23/11/2012 Sistema Nervoso NEUROTRANSMISSÃO NO Sistema nervoso Central SISTEMA NERVOSO Sistema nervoso periférico AUTÔNOMO Sistema nervoso Somático Sistema nervoso Autonômo Medicina Veterinária Profa M. Sc. Renata Fontes Sistema nervoso Somático Sistema nervoso autonômo •Invervação do músculo esquelético •Visceral, vegetativo ou involuntário •Sinapses na medula espinhal (SNC) •Transporta todos os impulsos do SNC •Partem neurônios mielinizados até a junção •Ação integradora sobre a homeostase corporal neuromuscular •Regula a atividade de estruturas fisiológicas •Não controle voluntário •Sistema músculo esquelético •Respiração, circulação, digestão, temperatura... Organização do SNA Sistema Nervoso Autônomo (SNA) •Centros de controle localizados no SNC •Hipotálamo •Núcleo de integração deste sistema •Rede periférica de fibras aferentes e eferentes Neurotransmissores •Neurônios adrenérgicos liberam noradrenalina •Neurônios colinérgicos: Acetilcolina •Divisão: •Simpático - Adrenérgico •Simpático •Parassimpático - Colinérgico •Parassímpatico 1 23/11/2012 Receptor Alfa 1 Alfa 2 Beta 1 Beta 2 N1 N2 M1 M2 M3 Localização Adrenérgico Músculo liso TGI Coração Músculo liso Colinérgico Músculo esquelético Gânglios autonômicos SNC Coração Glândulas, músculo liso Efeitos do SNA sobre os vários sistemas Órgãos Ação S Receptor S Ação P Receptor P Coração ↑ frequência cardíaca ↑ contração Beta 1 M2 Beta 1 ↓frequência cardíaca ↓ contração Músculo liso vascular Vasoconstrição Alfa 1 - - TGI ↓Motilidade Alfa 2 Beta 2 ↑ Motilidade M3 Bronquíolos Dilatação Beta 2 Contração M3 Órgãos sexuais masculinos Ejaculação Alfa Ereção M Bexiga Relaxamento Beta 2 Contração M3 Glândulas sudoríparas ↑ sudorese M - - M2 Animais domésticos raramente apresentam patologias do SNA •Manipulação de medicamentos que interferem com a função autonômica •Previsão de efeitos farmacológicos •Efeitos colaterais Receptores colinérgicos Nicotínicos e Muscarínicos Sistema Nervoso Autonômo Parassimpático •Agonista e Antagonista colinérgico •Estimulação ou bloqueio das células efetoras (pós-ganglionares) do SNA parassimpático 2 23/11/2012 Receptores colinérgicos Receptor N1 Localização Colinérgico Músculo esquelético N2 Gânglios autonômicos M1 M2 M3 SNC Coração Glândulas, músculo liso Agonistas e Bloqueadores Colinérgicos •Ação da Acetilcolina •Estimulação fisiológica nicotínicos e muscarínicos dos receptores •Extensa quantidade de efeitos •Receptores em diversos tecidos •Central •Periférica •Placa motora Agonistas e Bloqueadores Colinérgicos Agonistas e Bloqueadores Colinérgicos •Potencial terapêutico extenso •Disfunções relacionadas à Acetilcolina: •Glaucoma -Contração do músculo pupila •Asma brônquica •Contração muscular •Diminuição da freqüência respiratória •Cólicas •Contração muscular – Espasmos •Refluxo gastroesofágico •Motilidade aumentada Esfincter relaxado •Miastenia Parassimpaticomiméticos Fármacos colinérgicos •Fármacos reproduzem o efeito do acetilcolina •Aumentam ou diminuem efeito da acetilcolina •Diretos: estimulam os receptores •Indiretos: Inibição da Acetilcolinesterase •Preserva ação da Acetilcolina endógena Utilizados com maior segurança 3 23/11/2012 Parassimpaticomiméticos Diretos •Estrutura química similar à Colina •Desencadeiam parassimpática efeitos da atividade •Sistema Cardiovascular: •Vasodilatadores ↓ PA •Globo ocular: •Dilatação do músculo