A PRÁTICA DOCENTE COMO REFERENDO DE UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE FILOSOFIA Marta Roseli de Azeredo Barichello1 Danilo Romeu Streck 2 Resumo: O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a prática docente do profissional professor de Filosofia no ensino médio, com ênfase em dois aspectos: a formação deste profissional e a necessidade de uma metodologia para o ensino de Filosofia. Qual a metodologia e método adequados para ensinar Filosofia é a pergunta comum entre aqueles que se dedicam ao ensino de Filosofia na Educação Básica. A partir dessa indagação e da experiência docente este trabalho propõe a dialética como uma possibilidade metodológica para o ensino de filosofia, por entender que somente um método que se origine na Filosofia tem condições de atender as peculiaridades e especificidades da Filosofia. A dialética, em seu sentido originário tem a ver com diálogo e como metodologia expressa uma relação dialógica entre a teoria e a prática, forma pela qual é possível atribuir sentido aos conteúdos filosóficos. E, por entender que a filosofia deve encontrar em seu interior a sua metodologia e que esta é uma questão filosófica. Palavras–chave: Metodologia. Formação. Ensino. O curso de Filosofia não representou, e ainda não representa um espaço de formação de professores de Filosofia. A preocupação com as questões educacionais quase inexiste, salvo algumas disciplinas de caráter pedagógico que são trabalhadas por professores que não fazem parte do corpo docente do curso e, normalmente com poucas incursões no curso e na realidade do ensino de Filosofia. Cabe ressaltar que esta situação é similar na maioria dos cursos de Filosofia do país. Atualmente vivemos um momento que, em função da necessidade de adequação à legislação, os cursos de licenciatura em Filosofia passaram por reformulações curriculares, que se colocadas em prática tem a possibilidade de proporcionar de fato formação condizente a profissão de professor de Filosofia. 1 Mestre em Filosofia – Doutoranda em Educação pela Universidade do Vale dos Sinos - UNISINOS – email: [email protected] - telefones:(55) 3263 – 2171 / 99597261 2 Orientador. Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Educação da UNISINOS. 2 Ensinar não é uma tarefa simples, gera angústia, pois lida com desejos, intenções que muitas vezes não estão claras para os que se envolvem no processo de ensino e aprendizagem. No caso dos professores de Filosofia que trabalham com ensino médio esta é uma questão premente, pelo fato de que as discussões sobre educação no processo de formação destes professores ser ainda muito insipiente. A afirmação acima é decorrente da experiência de doze anos de ensino de Filosofia no ensino médio, de incursões como professora no curso de licenciatura em Filosofia e da experiência de orientação e supervisão de estágios no curso de licenciatura em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria. Durante o período em que fui professora de Filosofia, no ensino médio, deparei-me com situações que fizeram com que refletisse sobre minha compreensão de Filosofia na tentativa de entender o sentido da Filosofia no ensino médio e que relação tem com a educação como um todo. Essas questões emergem porque em um dado momento comecei a me perguntar se de fato estava preparada para ensinar Filosofia nessa realidade, pois o curso de licenciatura em Filosofia não havia me proporcionado condições e discussões para enfrentar a realidade da sala de aula e da escola. A situação só não foi caótica devido ao fato de ter cursado no ensino médio o curso de magistério. Lembro-me que todas as vezes que preparava uma aula vinha a ansiedade de me fazer entender pelos alunos, visto que o conteúdo de Filosofia parecia ser muito teórico. Vivia um conflito constante, de um lado a necessidade de atribuir sentido ao conteúdo e de outro o medo de que ao atribuir sentido deixasse de ensinar Filosofia. A época em que procurei ensinar um pouco de Filosofia para adolescentes foi marcada por uma série de experiências metodológicas. A cada ano novos conteúdos eram trabalhados e novos métodos eram testados, num