ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II Versão Online OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas 1 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUCIANE MARILIS DUPCHAK O ESTUDO DO CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CURITIBA 2014 2 LUCIANE MARILIS DUPCHAK O ESTUDO DO CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Produção didática apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED. Orientadora: ProfªDra Liane Maria Vargas Barboza BbBaBBarboza CURITIBA 2014 3 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA – PDE/2014 Título: O estudo do consumo de açúcar e sal para promoção de uma alimentação saudável Luciane MarilisDupchak Autora: Ciências Disciplina/área Escola de Implementação do Projeto Escola Estadual República Oriental do Uruguai e sua localização Av. Affonso Camargo, 3407- Capão da Imbuia Curitiba Município da escola Curitiba Núcleo Regional de Educação Profª Dr.ª Liane Maria Vargas Barboza Professora orientadora UFPR Instituição de Ensino Superior O material didático foi desenvolvido a Resumo partir do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do Estado do Paraná. O caderno pedagógico aborda o consumo de sal e açúcar para promoção da alimentação saudável. Este está organizado em 5 unidades didáticas. Cada unidade apresenta uma fundamentação teórica sobre os assuntos abordados e atividades para o professor desenvolver com seus alunos. O açúcar e o sal encontram-se ocultos nos mais diferentes produtos, sobretudo nos alimentos industrializados. Há um incentivo ao consumo destes produtos, consequentemente observa-se um aumento do número de casos de sobrepeso, obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças bucais, entre outras principalmente em crianças e adolescentes. O objetivo do caderno pedagógico sensibilizar os estudantes sobre os riscos da ingestão em excesso de sal e açúcar. Palavras-chave Formato do Material Didático Público Alvo Açúcar. Sódio. Alimentação saudável Caderno Pedagógico Alunos de 11 a 15 anos da Escola República Oriental do Uruguai 4 SUMÁRIO UNIDADE DIDÁTICA 1 – HÁBITOS ALIMENTARES DOS 9 ADOLESCENTES.................................................................................................. 1 HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES......................................... 9 UNIDADE DIDÁTICA 2 – ROTULAGEM DE ALIMENTOS E PROPAGANDAS 14 RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES.................................................................................................. 2.1 ROTULAGEM DE ALIMENTOS............................................................ 14 2.2 PROPAGANDAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS 18 POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES.................................................. UNIDADE DIDÁTICA 3 – CONSUMO DE SAL..................................................... 28 3.1 SAL.......................................................................................................... 28 3.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONSUMO DE SAL............................. 29 3.3 CONSUMO DE SAL................................................................................ 30 3.4 IODO NO SAL......................................................................................... 32 3.5 DOENÇAS RELACIONADAS COM O CONSUMO DE SAL................. 32 3.5.1 Hipertensão............................................................................................. 33 3.5.2 Acidente vascular cerebral (AVC).......................................................... 33 3.5.3 Infarto e problemas cardiovasculares..................................................... 33 3.5.4 Problemas renais.................................................................................... 34 3.5.5 Diabetes................................................................................................. 34 UNIDADE DIDÁTICA 4 – CONSUMO DE AÇÙCAR........................................... 42 4.1. AÇÚCAR................................................................................................. 42 4.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONSUMO DE AÇÚCAR................... 44 4.3 TIPOS DE AÇÚCAR............................................................................... 44 4.3.1 Frutose..................................................................................................... 44 4.3.2 Sacarose................................................................................................. 44 4.3.3 Glicose................................................................................................... 45 4.4 DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AÇUCAR.............. 45 4.4.1 Infecções................................................................................................ 45 4.4.2 Diabetes.................................................................................................. 45 4.4.2.1 Tipos e causas......................................................................................... 46 4.4.2.2 Fatores de risco...................................................................................... 4.4.2.3 Incidência................................................................................................. 46 46 5 4.4.3 Obesidade............................................................................................... 46 4.4.4 Cáries...................................................................................................... 47 UNIDADE DIDÁTICA 5 – ÁGUA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL...................... 5.1 5.2 53 ÁGUA....................................................................................................... 53 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.................................................................. 53 APRESENTAÇÃO 6 Tanto o açúcar quanto o sal começaram a fazer parte da dieta humana depois queficaram mais acessíveis economicamente. Com o surgimento dos produtos industrializados e nas últimas décadas com mudanças no consumo alimentar da população brasileira, os alimentos frescos regionais e naturais são deixados de lado, dando lugar a refeições prontas e “fastfood” com baixo valor nutricional e muito sódio, açúcar e gordura. Com a ingestão em grande quantidade de alimentos processados e ultraprocessados, surgem cada vez mais cedo na vida das pessoas, problemas de saúde como sobrepeso, obesidade, problemas bucais, diabetes, hipertensão e suas consequências.Estes casos estão sendo cada vez mais comuns na infância e na adolescência, o que os torna problemas bastante graves. No dia a dia em sala de aula observa-se que a maioria dos estudantes traz para seu lanche alimentos industrializados, guloseimas em geral e muitos apresentam sobrepeso. Muitos estudantes relatam que vem para a escola no período vespertino sem almoçar ou dizem que almoçaram apenas salgadinhos. A mídia influencia o consumo de alimentos e os estudantes valorizam demais personagens e propagandas veiculadas pelos meios de comunicação como TV, rádio e internet pois passam muito tempo em casa, sem realizar atividades físicas e muitas vezes permanecem períodos longos sem orientação de uma pessoa adulta com comprometimento com a saúde. Estes estudantes precisam saber desde cedo, fazer escolhas de alimentos com qualidade nutricional para o bom funcionamento do seu corpo. Os resultados das escolhas alimentares saudáveis serão qualidade de vida, prevenção a doenças como hipertensão, diabetes e câncer, além da satisfação pessoal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o consumo máximo é de 2000mg (2g) de sódio por dia, equivalente a 5g de sal, sendo que 40% do sal são compostos de sódio. Devem ser evitados os alimentos ricos em sódio, isto é, que contenham quantidade de sódio superior a 400mg, em 100g do alimento. As recomendações para o consumo de açúcar simples, do total dos açúcares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10% para 5% do total de calorias diárias (ASBRAN, 2014). 7 O padrão alimentar de estudantes resulta de interações complexas entre escolhas pessoais, cultura, fatores ambientais. A formação dos hábitos alimentares é influenciada pela família, escola,as propagandas de TV redes sociais, amizades, acesso ao alimento, conhecimento e informação sobre benefícios para a saúde. Nesse sentido constata-se a necessidade de se trabalhar este tema desde o início do ingresso dos estudantes no ensino fundamental II. Este caderno pedagógico foi constituído por cinco unidades, sendo que na primeira Unidade propusemos um autoconhecimento dos hábitos alimentares, na segunda Unidade vamos nos familiarizar com a rotulagem e aprender a ficar mais atentos com as informações que as propagandas de alimentos apresentam. Na terceira e quarta unidade discutimos o excesso de sal e açúcar e seus efeitos no organismo e na quinta unidade nos referimos aos hábitos alimentares saudáveis e em como melhorar a qualidade de vida. 8 UNIDADE DIDÁTICA 1 HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES 1 HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES Os hábitos alimentares fazem parte da cultura alimentar. Variam muito de região para região e são formados a partir do espaço geográfico, valores culturais, condições socioeconômicas, costumes de uma comunidade e influenciados pela idade, propagandas de rádio, jornal, revistas, TV. A adolescência é considerada uma fase da vida de intensas mudanças físicas, emocionais e comportamentais e também sujeita a mudanças nos hábitos alimentares devido à influência de amigos, pela influência da mídia,com o objetivo de contrariar os responsáveis, etc. Para os adolescentes que costumam realizar diversas atividades ao longo do dia, é comum deixar de fazer certas refeições ou substituí-las por lanches,consumir em excesso alimentos industrializados, refrigerantes, guloseimas entre outros, o que contribui para a formação de maus hábitos alimentares, e que pode se perpetuar durante sua vida. Também devido a esses maus hábitos e à falta de atividade física, cada vez mais os adolescentes têm apresentado problemas como excesso de peso e obesidade. Na adolescência, quando surge a idéia de fazer regime sem acompanhamento de um profissional habilitado torna-se um comportamento preocupante, pois pode acarretar carências nutricionais que prejudicam o desenvolvimento, e também podem ser o início de problemas mais graves como anorexia e bulimia nervosa. Segundo Coutinho (2007), acontece também nos países em desenvolvimento uma tendência à deterioração dos hábitos alimentares. A publicidade de alimentos ultraprocessados, líder dos anúncios comerciais de alimentos, muitas vezes veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge principalmente crianças e adolescentes. Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento de doenças como câncer. Entre os alimentos de risco que precisam ser evitados ou consumidos com moderação estão alimentos ricos em gorduras como carnes vermelhas, frituras, molhos, linguiças, presuntos, alimentos contendo nitritos e nitratos para conservar alimentos enlatados e embutidos como 9 picles, salsichas e também os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados. Antes de comprar alimentos, é preciso criar o hábito de comparar a quantidade de sódio e outros ingredientes nas tabelas nutricionais dos produtos (BRASIL, 2014). Algumas mudanças nos hábitos alimentares como adoção de uma alimentação saudável com ingestão de cereais integrais, frutas, legumes e verduras, água e suco de frutas podem ajudar a reduzir os riscos de desenvolver câncer, doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes, hipertensão arterial e suas consequências.Métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado (BRASIL, 2014). Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias, valorizando o ato de preparar e cozinhar os alimentos, protegendo o patrimônio cultural representado pelas tradições culinárias locais é uma maneira de consumir menos alimentos ultraprocessados (GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, 2014). Outra alternativa para favorecer a alimentação saudável na família é tornar as receitas passadas de geração em geração mais saudáveis, através da redução da quantidade de gordura, de açúcar e de sal (BORDIN; MACHADO, 2009). Em todas as fases da vida é imprescindível manter uma boa alimentação. ATIVIDADE 1 – CONHECENDO OS HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES TEMPO: 2 horas-aula OBJETIVOS Conhecer os hábitos alimentares dos estudantes; Identificar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema abordado. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Explicação sobre como será desenvolvido o projeto para os educandos e sensibilizálos sobre a fidedignamente. importância de participarem e responderem o questionário 10 2º Momento Aplicação de um questionário para identificar os hábitos alimentares dos estudantes. Para a aplicação do questionário o professor deverá aplicar Termo de Consentimento Livre Esclarecimento e o Consentimento da participação da pessoa como sujeito (Apêndice I). QUESTIONÁRIO – HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES Nome:__________________________________________________________ Sexo: ( ) M ( ) F Data de nascimento:_______________ 1) Marque um X nas refeições que você faz todos os dias: ( ) café da manhã ( ) lanche da manhã ( ) almoço ( ) lanche da tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir 2) Marque um X nos alimentos você consuma ingerir todos os dias: ( ) leite ( ) balas ( ) legumes ( ) outros doces ( ) hamburguer ( ) salgadinho de pacote ( ( ( ( ( ( ) pão ) ovos ) verduras ) refrigerantes ) batata frita ) suco de caixinha ou pacotinho ( ( ( ( ( ( ) chocolate ) goma de mascar ) frutas ) bolo ) biscoitos recheados ) macarrão instantâneo 3) Marque um X nos alimentos você costuma ingerir menos de 4 vezes por semana: ( ( ( ( ( ( ) leite ) balas ) legumes ) outros doces ) hamburguer ) salgadinho de pacote ( ( ( ( ( ( ) pão ) ovos ) verduras ) refrigerantes ) batata frita ) suco de caixinha ou pacotinho ( ( ( ( ( ( ) chocolate ) goma de mascar ) frutas ) bolo ) biscoitos recheados ) macarrão instantâneo 4) Durante as refeições você costuma acrescentar sal no seu prato ? ( ) sim ( ) não 5) Quantas vezes por semana, se alimenta em “fastfood”: ( ) nenhuma ( ) uma vez ( ) mais de 4 vezes ( ) menos de 4 vezes 6) Quantos copos de água você consome por dia, aproximadamente ? ( ) 1 copo ( ) mais de um copo 11 ( ( ) mais de 4 copos ) nenhum, só suco e refrigerante 7) Quando vê a propaganda de um novo alimento industrializado, você: ( ) nem liga ( ) quer logo comprar e experimentar, pois parece saboroso 8) Na sua família, as pessoas têm o hábito de ler o rótulo dos produtos que consomem ? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes 9) Você já ouviu falar que alguém da sua família apresenta: ( ) sobrepeso ( ) problemas cardiovasculares ( ) obesidade ( ) cárie ( ) hipertensão ( ) problemas renais 10) O que você entende por alimentação saudável __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ___________________ 11) Aonde você já ouviu falar sobre alimentação saudável ? __________________________________________________________________________ ____________________________________________________ RECURSOS Folhas de papel sulfite e canetas. AVALIAÇÃO Participação dos estudantes. ATIVIDADE 2 - CONHECENDO O CARDÁPIO SEMANAL DOS ESTUDANTES TEMPO: 2h/aula OBJETIVO: Conhecer o cardápio semanal dos estudantes. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Explicação sobre a importância de participarem e apresentarem o cardápio semanal fidedignamente. 12 domingo 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira sábado Café da manhã Lanche da manhã Almoço Lanche da tarde Jantar Lanche antes de dormir 2º Momento Discussão sobre a alimentação dos estudantes, visando levá-los a refletir sobre como a alimentação pode ser melhorada. RECURSOS Folhas de papel sulfite e canetas. AVALIAÇÃO Participação dos estudantes durante o desenvolvimento das atividades. 13 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Rede Asbran e Filiadas promove campanha para redução de açúcar e sal<http://www.asbran.org.br/noticias.php?dsid=1161>. Acesso em: 20/11/2014. BORDIN, A.B.; MACHADO,C.A.A. de A. Alimentação para uma vida saudável. Cartilha de orientações para a família curitibana. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba, 2009. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer. Hábitos alimentares. Disponível em:<http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=18>. Acesso em:20/11/2014. ______ . ______. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/GuiaAlimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em: 3/10/2014. COUTINHO, J. G.;RECINE, E. Experiências internacionais de regulamentação das alegações de saúde em rótulos de alimentos.Revista Panamericana de Salud Pública, Washington Dec. v.22, n. 6, 2007. 14 UNIDADE DIDÁTICA 2 ROTULAGEM DE ALIMENTOS E PROPAGANDAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES 2.1 ROTULAGEM DE ALIMENTOS Os consumidores no mundo todo procuram as informações sobre os alimentos que vão ser consumidos, pois eles trazem dados sobre a composição e a origem dos produtos. A rotulagem dos alimentos é uma importante fonte para que estas informações sejam obtidas. As informações adequadas e compreensíveis dispostas de modo acessível podem contribuir para a promoção da saúde e diminuição do risco de doenças relacionadas à alimentação e nutrição. No Brasil, todas as informações presentes nos rótulos de alimentos são regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é uma autarquia especial do Ministério da Saúde do Brasil (COUTINHO, 2007). A leitura da rotulagem dos alimentos permite que os consumidores tenham acesso as informações sobre as características básicas dos alimentos, tais como: composição, valor nutricional, prazo de validade, origem e forma de conservação. A rotulagem deve atender aos regulamentos técnicos que abordam a declaração do valor energético e de nutrientes (rotulagem nutricional obrigatória), e a declaração de propriedades nutricionais (informação nutricional complementar) (BRASIL, 2003). Todo produto deve apresentar as informações nutricionais no rótulo. Portanto, antes de comprar um alimento, é preciso observar com muita atenção os rótulos dos produtos, tabela nutricional e dados do fabricante, o lote, o prazo de validade, a lista de ingredientes, a informação sobre os nutrientes, a embalagem deve estar lacrada e livre de amassados, furos ou áreas estufadas e o conteúdo não deve apresentar alterações de cor, cheiro ou consistência (BRASIL, 2014). Saber identificar na informação nutricional, o valor energético, proteínas, gorduras , carboidratos e fibras, e valores de ingestão diários, quantidade de açúcar e sódio é importante, pois os excessos são prejudiciais à saúde. Todos os ingredientes devem constar em ordem decrescente, da respectiva proporção. Observando a lista de ingredientes contida no rótulo dá para saber qual deles predomina no alimento, já que o primeiro da lista é o que está em maior quantidade. 15 Outro ponto importante é saber observar na lista de ingredientes a presença de aditivos químicos, nem sempre saudáveis. Modelo de rótulo Informação Nutricional Obrigatória Porção g ou ml ( medida caseira) Quantidade por porção % VD ( * ) Valor energético ... Kcal = kj Carboidratos g Gorduras totais g Gorduras saturadas g Gorduras trans g Fibra alimentar g Sódio mg (*) % Valores Diários com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005 Dá-se o nome de Informação Nutricional Obrigatória, a toda descrição destinada a informar o consumidor sobre as propriedades nutricionais do alimento (ANVISA,2005). Porção: é a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação saudável. Medida caseira: indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa. % VD : percentual de Valores diários (% VD) é um número em percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias. Cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular o VD, dependendo dos valores diários de referência Valor energético – 2000 kcal/ 8400kj Carboidratos- 300 g 16 Proteínas- 75 g Gorduras Totais- 55 g Gorduras Saturadas- 22 g Fibra Alimentar- 25 g Sódio- 2400 mg Não há valor diário de referência para as gorduras trans. Significado dos itens da Tabela de Informação Nutricional nos rótulos. Valor energético: é a energia produzida pelo nosso corpo proveniente de carboidratos, proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional, o valor energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kj). Carboidratos: são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontrados em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral. Açúcares: presente no rótulo indica a quantidade de açúcar contido nos alimentos, mas nem todos os produtos separam o açúcar do carboidrato na tabela. Observar também que o açúcar tem diversos nomes nos rótulos: açúcar mascavo, açúcar cristal, mel, xarope, melado, glicose, dextrose, maltose, concentrados de frutas, entre outros (ASBRAN, 2014). Proteínas: são componentes dos alimentos necessários para construção e manutenção dos nossos órgãos, tecidos, células. Encontramos nas carnes, ovos, leites e derivados, e nas leguminosas (feijões, soja e ervilha). Gorduras totais: as gorduras são as principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto de origem vegetal. 17 Gorduras saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. São exemplos: carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão e iogurte. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Altos %VD significam que o alimento apresenta grande quantidade de gordura saturada em relação à necessidade diária de uma dieta de 2000 Kcal. Gorduras Trans (ou Ácidos Graxos Trans): tipo de gordura encontrada em grande quantidade em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, salgadinhos prontos, produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que o nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Não se deve consumir mais de 2g de gorduras trans por dia. Fibra Alimentar: está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino. Procurar consumir alimentos com altos % VD de fibras alimentares. Sódio: está presente no sal de cozinha. Para cada grama de sal há 400 mg de sódio, os 60% restantes são de cloro, um composto praticamente inócuo. Cerca de 70% do sal consumido provém de alimentos industrializados ( salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com salmoura). Os rótulos de tais produtos não informam a quantidade de sal e sim de sódio devendo ser consumido com moderação, uma vez que o consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial. De acordo com (ANVISA, 2012), a Resolução RDC n. 360/2003, que foi harmonizada no MERCOSUL estabelece a obrigatoriedade dos rótulos apresentarem a declaração padronizada de vários constituintes, entre outros, das 18 quantidades de sódio contidas na porção dos alimentos. Sendo o valor diário de referência (VDR) adotado para o sódio de 2400mg. Em benefício de uma alimentação mais saudável deve-se dar preferência para produtos com altos %VD para as fibras alimentares, produtos sem colesterol e sem gorduras trans, para evitar os alimentos que possuem altos %VD em gorduras saturadas, carboidratos, gorduras trans e sódio. Resultados de pesquisas, de acordo com (ANVISA, 2012); reforçam a importância do acordo governamental com as associações das indústrias para redução de sódio nos alimentos industrializados e a necessidade do uso da rotulagem nutricional pelo consumidor, para a identificação dos alimentos com menor teor de sódio e, consequente, seleção daqueles produtos mais adequados para compor uma alimentação mais saudável. Deve-se ter atenção para a ingestão de sucos de frutas industrializados e outras bebidas, assim como doces, e até salgados podem conter açúcar e sódio em excesso. Nem todos os produtos, separam açúcar e carboidrato na tabela nutricional, por isso deve-se ficar atento se a quantidade de ambos for elevada. O açúcar apresenta diversos nomes nos rótulos: açúcar mascavo, açúcar cristal, mel, xarope, melado, glicose, dextrose, maltose, concentrados de frutas, entre outros (ASBRAN, 2014). A rotulagem nutricional, como qualquer outra fonte de informação, faz parte de um processo educativo,não sendo um fim em si mesma, devendo ser trabalhada de modo a servir como instrumento para a educação em saúde (MONTEIRO; COUTINHO; RECINE, 2005). 