Farmacologia dos Colinérgicos

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Universidade Federal Fluminense
Departamento de Fisiologia e Farmacologia
Disciplina de Farmacologia
Farmacologia
dos
Agonistas Colinérgicos
Profa. Elisabeth Maróstica
I.Introdução
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
SNA: transmissores e efetores
Glândulas
Músc. liso
Músc. cardíaco
Glândulas
Músc. liso
Músc. cardíaco
II.Transmissão
Colinérgica
NEURÔNIO
COLINÉRGICO
COLINA
COLINA
Hemicolínio
ACETIL
COENZIMA A
1. Síntese
Vesamicol
ACh
e Liberação
da Acetilcolina
4-aminopiridina
ACh
Colina
Acetil Transferase
ACh, ATP
vesiculina
α- latrotoxina
α2
M2
Toxina botulínica
ACh
Colina
+
AChE Acetato
Anticolinesterásicos
COLINORRECEPTOR
2. Sítios de Ação da Acetilcolina
¾ membranas celulares dos tecidos inervados por
fibras pós-ganglionares parassimpáticas
Muscarínicos
¾ membranas celulares dos tecidos inervados por
fibras pós-ganglionares simpáticas colinérgicas
(gl. sudoríparas e vasos musc. esquelética)
¾ membrana pré-sináptica de terminações
nervosas simpáticas e parassimpáticas
Nicotínicos
¾ gânglios autonômicos
¾ placa motora
¾ células da supra-renal
3. Receptores de Acetilcolina
Nicotínicos
Muscarínicos
canais iônicos
(Nm e Nn)
acoplados à proteína G
(M1 a M5)
Ag
III. Agonistas Colinérgicos (Muscarínicos)
Amanita muscaria
Alcalóides naturais
e sintéticos
Ésteres de colina
1. Agonistas Colinérgicos
(sinté
(sintético)
Arecolina
Agonistas Colinérgicos
+
+
2.Mecanismo de Ação dos Agonistas Muscarínicos
M2 , M4
M1, M3 , M5
PLC
Gq
(+)
DAG
PKC
AC
Gi
(-)
PKC
proteínas
IP3
AMPc
ATP
proteínas-PO4
PKA
Ca++
proteínas-PO4
↑↑ Ca++
PKA
proteínas
Podem ativar outros sistemas enzimáticos como PLA2 e PLD
Outras vias de transdução
podem ativar outros efetores através de “βγ” como MAPK e canais de K+
mAChR
Rac-1
PKC
Ras
sos
MLK?
Grb2
Raf
S
h
c
Src
β
γ
PI3kγ
MEKK
SEK
JNK
Fatores de
transcrição
α
Citoplasma
MEK
MAPK
Proliferação
e diferenciação
celular
PP
Núcleo
3.Efeitos Farmacológicos dos Agonistas Colinérgicos
/ (M2)
/ M1
Efeitos Farmacológicos dos Agonistas Colinérgicos
3.1. Sistema Cardiovascular
¾ Efeito inotrópico negativo (↓ força de contração cardíaca- M2)
¾ Efeito cronotrópico negativo (↓ frequência cardíaca- M2)
¾ Efeito dromotrópico negativo (↓ taxa condução-nódulos sinoatrial, atrioventricular)- M2
¾ Vasodilatação (todos os leitos vasculares- M3 / NO)
3.2. Sistema Gastrointestinal
¾ Contração do músculo liso do TGI → (M3: PLC, IP3/DAG e abertura canal de Ca++ L
¾ Estimulação da secreção ácida (M1)
M2: PI3quinase, Src, ERK, p38 MAPK)
Efeitos Farmacológicos dos Agonistas Colinérgicos
3.3. Sistema Genitourinário
¾ Contração do músculo destrusor da bexiga urinária
¾ Relaxamento dos músculos trígono e esfíncters
¾ Contração do músculo liso do epidídimo, ducto deferente, vesícula
seminal e próstata
¾ TR feminino → contração do miométrio
¾ Envolvimento na proliferação celular da próstata e células de Sertoli
e secreção da próstata e epidídimo.
Efeitos Farmacológicos dos Agonistas Colinérgicos
3.4. Sistema Nervoso Central
¾ Regulação de funções cognitiva (memória e aprendizagem), comportamental,
sensorial e motora.