esforço constante de não descaracterizar a Filosofia e de torná-la inteligível. O tempo passou e me deparei novamente com a mesma situação, só que em outra dimensão, como orientadora e supervisora de estágios do curso de licenciatura em Filosofia. As mesmas questões, dificuldades e conflitos que passei eram expostos pelos meus alunos. Ensinar filosofia no ensino médio requer do professor um posicionamento que justifique porque e para que é preciso aprender filosofia. Situação essa que não se repete com as outras formas de conhecimento, o que não quer dizer que seja desnecessário. A filosofia por não ser tão institucionalizada como as outras disciplinas e por destas se diferenciar em seu conteúdo e forma é alvo de questionamentos, principalmente no que tange a sua utilidade. Além disso, tem a questão de que normalmente o primeiro contato com a filosofia acontece 3 no ensino médio em no máximo duas séries e na melhor das hipóteses com dois períodos de aula. Para superar esse impasse é importante que o professor tenha clareza quanto ao papel, importância que a Filosofia tem na formação do ser humano e saiba esclarecer de que forma pode contribuir na educação do aluno. O que está em questão é o posicionamento do profissional que ao assumir uma atividade pública como a de ser professor toma para si a tarefa educativa inerente a esta profissão. Ora, a educação é um fato social, como criação do homem em seu processo de hominização3, é processual e mediada pela cultura. Quem trabalha com educação têm para com a sociedade um compromisso social. Seu compromisso como profissional, sem dúvida pode dicotomizar-se de seu compromisso original de homem. O compromisso, como um que fazer radical e totalizado, repele as racionalizações. Não posso nas 2ª feiras assumir compromisso como homem, para nas 3ª feiras assumi-lo como profissional. Uma vez que “profissional” é atributo de homem, não posso, quando exerço um quefazer atributivo, negar o sentido profundo do quefazer substantivo e original.[...] (Freire, 2006, p.20). O profissional professor de Filosofia não pode se imiscuir da tarefa social que lhe compete, porém o que acontece de forma recorrente é um certo afastamento da realidade do mundo da vida e do trabalho. Como se não fizesse parte do contexto que o produz. A consciência ingênua4 desse profissional é transposta para a sua ação, pois, na maioria das vezes, faz da Filosofia uma ilha de conhecimento no espaço escolar e acadêmico. A Filosofia enquanto parte de um currículo não pode ser vista de forma isolada, a parte das condições concretas em que se realiza como conhecimento. Entretanto o que se vê é uma tentativa de colocar a Filosofia como um saber, totalmente abstrato, alheio a realidade concreta. Não devo julgar-me, como profissional, “habitante” de um mundo estranho; mundo de técnicos e especialistas salvadores dos demais, donos da verdade, proprietários do saber, que devem ser doados aos “ignorantes e incapazes”. Habitantes de um gueto, de onde saio messianicamente para salvar os “perdidos”, que estão de fora. Se procedo assim, não me comprometo verdadeiramente como profissional nem como homem. Simplesmente me alieno (Freire, 2006, p.21). 3 No contexto da obra de Álvaro Vieira Pinto o conceito de hominização aparece como um processo histórico e cultural em constante devir. 4 Ver o conceito de consciência ingênua de Paulo Freire em “Educação e Mudança”, p 21. 4 Não podemos escapar do fato de que estamos, somos e vivemos em uma sociedade que nos produz e é por nós produzida. Nas palavras de Pinto o homem se torna “um produzido produtor do que o produz”5 de forma histórica, dialética e cultural. A tarefa educativa do ensinar implica em posicionar-se a partir dessa circunstância constitutiva do ser humano. Portanto, não é a toa que os alunos-professores de Filosofia têm dificuldade de ensinar Filosofia, pois agem contra sua própria natureza, a de ser dialético em seu modo de ser e de pensar. [...] A presença do homem impõe o emprego da razão dialética porque a compreensão do fenômeno humano, em si mesmo e em sua atuação sobre a realidade, pertence de direito à dialética. Esta