constritor Relaxamento ↓ pressão intra-ocular Representantes: Mecanismo de ação •Metacolina •Receptores acoplados a Proteína G •Carbacol •M1: SNC e glânglios autonômicos •Betanecol •M2: “cardíaco” •Pilocarpina •Átrios, tecido de condução, músculo liso e •Uso terapêutico restrito devido à atuação no SNC simultânea em vários sistemas M3: “glandular” Efeitos adversos Sudorese, Cefaléia... •Glândulas exócrinas, músculo liso e Salivação, Cólica abdominal, Parassimpaticomiméticos Diretos Efeitos farmacológicos •Equivalentes aos impulsos parassimpáticos •Diferença: •Potência •Seletividade Músculo liso •Relaxamento dos esfíncteres •Aumenta motilidade TGI •Broncoconstrição •Contração da bexiga e ureteres Parassimpaticomiméticos Diretos endotélio vascular •M4 Parassimpaticomiméticos Diretos Efeitos farmacológicos Glânculas exócrinas •Estímulo •Pilocarpina •Diaforético potente Sistema cardiovascular •Queda da pressão arterial e bradicardia •Dilatação vascular •Indução da liberação de óxido nítrico Parassimpaticomiméticos Diretos 4 23/11/2012 Efeitos colaterais Efeitos farmacológicos •Atropina (0,5 a 1,0 mg/Kg) SNC •Praticamente não atravessa a BHE •Adrenalina (0,3 a 1,0 mg/Kg) •Via subcutânea •Agravar úlceras •Contra-indicadas na gravidez •Aumenta motilidade uterina Controlar alterações do sistema cardiovascular e broncoespasmo Parassimpaticomiméticos Diretos Parassimpaticomiméticos Diretos Parassimpaticomiméticos Indiretos •Ach hidrolisada por colinesterases •Interrompem ação da AchE •Fármacos anticolinesterásicos •Acúmulo de Ach junto aos receptores colinérgicos Produzir efeitos equivalentes à estimulação excessiva dos receptores •SNC, SNA, Junção neuromuscular Classificação Inibidores reversíveis •Inibidores reversíveis das colinesterases Carbamatos •Carbamatos •Fisostigmina, Neostigmina e Piridostigmina •Curta duração •Inibem de forma reversível a AchE: 3- 6 horas •Administradas pela VO não bem absorvidos •Inibidores irreversíveis das colinesterases •Piridostigmina: maior duração de ação (meia- •Longa duração vida de 4 horas) •Organofosforados •Neostigmina: meia vida de 2 horas Parassimpaticomiméticos Indiretos Parassimpaticomiméticos Indiretos 5 23/11/2012 Inibidores reversíveis Inibidores irreversíveis Cloreto de edrofônio •Altamente lipossolúveis •Anticolinesterásico de curta duração 4 •Depósito no tecido adiposo minutos •Tabum •Monitoramento e diagnóstico - Humanos •Sarim •Evitar dosagem excessiva •Compete com a Ach pela ligação à AchE Parassimpaticomiméticos Indiretos Efeitos farmacológicos Acúmulo de Ach em todos os locais onde este neurotransmissor é liberado •Efeitos muscarínicos e nicotínicos JNM •Somam •Paraoxom Parassimpaticomiméticos Indiretos Efeitos farmacológicos TGI •Aumento das secreções do TGI, contrações do músculo liso e relaxamento dos esfíncteres Sistema respiratório •Broncoconstrição e aumenta secreções •Dispnéia e respiração ruidosa •Aumento da contração do músculo esquelético •Prolongamento do decaimento da placa motora Parassimpaticomiméticos Indiretos Sistema cardiovascular •Bradicardia, vasodilatação •Taquicardia, vasoconstrição Parassimpaticomiméticos Indiretos Efeitos farmacológicos Olho •Hiperemia da conjuntiva •Contração do músculo esfíncter pupilar – Miose Usos terapêuticos •Organofosforados •Antiparasitários •Triclorfon •Anti-helmíntico e ectoparasitas •Contração do músculo ciliar •Bloqueio