2.2 PROPAGANDAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES A propaganda é uma das formas de se divulgar produtos, passando a ideia de sucesso e modernidade ao produto que está sendo divulgado. Seu papel é criar um desejo e uma necessidade de consumo. Cada vez que novos produtos são criados e divulgados, os mais antigos parecem descartáveis e fora de moda, criando um grande ciclo de consumo. 19 Alguns adultos e principalmente as crianças são influenciadas pela TV ou rádio, e desejam toda coleção de brinquedos da moda, distribuídos em promoções de refeições e sanduíches; encantar-se ao ver o seu super-herói favorito anunciando um alimento industrializado, desejando beber o mesmo refrigerante que algum astro da TV ou do desenho animado está consumindo, querer o biscoito recheado da propaganda divertida, que mostra uma imagem acompanhada de uma bela música. Alimentos anunciados não devem ser consumidos em grande quantidade, entre eles aqueles que contêm muito açúcar e sódio na sua composição. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ajudar a proteger a saúde da população, começou-se a discutir os caminhos para a melhoria da propaganda de vários produtos, entre eles os alimentos, para que não se coloquem em risco a saúde das pessoas, principalmente das crianças. É muito grande a quantidade de informações sobre alimentação e saúde disponibilizados pelos meios de comunicação, porém nem todas as fontes são confiáveis. Em muitas propagandas enfatizam alimentos específicos e ignoram a importância de combinar e variar os alimentos consumidos. Algumas matérias que se dizem informativas, são na verdade formas veladas de fazer propaganda de alimentos ultraprocessados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens (BRASIL, 2014b). A publicidade de bebidas ou alimentos com quantidade elevadas de açúcar, sal ou gordura deve apresentar frases de alerta sobre os perigos do consumo excessivo desses produtos (BRASIL, 2014b). ATIVIDADE 1 – PRINCIPAIS INFORMAÇÕES PRESENTES NAS EMBALAGENS DOS ALIMENTOS TEMPO: 3 horas-aula. OBJETIVO: Levar os alunos a se familiarizar com os rótulos, verificando as principais informações importantescomo: data de validade, forma de conservação e armazenamento do produto, entre outras. 20 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Solicitar aos alunos que guardem os rótulos dos alimentos consumidos ao longo de uma semana e combinar uma data para que todos tragam os 3 rótulos das embalagens de alimentos mais consumidos na sua residência, numa mesma data combinada. 2º Momento Os alunos e a professora deverão trazer rótulos de alimentos para analisar. 3º Momento O professor deverá formar pequenos grupos com 3 ou 4 alunos. Colocar os rótulos sobre a carteira e comparar os itens constantes no modelo de rótulo (fornecido pela professora) com a informação nutricional obrigatória. 4º Momento Os estudantes irão identificar determinados critérios estabelecidos pelo professor, no caso a quantidade de sódio e carboidratos (açúcares). Exemplo: Verificar a quantidade de ingestão diária recomendada e a quantidade sal e açúcar presente em cada rótulo do produto. Obs. Neste dia o professor deverá levar para a sala, material para consulta pelos alunos com as principais informações contidas nos rótulos 21 Modelo de rótulo Informação Nutricional Obrigatória Porção g ou ml ( medida caseira) Quantidade por porção % VD ( * ) Valor energético ... Kcal = kj Carboidratos g Gorduras totais g Gorduras saturadas g Gorduras trans g Fibra alimentar g Sódio mg (*) % Valores Diários com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005 RECURSOS - Rótulos dos alimentos, materiais para consulta trazidos pela professora, papel, caneta, quadro de giz, lupa de mão, caneta . AVALIAÇÃO Responder às questões: 1) Qual dos rótulos dos produtos consultados apresenta maior quantidade de sódio? 2) Qual dos rótulos dos produtos analisados apresenta maior quantidade de carboidratos ? 3) Qual deles é mais saudável ? 4) Outra(s) informações relevantes: Sugestão para o professor 1. Podem ser explorados hora de fabricação, componentes do rótulo como informações sobre reciclagem, data, local de fabricação, endereço para contato com a indústria, composição, presença de glúten, transgenia, de aditivos químicos, entre outros. 2. Com a ajuda do professor, os estudantes poderão eventualmente pesquisar outras informações pertinentes que constam no rótulo. 22 ATIVIDADE 2- TAREFA PARA CASA: OBSERVAÇÃO E RELATÓRIO DAS PRINCIPAIS PROPAGANDAS ENVOLVENDO CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ALIMENTOS OBJETIVO Levar o estudante a desenvolver um senso crítico em relação às propagandas de alimentos. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Solicitar aos alunos para que observem e registrem as propagandas de alimentos atualmente vinculadas nos meios de comunicação (TV, jornal, revistas) e destinadas principalmente às crianças. Deve constar na pesquisa: Nome do aluno: Data da pesquisa: Veículo de comunicação pesquisado ( ):jornal ( ) revista ( ) TV ( ) rádio Se for em rádio ou TV, escrever em intervalo de qual programa a propaganda foi veiculada Se for em revista, data, nome da revista número da página Se for em jornal, data e nome do jornal Produto alimentício que a Propaganda promove Qual é o slogan* da propaganda ? Qual o objetivo de quem produz a propaganda ? Qual o objetivo dos atores envolvidos ? Qual objetivo do consumidor ? Que benefícios o consumidor terá em adquirir o produto divulgado ? Slogan*=uma frase de efeito repetida com frequência. Suas mensagens devem ser curtas, diretas e positivas, é uma frase de fácil memorização e deve lembrar o nome da marca. Ao conhecer os 23 slogans, a criança passa a tornar-se um consumidor mais atento e crítico, pois passa a conhecer os elementos de persuasão que a publicidade usa para conquistar seu público (AMARAL, 2013). 2º Momento Em sala de aula comentar as observações que os alunos trazem. RECURSOS Quadro de giz, folha com a tabela acima para o aluno preencher, recortes de revistas, jornais, propaganda gravada em pendrive, TV multimídia AVALIAÇÃO Participação do estudante durante a aula. Entrega da pesquisa. ATIVIDADE 3 – COMPARAÇÃO ENTRE PRODUTOS SIMILARES TEMPO : 1 h/aula OBJETIVO: Propiciar a oportunidade de observar os rótulos e escolher os alimentos ou bebidas mais saudáveis e mais adequados às necessidades nutricionais ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Em equipes de 3 alunos, espalhar rótulos bebidas industrializadas líquidas de diferentes marcas e comparar a quantidade de sódio e carboidratos. 24 Bebidas industrializadas Quantidade em 100ml Embalagem 1 Sódio Carboidrato Quantidade em 100ml Embalagem 2 Sódio Carboidrato Quantidade em 100ml Embalagem 3 Sódio Carboidrato Água mineral Suco (caixinha) Leite Água de coco Suco de uva concentrado Iogurte líquido Leite fermentado Chá pronto Achocolatado Refrigerante 2º Momento Em sala de aula comentar as observações que os alunos trazem. RECURSOS - Rótulos dos alimentos, materiais para consulta trazidos pela professora, papel, caneta, quadro de giz, lupa de mão, caneta e quadro de giz. AVALIAÇÃO Responder às questões: 1) Qual dos rótulos dos produtos consultados apresenta maior quantidade de sódio? 2) Qual dos rótulos dos produtos analisados apresenta maior quantidade de carboidratos ? 3) Qual deles é mais saudável ? 4) Outra(s) informações relevantes: 25 ATIVIDADE 4 – DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA COM COLHERES A QUANTIDADE DE SAL EXISTENTE NOS ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS E A QUANTIDADE DIÁRIA RECOMENDADA PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) TEMPO: 1hora-aula OBJETIVO - Demonstrar de forma concreta a quantidade de sal que pode ser consumida de acordo com as orientações da OMS. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Com colheres de medida, a professora irá demonstrar a quantidade de açúcar e sal recomendados para ingestão diária pela Organização Mundial da Saúde. Comparar esta medida com a quantidade de açúcar existente nos alimentos e bebidas mais consumidos pelos estudantes. RECURSOS Colheres de medida, sal, açúcar, tabelas de atividade 3 preenchida. AVALIAÇÃO Participação dos estudantes. ATIVIDADE 5 – CRIANDO SLOGANS PARA ALIMENTOS SAUDÁVEIS TEMPO: 2horas-aula OBJETIVO Levar os alunos elaborarem slogans veiculando alimentos saudáveis. 26 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Após observação de slogans de propagandas de alimentos industrializados incentivar os alunos elaborarem slogans veiculando alimentos saudáveis e ajudar os alunos a selecionar uma música e criarem uma paródia sobre os alimentos saudáveis. RECURSOS - som, celular - papel - caneta AVALIAÇÃO Participação e elaboração de slogans. REFERÊNCIAS BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Alimentação saudável: fique esperto. Brasília: ANVISA.Disponível em: <www.anvisa.gov.br/propaganda/alimento_saudavel_agroup_web.pdf>. Acesso em:15/05/2014a. AMARAL, S. Trabalhando com propagandas e slogans. 2013. Disponível em: <http://soniamaralpereira.blogspot.com.br/2013/05/trabalhando-com-propagandas-eslogans.html>. Acesso em: 8/12/2014. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RESOLUÇÃO RDC n.360, de 23 de dezembro de 2003, Dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de AlimentosEmbalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ec3966804ac02cf1962abfa337abae9d/ Resolucao_RDC_n_360de_23_de_dezembro_de_2003.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em:8/12/2014. ASBRAN. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Disponível em:<http://www.sautil.com.br/nutricao-e-dietas/instituicoes/asbranassociacao-brasileira-de-nutricao>. Acesso em: 24/11/2014. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. Manual das cantinas escolares saudáveis: promovendo a alimentação saudável., 2010, 56P. 27 ______ . ______ . ______. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014.Disponível em:<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentarpara-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em:03/12/2014b. COUTINHO, J.G.; RECINE,E. Experiências internacionais de regulamentação das alegações de saúde em rótulos de alimentos. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington Dec. v.22, n. 6, 2007. MONTEIRO, R.A.; COUTINHO, J.G.; RECINE, E. Consulta aos rótulos de alimentos e bebidas por frequentadores de supermercados em Brasília, Brasil. Ver. Panam. Salud Publica. 2005; v.18, n.3, p.172-77, 2005 . Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos++Comercializacao+-+Pos++Uso/Fiscalizacao/Assunto+de+Interesse/Propaganda/Propaganda+antigo/Assunto+ de+Interesse/Regras+Basicas+de+Propaganda>. Acesso em: 03/12/2014. 28 UNIDADE DIDÁTICA 3 CONSUMO DE SAL 3.1 SAL O sal, principal fonte de sódio nos alimentos, é conhecido como cloreto de sódio que é uma combinação de dois elementos químicos: 40% sódio (Na +) e 60% cloro (Cl-). O resultado da combinação entre os dois elementos, entretanto, resulta numa substância fundamental para a vida no planeta. Sendo também o sódio um constituinte do sal, este é um nutriente de preocupação de saúde pública que está diretamente relacionado ao desenvolvimento das Doenças Crônicas Não- transmissíveis (DCNT), hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2012). O Ministério da Saúde esclarece que o sódio é um elemento químico presente naturalmente nos vegetais. Nos animais, regula a troca de água entre as células e seu meio externo, ajudando-as a absorver os nutrientes e eliminar os detritos para a corrente sangüínea. O sódio é necessário para a contração muscular, incluindo as batidas do coração, e para a transmissão dos impulsos nervosos, manutenção da pressão arterial, além de ser importante para o transporte de muitos nutrientes no intestino delgado e nos rins, dentre eles o cloro, aminoácidos, glicose, galactose e água. Onde está presente ? Além do sódio ser constituinte do cloreto de sódio ou sal de cozinha, existem outras fontes de sódio em alimentos industrializados, carnes e peixes defumados ou salgados, como presunto, bacon, carne enlatada, queijos, salsicha, linguiça, carne seca, bacalhau, extratos e cubos de carne, alimentos salgados como batatas fritas, salgadinhos industrializados, biscoitos crackers, condimentos preparados e molhos industrializados, alimentos enlatados e em conserva. Enfim, o sódio está presente em alimentos em que são usados aditivos alimentares,(conservantes, estabilizantes, realçadores de sabor como glutamato monossódico, fermento, etc.) e o sódio encontrado naturalmente em muitos ingredientes. Portanto, a maioria dos alimentos industrializados podem conter sódio 29 mesmo sem adição de sal (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2012). O sódio é amplamente usado pela indústria no processamento de diversos produtos, inclusive aqueles de sabor doce. Muito preocupante quando é considerado o elevado consumo de produtos industrializados e a correlação do mineral com a hipertensão (TINOCO et al., 2013). O sódio é utilizado em abundância para a conservação dos produtos, pois pelo seu poder de absorção desidrata facilmente fungos e bactérias que poderiam estragar os alimentos conforme a nutricionista Maria Cecília Corsi, da consultoria em nutrição Essencial Light(VEJA, 2010). A quantidade de sódio adicionado aos alimentos industrializados, como refrigerantes, pratos congelados, biscoitos, etc. para que estes se mantenham conservados, com sabor mais palatável ao consumo humano é muito grande, muito além das necessidades diárias e torna-se um problema grave.Muitas vezes os aditivos alimentares à base de sódio são acrescentados em concentrações acima do permitido em inúmeros alimentos que são consumidos mundialmente, até mesmo naqueles que possuem sabor doce, com o propósito de melhorar suas características sensoriais ou disfarçar o uso outros aditivos empregados durante o seu processamento. O limite máximo para adição de conservantes à base de sódio em alimentos industrializados é de 0,05 g/100 g ou 0,05 g/ 100ml (BRASIL, 2005). 3.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONSUMO DE SAL Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010), estimativas demonstram que a população brasileira consome em média 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 5 gramas diárias (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2005). A necessidade nutricional de sódio para os seres humanos é de 500mg (cerca de 1,2 g de sal de cozinha), tendo sido definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que a quantidade considerada máxima saudável para ingestão alimentar diária é de 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que corresponde a 2 g de sódio). De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001); alimentos com mais de 480 mg de sódio por porção são alimentos ricos em sódio e, portanto, devem ser consumidos com moderação. Como a principal fonte de sódio é o sal de cozinha 30 (cloreto de sódio), a maior parte dos indivíduos, mesmo crianças, consome níveis além das suas necessidades. A alta concentração no organismo pelo consumo excessivo, maior que 6 g diárias (2,4 g de sódio), é uma causa importante da hipertensão arterial (HA). A HA explica 40% das mortes por acidente vascular encefálico (AVE) e 25% daquelas por doença arterial coronariana e eventos cardiovasculares fatais e não fatais (TINOCO et al., 2013; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2005). Atualmente, os principais problemas advêm da possibilidade da adição aumentada do sal em determinados alimentos e do aumento da ingestão dos mesmos alimentos. A situação econômica e a falta de informação de muitas famílias potência consumos aumentados de alimentos industrializados, produtos preservados com sal, como as conservas, processados de carne, produtos de pastelaria e fastfood que nestas condições acabam por substituir total ou parcialmente algumas refeições, aumentando as ingestões médias de sal. Nestas mesmas situações, o consumo de produtos hortícolas e frutos frescos acaba por ser reduzido. 3.3 CONSUMO DE SAL Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS-2005) para que haja uma redução no consumo de sódio deverão acontecer mudanças nas práticas de industrialização de alimentos. A Organização Mundial da Saúde adotou, no fórum e reunião sobre a redução do consumo de sal nas populações, de 5 a 7 de Outubro de 2006 em Paris, recomendações como a sensibilização e educação dos consumidores; formação para a capacitação da leitura e interpretação dos rótulos nos produtos alimentares. A Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma meta de redução global no consumo de sal na dieta, e pediu a todos os países para reduzir a ingestão média de sal na população para valores menores ou iguais a 5 g/dia, com o objetivo de reduzir o consumo de sal em 30% até 2025. Medidas específicas para redução do consumo de sal na população em geral têm sido implementadas como parte de uma política nutricional nacional e/ou de políticas de prevenção de doenças cardiovasculares. Estas medidas incluem, entre outras, regulação de sal nos rótulos de embalagens, campanhas de conscientização da população, desenvolvimento de símbolos para identificar os produtos com baixo 31 teor de sal, acordos com a indústria alimentar para reduzir o teor de sal dos produtos e controle do teor de sódio dos alimentos. Segundo a ANVISA (2012), em abril de 2011, o Ministério da Saúde assinou um termo de compromisso com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (ABIMA), Associação Brasileira da Indústria de trigo (ABITRIGO) e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) com a finalidade de estabelecer metas nacionais para redução do teor de sódio em macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinhas e em dezembro de 2011 assinou outro termo com essas mesmas associações ampliando a gama de produtos processados para pão francês, bolos prontos sem recheio, bolos prontos recheados, rocambole, bolo aerado, bolo cremoso, salgadinhos de milho, batatas fritas, batatas palhas, maionese, biscoito doce (Maisena e Maria), biscoito salgado (cream cracker, água e sal) e biscoito doce recheado. E, em agosto de 2012, assinou o terceiro termo de compromisso com as mesmas associações para os cereais matinais, a margarina vegetal, os caldos líquidos e caldos em gel, os caldos em pós e caldos em cubo, os temperos em pasta, os temperos para arroz e demais temperos. Através de estudos a ANVISA mostrou que um lanchinho rápido, como um pacotinho de 100 g de biscoito polvilho, tem, em média, mais da metade de toda a quantidade de sódio que uma pessoa deve consumir durante todo o dia. E ainda demonstrou que há uma variação na quantidade de sódio entre as diversas marcas do mesmo produto, o que reforça a necessidade dos consumidores observarem os rótulos e, principalmente, a tabela nutricional dos alimentos industrializados de diferentes marcas para fazer escolhas mais saudáveis. Após constatar alto teor de sódio em alimentos, a ANVISA faz campanha para alertar a sociedade sobre o consumo de sódio. Existe um movimento que resulta do acordo de cooperação da Agência com as associações de supermercados dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e Espírito Santo para o lançamento de uma campanha de conscientização em relação à redução do uso desse nutriente. Os clientes de supermercados serão alertados sobre os riscos do consumo excessivo de sal para a saúde por meio de folders, banners, cartazes e spots para rádios. 32 3.4 IODO NO SAL Todo o sal para consumo humano deverá ser iodado. No Brasil, há décadas, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e com o setor produtivo salineiro como parte de um programa de Saúde Pública, iodo vêm sendo adicionado obrigatoriamente a todo sal destinado ao consumo humano para suprir suas possíveis deficiências na população brasileira. Desde a obrigatoriedade de adição de iodo no sal na década de 1950, pesquisadores e especialistas têm avaliado os efeitos da nutrição adequada de iodo, para prevenir danos a longo prazo. O iodo é um micro-nutriente essencial à síntese de hormônios da glândula tireóide, desempenhando um papel único na prevenção dos “Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI”, como bócio, cretinismo, surdez, retardo mental e abortos prematuros. De acordo com a Resolução ANVISA - RDC nº 23, de 24/04/2013 é considerado próprio para o consumo humano, o sal com teor igual ou superior a 15 mg de iodo por quilograma do produto, até o limite máximo de 45 mg de iodo por quilograma do produto, conforme regulamentação do Ministério da Saúde 3.5 DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE SAL Quando se fala em sal, não importa se é alimento de origem vegetal ou animal, pois o sal retém a água no organismo e isso faz com que aumente a quantidade de líquido dentro dos vasos sanguíneos. Com mais líquido no seu interior, os vasos se estreitam e a pressão arterial sobe. Segundo Gonsalves (2001) o sal em excesso age aumentando a pressão arterial. Pode produzir edemas (inchaços) e tende a piorar problemas cardíacos e renais. Acredita-se que a ingestão de muito sal na infância predispõe o indivíduo à hipertensão arterial na idade adulta. O uso frequente de produtos industrializados favorece a hipertensão, já que estes contêm mais sal que os preparados em casa. Aditivos adicionados ao sal para evitar a umidade e a cristalização (óxido de cálcio, carbonato de cálcio, silicato aluminado de sódio, fosfato tricálcico de alumínio, etc.) podem favorecer o aparecimento de cálculos nos rins e na vesícula. Estes distúrbios relacionados com o excesso de sal são responsáveis por grande parte de internações e óbitos. 33 3.5.1 Hipertensão A hipertensão é usualmente chamada pressão alta. Hipertensão arterial acontece quando a pressão está acima do limite considerado normal, que, na média, é máxima em 120 e mínima em 80 milímetros de mercúrio, ou simplesmente 12 por 8. Geralmente a pressão alta não causa sintomas durante muitos anos, sendo descoberta em consulta a um médico por alguma outra razão (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2014). Quando se mede a pressão, o que se mede é a força com que o coração bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos. Se os vasos são estreitados, a pressão sobe. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2014). As pessoas que têm familiares hipertensos, que não têm hábitos alimentares saudáveis, ingerem muito sódio (componente principal do sal), estão acima do peso, exageram no consumo de álcool ou são diabéticas têm mais risco de desenvolver a hipertensão. 3.5.2 Acidente Vascular Cerebral (AVC) Quando ocorre um entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos no cérebro. O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada (BRASIL, 2014). 3.5.3 Infarto e problemas cardiovasculares Ocorre quando o entupimento ou rompimento de um vaso sanguíneo ocorre no coração, causa angina que pode ocasionar um infarto agudo do miocárdio. O infarto é como uma gangrena (morte e apodrecimento), resultante da falta de alimentação do músculo do coração, geralmente diante do entupimento parcial ou total das artérias. Isso pode levar à morte súbita, tardia ou provocar insuficiência cardíaca (BRASIL, 2012). 34 3.5.4 Problemas renais O consumo de sódio em excesso pode lesionar os rins, podendo ocorrer alterações na filtração, impedindo que esses órgãos eliminem o excesso de água no organismo. A pessoa pode estar com o rim comprometido e nem perceber. Por isso a doença renal é frequentemente chamada de doença silenciosa. Apenas quando o rim está gravemente comprometido é que o paciente vai se sentir doente. Na maioria dos pacientes as doenças renais afetam ambos os rins. 3.5.5 Diabetes Altos níveis de glicose no sangue podem comprometer os pequenos vasos sanguíneos dos rins de forma que estes não conseguem mais remover fluidos e resíduos. Muitas pessoas com diabetes também têm pressão alta. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão e o Ministério da Saúde, estas são algumas maneiras de prevenir problemas com a pressão: - Praticar atividades físicas. - Manter o peso ideal, evitar a obesidade. - Adotar alimentação equilibrada: reduzir o sal, o açúcar, frituras e ingerir mais frutas, verduras e legumes. - Evitar os alimentos processados como embutidos, defumados, laticínios, pois estes contém maior quantidade de sódio e conservantes. Evitar acrescentar sal na comida pronta, priorizar os temperos naturais. - Se possível, não ingerir bebidas alcoólicas. - Seguir as orientações do seu médico ou profissional da saúde. - Não fumar. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares; - Informar seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC; - Procurar reduzir o nível de estresse. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), o Ministério da Saúde tem coordenado estratégias que estão baseadas em eixos de promoção da alimentação saudável para redução do consumo de sódio, através de ações articuladas com o Plano Nacional de Saúde 2012-2015 e o Plano de Ações 35 Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022. ATIVIDADE 1 – DEMONSTRAÇÃO DA OSMOSE A osmose é um processo que ocorre em todas as células quando elas se encontram em um meio onde há grande concentração de soluto fora da célula. A osmose é um processo que ocorre tanto em células animais quanto em células vegetais. Esse processo ocorre quando as moléculas de um solvente (água) atravessam uma membrana semipermeável, de um lado menos concentrado, para o lado mais concentrado. (Adaptado de VEJA. Quando menos é mais, 2005) TEMPO: 3 horas-aula OBJETIVO Trabalhar a osmose para demonstrar o que acontece com a célula animal se estiver exposta ao excesso de sal. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Explicação de forma simplificada como a água é transportada para dentro da célula (osmose) e sua relação com o sódio. Quando o consumo de sal é muito grande, a pressão arterial se eleva e pode sobrecarregar órgãos como o coração e rins que podem ter seu funcionamento comprometido. Após a explicação perguntar aos educandos: - Se eliminássemos o sal da dieta o corpo ficaria em equilíbrio e teríamos saúde? Fazê-los perceber que, provavelmente, o sangue perderia água para as demais células e a pressão sanguínea diminuiria muito. 2º Momento Experimento: Células animais na presença de sal Preparar com a turma dois ovos de codorna crus em um recipiente com vinagre. Deixá-los por 24 horas. A casca calcária será dissolvida pelo ácido acético e a membrana coquilífera (semipermeável) ficará exposta. Depois lavá-los com água. 36 Separar dois recipientes (A e B) transparentes cheios de água. No recipiente B acrescentar 3 colheres de sopa cheias de sal e misturar até sua diluição. Perguntar aos educandos: - O que esperam que aconteça com o ovo: ganhará ou perderá volume ? Solicitar que registrem suas opiniões. Colocar os ovos, um em cada recipiente, e observar no dia seguinte, e em 48h. O ovo sem casca mergulhado na água filtrada incha devido à osmose, uma vez que sua solução interna é hipertônica em relação ao meio. Já o ovo mergulhado na solução saturada de sal murcha visivelmente, o que indica que essa solução é altamente hipertônica. RECURSOS Ovo de codorna, vinagre, sal, recipientes, água, copo de vidro. AVALIAÇÃO Os educandos serão avaliados pela participação nas atividades de discussão do experimento. A professora deverá questionar sobre o que aconteceu com os ovos. Para a avaliação a professora poderá solicitar a elaboração de desenhos sobre a realização do experimento, no qual os educandos deverão abordar os conhecimentos sobre sal, células e pressão arterial. Eles devem perceber que tanto o consumo excessivo de sal quanto a ausência total do elemento podem provocar alterações prejudiciais ao organismo. ATIVIDADE 2 –EXPERIMENTO COM CÉLULAS VEGETAIS NA PRESENÇA DE SAL TEMPO: 1hora-aula. OBJETIVO Trabalhar a osmose para demonstrar o que acontece com a célula vegetal estiver exposta ao excesso de sal. se 37 ESTRATÉGIA DE AÇÃO Cortar as batatas ao meio, obtendo quatro metades. Com a colher de café fazer um buraco em duas metades, sendo que duas metades ficarão intactas. Secar as metades da batata com guardanapo de papel. Marcar os recipientes indicando sal e controle. Com os orifícios para cima, colocar cada metade de batata em um recipiente. Colocar uma colherinha de sal em duas das metades de batata e marcar sal. No terceiro e quarto recipiente colocar as metades de batata e marcar controle, sem adicionar sal. Passados alguns minutos, os alunos poderão observar que o sal colocado nas metades da batata estarão úmidos, enquanto que a batata que se encontram no prato intitulado como “controle” ficarão normal. RECURSOS Duas batatas-inglesa cruas; sal; uma colher pequena, papel absorvente, uma faca, recipientes para colocar as batatas AVALIAÇÃO Os estudantes deverão responder as questões: a) De onde veio a água que surgiu nas batatas que continham o sal ? b) Você observou alguma mudança na batata ? c) Por que na batata controle não aconteceu nada? d) Em que parte da batata há mais água ? OBS. Nessa experiência, podemos observar que a água que estava contida no interior das células da batata atravessaram suas membranas semipermeáveis, indo para o lado mais concentrado, ou seja, onde foi colocado o sal. Comparando essas metades com a batata controle, podemos observar que na metade em que foi adicionado o sal, a batata ficou mais “mole”, pois sofreu a plamólise, ou seja, perdeu água. (adaptado de Paula Louredo. Disponível <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/observando-osmosebatatas.htm>. Acesso em: 15/10/2014. em: 38 ATIVIDADE 3 – OBSERVAÇÃO DA CÉLULA VEGETAL NA PRESENÇA DE SAL EM EXCESSO TEMPO: 1hora-aula OBJETIVO Observar o que acontece com a célula vegetal com membrana semipermeável na presença de sal Levar pepino e folhas de alface para a sala de aula. Cortar os vegetais e salgar. Perguntar aos educandos: O que esperam que aconteça com as folhas de alface e como o pepino em presença do sal ? Solicitar que os educandos registrem suas opiniões. Demonstrar o acúmulo de água nos vegetais, explicar que os cristais de sal fazem com que as moléculas de água saiam do vegetal. RECURSOS Folhas de alface, pepino, sal e prato. AVALIAÇÃO Participação dos alunos durante a aula. ATIVIDADE 4 – LENDO OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS Tempo: 1 hora-aula. OBJETIVO Levar os alunos a se familiarizar com os rótulos, verificando as principais informações importantes como: data de validade, forma de conservação, lote, hora da fabricação, modo de preparo e armazenamento do produto, etc. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento 39 Os educandos deverão trazer embalagens de produtos industrializados que consomem habitualmente. O professor deverá orientar a formação de equipes de 3 alunos. Cada equipe deverá ter em mãos uma tabela a ser preenchida e 3 embalagens com rótulos de determinado alimento, como por exemplo de biscoito salgado. Cada embalagem receberá um número de 1 a 3. Ler cada rótulo, compará-los em quantidade de sódio. Alimentos industrializados (sólidos) Biscoito Salgado Quantidade de Quantidade de Quantidade de sódio sódio sódio (100g) (100g) (100g) Embalagem 1 Embalagem 2 Embalagem 3 Biscoito recheado chocolate Pão tipo bisnaguinha Macarrão Hamburguer Salgadinho de pacote RECURSOS Xerox da tabela, caneta, embalagens de alimentos industrializados mais consumidos pelos estudantes. AVALIAÇÃO Preenchimento da tabela e conclusão de qual dos produtos similares apresenta menor quantidade de sódio. ATIVIDADE 5 – EXIBIÇÃO DO VÍDEO SOBRE A EXTRAÇÃO DE SAL TEMPO: 2horas-aula OBJETIVO Levar os estudantes a entender as etapas da produção de sal. 40 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Solicitar uma pesquisa sobre a história do sal. 2º Momento Explicar sobre a importância de todos assistirem o vídeo com atenção, pois após a exibição será realizada uma discussão sobre a extração do sal. Nome do vídeo: Como o sal é fabricado Tempo do vídeo: 7:55 Disponível em:<http://youtu.be/ofXdGxC-0hQ>. Acesso em: Autoria :JB Vídeo ; Lucio Albuquerque AVALIAÇÃO Apresentação da pesquisa sobre a história do sal e apresentação. SUGESTÃO DE ATIVIDADE: Vídeo sobre extração de sal e porque a água do mar é salgada e dos rios é doce. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, L. Vídeo Como o sal é fabricado? Veja Aqui!. Disponível em: <http://youtu.be/ofXdGxC-0hQ>. Acesso em: 5/12/2014. BRANT, L. C. Gente que educa. Nova Escola. Universidade Federal de Santa Maria/ UFSM. Disponível em: <http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/o-papel-do-sal-no-organismo>. Acesso em: 6/12/2014. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Alimentação saudável: fique esperto. Brasília: ANVISA, Disponível em: <www.anvisa.gov.br/propaganda/alimento_saudavel_gprop_web.pdf >. Acesso em: 15/05/2014. _____ . MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014. Disponível em: 41 <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-paraa-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em: ______. PORTAL BRASIL. Infarto. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/infarto>. Acesso em: 07/12/2013. < ______. BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Acidente vascular cerebral. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/105avc.html>. Acesso em: 28/11/2014. ______ . ______ . ______ . Manual das cantinas escolares saudáveis: promovendo a alimentação saudável., 2010, 56. GONSALVES, P. E. Maus hábitos alimentares: esclarecendo suas dúvidas. São Paulo:Guias Ágora, 2001. LOPES, A. D.Quando menos é mais. Revista VEJA.com. edição2167, 2/6/2010 http://veja.abril.com.br/020610/quando-menos-mais-p-216.shtml LOUREDO, P. Observando a osmose em batatas. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/observando-osmosebatatas.htm>. Acesso em: 5/12/2014. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Análise da estratégia global para alimentação, atividade física e saúde, da Organização Mundial da Saúde* da Organização Mundial da Saúde*; versão impressa ISSN 1679-4974.Epidemiologia e Serviços de Saúde v.14 n.1 Brasília mar. 2005 SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. Disponível em:<http://www.sbh.org.br/geral/hipertensao.asp>. Acesso em: 30/11/2014 TINOCO, L. et al. Teores de sódio descritos na informação nutricional de produtos alimentícios. Corpus et Scientia, Rio de Janeiro, v, 9, n.2, p. 56-68, jul./dez, 2013. 42 UNIDADE DIDÁTICA 4 CONSUMO DE AÇÚCAR 4.1 AÇÚCAR O açúcar é uma substância orgânica produzida por plantas clorofiladas a partir da luz, gás carbônico e água pelo processo de fotossíntese. A molécula resultante é a glicose que é um açúcar simples também chamado de carboidrato (‘carbo” significa carbono e “hidrato’ significa água). Os vegetais produzem ainda outras unidades de açúcares simples como a frutose e galactose também chamados de monossacarídeos. Duas unidades de açúcares se combinam para formar dissacarídeos como sacarose, a maltose e a lactose. Polissacarídeos conhecidos como amiláceos consumidos são o arroz, o milho, a mandioca, a batata, a maisena, as farinhas e os alimentos elaborados como pão, macarrão, biscoitos, cerveja e não amiláceos (pectina, celulose, hemicelulose = fibras) são formados por várias unidades de moléculas de açúcar. Carboidratos são fontes de energia e que representam grande porcentagem de ingestão de calorias diárias. A Organização da ONU para Agricultura e Alimentos/Organização Mundial da Saúde (FAO/OMS) sugere que a dieta seja composta de um mínimo de 55% e um máximo de 75% de calorias seja proveniente de fontes variadas de carboidratos (DAVIS; MELINA, 2011). Podem estar presentes naturalmente nos alimentos ou ser adicionados. Os açúcares conhecidos como refinado, mascavo, cristal, demerara são considerados carboidratos simples e são mais facilmente absorvidos pelo organismo. Os carboidratos complexos apresentam digestão e absorção mais prolongada e estão presentes em cereais (arroz, trigo, aveia e derivados) , tubérculos (aipim, batata doce, inhame) e leguminosas (feijões, ervilha, lentilha). O açúcar comercial mais usado pelos brasileiros é chamado de sacarose e é originário da cana-de-açúcar, a Agência Nacional de vigilância Sanitária (ANVISA,2013), define açúcar como a sacarose obtida a partir do caldo de cana-deaçúcar (Saccharoumofficinarum ), mas também pode ter se originado da beterraba, milho, mandioca, e de outras frutas. É um dissacarídeo composto por uma molécula de glicose e outra de frutose. 43 Para Oetterer (2014), os carboidratos são nutrientes bastante consumidos na forma de açucarados naturais como o mel e as frutas, açucarados propriamente ditos como o açúcar comercial nas várias formas, alimentos elaborados a base de açúcar, como geléias, doces, caramelos, balas, glacês; alimentos elaborados com adição de açúcar como bombons, sorvetes, leite condensado, biscoitos, bolos, pudins e refrigerantes. Os açúcares são aditivos alimentares (edulcorantes) usados indiscriminadamente, na maioria das vezes sem necessidade, mascarando o gosto natural dos alimentos, como ocorre com o leite e as frutas (OETTERER, 2014). O açúcar é um perigo invisível que pode vir misturado aos alimentos industrializados doces, bebidas como refrigerantes, sucos, isotônicos e até nos salgados. Grande parte do consumo diário de açúcar vem dos refrigerantes. O consumo desta bebida vem aumentando nos últimos anos (POF 2003) e tem sido um fator associado ao ganho de peso (OMS, 2005). A ingestão de açúcar leva ao aumento do consumo de calorias e sacia a fome, porém, impede o consumo de outros nutrientes. O excesso de ingestão de açúcar acelera o metabolismo quanto à produção de insulina e provoca hipoglicemia aparente (hiperglicemia verdadeira) (OETTERER,2014). Ainda de acordo com GONSALVES (2001): Estudos demonstram que uma alimentação rica em açúcar pode aumentar o risco de formação de cálculos nos rins, por provocar a supersaturação de oxalato de cálcio na urina. Sendo alimento fermentescível, a sacarose frequentemente produz gases e cólicas (em crianças e idosos) e provoca a formação de cáries dentárias por ser favorável a proliferação de bactérias e fazer com que a saliva se torne hipertônica em relação ao cálcio, provocando a migração do íon cálcio dos dentes para a saliva, tornando-os mais fracos e mais suscetíveis às cáries. Se ingerido em quantidades superiores às metabolizadas para gerar energia, o açúcar será transformado em gordura, com o risco de produzir obesidade. O aumento do nível de triglicérides também é um ponto negativo a ser considerado, pois o consumo exagerado do açúcar pode contribuir na elevação no nível de triglicérides, gordura perigosa, que ao se acumular pode obstruir as artérias. O resultado pode ser a maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares. 44 4.2 RECOMENDAÇÃO DA OMS PARA O CONSUMO DE AÇÚCAR Mesmo sendo desnecessário acrescentar açúcar nos alimentos, pessoas acostumaram-se a adicioná-lo e dizem que as refeições ficam mais apetitosas.O excesso de açúcar nos alimentos pode ser nauseante (OETTERER, 2014).Comparando com as frutas que são naturalmente ricas em frutose, estas contêm pouco açúcar. Uma maçã grande tem pouco mais de 23 gramas de açúcares, ou menos de cinco colheres de chá. Uma porção de morangos com 150 gramas tem menos de duas colheres de açúcar. Em uma lata de 350 mililitros de Coca-Cola, por exemplo, há 37 gramas de açúcar. Há outra vantagem no consumo de frutas: as fibras atrasam a digestão dos açúcares, evitando sobrecarga do fígado. As recomendações da Organização Mundial da Saúde para o consumo de açúcar foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. Para mulheres, essa taxa equivale a 25 gramas (30 gramas) de açúcar por dia (cerca de seis colheres de chá) ou 100 das 2000 calorias diárias recomendadas para um adulto diariamente.Para os homens, o limite seria de nove colheres de chá (45 gramas ou 150 calorias), recomendadas para um adulto diariamente. Estando incluído todo o consumo de glicose, sacarose e frutose. Portando, deve-se ter muita atenção para a ingestão de bebidas, massas e até mesmo no açúcar presente nos sucos e frutas. 4.3 TIPOS DE AÇÚCAR 4.3.1 Frutose Açúcar obtido de frutas, mel, de alguns cereais e vegetais e do xarope de milho. A frutose é metabolizada diretamente no fígado, não precisando de insulina para sua quebra primária. Por ter um gosto mais doce, vem sendo usada como adoçante em alimentos industrializados. Seu consumo excessivo pode sobrecarregar o fígado, levando ao acúmulo de gordura no órgão e à hepatite nãoalcoólica. 4.3.2 Sacarose É o açúcar refinado, e também o mascavo, comprados em supermercados e que provêm da cana-de-açúcar ou de outros processos alcoólicos. Formado por uma 45 molécula de glicose e uma de frutose, esse açúcar consome mais energia do organismo para sua quebra. 4.3.3 Glicose É um açúcar simples, cuja fonte de energia é fundamental para o funcionamento do organismo. A glicose dificilmente é consumida em forma de alimento, sendo sua utilização pelo corpo fruto de processos químicos de degradação – como a quebra da frutose e da sacarose. 4.4 DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AÇÚCAR 4.4.1 Infecções Do ponto de vista da saúde, alguns autores explicam que para o açúcar ser metabolizado no organismo, “rouba” do organismo vitamina B1, cálcio e magnésio e quando ingerimos alimentos contendo naturalmente açúcar, estes vêm acompanhado das substâncias necessárias a sua metabolização, não sendo necessário sequestrá-las do organismo. Como o açúcar refinado é desvitalizado, diminui a imunidade orgânica, tornando seus consumidores menos resistentes e mais suscetíveis a várias infecções: rinites, faringites, otites, amigdalites, etc. O hábito de consumir açúcar branco é hoje considerado uma das causas do aumento da incidência do diabetes, e também ligado à arteriosclerose, hipercolesterolemia, câncer, hipoglicemia, cáries dentárias, obesidade, deficiência imunológica, osteoporose, depressão psíquica, reumatismo. O açúcar é prejudicial à saúde por ser um produto muito concentrado que desestabiliza os mecanismos de compensação do organismo e exige complementação bioquímica, o que produz perdas minerais (cálcio, magnésio, etc.) crônicas e constantes (BONTEMPO, 2014). 4.4.2 Diabetes A doença se caracteriza por uma elevação dos níveis de glicose no sangue, causada pela falta de produção do hormônio insulina no pâncreas ou pela perda da eficiência da ação de insulina em pessoas com excesso de gordura no corpo. A insulina transporta a glicose para dentro das células e permite a sua transformação em energia para o funcionamento equilibrado do organismo. 46 Quando não controlado, o aumento de glicose no sangue pode levar a danos nos vasos sanguíneos e nervos, acarretando em complicações como cardiopatias, AVC, doença renal, cegueira e amputações de pernas e pés. 4.4.2.1 Tipos e Causas Diabetes tipo 1: o pâncreas não produz o hormônio insulina. Diabetes tipo 2: Responsável por 90% dos casos de diabetes, esse tipo está associado ao ganho de peso. O pâncreas produz insulina, mas o organismo não consegue usá-la de modo eficiente. Diabetes Gestacional: Ocorre no período da gravidez por conta dos hormônios produzidos pela placenta. Após o parto a maioria dos casos se reverte. 4.4.2.2 Fatores de risco Familiares com diabetes, alteração dos níveis de glicose, acúmulo de gordura abdominal, obesidade e sobrepeso, pressão arterial elevada, sedentarismo e alimentação com baixa ingestão de frutas, verduras e legumes. 4.4.2.3 Incidência No mundo todo, mais de 240 milhões de pessoas são portadoras de diabetes. Estima-se que 10% tenham o tipo1, que acomete principalmente jovens no início da fase adulta. Já o tipo 2, forma mais comum da doença, se desenvolve em pessoas com excesso de tecido gorduroso. A diabetes gestacional ocorre em até 5% das mulheres grávidas (RIBEIRO, 2012). 4.4.3 OBESIDADE Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas. 47 Quando uma pessoa está acima do peso, ela se encaixa nos seguintes conceitos: Sobrepeso - é quando há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida saudável. Obesidade - se dá quando o acúmulo de gordura é muito acima do normal, podendo gerar até problemas graves de saúde. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula. A obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão. São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas . Obesidade mórbida - é quando o valor do IMC ultrapassa 40. Nesse caso, o tratamento inicial além das mudanças de estilo de vida sempre inclui medicamentos e até cirurgia bariátrica pode ser recomendada. A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos ricos em gordura e açúcar precipitam o aumento do número pessoas obesas, em todas as Faixas etárias, inclusive crianças (SBEM, 2014). 4.4.4 CÁRIES Alimentos doces e ricos em açúcares atraem bactérias causadoras de cárie. E uma alimentação saudável e variada, com nutrientes necessários, contribui para dentição saudável. É bom limitar a quantidade de bebidas adoçadas, biscoitos e doces. O flúor, presente em muitos reservatórios de água também ajuda a proteger os dentes. Caprichar na escovação e consultar regularmente o dentista são imprescindíveis (GUIA VEJA DE MEDICINA E SAÚDE, 2005). 