Problema 4.1 Nesta montagem o AMPOP não está realimentado. O ganho A é o chamado ganho em malha aberta. Por isso a tensão de saída vO é igual à tensão diferencial de entrada vD, entre os terminais (+) e (−) multiplicada por A. Por sua vez, a tensão vD é a tensão de entrada vI dividida pelas resistências de um megaohm e de mil ohm. vO = AvD = AvI 103 6 10 +10 3 = AvI = vI 1001 ⇒ A = 1001 Problema 4.2(a) Trata-se da montagem amplificadora inversora. Para compreender o seu funcionamento é necessário saber que, sendo o AMPOP ideal, a tensão vD entre as entradas (+) e (−) é virtualmente nula e que as correntes nesses mesmos terminais também são nulas. Estando a entrada (+) à massa, tem-se V+=0, e pelo que foi dito atrás, também será V − = 0 . Como V − = 0 a corrente de entrada valerá v − V − vI iI = I = R1 R1 . Como a corrente na entrada (−) do AMPOP é nula, a corrente na resistência R2 é igual à corrente na resistência R1. Sendo assim a tensão de saída vO será a tensão em R2, medida da direita para a esquerda. v R vO = −R 2iI = − R 2 I = − 2 vI R1 R1 O ganho desta montagem será assim dado por R G v = − 2 = −10 R1 Quanto à resistência de entrada, ela só poderá ser R in = R1 . Bastará recordar o que foi dito atrás quanto à corrente de entrada. Problema 4.2(b) Esta montagem só difere da anterior pelo facto da saída não estar em vazio, mas a alimentar uma resistência de 10 kΩ. Como o AMPOP é ideal poderá alimentar uma resistência qualquer independentemente do seu valor óhmico. Num AMPOP real a situação é naturalmente diferente, pois existe geralmente um valor máximo para a corrente de saída, indicado pelo fabricante. Sendo a resistência de saída no caso ideal nula, a tensão de saída também será independente da corrente de saída. Problema 4.2(c) Também neste caso nada se altera de substancial em relação à situação representada no exemplo (a). Acontece que a resistência de 10 kΩ ligada entre o nó (−) e a massa não tem qualquer corrente pois o nó (−) também está virtualmente à massa como se viu antes. Por isso nem o ganho nem a resistência de entrada sofreram modificação. Problema 4.2 (d) Este caso é idêntico ao anterior. Existe aqui uma resistência de 10 kΩ ligada entre a entrada (+) e a massa. Como esta entrada não admite corrente não haverá tensão na resistência. Por isso, será indiferente a entrada (+) estar ligada à massa através duma resistência, ou directamente como no primeiro exemplo. Problema 4.3 Pretende realizar-se a operação de adição com inversão das duas parcelas. O circuito baseado num AMPOP é idêntico ao utilizado para a montagem inversora. As duas entradas v1 e v2 ligam-se à entrada (−) do AMPOP através das resistências R1 e R2. Como a tensão na entrada (−) é nula, as correntes em R1 e R2 valem respectivamente v i1 = 1 R1 e v i2 = 2 R2 . Como a corrente na entrada (−) também é nula estas correntes circulam pela resistência R3 definindo assim a tensão de saída vO. R R v v vO = −R 3 (i1 + i2 ) = − R 3 ( 1 + 2 ) = − 3 v1 − 3 v2 R1 R2 R1 R2 Para obter os ganhos referidos no enunciado a mais baixa resistência deve ser R1, tendose R1 = 10 kΩ , R 2 = 20 kΩ e R 3 = 20 kΩ. Problema 4.4 Na figura está representada a montagem não inversora. O sinal a amplificar é aplicado directamente na entrada (+) e na entrada (−) está ligada a malha de realimentação. A tensão na entrada (−), sendo idêntica à da entrada (+) vale vI. Assim a corrente na resistência R1 será vI/R1. Como a corrente na entrada (−) é nula, a corrente em R2 será igual à corrente em R1. Isto vai permitir estabelecer a relação entre as tensões de entrada e de saída. vI vO − vI = R1 R2 ⇒ vO = vI (1+ R2 ) R1 ⇒ v R G v = O = 1+ 2 vI R1 Assim para obter o ganho Gv=100 deve ser R2=99 R1. Para obter o ganho Gv=101 deve ser R2=100 R1. Para obter o ganho Gv=2 deve ser R2=R1. Finalmente, para obter o ganho Gv=1 deve ser R2=0 Ω. Nestas circunstâncias o valor de R1 não está univocamente determinado pelo que se faz R1=∞. O circuito assim obtido designa-se por “seguidor de tensão”, “isolador”, “buffer”, e e representa-se na figura seguinte. Note-se que esta montagem apresenta sempre uma alta resistência de entrada (infinita no caso ideal). Problema 4.5 Para resolver esta questão vamos utilizar o princípio da sobreposição. Assim comecemos por considerar v2=0. Nestas circunstância, a entrada (+) fica à massa e ficamos com uma montagem inversora simples. A tensão de saída seria R vO = − 3 v1 . R1 Considerando agora v1=0 teríamos uma montagem não inversora. O sinal aplicado à entrada (+) é a divisão da tensão v2 em R2 e R0. V+ = R0 v2 R2 + R0 ⇒ vO = (1+ R3 + R R0 )V = (1+ 3 ) v2 R1 R1 R 2 + R 0 Juntando as duas contribuições tem-se finalmente: R R R0 vO = − 3 v1 + (1+ 3 ) v2 R1 R1 R 2 + R 0 Por substituição dos valores das resistências obtém-se vO = −20 v1 + 20 v2 . Note-se que para obter o mesmo ganho nas componentes inversora e não inversora é necessário que as resistências satisfaçam a R3 R R0 = (1+ 3 ) R1 R1 R 2 + R 0 ⇔ R3 R0 = R1 + R 3 R 2 + R 0 Assim mantendo uma relação do tipo R3 R0 = R1 R 2 O circuito fará a operação de subtracção com igual ganho em ambas as entradas. No nosso caso temos R3 R0 = = 20 R1 R 2 que permitiu obter vO = 20 (v2 − v1 )