>>Atas 6º SIMEDUC >>Simpósio Internacional em Educação e Comunicação//Simposio Internacional de Educación y Comunicación//Volume 5 Uso de tecnologias digitais na identificação de perfil de leitores para leitura literária Use of digital technologies in readers profile ID for literary reading Maria Aparecida Rodrigues de Souza; Alexandre Belezzi José; Maria Aparecida de Castro; Milena Bruno Henrique Guimarães; Brendo Carlos Caetano Medeiros; Lucas Ribeiro de Castro [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Inhumas, Brasil Resumo — Na tentativa de incentivar os futuros docentes de Química para a importância da leitura literária utilizamos dos recursos computacionais para identificar o perfil do leitor visando motivá-los a ler mais e melhor. Além da análise do histórico de empréstimos de livros na Biblioteca Atena do IFGCâmpus Inhumas, onde os sujeitos da pesquisa estavam inscritos, aplicamos a técnica de grupo focal visando identificar o perfil socioeconômico, cultural e psicológico dos discentes de Química para depois indicar leitura literária. Complementou-se a análise dos dados através da mineração de dados utilizando a ferramenta WEKA. O resultado dessa pesquisa será a construção de um banco de dados com o perfil socioeconômico cultural psicológico dos leitores com possibilidades de indicação de leitura. I. INTRODUÇÃO Apresentamos os resultados preliminares da pesquisa “Perfil psicológico dos/as discentes do curso de Licenciatura em Química e a motivação para leitura”. O projeto originou-se do relatório anual de uso do acervo da Biblioteca Atena do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) Câmpus Inhumas, de 2013, por acadêmicos da mesma. Ao analisar o relatório evidenciou-se a baixa procura por obras literárias por licenciados em Química, e diante de tal situação propôs-se a investigar o perfil psicológico dos/as discentes visando incentivá-los à leitura. Buscou-se na Psicologia Educacional e na Ciência da Computação sustentação teórica para resolver tal problemática. Conforme estudos de Vergara [1] as pessoas interessam-se por alguma coisa a partir do momento que são motivadas. Partindo desse pressuposto, o interesse de um/a discente pela leitura literária também não seria diferente quando identificado o perfil psicológico desse e a partir de então receber dicas de leitura. Palavras Chave – leitura literária categorizada; perfil de leitores; ferramentas computacionais. Abstract — In an attempt to encourage future Chemistry teachers to the importance of literary reading we use computing resources to identify the reader’s profiles in order to motivate them to read more and better. In addition to the book loans history analysis in Athena Library of IFG – Campus Inhumas, where the subjects were enrolled, we applied the focus group technique to identify the socioeconomic, cultural and psychological profile of Chemistry students and then indicate literary reading. The data analysis was completed with data mining through the WEKA tool. The result of this research will be to construction of a database with the psychological, cultural and socioeconomic profile of readers with reading indication possibilities. Daí veio a ideia de investigar como seria a reação dos licenciandos em Química se um sistema computacional gerenciasse dicas de leitura conforme o perfil destes sujeitos. Dicas de leitura na mídia já existem, mas não pelo perfil psicológico. Este seria o diferencial da pesquisa visando atingir o público-alvo. II. REFERENCIAL TEÓRICO Katharine Cook Briggs observou as diferenças de personalidade entre as pessoas e buscou entender e descrever a origem e as razões dessas diferenças [2]. Baseada nas teorias de Jung, ela e sua filha Isabel Briggs Myers identificaram dezesseis tipos psicológicos organizados pelos critérios: Keywords – categorized literary reading; profile of readers; computational tools. 