do reflexo de acomodação •Focalização para visão próxima •Diminuição da pressão intra-ocular Íleo paralítico e Atonia da bexiga •Neostigmina •Aliviar distensão abdominal •Situações médicas e cirúrgicas •Facilita a drenagem do humor aquoso Parassimpaticomiméticos Indiretos Parassimpaticomiméticos Indiretos 6 23/11/2012 Usos terapêuticos Reversão do bloqueio neuromuscular •Edrofônio •Curta duração •Neostigmina, Piridostigmina •Reverter o bloqueio neuromuscular •Fármacos bloqueadores neuromusculares Miastenia grave •Doença auto-imune que acomete as junções neuromusculares •Sintomas: Debilidade, fadiga muscular após um breve período de atividade repetida com recuperação após um curto período de repouso •Evolução ao nível crítico: Não volta ao normal Fraqueza generalizada Parassimpaticomiméticos Indiretos Miastenia grave Miastenia grave •Sinais fisiopatológicos: diminuição do número de receptores nicotínicos na junção neuromuscular •1/3 do normal •Contração dos músculos somáticos é inadequada para a sustentação das atividades físicas Parassimpaticomiméticos Indiretos •Número de interações transmissor-receptor é inferior ao normal •Potenciais de ação podem ser gerados em apenas uma pequena proporção das fibras musculares •Falência pode ser prevenida potecializando o número de interações transmissor-receptor Tratamento eficaz potencializa o número de interações 7 23/11/2012 Miastenia grave Miastenia grave Tratamento Tratamento •Ach não pode ser ministrada como fármaco •Rapidamente metabolizada •Aumentar a concentração de Ach na sinapse •O pico dos efeitos dos anticolinesterásicos é obtido durante a fase inicial do tratamento •Anticolinesterásicos •Supressores da resposta imune •Perda de eficácia em algumas semanas ou meses •Glicocorticóides Parassimpaticomiméticos Indiretos Efeitos colaterais e/ou tóxicos •Acúmulo de Ach •Efeitos muscarínicos e nicotínicos •Uso de antimuscarínicos •Atropina •Adição de terapêutico novos fármacos ao protocolo Parassimpaticomiméticos Indiretos Efeitos colaterais e/ou tóxicos Intoxicação por organofosforados •Reativadores das colinesterases •Pralidoxima •Deslocam a ligação do organofosforado •Oxima-organofosforado •Reativa enzima •Quanto mais tempo da administração mais difícil reverter Parassimpaticomiméticos Indiretos •Ligação estável 8 23/11/2012 Parassimpaticolíticos Antagonistas colinérgicos •Anticolinérgicos e Antimuscarínicos •Antagonistas competitivos da •Competição Ach em receptores muscarínicos •Bloqueio das ações da Ach •Receptores M1- M5 •Seletividade Antagonista competitivo Parassimpaticolíticos – Antagonistas colinérgicos Coadjuvante pré-anestesia Efeitos farmacológicos •Relaxante da musculatura lisa dos brônquios SNC •Trato urinário •Atropina •Digestivo •Excitação discreta •Midriático •Aumento da freqüência respiratória •Antídoto em altas doses de •Escopolamina Parassimpaticomimético •Depressão •Intoxicação com organofosforados •Sonolência e fadiga Parassimpaticolíticos – Antagonistas colinérgicos Efeitos farmacológicos Sistema Cardiovascular Atropina •Alteração da freqüência cardíaca - M2 •Taquicardia Olho •Bloqueiam respostas do esfíncter da íris e do músculo ciliar •Midríase TGI •Diminuem motilidade do TGI •Redução do tônus •Diminui contração peristálticas •Diminui secreção gástrica –M1 Parassimpaticolíticos – Antagonistas colinérgicos Parassimpaticolíticos – Antagonistas