48 O uso do fio dental e a escovação após as refeições ajudam a retirar os restos de alimentos que ficam entre os dentes e são responsáveis por grande parte das cáries. O autocuidado visando a prevenção de doenças da boca e gengivas e combate ao mau hálito. Para manter a saúde da boca também é recomendável a avaliação por um dentista a cada seis meses aproximadamente. ATIVIDADE 1- EXIBIÇÃO DE VÍDEO SOBRE A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR TEMPO: 1hora-aula. OBJETIVO Levar o estudante a compreender de onde vem o açúcar. VÍDEOS SOBRE A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR Vídeo 1:Conheça a produção de açúcar no Brasil Disponível em: <http://youtu.be/z1XMK314NWQ>. Autoria: UNICANA Tempo: 2min16s Publicado em: 31 de maio de 2012. Vídeo 2: Açúcar como se faz parte 1 Disponível em:<http://youtu.be/qD0w3HEFc1A>. Autoria: Ronildo Souza Tempo de vídeo: 4min53s Enviado em: 21 de jun. de 2009. Vídeo 3: Açúcar como se faz parte 2 Disponível em:<http://youtu.be/HS-mNXkOTeY>. Autoria: Ronildo Souza Tempo de vídeo: 4min54s Enviado em: 21 de jun. de 2009. 49 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Após os comentários sobre cada um dos vídeos solicitar que os alunos descrevam e ilustrem esquematicamente como se dá a produção de açúcar. AVALIAÇÃO Através do material que o estudante irá produzir. ATIVIDADE 2 - EXIBIÇÃO DO VÍDEO MOSTRANDO A QUANTIDADE DE AÇÚCAR PRESENTE EM 3 TIPOS DE REFRIGERANTES TEMPO: 1hora-aula. OBJETIVO Compreender visualizando o excesso de açúcar que é embutido nos alimentos industrializados. Título do vídeo: Descubra a quantidade de açúcar nos refrigerantes Disponível em: <http://youtu.be/JAYqBWM3k5w>. Autoria: Manual do Mundo Tempo do vídeo: 4min21s Publicado em: 31 de julho de 2012. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Observação do vídeo, comentários sobre o vídeo. AVALIAÇÃO Participação dos estudantes. 50 ATIVIDADE 3 – ENSINANDO A OS ESTUDANTES A CALCULAR O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) TEMPO: 2 horas-aula. OBJETIVO Demonstrar de forma mais próxima da realidade do aluno que o peso deve ser controlado para se ter maior qualidade de vida. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 1º Momento Solicitar aos alunos que verifiquem seu peso e sua altura, ou fazer a pesagem e medição dos estudantes em sala de aula; 2º Momento O parâmetro utilizado mais comumente para o diagnóstico de gordura em adultos é o do índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30 (RIBEIRO,2012). IMC = P (peso):(altura x altura) Pode ser usado o link abaixo para a obtenção do IMC. Teste seu Índice de Massa Corporal Disponível em:<http://www.endocrino.org.br/teste-seu-imc/>. Autoria: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) AVALIAÇÃO Participação dos estudantes em sala de aula. 51 ATIVIDADE 4 - HIGIENE BUCAL TEMPO: 1 hora-aula. OBJETIVO Levar os estudantes perceber a importância de se fazer uma higiene bucal adequada. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Exibição e debate dos vídeos. Vídeo: Missão bucal Disponível em: <http://youtu.be/YOMaEHyiy_g>. Autoria: maisvocesaude Tempo do filme: 10min55s Publicado em: 20/10/2010. AVALIAÇÃO Participação nas atividades SUGESTÃO: Vídeo: Por que o açúcar faz mal ?(Entrevista com nutricionista) Disponível em: <http://youtu.be/em43CT0emMo>. Autor: Willian Oliveira Tempo 5min28s Publicado em : 11/02/2012. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA. <http://abran.org.br/>Acesso em: 05/12/2014. Disponível em: ALBERT EINSTEIN. SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA.Sal, açúcar e outros ingredientes do dia-a-dia. Disponível em: <http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/sal-acucar-temperos-eoleos.aspx>. publicada em 2007 52 DAVIS, BRENDA, Dra. E MELINA VESANTO, Dra. 100% vegetariano; o guia essencial para uma alimentação saudável e ecologicamente correta. São Paulo: Cutrix, 2011. MAISVOCESAUDE. Missão bucal. Disponível em:<http://youtu.be/YOMaEHyiy_g>. Acesso em: 5/12/2014. MUNDO, Manual do. Descubra a quantidade de açúcar nos refrigerantes. Disponível em:<http://youtu.be/JAYqBWM3k5w>.Acesso em: 5/12/2014. OLIVEIRA, W. Por que o açúcar faz mal em:<http://youtu.be/em43CT0emMo>. Acesso em: 5/12/2014. ? Disponível PETRY, A. Por que o açúcar faz mal? <http://veja.abril.com.br/230909/acucar-droga-da-vez-p-98.shtml>. 3/12/2014. VEJA.com.2009 Acesso em: RIBEIRO, R. Doenças crônicas. ALBERT EINSTEIN. SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA..public. 22/05/2012 <http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-diabetes.aspx>. Acesso em: 5/12/2014. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Obesidade.Disponível em:http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-obesidade/. Acesso em:19/11/2014. ______ . Teste seu índice de massa corporal. Disponível em: <http://www.endocrino.org.br/teste-seu-imc/>. Acesso em 19/11/2014-. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. <http://www.diabetes.org.br/>. Acesso em: 3/12/2014. SOUZA, R. Açúcar como se faz <http://youtu.be/qD0w3HEFc1A>. Acesso em: Acesso em: 5/12/2014. parte Disponível 1. .Disponível em: em: ______ . Açúcar como se faz parte 2. Disponível em:<http://youtu.be/HSmNXkOTeY>. Acesso em: 5/12/2014. UNICANA .vídeos sobre a produção de açúcar.Disponível <http://youtu.be/z1XMK314NWQ>. Acesso em: 20/11/2014. em: 53 UNIDADE DIDÁTICA 5 ÁGUA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 5.1 ÁGUA A água é um nutriente que tem papel fundamental e indispensável para o organismo, cada uma das células precisa dela para funcionar adequadamente. Ela regula a temperatura do corpo, previne a desidratação, participa do transporte de nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas. Participa de processos fisiológicos. A água a ser consumida ou utilizada para preparar os alimentos precisa ser filtrada ou fervida. Produtos como refrigerantes e vários tipos de bebidas adoçadas possuem alta proporção de água, mas contêm açúcar ou adoçantes artificiais e vários aditivos, razão pela qual não podem ser considerados fontes adequadas para hidratação (BRASIL, 2014). É necessário ingerir pelo menos 2 litros de água tratada, filtrada ou fervida por dia (seis a oito copos), de preferência consumir água nos intervalos das refeições. Essa quantidade pode variar de acordo com a atividade física e com a temperatura do ambiente. Água é indispensável ao bom funcionamento do organismo. 5.2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL As recomendações da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças relacionadas à alimentação e nutrição, entre elas a obesidade, diabetes e hipertensão são fundamentadas pelas evidências científicas sobre os efeitos de uma boa alimentação para a nossa saúde e os nossos hábitos culturais e alimentares. Sabe-se que a glicemia (nível de açúcar no sangue) influencia a pressão arterial. Se a glicemia sobe, a insulina (hormônio que faz a glicose entrar na célula) também sobe e, consequentemente, faz com que os níveis de óxido nítrico (ajuda a dilatar os vasos sanguíneos) no sangue diminuam. O resultado é uma pressão arterial mais elevada. 54 Portanto, os alimentos industrializados considerados salgados podem conter açúcar e alimentos considerados doces podem conter sal; porém a maioria da população acredita que produtos alimentícios que têm adição de açúcar não contêm sódio na sua composição (TINOCO, 2013). Devido ao fato de algumas empresas produzirem alimentos similares com menores teores de sódio demonstra que existem condições tecnológicas para redução desse nutriente em alimentos processados (BRASIL, 2012). O consumidor deve observar a rotulagem nutricional para identificar os alimentos embalados com menor teor de sódio e proteger a sua saúde e de sua família. Todo produto industrializado deve trazer a indicação da quantidade de sódio presente naquele alimento industrializado no quadro de informações nutricionais. Sempre ler o rótulo com atenção. Escolher aqueles com menor quantidade de sódio é fundamental. De acordo com o Ministério da Saúde, uma alimentação saudável deve ser baseada em práticas alimentares que assumam a significação social e cultural dos alimentos. Entre os hábitos alimentares recomendados estão: consumir frutas, verduras, e hortaliças frescas em vez de alimentos processados. Evitar refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, e outras guloseimas como regra da alimentação. Diminuir a quantidade de sal na comida. Evitar consumir alimentos industrializados com muito sal. Alimentos frescos têm menos sal, é preciso equilibrar as refeições com saladas e frutas. Outro aspecto relevante é resgatar a cultura alimentar, valorizando os alimentos saudáveis da região resistindo aos apelos da propaganda. Observar os rótulos dos alimentos, preferindo aqueles que tenham maior qualidade nutricional e que estejam com a embalagem intacta, e dentro do prazo de validade. Destacando que o alimento deve ser uma fonte de prazer e de saúde e não algo que possa comprometer o bem-estar por causa de abusos ou do consumo inadequado. Podem ser utilizados temperos naturais como ervas aromáticas, alho, cebola, pimenta, limão, vinagre e azeite para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos, evitando o uso excessivo do sal (BRASIL, 2012), sendo necessária a redução do consumo de alimentos processados com alta concentração de sal, como temperos e molhos prontos, sopas industrializadas e outros. 55 Verificar o sódio em alimentos embalados, através da leitura dos rótulos. Procurar alimentos em que está escrito: “baixo teor de sódio”, “sem adição de sal” ou alimentos com 5% de Valor Diário (DV) ou menos. Um teor de sódio de 20% ou mais DV é alta. Lembrando que não é necessário adicionar sal quando for fazer pipoca, ou cozinhar arroz ou massas. O consumo de açúcares simples não deve ultrapassar 10% da energia total diária. Isso significa redução de pelo menos 33% (um terço) na média atual de consumo da população. Os açúcares são fontes de energia e pode ser encontrada naturalmente nos alimentos como frutas e mel, ou ser adicionados em preparações e alimentos processados. O consumo de sal diário deve ser no máximo de 5g/dia equivalente a uma colher rasa de chá por pessoa, que é suficiente para atender as necessidades de iodo, sendo esta quantidade, metade do que normalmente uma pessoa consome diariamente. A água tratada, filtrada ou fervida é um alimento indispensável ao funcionamento adequado do organismo. Quanto ao uso do sal e sua diminuição no cotidiano, o paladar se adapta à redução da quantidade de sal nos alimentos. Portanto a diminuição gradativa do sal não afetará a percepção do sabor dos alimentos (BRASIL, 2012). Contudo, um dos ensinamentos principais da alimentação saudável é o de não fornecer às crianças alimentos adoçados. Nenhum açúcar é necessário ao corpo humano, além daquele presente naturalmente existente nos alimentos. O raciocínio serve não só para crianças como para adultos, desportistas, doentes, gestantes, lactantes, etc. O processo de formação dos hábitos alimentares se inicia na primeira infância, e se processa de modo gradual, moldado ao longo da vida, estão envolvidos valores culturais, sociais, afetivos ou emocionais e comportamentais. Quanto aos adoçantes artificiais eles são perigosos para a saúde, talvez mais que o próprio açúcar branco; o ciclamato e a sacarina são proibidos em numerosos países devido a seu potencial cancerígeno e teratogênico (deformações no feto). O aspartame, apesar de ser um produto dito "natural", é um derivado sintético da fenilalamina, capaz de produzir vários problemas orgânicos, mas de intensidade menor. 