95 >>Atas 6º SIMEDUC >>Simpósio Internacional em Educação e Comunicação//Simposio Internacional de Educación y Comunicación//Volume 5 Extroversão/Introversão, Sensibilidade/Intuição, Raciocinio/Sentimento, Perceber/Julgar. E criaram um indicador chamado MBTI (Myers Briggs Type Indicator) [3]. O objetivo delas, ao identificar o tipo de perfil, era ajudar às pessoas a escolherem o trabalho adequado e promover o uso construtivo das diferenças [4]. 40%. Com um trabalho paralelo ao de Myers-Briggs, David Keirsey utiliza a mesma tipologia porém com uma teoria um pouco diferente. Ele e Marlyn Bates desenvolvem o “Classificador de temperamentos” [3], um instrumento válido cientificamente, composto por setenta questões com duas alternativas, Figura 1. Modelo utilizado para classificar o perfil IXTJ conforme teste de Keirsey (Dados da pesquisa) o questionário fornece oito unidades que representam as dimensões de personalidade da tipologia. Cada unidade é um valor proporcional ao quantitativo de cada grupo de respostas do questionário. Em síntese uma pessoa com o perfil IXTJ apresentaria características INTJ e ISTJ. Esses tipos, segundo o indicador MBTI [3], significam: Segundo essa proposta, cada personalidade é caracterizada com base em quatro dimensões (energia, atenção, decisão e vivência). E cada dimensão varia entre duas unidades (possibilidades), representadas por uma letra. Cada dimensão responde a uma pergunta [3]: INTJ é composto dos elementos de introversão, intuição, pensamento e julgamento. É o mais seguro e pragmático de todos os tipos. Um construtor de sistemas e implementador de modelos teóricos. Independente e individualista, tem muita perspicácia e visão. É hábil em criar teorias e métodos. Estimula a si mesmo e aos outros para alcançar seus objetivos e autodesenvolvimento. É engenhoso e criativo ao resolver problemas. Geralmente tem ideias originais e grande motivação para concretizá-las. Quando está atuando em áreas de seu interesse possui excelente força para organizar uma tarefa e concluí-la sem auxílio. Prefere sempre fazer as coisas a seu modo.[3] Energia (E – I) – Para qual sentido, primeiramente, as pessoas direciona suas energias? Atenção (S – N) – Como as pessoas processão informações? Decisão (T – F) – Como as pessoas decidem? Vivência (J – P) – Como as pessoas organizam sua vida? Os perfis são representados por uma letra de cada uma das quatro dimensões, sendo duas possibilidades em cada dimensão. Há uma variação (distribuição) de 0 a 100% em cada dimensão entre as duas possibilidades que a compõem. O perfil é formado pelas quatro letras que representam os lados maiores dessas distribuições (mais que 50%) e quando não há tendência para nenhum lado (50% e 50%) a unidade é representada por “X”. ISTJ é composto dos elementos introversão, sensação, pensamento e julgamento. Geralmente é calado e sério, buscando atividades que exijam concentração e detalhamento. Gosta de atividades práticas e lógicas nas quais estejam bem claros “o que é” e “como deve fazer”. Procura manter todas as suas atividades muito bem organizadas e aceita trabalhos que exijam altos graus de responsabilidade. Dedica-se à uma atividade de maneira disciplinada e realista. Têm facilidade de concentração. [3] Buscou-se, com a identificação do perfil, meios de agrupar os leitores por características semelhantes, para ao invés de se trabalhar com muitos indivíduos possamos trabalhar com alguns grupos nos quais seus comportamentos respondam de maneira similar ao mesmo estímulo. Ou seja, ao invés de buscar o interesse particular dos 34 discentes e fazer 34 indicações de obras literárias diferentes, iremos distinguir pontos comuns que interessem a um grupo e fazer indicações por grupos. Na Fig. 1 está representada o perfil IXTJ. A primeira dimensão: “energia” é representada por ‘I’ (introversão). Neste caso o ‘I’ é igual a 80% que é maior que ‘E’ (extroversão) que corresponde a 20%. A segunda dimensão: “atenção”, representada por ‘X’ (letra que indica incógnita), sendo que ‘S’ (sensitivo) é igual a 50% assim como ‘N’ (letra que indica intuitivo) também corresponde a 50%, neste caso não há tendência para nenhum lado. A terceira dimensão: “decisão” é representada por ‘T’ (letra que indica pensamento), pois neste caso ‘T’ é igual a 55% que é maior que ‘F’ (sentimento) que corresponde a 45%. A quarta e última dimensão: “vivência” é representada por ‘J’ (julgador). Nesta situação ‘J’ corresponde a 60% que é maior do que ‘P’ (perceptivo) que corresponde a Com este estudo pretende-se chegar a um modelo computacional com características de um/a leitor/a que indique a organização dos componentes a serem considerados no desenvolvimento de um sistema que considere três elementos básicos: o/a discente como sujeito interessado na leitura, o tipo de leitura a ser disponibilizado e a mediação bibliotecária. III. METODOLOGIA A abordagem da pesquisa é qualitativa e tem por sujeitos os/as discentes de Licenciatura em Química do IFG Campus Inhumas. A coleta de dados se deu primeiramente por meio de aplicação de questionário socioecônomico utilizando o 96 >>Atas 6º SIMEDUC >>Simpósio Internacional em Educação e Comunicação//Simposio Internacional de Educación y Comunicación//Volume 5 Google.doc e análise do histórico de empréstimos na biblioteca. Além desses dados iniciais fez-se necessário levantar um conjunto de características, incluindo as psicológicas, para a definição de perfis mais representativos dos sujeitos. Então, aplicou-se o classificador de Keirsey [3]. terços dos discentes participantes da pesquisa são leitores iniciantes. Outra técnica utilizada para a coleta de dados na pesquisa foi do grupo focal [5]. Nosso objetivo ao empregar esta metodologia foi interagir com os participantes na tentativa de levantar seus interesses literários. Segundo Gatti [5], a pesquisa com grupos focais, além de ajudar na obtenção de perspectivas diferentes sobre uma mesma questão, permite também a compreensão de ideias partilhadas por pessoas no dia a dia dos modos pelos quais os indivíduos são influenciados pelos outros. Figura 2: Regras geradas pelo WEKA utilizando o tipo de leitores como folha Foi possível verificar que para definir o nível do leitor, o sistema reconheceu corretamente o tempo da última leitura como o parâmetro mais importante. Mesmo lendo pouca obra literária e em tempos espaçados os sujeitos da pesquisa enquadram-se como leitores, conforme a pesquisa Retratos da leitura no Brasil [9] do Instituto Pró-livro, divulgada em 2013, que considera leitor quem leu um livro, inteiro ou em partes, nos últimos três meses. Isso os sujeitos da pesquisa fizeram. Com a metodologia aplicada compreendeu-se pelo comportamento dos/as participantes uma diversidade de preferência de gênero literário: ficção científica, romance e leitura técnica. Os dados da pesquisa foram tabulados utilizando as ferramentas computacionais Excel e o Google.docs. Buscamos também com a mineração de dados por meio do WEKA [6] analisar o perfil de leitor/a. A mineração de dados vem sendo utilizada como um importante mecanismo tecnológico na identificação de padrões nas mais diversas áreas do conhecimento [7] [8], isso determinou nossa escolha de aplicar essa tecnologia para identificação de perfil. Na sequência testou-se os perfis psicológicos, utilizando-os como folhas de rótulo, para averiguar quais atributos a mineração de dados julga importante para a definição do perfil psicológico. A Fig.3 traz o resultado de tais regras. GeneroLiterarioQueGosta2 = romance | PerfilLeitor = experiente|avancado: ENFX (2.0/1.0) | PerfilLeitor = iniciante: ISTJ (2.0) | PerfilLeitor = naoLeitor: ISTJ (0.