Acção de Formação Sabores com Muita Sabedoria 3ª Sessão Actividades Propostas Obra Proposta na Acção para a introdução do estudo de temas de ciência: O Grilo Verde Autor – António Mota Editora – Gailivro O trabalho deve iniciar-se com a leitura e análise da história. O objectivo é identificar aspectos que serão objecto de uma exploração pedagógico-didáctica a nível das diferentes áreas curriculares, com destaque para a ciência. 1 – A horta do tio Manuel Liró é uma horta em Portugal. Se a horta fosse noutro país que vegetais e frutos teria? Esta questão permite que sejam considerados os países de origem de todas as crianças do grupo. Pode discutir-se o assunto com as crianças e preparar um conjunto de questões para porem a familiares e amigos. Tal permitirá compilar, por países, vegetais e frutos característicos da alimentação. Podem também identificar-se aqueles que podem ser encontrados em Portugal e os que não são de fácil acesso. Pode mesmo pedir-se às crianças que tragam alguns desses vegetais e frutos. Caso seja possível, é também interessante pedir a algumas famílias para trazerem um prato cozinhado com alguns dos vegetais característicos dos países de origem e as crianças provarem e conhecerem outros vegetais e sabores. Provarem frutos com que estejam menos familiarizados também é uma actividade simples e interessante. Pode inclusivamente fazer-se uma recolha de receitas envolvendo vegetais e frutos. 2 – Que outros vegetais e frutos se cultivam nas hortas? Fazer uma lista de vegetais e frutos conhecidos das crianças e pedir-lhes que tragam alguns e façam uma exposição. Pode inclusivamente fazer-se uma recolha de receitas envolvendo vegetais e frutos. Uma actividade interessante consiste em cozinhar com as crianças uma sopa de vegetais e conversar com elas sobre a importância da introdução da sopa nos seus hábitos alimentares. De facto é importante recuperar o papel tradicional da sopa, como forma de comer mais legumes e hortaliças. Muitas pessoas só comem alimentos de origem vegetal nas saladas, quando a melhor forma de o fazer é cozidos na sopa, uma vez que são mais facilmente digeridos e se conservam todos os nutrientes na água da sopa. A título de inspiração veja o artigo da página seguinte. 3 – Que partes das plantas comemos? No conjunto de vegetais e frutos referidos pelas crianças, ou que poderão levar para a escola, existem certamente exemplos correspondendo a diversas partes das plantas. Tentar identificá-las pode ser uma actividade interessante. A investigação pode mesmo ser levada mais longe e procurarem saber a função das diversas partes das plantas. A consulta aos seguintes sites pode ser uma fonte de inspiração: www.urbanext.uiuc.edu/gpe www.hhmi.org/coolscience/vegquiz/plantparts.html «Sopalândia» promove o consumo de sopa nas escolas de Loulé Algarve Digital (www.algarvedigital.pt) Quarta, 25 de Janeiro de 2006 Na terça-feira, dia 24 de Janeiro, foi lançada a edição 2005/2006 do projecto de educação alimentar «Sopalândia» que procura promover o consumo de produtos hortícolas entre os mais jovens. Numa pequena cerimónia, no auditório da Escola Secundária de Loulé, os alunos participantes irão ser convidados a assinar um «Contracto de Saúde» assumindo o compromisso de promover o consumo de sopa diariamente na escola e em casa com as suas famílias. Este projecto que teve a sua primeira edição no ano passado, resulta da cooperação entre o Agrupamento de Escolas nº4 de Loulé, a Escola Secundária de Loulé e o Gabinete de Nutrição do Centro de Saúde de Loulé e é apoiado pela Câmara Municipal de Loulé. Os seus principais objectivos visam fomentar a adopção de comportamentos e hábitos alimentares saudáveis; sensibilizar as crianças e jovens para a importância da sopa na alimentação quotidiana; promover a recuperação da sopa nos hábitos alimentares das nossas famílias; promover um aumento do consumo de produtos hortícolas por parte das crianças e jovens; aumentar o consumo de sopa, integrando-a pelo menos a duas refeições diárias e promover a sopa como entrada da refeição. Durante as próximas semanas as crianças dos diferentes graus de ensino, desde os jardinsde-infância, passando pelo 1º ciclo do ensino básico, até aos jovens dos 10º e 11º anos de escolaridade irão experimentar uma série de iniciativas em contexto escolar que os irão alertar para importância do consumo de sopa, na escola e em casa. Durante o ano lectivo as crianças do ensino pré-escolar e do ensino básico irão ser apadrinhadas pelos jovens da escola secundária estabelecendo um compromisso de saúde. Padrinho e afilhado irão conhecer-se melhor saboreando uma sopa no restaurante escolar. A «Sopalândia» irá ter o seu ponto alto durante o mês de Maio, quando se concluir este projecto, reunindo-se todas as crianças participantes e suas famílias numa festa que celebra a sopa e onde irão estar expostos os trabalhos realizados na sala de aula alusivos à sopa. A