56 No caso de necessidade de adoçar, sugere-se a estévia verdadeira (em pó); existem falsificações e misturas de estévia nos chamados "adoçantes naturais" que não são recomendáveis. O consumo alimentar vem sendo estudado devido à sua potencial relação com as doenças crônicas não-transmissíveis. A complexidade da dieta humana tem feito os pesquisadores investirem na busca de meios mais adequados e eficazes para avaliar qualitativa e quantitativamente o consumo de alimentos, dimensionarem a adequação de nutrientes e relacionar dieta à ausência de saúde (SARNO, 2010). Para as crianças, adolescentes ou adultos dependentes dos alimentos muito adoçados, convém fazer eliminação gradativa e inteligente dos mesmos; nessa fase, pode ser usado o mel ou o açúcar mascavo. De acordo com a Lei 14.423/04, Art.2º. atendendo ao preceito nutricional fica proibida nos serviços de lanches e bebidas ou similares a comercialização de: Bebidas com quaisquer teores alcoólicos, balas, pirulitos e goma de mascar refrigerantes e sucos artificiais; salgadinhos industrializados; salgados fritos; e pipocas industrializadas em cantinas escolares. O tipo de alimentação está entre as principais causas de aparecimento de doenças. O conhecimento e as boas escolhas podem determinar uma vida mais saudável. Segundo a OMS, as recomendações diárias para o consumo de açúcar simples, do total de dos açúcares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. E a quantidade de sal consumida pela população brasileira que é de 12g de sal por dia, deverá ser em 2025 de 5 g, sendo 2g contidos nos alimentos e 3 g que poderá ser adicionado aos alimentos. Algumas orientações do Ministério da Saúde (2014) e Instituto do Câncer de São Paulo para uma vida com saúde: - Alimentar-se basicamente de alimentos in natura ou minimamente processados. Limitar o consumo de alimentos processados (ex: conservas de legumes, compota de frutas, pães e queijos). Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados (ex: biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão instantâneo). 57 - Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. - Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.Realizar as refeições diárias, com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, evitar comer em frente à TV, pois isso abre caminho para excessos; - Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. - Ingerir bastante líquido durante o dia; de preferência água - Escolher embalagens individuais, em vez de embalagens "tamanho-família"; por exemplo, preferir os chocolates embalados individualmente, no lugar de barras inteiras. - Quando os lanches substituem as principais refeições, é importante assegurar que eles sejam nutritivos e contribuam para uma dieta equilibrada. - Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. - Ter dieta balanceada. - Manter o peso adequado. - Praticar atividade física regularmente. ATIVIDADE 1 - Estudo de caso TEMPO: 1 hora-aula. OBJETIVO Verificar o nível de entendimento dos alunos sobre alimentação adequada ESTRATÉGIA DE AÇÃO Estudo de caso: A garotinha que só come alimentos brancos. (Adaptado do Guia de alimentação saudável – Guia Veja de Medicina e Saúde (2009)). Nome : Flávia Idade: 7 anos Problema: Flávia não come nada verde nem vermelho. Quer sempre os mesmos alimentos todos os dias, no lanche e no jantar: queijo, iogurte e massas. 58 A mãe de Flávia se preocupa com a dieta da filha e, ao mesmo tempo não sabe muito bem o que fazer, se lhe dá ou não suprimento vitamínico. Apesar do apetite da menina variar conforme o dia, sua refeição noturna consiste basicamente em nuggets de frango, macarrão instantâneo e maçãs cozidas com iogurte. Ela não tem interesse em experimentar os alimentos que a família consome, como frango, bife, arroz, batatas ou legumes. Gosta de algumas compotas e de frutas como morango com açúcar e banana. Júlia come pouquíssimo do que é servido, mas volta para a cozinha uma hora depois, pedindo um picolé ou um doce. Aproveitando os seus conhecimentos sobre alimentação saudável, como você poderia ajudar a mãe da Flávia ? AVALIAÇÃO Através da sugestão do aluno para ajudar a mãe de Flávia. ATIVIDADE 2 - PESQUISA E ELABORAÇÃO DE CARTAZES TEMPO- 3 horas-aula OBJETIVO Trabalhar o tema: Reforçar os conhecimentos adquiridos sobre alimentação saudável. ESTRATÉGIA DE AÇÃO 1º Momento Solicitar aos alunos que pesquisem sobre : Por que devemos diminuir o consumo de refrigerantes, guloseimas e produtos industrializados ? 2º Momento Discussão em sala sobre o tema da pesquisa. 59 3º Momento Solicitar que os alunos tragam de casa figuras e em sala de aula e elaborem em equipes de 4 alunos cartazes sobre o tema. RECURSOS Cartolina, canetinha, cola , figuras. AVALIAÇÃO Através da participação em sala de aula e elaboração do cartaz. ATIVIDADE 3 – ELABORAÇÃO DE CADERNO COM RECEITAS SAUDÁVEIS TEMPO: 3horas-aula OBJETIVO Fazer com que os estudantes participem ativamente de uma construção de novos hábitos alimentares. ESTRATÉGIA DE AÇÃO 1º Momento Cada aluno deverá pesquisar na sua família uma receita de um prato fácil de fazer e que não tenha muitos produtos industrializados, nem muito sal, nem muito açúcar. 2º Momento Diálogo sobe as receitas elaboração de um caderno de receitas com as receitas trazidas pelos próprios alunos. Recursos 1 receita escrita em folha de papel sulfite 3º Momento A professora fará cópias e entregará um caderninho de receitas saudáveis da turma a cada aluno. 60 ATIVIDADE 4 - VÍDEO SUPER SIZE ME (DIETA DO PALHAÇO) TEMPO DO VÍDEO: 100 minutos TEMPO: 3 horas-aula OBJETIVO Levar os estudantes a repensar sobre as consequências de se alimentar de “fastfood em excesso. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Passar o vídeo em que o ator se alimenta exclusivamente em fastfoodd a rede Mac Donald durante um mês. As consequências são visíveis, aumento de peso, diminuição do humor. Só depois que volta a ter uma alimentação equilibrada retoma a sua saúde. RECURSOS TV multimídia Vídeo Aparelho de DVD AVALIAÇÃO Os alunos divididos em equipes de três estudantes deverão comentar sobre o filme, escrever suas principais observações e entregar para a professora. ATIVIDADE 5 – VERIFICAÇÃO DE MUDANÇA NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DOS ESTUDANTES TEMPO: Hora-aula OBJETIVO Aplicar o questionário novamente para ver se houve mudança no comportamento alimentar dos estudantes após a implementação desta produção pedagógica. 61 ESTRATÉGIAS e AVALIAÇÃO Aplicação do questionário. QUESTIONÁRIO : HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES Nome:__________________________________________________________ Sexo: ( ) M ( ) F Data de nascimento:_______________ 1) Marque um X nas refeições que você faz todos os dias: ( ) café da manhã ( ) lanche da manhã ( ) almoço ( ) lanche da tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir 3) Marque um X nos alimentos você consuma ingerir todos os dias: ( ) leite ( ) balas ( ) legumes ( ) outros doces ( ) hamburguer ( ) salgadinho de pacote ( ) pão ( ) ovos ( ) verduras ( ) refrigerantes ( ) batata frita ( ) suco de caixinha ou pacotinho ( ( ( ( ( ( ) chocolate ) goma de mascar ) frutas ) bolo ) macarrão instantâneo ) biscoitos recheados 3) Marque um X nos alimentos você costuma ingerir menos de 4 vezes por semana: ( ) leite ( ) pão ( ) chocolate ( ) balas ( ) ovos ( ) goma de mascar ( ) legumes ( ) verduras ( ) frutas ( ) outros doces ( ) refrigerantes ( ) bolo ( ) hamburguer ( ) batata frita ( ) macarrão instantâneo ( ) salgadinho de ( ) suco de caixinha ou ( ) biscoitos recheados pacote pacotinho 4) Durante as refeições você costuma acrescentar sal no seu prato ? ( ) sim ( ) não 5) Quantas vezes por semana, se alimenta em “fastfood”: ( ) nenhuma ( ) uma vez ( ) mais de 4 vezes ( ) menos de 4 vezes 6) Quantos copos de água você consome por dia, aproximadamente ? ( ) 1 copo ( ) mais de um copo ( ) mais de 4 copos ( ) nenhum, só suco e refrigerante 62 7) Quando vê a propaganda de um novo alimento industrializado, você: ( ) nem liga ( ) quer logo comprar e experimentar, pois parece saboroso 8) Na sua família, as pessoas têm o hábito de ler o rótulo dos produtos que consomem ? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes 9) Você já ouviu falar que alguém da sua família apresenta: ( ) sobrepeso ( ) problemas cardiovasculares ( ) obesidade ( ) cárie ( ) hipertensão ( ) problemas renais 10) O que você entende por alimentação com qualidade __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ SUGESTÕES DE ATIVIDADES - PALESTRA COM NUTRICIONISTA ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Desenvolvimento de uma palestra pela nutricionista. RECURSOS Data show, computador REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Acidente vascular cerebral. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/105avc.html>. Acesso em: 10/12/2014. _____ . AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIAManual para a indústria. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/5f53be80474583c58ee8de3fbc4c6735/ manual_industria.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 03/12/2014. ______ . ______. Informe técnico n. 50/2012. teor de sódio dos alimentos processados. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/856c37804d19e24d9d7aff4031a95fac/I NFORME+T%C3%89CNICO+2012-+OUTUBRO.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 20/12/2014. 63 ______ . MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014.Disponível em:<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentarpara-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em: 3/10/2014. ______ . INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. (INCA). Hábitos alimentares. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=18>. Acesso em: 5/12/2014. ______ . PORTAL DA SAÚDE.Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais<http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pcan.php>. Acesso em: 6/12/2014. GUIA VEJA DE MEDICINA E SAÚDE. Alimentação correta para cada fase da vida. São Paulo: Abril coleções, 2009. PARANÁ. Lein.º 14423 - 02/06/2004Publicado no Diário Oficial Nº 6743 de 03/06/2004. Disponível em:<http://www.nre.seed.pr.gov.br/amsul/arquivos/File/programas/cantina3lei14423. pdf>.Acesso em: 06/12/2014. SARNO, F. Estimativas do consumo de sódio no Brasil, revisão dos benefícios relacionados a limitação do consumo deste nutriente na Síndrome Metabólica e avaliação de impacto de intervenção no local de trabalho. 2010. 135 f. Tese (Doutorado) - Curso de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública da USP,São Paulo, 2010. TINOCO, L. et al. Teores de sódio descritos na informação nutricional de produtos alimentícios. Corpus et Scientia, Rio de Janeiro, v, 9, n.2, p. 56-68, jul./dez, 2013. 64 APÊNDICE I TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIMENTO Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), em uma pesquisa. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine o final deste documento, que está em duas partes. Uma delas é sua e a outra é da pesquisadora responsável. Desde logo, fica garantido o sigilo das informações. Em caso de recusa você não será penalizado (a) de forma alguma. Informações sobre a pesquisa: Título do Projeto: CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Pesquisador Responsável: Luciane Marilis Dupchak Objetivo da pesquisa: Nome e Assinatura do pesquisador: ________________________________________ Luciane Marilis Dupchak 65 CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO Eu, ____________________________________RG:___________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo do CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Fui devidamente informado e esclarecido pela pesquisadora Luciane Marilis Dupchak sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis benefícios decorrentes da minha participação. Foi-me garantido o sigilo das informações e que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade. Curitiba, ______ de ____________________ de 2015. __________________________________ Assinatura do respondente