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = suspense | AcessoLivro = Nao|costumo|ler|livros|literarios: ESTJ (0.0) | |GeneroLiterarioQueGosta2 = ficcaocientifica: ENTJ (3.0/2.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = historiaemquadrinhos: ESTJ (3.0/1.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = |romance: EXTJ (1.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = naoinformou | ComoLe = por|trechos|ou|capitulos|(por|partes|ate|terminar): ESTJ (2.0/1.0) | ComoLe = so|trechos|ou|capitulos|(Nao|termina|o|livro) | | Filhos = Nao: ESTJ (2.0) | | Filhos = Sim: ISTJ (2.0) | ComoLe = o|livro|inteiro|de|uma|so|vez: EXTJ (3.0/1.0) | ComoLe = o|livro|inteiro|de|uma|so|vez||por|trechos||ou|capitulos|(por|partes|ate|terminar): ESTJ Após as análises, selecionou-se algumas obras literárias que se adequassem a cada perfil. As dicas foram entregues aos 34 participantes por meio de carta personalizada. Um prazo de quatro meses foi estabelecido para obter o feedback dos participantes sobre as leituras indicadas. Nesta ocasião um novo questionário será aplicado para verificar se houve alguma mudança na relação dos sujeitos com a leitura. Se de fato os discentes de Licenciatura em Química leram as obras indicadas e gostaram, então a hipótese de que o perfil determina a escolha da leitura será confirmada. Se isso ocorrer, o próximo passo do projeto será a automatização do processo de indicação de leitura pelo perfil. (0.0) | ComoLe = mais|de|um|livro|ao|mesmo|tempo: ENTJ (1.0) | ComoLe = partes|do|livro|mais|de|uma|vez: ESTJ (0.0) | ComoLe = o|mesmo|livro|mais|de|uma|vez: ENTJ (1.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = autoajuda: INFJ (1.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = biografia: INFJ (1.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = religioso: XSTJ (1.0) GeneroLiterarioQueGosta2 = cronica: XNFJ (1.0) IV. RESULTADO PARCIAL Figura 3: Regras geradas pelo WEKA utilizando o tipo psicológico como folha. No início do projeto pensou-se que seria importante armazenar em um banco de dados as questões e as respostas do questionário socioeconômico geradas da pesquisa. No entanto, no decorrer do projeto, percebeu-se que somente as respostas armazenadas em uma planilha já bastaria para a mineração de dados utilizando a ferramenta Data Mining WEKA 3 [6] [7]. Entretanto este resultado é preliminar. Pois será necessário definir entre os 31 atributos quais realmente são relevantes na união entre os perfis de: leitor, psicológico e socioeconômico. Quanto ao perfil psicológico, segundo a tipologia MyersBriggs, dos 34 discentes que responderam ao teste, a maioria demonstra direcionar sua energia para o exterior, característica do tipo ‘Extroversão’ (E). Vinte e nove discentes, ou seja, 85% demonstraram fundamentar as decisões na lógica e em considerações objetivas, tipo ‘Pensamento’ (T – Thinking). Diagnosticou-se também que 29 dos sujeitos organizam sua vida de forma estruturada, tomando decisões conscientes dos resultados, são do tipo ‘Julgador’ (J). Para o WEKA ler os dados que estavam armazenados na planilha foi preciso que os valores em branco fossem eliminados e as respostas com múltiplas escolhas reescritas para um conjunto menor de possibilidades. No estado atual do processo testou-se a mineração de dados com um algoritmo de árvore de decisão, o J48 [7]. O resultado mostrado na árvore acerca de motivação para leitura, Fig. 2, no qual o tempo da última leitura foi definido em meses, concluímos que dois 97 >>Atas 6º SIMEDUC >>Simpósio Internacional em Educação e Comunicação//Simposio Internacional de Educación y Comunicación//Volume 5 Para tanto, é essencial compreender o “momento de vida”, dos/as leitores, pois dependendo de seu “estado de espírito”, “do tempo disponível”, “da maturidade como leitor/a”, eles