúcar mediante trabalho escravo, sistema já existente na costa africana e
em outras colônias portuguesas no Atlântico.
na doação de terras a clérigos portugueses, que poderiam dispor livremente de suas posses com a obrigação de
promover, em contrapartida, alguma forma de exploração econômica rentável.
na concessão hereditária de terras a portugueses, com vistas à necessidade urgente de povoamento e integração dessas
à economia mercantil europeia.
no caráter feudal da colonização, uma vez que cada capitania possuía um sistema de cobrança de impostos e estrutura
administrativa similares as de um feudo.
na concepção de que unidades administrativas autônomas poderiam constituir vice-reinos independentes de Portugal,
transformando-se em parceiros econômicos.
TEXTO: 3 - Comum às questões: 39, 40
Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma
aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava
os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo
africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O
comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a
comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa
entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)
39 - (UNESP SP/2012)
Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto
a)
b)
c)
d)
reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a diferenciação entre homens livres
e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos.
critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comércio
escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.
diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação
da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam.
afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos
nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração interna.
14
e)
considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos, que aproveitaram as
disputas tribais para obter ganhos financeiros.
40 - (UNESP SP/2012)
Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto
a)
b)
c)
d)
e)
destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na constituição de um novo espaço de
produção e circulação de mercadorias.
reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações comerciais estabelecidas
através do Oceano Atlântico.
afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o
predomínio claro de qualquer das partes envolvidas.
sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel fundamental na integração do
continente americano com a economia que se desenvolveu no Oceano Atlântico.
ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns
desses produtos eram usados na troca por escravos africanos.
GABARITO:
1) Gab:
Garantir a posse de terras a oeste do Atlântico que pertenceriam a Portugal, segundo o Tratado de
Tordesilhas, como estratégia para controle da rota atlântica que levava às Índias.
Dois dos motivos:
• busca de especiarias
• propagação da fé católica
• busca de metais preciosos
• busca de terras pela nobreza decadente
• busca de matérias-primas rentáveis para o comércio europeu
• afirmação do poder territorial por parte dos Estados modernos recém-implantados
2) Gab: B
3) Gab: B
4) Gab: D
5) Gab: A
6) Gab: D
7) Gab: 20
8) Gab: B
9) Gab:
a)
Três fatores da expansão marítimo-comercial europeia
Conquista de Constantinopla – ao interditar o comércio de especiarias no Mediterrâneo, estimulou a busca por um novo caminho até
os fornecedores orientais.
Necessidade de novos mercados – o renascimento comercial e urbano europeu, atrelado à busca por novos caminhos para o Oriente,
impulsionou a necessidade de novos mercados para o artesanato e as manufaturas europeias.
Escassez de metais preciosos – com produção insuficiente, os europeus estabeleceram como solução para o problema da escassez de
metais, a descoberta de novas jazidas em outras regiões do mundo.
Interesses dos Estados nacionais – a expansão comercial aumentaria os poderes dos reis, manteria os privilégios da nobreza e elevaria
os lucros da burguesia. Além disso, os estados nacionais poderiam arrecadar novos impostos.
Propagação da fé cristã – herdeiros de uma tradição medieval, os europeus utilizam a motivação religiosa como justificativa para
conquistar e converter povos não-cristãos.
15
Ambição material – movidos pelos ideais de valer mais, ter mais e ser mais, os participantes do empreendimento expansionista
buscaram amealhar recursos e elevarem seus status social.
Desenvolvimento tecnológico – a expansão tornou-se possível graças ao desenvolvimento científico-tecnológico, que permitiu as
navegações a grandes distâncias. Ilustram esse desenvolvimento: o uso da bússola, do astrolábio e do quadrante; a invenção da caravela;
o aperfeiçoamento dos mapas e a aceitação da noção de que a Terra é redonda.
b)
Duas razões para a construção da Fortaleza dos Reis Magos
Constante presença estrangeira no litoral do Rio Grande – como decorrência das disputas entre as potências europeias, o litoral
potiguar foi alvo constante da ação dos traficantes de pau-brasil, em especial, os franceses. A construção da Fortaleza visava não só a
garantir a posse do território, mas também a evitar eventuais incursões estrangeiras.
Determinações das cartas filipinas - Com o intuito de proteger a capitania de eventuais ataques inimigos, o rei Filipe II determina a
construção de uma fortaleza na barra do Rio Grande, denominada de Fortaleza dos Reis Magos, resultando na conquista efetiva e
ocupação da capitania do Rio Grande.
Fundação da Cidade do Natal – concomitante à construção da Fortaleza é ordenada a fundação de uma cidade, cujos objetivos
primordiais eram promover a ocupação e garantir a posse do território conferido a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.
Base de apoio para a conquista e ocupação do Norte da colônia portuguesa – A construção da Fortaleza foi uma base
de apoio relevante no processo de consolidação do domínio português, combatendo os franceses que ocuparam a região
do Maranhão. Em razão da participação de Jerônimo de Albuquerque nesses empreendimentos, ao seu nome se
acrescentou “Maranhão”.
10) Gab: D
11) Gab: C
12) Gab: E
13) Gab: C
14) Gab: B
15) Gab: E
16) Gab: FFVFV
17) Gab: FFVFV
18) Gab: B
19) Gab: B
20) Gab: C
21) Gab: A
22) Gab: C
23) Gab: C
24) Gab: B
25) Gab: E
26) Gab: D
27) Gab: A
28) Gab:
Podemos identificar, dentre diversos elementos, a nudez disfarçada/velada e as partes de corpos carregadas pela índia
representando a antropofagia.
16
Quanto à nudez, percebemos o olhar europeu na preocupação do pintor em esconder, através de uma folhagem, as partes
íntimas da índia, o que não era comum entre os povos indígenas brasileiros, demonstrando uma visão eurocêntrica e moral
sobre a cultura indígena.
Sobre as partes dos corpos que estão no cesto e na mão da índia, trata-se de uma visão distorcida dos rituais antropofágicos,
realizados por poucas tribos no Brasil e que jamais envolviam carregar membros como no modelo retratado pelo pintor.
29) Gab: 15
30) Gab: 23
31) Gab: 17
32) Gab: B
33) Gab: E
34) Gab: D
35) Gab: A
36) Gab: A
37) Gab: B
38) Gab: C
39) Gab: C
40) Gab: A
17
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