presença de hortícolas e frutos num padrão alimentar saudável é um dos elementos fundamentais para a prevenção das doenças crónicas degenerativas. Segundo o World Health Report de 2002, estima-se que o baixo consumo de frutas e hortícolas seja responsável por 31 por cento das doenças cardíacas e 11 por cento dos acidentes vasculares cerebrais. Estima-se que a nível mundial poderiam ser salvas cerca de 2,7 biliões de vidas se o consumo de hortícolas e frutas fosse aumentado mesmo que ligeiramente. Recentemente, um painel de especialistas conjunto da FAO/OMS definiu que 400g seriam a quantidade adequada de hortícolas e frutas a serem consumidas diariamente. No nosso padrão alimentar esta recomendação pode ser atingida se promovermos o consumo de três peças de fruta por dia, a presença de legumes cozidos ou saladas coloridas no prato e, de uma forma mais prática e saborosa, a sopa de produtos hortícolas como elemento fundamental do nosso dia alimentar. A sopa é uma preparação rica em água, fibras, vitaminas (c, ácido fólico) e minerais, fácil de preparar e que está enraízada na nossa matriz cultural de povo do Sul. «A mudança de hábitos alimentares é uma tarefa difícil, que se torna mais bem-sucedida se estimulada de forma continuada e coerente entre os indivíduos mais jovens, pelo que as crianças em idade escolar são o nosso alvo preferencial», refere o Dr. Miguel Ângelo Rego, nutricionista do Centro de Saúde de Loulé. Assim, este projecto estabelece como «setting» de actuação a escola, procurando estabelecer pontes de contacto entre os diferentes intervenientes da comunidade escolar e parcerias com outras instituições da administração local e do tecido empresarial. Procuramos criar um ambiente que promova a consciência dos riscos para a saúde de uma alimentação pobre em hortícolas e frutos, integrando esta temática no contexto pedagógico e familiar. 4 – Como se plantam vegetais e frutos nas hortas? A questão pode ser posta pelas crianças às famílias ou a alguém da comunidade com conhecimentos mais específicos. Concluirão que há casos de plantas em que se usam sementes e que noutros casos se usam outras partes da planta. Como sugestão e exemplo de casos distintos pode pôr um feijão (semente) a germinar: “O meu primeiro livro da natureza” – Ed. Civilização ou uma batata (tubérculo), para ver que neste caso se obtém uma planta sem necessidade de sementes. (Nota: um tubérculo é um caule arredondado sem raízes e sem folhas que algumas plantas verdes desenvolvem abaixo da superfície do solo, geralmente como órgãos de reserva de nutrientes (na forma de amido).) 5 – Nós alimentamo-nos de vegetais. E os vegetais como se alimentam? Precisas: água cravos brancos (ou outras flores brancas) corante alimentar 1 frasco 1 tesoura Procedimento: 1 - Põe água no frasco e junta corante alimentar da cor que gostares mais, de forma a que a água fique bem colorida. 2- Corta o pé dos cravos de modo a que fiquem uns 5 cm mais altos do que o frasco. 3 - Põe os cravos no frasco e vai observando para ver o que acontece. Sugestões: Podes usar vários frascos com água de cores diferentes. Podes cortar o pé do cravo ao meio ao longo do comprimento, mas sem chegar acima. Depois pões uma parte num frasco com água de uma cor e a outra parte noutro frasco com água de outra cor. O que podemos concluir Quanto pomos uma flor numa jarra com água ela vai “bebendo” água do copo e esta água chega, através do caule, até às folhas. Da mesma forma as plantas, quando estão na terra, vão-se alimentando, através da raiz, da água que existe no solo e que leva consigo outros nutrientes indispensáveis para a planta crescer. 6 – Os vegetais têm água na sua constituição? Se as plantas se alimentam de água, devem ter água na sua constituição. Aqui está uma boa forma de o verificar. Precisas: 1 tigela abóbora em cubinhos açúcar Procedimento: 1 - Põe a abóbora cortada em cubinhos numa tigela. 2- Junta açúcar e mexe, até todos os cubinhos estarem bem envolvidos em açúcar. 3 - Observa para ver o que acontece. O que concluímos: O açúcar ajuda retirar a água da abóbora. O que observas é um processo a que as cientistas chamam osmose. Vamos ver em que consiste a osmose. Quando temos água misturada com uma grande quantidade de uma substância qualquer, por exemplo açúcar, separada por uma membrana de água pura ou com menos coisas dissolvidas, a água passa de um lado para o outro para que dos dois lados da membrana fiquem misturas mais ou menos iguais. Esta figura pode ajudar-te a entender: Dentro da abóbora existe água com algumas substâncias dissolvidas. Cá fora existe muito açúcar que, com a água que vai saindo da abóbora, se vai dissolvendo e originando uma mistura de água com muito açúcar. Isto faz com que a água que está dentro da abóbora vá saindo, para que os líquidos de dentro e fora da abóbora fiquem tão iguais quanto possível. Como cá fora há muito açúcar, tem mesmo que sair muita água.