podem se encaixar no perfil de leitor/a definido por Compagnon [10] e também na tipologia de Keirsey [3]. Captar, intuir, compreender o momento de vida dos/as discentes, aliando essa informação aos dados do perfil de leitor/a que está sendo levantado para compor um banco de dados é o fio condutor para que os discentes se motivem a leitura literária. Como ponto inicial, o classificador de Keirsey [3] e a tipologia de Myers-Briggs utilizados na pesquisa nos indicam um perfil mais racional e lógico, elementos a serem considerados ao indicar leitura para esse público. Entre os discentes pesquisados distinguiram-se sete das dezesseis possíveis tipologias simples; seis tipologias com alguma dimensão não definida (X) e um perfil com duas dimensões não definidas (XX) conforme a Fig. 4, sendo o maior grupo o tipo ESTJ, um total de oito dos discentes pesquisados. O tipo ESTJ é composto dos elementos extroversão, sensação, pensamento e julgamento. Sua maior habilidade está na administração. Está mais voltado para o ambiente externo que o cerca e é de muita responsabilidade. São bons para tomar decisões objetivas esforçam-se para atingir seus objetivos. Gostam de enfrentar desafios e sabem como conseguir o que querem. É prático e realista e não se interessa por assuntos para os quais não vê uso, mas pode aplicar-se a eles quando necessário [3]. AGRADECIMENTOS À Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás pelo financiamento do projeto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] S. C. Vergara, Gestão de pessoas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003. pp. 4172. [2] The Myers & Briggs Foudation, “Isabel Briggs Myers”. Disponível em: <http://www.myersbriggs.org/my-mbti-personality-type/mbtibasics/isabel-briggs-myers.htm?bhcp=1>. Acesso em 2 mai. 2015. [3] F. R. de Melo, “Modelo neural por padrões proximais de aprendizagem para automação personalizada de conteúdos didáticos”. Uberlândia, 2012. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal de Uberlândia. [4] The Myers & Briggs Foudation, “Timeline of MBTI history”. Disponível em: < http://www.myersbriggs.org/ >. Acesso em 2 mai. 2015. [5] B. A. Gatti, Grupo focal na pesquisa em Ciências Sociais e Humanas. Brasília: Liber Livro, 2005. (Pesquisa, v. 10). [6] Weka The University of Waikato, “Weka 3: data mining software in java”. Disponível em: <www.cs.waikato.ac.nz/ml/weka/>. Acesso em: 08 abr. 2014. [7] M. Albernthy, “Mineração de dados com Weka parte1”. Disponível em: <www.ibm.com/developerworks/br/opensource/library/os-weka1/. Acesso em: 8 abr. 2014. [8] C. O. Camilo, J. C. da Silva, Mineração de dados: conceitos, tarefas, métodos e ferramentas. Goiânia: UFG/INF, 2009. [9] Instituto Pró-livro, “Retratos da leitura no Brasil 2013”. Disponível em: <http://www.imprensaoficial.com.br/retratosdaleitura/RetratosDaLeituraNoBr asil3-2012.pdf>. Acesso em 10 nov. 2014. [10] A. Compagnon, O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Ed. UFMG,2001. Figura 4: Gráfico com os perfis dos discentes participantes da pesquisa Para o tipo de perfil ESTJ indicamos obras literárias que retratam a realidade do cotidiano. V. CONCLUSÕES Motivar leitores/as adultos/as é um enorme desafio. Nosso público-alvo, que são os/as discentes do curso noturno de Licenciatura em Química, se enquadra na definição de leitor/a de Compagnon [10], para ele o leitor é livre, maior, independente: seu objetivo é menos compreender o livro do que compreender a si mesmo através do livro. O grande desafio nesse projeto está compreender quando os/as discentes de Licenciatura do IFG-Câmpus Inhumas leem, o que os motiva. A partir das regras descobertas pela mineração dos dados poderá fazer a triagem inicial dos usuários da biblioteca, sugerindo obras que foram lidas por outros leitores que foram classificados no mesmo tipo de perfil. 98