é a ciência do processo universal da realidade, suas leis estão presentes no íntimo dos seres e dos acontecimentos, mas somente na reflexão humana se faz consciente de si (Pinto, 1985, p.186). No caso dos alunos-professores (estagiários do curso de filosofia) a questão do ensinar é encarada ainda como um momento de transmissão de conhecimentos em que, curiosamente por se tratar da filosofia, é um momento sem muitos movimentos, que se traduz pelo esquema sujeito-objeto, é linear. O ensino está atrelado às teorias filosóficas destituído de sentido, por não se relacionar, na maioria das vezes, com a prática. Comumente os conhecimentos são analisados sem relação com o contexto de onde emergem e para onde convergem. Há por assim dizer uma negação do modo de ser constitutivo do homem e da realidade: a dialética. O processo de ensino e aprendizagem de fato não acontece, pois o conhecimento é petrificado pelo modo unilateral de ensinar, onde o sentido e a referência com a realidade concreta são perdidos pela imobilidade da teoria. Na prática o que transparece é que a dificuldade desses professores está, principalmente, no modo de conduzir o processo de ensino e aprendizagem. O que está em questão é o que fazer com um conhecimento construído que exigiu por parte destes professores uma capacidade de abstração que difere em grau dos adolescentes. E que por isso exige que a relação teoria e prática seja uma constante. Não é por acaso que o como ensinar, ou qual a metodologia e método adequados para ensinar Filosofia seja a pergunta comum. Por não existir uma discussão mais ampla sobre a questão da metodológica, e por não termos muita investigação sobre este assunto, e nem indicarmos uma metodologia específica para o ensino de Filosofia, a tendência é reproduzir 5 Esta idéia reflete a concepção de homem de Álvaro Vieira Pinto em Ciência e Existência, p.100. 5 com os adolescentes a metodologia utilizada pelos professores na Universidade. O que tem como conseqüência a inviabilização da situação de aprendizagem, pois o ensino não acontece, visto que a aula se transforma, na maioria das vezes, em monólogo ou argüição, já que os espaços e níveis de desenvolvimento dos alunos são diferentes e, conseqüentemente, as metodologias e os métodos utilizados também. A metodologia figura no imaginário dos estagiários como a salvadora da pátria, pois vêem esta como a que vai solucionar todas as dificuldades que surgirem no exercício da docência. Para além dessa questão, e em conjunto, está a formação do professor de Filosofia que é deficitária em assuntos educacionais. Entretanto, insistentemente os alunos – professores pontuam a inexistência de uma metodologia e de espaços de que possam possibilitar sua elaboração e reflexão como uma das maiores causas da insegurança que os acomete quando se deparam com uma turma de alunos. No que se refere à questão da metodologia, nas conversas com os estagiários e com os outros alunos do curso de filosofia ficou a convicção de que cabe a cada um elaborar sua própria metodologia, pois esta depende muito da realidade escolar com a qual vão trabalhar e, também, da formação e capacidade de cada um. Portanto, não acredito ser possível falar em uma metodologia do ensino de filosofia, mas de metodologias construídas, elaboradas e testadas durante o curso e não ao seu final no estágio. Além disso, há receio em lançar mão de atividades diferenciadas na sala de aula, por acreditarem que estas venham a descaracterizar a Filosofia. Ou seja, a falta de uma metodologia que se origine na Filosofia, que referende e justifique teoricamente a forma que vão conduzir suas aulas, acaba por imobilizá-los. A discussão sobre a existência de um método para a Filosofia é uma constante na história da filosofia. Desde o início a questão do ensino se tornou marca comum em muitas teorias filosóficas. Cabe destacar que a discussão sobre o ensino vem associada a uma teoria do conhecimento. Ao teorizarem sobre a forma como o conhecimento acontece os filósofos estabeleciam, também, a forma como o conhecimento deve ser aprendido, ou seja, o método. Desta maneira a maioria dos filósofos se ocupou