FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA ÁCIDO TARTÁRICO PÓ/CRISTAL Sinónimos: Ácido L-(+)-tartárico. Ácido d-tartárico. Ácido (2R,3R)-2,3-dihidroxisuccínico. Ácido (2R,3R)-2,3-di-hidroxibutanodióico. E-334. INCI: Tartaric acid. Fórmula Molecular: C4H6O6 Peso Molecular: 150,09 Dados Físico-Químicos: Pó cristalino branco ou quase branco ou cristais incolores. Muito solúveis na água, facilmente solúveis em etanol a 96%. Ponto de fusão: 168 – 170 °C. Rotação óptica: +12,0º (c=20, H2O). Propriedades e usos: O ácido tartárico está presente em muitas frutas, livre ou como sal de cálcio, magnésio ou potássio. É absorvido no tubo digestivo, mas até 80 % da dose ingerida são destruídos presumivelmente pelos micro-organismos no lúmen intestinal, antes que a absorção seja efectuada. A parte absorvida é excretada de forma inalterada pela urina. Em farmácia é utilizado como excipiente na preparação de pós, granulados e comprimidos efervescentes, em combinação com bicarbonatos. Também como acidificante, antioxidante sinérgico, aromatizante e sequestrante. Como substância activa tem uma acção adstringente, tendo sido usado nos pós gasíferos de Seidlitz (em desuso). Se não for neutralizado, deve ser tomado muito diluído. Por via tópica é utilizado contra a bromidrose plantar em soluções e pomadas, e como hidratante nas ictioses. Em alimentação é utilizado como ingrediente de bebidas refrescantes, e na elaboração do vinho como agente desacidificante para ajudar na eliminação do excesso de ácido málico, formando um sal duplo insolúvel com o carbonato de cálcio. Dosagem: Por via tópica, a 2 – 10 %. Para a bromidrose plantar, normalmente a 5 %. Efeitos secundários: As soluções concentradas de ácido tartárico são levemente irritantes e, se forem ingeridas sem diluição, podem provocar vómitos violentos e diarreias, dor abdominal e sede. Pode-se seguir colapso cardiovascular ou insuficiência renal aguda. Incompatibilidades: Carbonatos e bicarbonatos, e sais de cálcio, bário, potássio e chumbo e outros metais pesados. Observações: Preparados para uso Alimentar. Para pulverizar o Ácido tartárico cristal, deve-se fazê-lo em almofariz de porcelana (nos de vidro ou de metal é muito difícil). FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA Conservação: Em embalagens bem fechadas. PROTEGER DA LUZ. Exemplos de formulação: Solução de ácido tartárico Ácido tartárico ……………………………………….. 3 % Água purificada q.s.p. ……………………..…….. 250 ml Modus operandi: Dissolver o ácido tartárico na água. Talco anti-séptico para os pés Ácido tartárico ……………………………………….. 10 % Ácido salicílico ………………………………………… 2 % Ácido bórico ………………………………….………… 5 % Zinco óxido …………………………………………….. 35 % Talco mentolado q.s.p. ……………………………… 100 g Pós gasíferos de Seidlitz Ácido tartárico ………………………………………... 2,5 g para 1 papel branco, nº 10 Bicarbonato de sódio ……………………………………. 2,5 g Tartarato de sódio e potássio ……………………………….. 7,5 g para 1 papel azul, nº 10 Bibliografia: - Martindale, Guía completa de consulta farmacoterapéutica, 1ª ed. (2003). - The Merck Index, 13ª ed. (2001). - Formulación magistral de medicamentos, COF da Biscaia, 5ª ed. (2004). - Monografías Farmacéuticas, C.O.F. de Alicante (1998). - Formulario básico de medicamentos magistrales, M. ª José Llopis Clavijo e Vicent Baixauli Comes (2007). - Formulario Magistral del C.O.F. de Múrcia (1997). - Formulario médico farmacéutico, PharmaBooks, 2010. - Handbook of Pharmaceutical Excipients, 6th ed., 2009.