¾ Transmissão colinérgica tem importância em várias patologias como
Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia, depressão, entre outras
Alzheimer → agonistas M1 em estudo – cevimelina, milamelina, talsaclidina, sabcomelina,
xanomelina.
3.5. Outros efeitos
¾ Pulmão → broncoconstrição e ↑ da secreção traqueobrônquica
¾ Glândulas → ↑ da secreção salivar, sudorípara e lacrimal
¾ Olho → contração dos músculos circular e ciliar da íris (acomodação
visual)
Efeitos de Agonista Colinérgico Sobre o Olho
4. Usos Terapêuticos dos Agonistas Colinérgicos
9
Betanecol (urecolina) → estimular músculo liso do TGI e
bexiga em certos quadros neurológicos
ou pós-cirúrgicos de atonia.
(v.o. 10-20 mg/3xdia, ou s.c.)
9
9
Pilocarpina → glaucoma
xerostomia
(sol. oftálmica 0,5-4%)
(v.o. 5-10 mg/3xdia)
Cevimelina → xerostomia (v.o. AP, - ef. colaterais)
9 Agonistas M1-seletivos
(em estudo) → dç de Alzheimer
(agonista M1 reduz síntese de β-amilóide s/ M2 pré-sináptico q/ ↓ lib. ACh)
5. Efeitos Adversos de Agonistas Colinérgicos
¾ Sudorese
¾ Cólicas abdominais
¾ Dificuldade de acomodação visual
¾ Salivação, vômito
¾ Dor de cabeça
Agonistas Colinérgicos
Contra-indicações:
9 Asma
9 Distúrbios pépticos ácidos
9 Hipotensão
9 Insuficiência coronariana
9 Hipertireoidismo (fibrilação)
Intoxicação por cogumelos:
• Inocybe, Clitocybe → sint.colinérgicos (atropina 1-2 mg IM/cada 30min)
• Muscaria , Psilocybe e Panaeolus sp → halucinógenos (diazepam)
• Amanita phalloides → 90% fatal
Inocybe amygdalospora
Psilocybe fimetaria
Clitocybe geotropa
Panaeolus foenisecii
Amanita muscaria
Amanita phalloides
Agonistas Colinérgicos
de Ação indireta:
Anticolinesterásicos
Transmissão Colinérgica e AChE
1. Interação entre ACh e AChE
Acetato
+
Colina
ACh
AChE
Sítio aniônico Sítio esterásico
2. Acetilcolinesterase e Inibidores
Anticolinesterásico reversível
Anticolinesterásico irreversível
Enzima ativada
histidina
Sítio
catalí
catalítico
Sítio
aniônico
Serina
Glutamato
Pralidoxima
CarbamilCarbamil-serina
Enzima
Hidró
Hidrólise (lenta)
reativada
Aminas e Carbamatos
Reversíveis
3. Anticolinesterásicos
(Eserina)
Eserina)
Organofosforados
Irreversíveis
* Galantamina, Rivastigmina, Donepezila → SNC
* Sarin, Soman, Tabun→ “gases dos nervos”
6. Usos Terapêuticos dos AntiAChEs
¾ Ílio paralítico (neostigmina - 0,5mg s.c.)
¾ Atonia de bexiga (neostigmina)
¾ Glaucoma (refratário a outros agentes - ecotiofato)
¾ Miastenia gravis (piridostigmina, neostigmina, ambenônio)
¾ Dç de Alzheimer (galantamina, donepezila, rivastigmina)
¾
Intoxicação por anticolinérgicos
9 Efeitos Colaterais: semelhantes aos colinérgicos
4. Intoxicação por Anticolinesterásicos
¾
¾
¾
¾
Sintomas colinérgicos exacerbados (muscarínicos)
Fraqueza, fasciculações, paralisia (nicotínicos)
SNC: confusão, depressão respiratória, convulsão
Neuropatias tardias (independe da AChE)
Tratamento:
• Cuidados não farmacológicos
• Antagonista muscarínico (atropina 2-4mg/10min)
• Pralidoxima 1-2g i.v.lenta (p/ organofosforados)
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