direta ou indiretamente da questão metodológica. A Filosofia trabalha dentro da concepção de criação e construção de conhecimentos. Sua forma de trabalhar possibilita que os conhecimentos tenham que ser (re)elaborados constantemente. Diferentemente de outras disciplinas a mera reprodução de conhecimentos é impossibilitada. Quem se dedica a Filosofia tem de ir além. 6 A Filosofia é uma atividade de fazer experiências de pensamento, transversalmente atravessando o vivido e construindo sentidos para esses acontecimentos. Escalar as alturas e mergulhar nas profundezas, sem perder o sentido da superfície. Nietzsche já demonstrou, em vários de seus escritos, que a Filosofia é algo que está para além dos padrões de normalidade, afirmando que para aqueles que se dedicam à Filosofia é necessário acostumar-se com os ares gelados e rarefeitos das altas montanhas. Não se contentar com as explicações corriqueiras, com a doxa, com as facilidades oferecidas por uma literatura barata e pela mídia eletrônica ainda mais diluída; mas experimentar, buscar estados alterados, buscar o diferente, o desviante, o devir... (Gallo; Kohan, 2000, p 192). Dedicar-se a Filosofia implica em assumir como postura a idéia do devir, do inacabamento. É neste eterno movimento e no interesse pelo conhecimento que a Filosofia torna-se o lugar da fundamentação dos saberes das ciências e cria metodologias para as ciências, ao mesmo tempo, que vai dando subsídios para que sua metodologia seja elaborada. Originariamente a metodologia está ligada à epistemologia ou a filosofia da ciência. Tem a função de analisar os métodos, e avaliar suas possibilidades de aplicação. É um conhecimento necessário para o pesquisador ou professor investigar, definir técnicas, conteúdos, técnicas, hipóteses e tomar decisões. Mesmo acreditando que a metodologia seja uma construção pessoal, penso que a Filosofia na sua especificidade nos conduz a encarar a dialética como uma possibilidade metodológica. A forma como a Filosofia acontece é muito próxima do pensar dialético, ambos correspondem a uma atitude, uma forma específica de pensar que tem na reflexão sobre a realidade um ponto de intersecção. Desde Parmênides a dialética aparece na Filosofia ora como método positivo ora como método negativo de conhecimento. A história da Filosofia é atravessada pela da dialética. Em sua origem, o termo dialética é associado ao termo diálogo, de acordo com Mora “Tal como no diálogo, na dialética há também duas “razões” ou “posições” entre as quais se estabelece precisamente um diálogo.” A relação entre dialética e diálogo aparece também em autores contemporâneos como Freire que vê a dialética como possibilidade de ensinamento expressa pelo método dialógico, pois o desenvolve sob os princípios da dialética: a contradição e a totalidade, ou melhor, a unidade na multiplicidade. Historicamente foram atribuídos sentidos diferentes à dialética, o sentido de Freire é o de Marx e Engels. O uso da dialética permite compreender o fenômeno das mudanças históricas (materialismo histórico) e das mudanças naturais 7 (materialismo dialético). Todas essas mudanças se regem pelas “três grandes leis dialéticas”: a lei da negação da negação, a lei da passagem da quantidade à qualidade, e a lei da coincidência dos opostos (Mora, 1982, p.108). É nessa perspectiva que a dialética pode ser uma metodologia para o ensino de Filosofia, pois essa dialética refere-se a realidade que por ter em si a lógica da realidade – incluído nesta o ser humano – possibilita sua compreensão. Na mesma direção Pinto chama atenção no aspecto de que a concepção dialética nos mostra que as idéias apesar de serem abstrações correspondem a realidade concreta, provém do mundo exterior através da ação transformadora do homem. Assim, como não há homem sem mundo, nem mundo sem homem, não pode haver reflexão e ação fora da relação homem – realidade. Esta relação homem – realidade, homem – mundo, ao contrário do contato animal com o mundo, como já afirmamos, implica a transformação do mundo, cujo produto, por sua vez, condiciona ambas, ação e reflexão (Freire, 2006, p.17). Tanto Pinto como Freire