colinérgicos Usos terapêuticos TGI •Úlcera •Diminuição motilidade e secreção gástrica •Dose = Efeitos indesejados •Antagonistas histamina Medicação pré anestésica •Diminuem secreção respiratória •Inibição da broncoconstrição reflexa •Diminui o risco de obstrução das vias aéreas e de pneumonia pós-operatória •Escopolamina •Contribui para sedação 9 23/11/2012 Usos terapêuticos Trato geniturinário •Atropina + Opióide •Cólica renal •Induzir o relaxamento da musculatura uretral Efeitos colaterais •Ressecamento da boca •Deglutição dificultada •Distúrbios oculares •Intoxicação por anticolinesterásico •Atropina •Diminui a bradicardia •Antagoniza o aumento da secreção bronquial •IV e IM Parassimpaticolíticos – Antagonistas colinérgicos FARMACOLOGIA ADRENÉRGICA •Visão turva •Uso prolongado •Retenção urinária Parassimpaticolíticos – Antagonistas colinérgicos Adrenalina é sintetizada na medula adrenal •Duas enzimas são responsáveis pela sua degradação • Catecolamina-O-metiltransferase (COMT) • Monoaminoxidase (MAO) 10 23/11/2012 ADRENORECEPTORES Entender a classificação e as propriedades dos diferentes tipos de adrenoreceptores é fundamental para a compreensão dos notáveis efeitos adversos das catecolaminas e dos agentes simpaticomiméticos e simpaticolíticos. Agentes que facilitam ou mimetizam a ativação dos SNAS •Simpaticomiméticos •Agonistas adrenérgicos Medicamentos que antagonizam os efeitos da ativação do simpático são designados •Simpaticolíticos •Antagonistas adrenérgicos Simpaticomiméticos •Fármacos simpaticomiméticos Reprodução de efeitos da estimulação simpática •Classificados de acordo com o mecanismo de ação. ESTIMULANTES DIRETOS DOS Simpaticomiméticos Ação direta •Atuam Diretos diretamente nos receptores adrenérgicos RECEPTORES Epinefrina Norepinefrina Dopamina Dobutamina Isoproterenol Agonistas beta-2 Fenilefrina Classificação dos fármacos adrenérgicos •Catecolaminérgicos ou não Indiretos PROMOTORES DA LIBERAÇÃO •Núcleo catecol DE NOREPRINEFINA Anfetamina e derivados Efedrina 11 23/11/2012 Mecanismo de ação •Agonistas de receptores alfa e beta adrenérgicos mimetizam as ações das catecolaminas endógenas Adrenalina •Neurotransmissor liberados pelos neurônios •Alfa1, alfa2 simpáticos •Beta1, beta2 •Acoplados à Proteína G •Ação predominante em receptores alfa e beta •Fosforilação de proteínas •Catecolamina endógena •Liberação de cálcio •Forma sintética •Alteração da excitabilidade celular •... Simpaticomméticos de Ação Diretai Simpaticomméticos de Ação Diretai Usos terapêuticos Adrenalina Adrenalina •Aumento da pressão sanguínea •Protótipo dos simpaticomiméticos de ação direta •Ativa todos os subtipos de receptores •Estados hipotensivos graves •Choque neurogênico resultante da anestesia •Choque cardiogênico adrenérgicos •Receptores Beta1 •Alfa e Beta •Forma sintética bastante utilizada em MV •Espasmo brônquico •Receptores Beta 2 Simpaticomméticos de Ação Diretai Xilazina Usos terapêuticos •Propriedade analgésica, sedativa e relaxante Xilazina •Ação central •Agonista alfa2 •Analgésicos e sedativos •Contenção animal Efeitos farmacológicos Simpaticomiméticos de Ação Direta 12 23/11/2012 Antagonistas adrenérgico ANTAGONISTAS CENTRAIS (AGONISTA ALFA-2 SELETIVOS) Clonidina Metildopa BLOQUEADORES ALFA Prazosina BLOQUEADORES BETA Não seletivos Propanolol Atenolol Seletivos Atenolol Metoprolol BLOQUEADORES ALFA E BETA Carvedilol 13