percebem na dialética uma epistemologia e um método, pois a forma como compreendemos a realidade denota uma forma de construir conhecimentos e determinam a forma de conhecer. Penso não ser prematuro afirmar que a postura epistemológica do professor determina sua metodologia, dessa forma a dialética representa no contexto de minha trajetória de professora de Filosofia uma metodologia de ensino, por permitir a relação entre a teoria e a realidade mediadas pela ação e reflexão, num processo complexo e contraditório, onde a unidade é garantida pelo diálogo. Pois se a dialética é a metodologia o método é o diálogo. O diálogo é a confirmação conjunta do professor e dos alunos no ato comum de conhecer e re-conhecer o objeto de estudo. Então, em vez de transferir o conhecimento estaticamente, como se fosse uma posse fixa do professor, o diálogo requer uma aproximação dinâmica na direção do objeto (Freire, 2006, p.124). A proposta da dialética como metodologia é derivada de uma caminhada, de uma postura que procura perceber e compreender a realidade em sua complexidade e dinamismo. E que não tem a pretensão de colocar esta metodologia como a metodologia, mas como uma das possibilidades metodológicas para o ensino de Filosofia. 8 A reflexão sobre metodologia do ensino de Filosofia não deve se estruturar na concepção de que existe um único método de filosofar. Sob outro aspecto, questão metodológica aparece relacionada a problemática sobre a formação do professor de filosofia. [...] um professor dispõe – quase “espontaneamente” – de uma multiplicidade de teorias, desarticuladas, algumas até geralmente desconexas, contraditórias entre si, instáveis, que foi incorporando, fundamentalmente, em sua experiência inicial como aluno e depois como estudante de professorado (Cerletti, 2003, p.6263). É neste contexto que se firma o lugar da metodologia do ensino, no sentido de que neste espaço o professor possa organizar e dar sentido aos seus saberes, sua prática e escolher seu(s) método(s) de ensino. É importante frisar que na filosofia a questão do método não é um consenso, pois tanto a indução e a dedução são métodos como a fenomenologia, a dialética e a hermenêutica também o são. Em conseqüência disso e na busca pelo conhecimento, os filósofos criaram muitos métodos, que hoje fazem parte constituinte das metodologias utilizadas nas ciências, e também na Filosofia. Métodos que tanto podem ser assim utilizados como podem e são nomeados por metodologias: dialética, hermenêutica, fenomenologia, entre outros. E que também são colocados como fundamentos epistemológicos de metodologias oriundas principalmente das Ciências Sociais. Apesar do grande envolvimento com a questão do método pouco ou quase nada se fala em uma metodologia para o ensino de filosofia. As discussões e suas teorizações versam sobre didática – mas ainda de forma insipiente – conteúdos de filosofia, filosofia no ensino médio, filosofia para crianças, políticas do ensino de filosofia e filosofia do ensino de filosofia. A pouca literatura sobre o assunto aponta para um campo a ser desvendado que implica em lidar com controvérsias e as dificuldades de ser pioneiro em um conhecimento. 9 Referências Bibliográficas CERLETTI, Alejandro A. Ensinar filosofia: da pergunta filosófica à proposta metodológica. In: KOHAN, Walter Omar (org). Filosofia: caminhos para seu ensino. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. FAVARETTO, Celso. Nota sobre Ensino de Filosofia. In: ARANTES, Paulo et all (Org). A Filosofia e seu ensino. Petrópolis/RJ, Vozes: SP, EDUC, 1995. FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 29ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. GALLO, Sílvio; Kohan, Walter Omar (organizadores). Crítica da alguns lugares-comuns ao se pensar a filosofia no ensino médio. In: Filosofia no Ensino Médio. v.VI. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1982. PINTO, Álvaro Vieira. Ciência e Existência: problemas filosóficos da pesquisa científica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. SHOR Ira; FREIRE, Paulo. Medo e Ousadia. 11ªed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.