DISTÚRBIO DE LINGUAGEM EM PACIENTES COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA Florele Maria P. de Sá – NOVAFAPI* Célio Costa César – NOVAFAPI** Kelly Adriana de O. Santos – NOVAFAPI** Naiara de Lima Dias – NOVAFAPI** Karine Medeiros Coelho Carvalho – NOVAFAPI*** INTRODUÇÃO Sendo o fonoaudiólogo um profissional apto ao trabalho de reabilitação da linguagem e pelo fato de estarmos nos aprofundando no desenvolvimento da linguagem surgiu o interesse por conhecer a realidade da existência do acompanhamento fonoaudiológico e neurológico ao pacientes que apresentam alteração da linguagem afetados pela encefalopatia crônica não progressiva. E principalmente se estes profissionais acreditam no tratamento dado a estes pacientes. Segundo Little Club (1959) , “paralisia cerebral” é uma desordem do movimento e da postura,persistente,porém não fixa,surgida nos primeiros anos de vida, pela interferência do desenvolvimento do sistema nervoso central, causado por uma desordem cerebral não progressiva”. Entretanto autores nacionais e internacionais,acompanham a discussão sobre a propriedade do termo e questionam seu emprego devido a decorrência da lesão (não progressiva) no SNC durante os dois primeiros anos de vida; é a alteração no sistema sensório-motor, levando ao comprometimento do controle postural estático e dinâmico, e não uma paralisia cerebral. Nesse sentido passa-se a utilizar o termo encefalopatia crônica não progressiva. Encefalopatia crônica não progressiva é decorrente de qualquer agente capaz de causar lesão ao encéfalo, sendo causado desde a concepção até aproximadamente dois anos de idade, ou seja, podendo ser adquirida no pré-natal decorrente de diabetes materna, rubéola materna e irradiação. No peri-natal acometido pelo trabalho de parto prolongado, uso de fórceps, incompatibilidade de Rh e no pós-parto, através de meningites e encefalites, distúrbios vasculares, traumas e tumores cerebrais. Segundo o grau de comprometimento da encefalopatia as alterações do movimento se diferenciam, podendo estar “mal regulados”, serem rígidos, lentos ou extremamente rápidos. De acordo com Puyelo (1982), a alteração geral do movimento pode afetar a capacidade de expressão da linguagem em seus aspectos motores: articulação,expiração,fonação,voz. Podendo ocorrer desde problemas muito leves, como dificuldade em produzir corretamente um determinado fonema, até a impossibilidade total da fala. A encefalopatia engloba um grupo distinto de distúrbios, apresentando aspectos sintomatológicos e etiológicos diferentes, sendo, portanto os tipos clínicos mais freqüentes, classificados como: Espástica; Atetásica; Atáxica e Mista. Essa patologia acarreta uma dificuldade motora de produzir linguagem expressiva, variando a intensidade dos problemas desde muito até a impossibilidade total de emitir um som compreensivo. Entrando num consenso de que nem todos os portadores experimentam dificuldades no desenvolvimento das habilidades lingüísticas, principalmente se os fatores responsáveis pelo processo de aquisição forem acompanhados pela equipe multidisciplinar, dando maior ênfase a atuação dos profissionais na área neurológica e fonoaudiológica. Diante disto esse projeto tem como objetivo primordial, relacionar a encefalopatia crônica não progressiva ao acompanhamento neurológico e fonoaudiológico constatando a credibilidade desses profissionais ao tratamento desta patologia. OBJETIVOS: Geral: • Relacionar a encefalopatia crônica não progressiva ao acompanhamento neurológico e fonoaudiológico constatando a credibilidade desses profissionais ao tratamento desta patologia. Específicos: • • Conhecer a prevalência do atendimento fonoaudiológico voltada a área de linguagem e a aquisição desta nos portadores dessa disfunção. Determinar a prevalência do atendimento neurológico voltada a área de linguagem. METODOLOGIA O presente Projeto que se encontra em andamento será um estudo quantitativo, realizado através da obtenção de dados coletados por meio de entrevistas com Neuropediatras e Fonoaudiólogos que intervém em paciente com Encefalopatia Crônica Não Progressiva e que apresentam alterações de linguagem. As entrevistas utilizadas no presente estudo foram elaboradas e aplicadas por nós. Nelas, através de perguntas objetivas e subjetivas abordamos questões onde podemos verificar a atuação do Neuropediatra em parceria com o Fonoaudiólogo no que se refere aos distúrbios de linguagem. Todos os neurologistas desta capital serão entrevistados e para critério de inclusão dos fonoaudiólogos na amostra será observado se estes tem especilização afim à área pesquisada que sejam atuantes em Teresina capital do Estado do Piauí. A exposição destes dados será realizada na forma de Tabelas e analisando os resultados contidos nestas, poderemos posteriormente tecer comentários e conclusões relevantes ao estudo. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS Espera-se ao final da pesquisa relacionar a encefalopatia crônica não progressiva ao acompanhamento neurológico e fonoaudiológico constatando a credibilidade desses profissionais ao tratamento desta patologia e ainda conhecer a prevalência do atendimento fonoaudiológico e neurológico voltado a área de linguagem nos portadores dessa disfunção. Espera-se obter bons números nesta pesquisa em relação ao atendimento fonoaudiológico e neurológico aos pacientes afetados pela patologia em questão, porém a parceria, ou seja, o atendimento multidisciplinar pode não ser tão visto pelo fato de ainda não existir muito contato de áreas afins, principalmente onde uma das áreas seja ainda um pouco recente na cidade. No entanto, será dado continuidade a pesquisa para que possa-se constatar tal situação e finalmente tecer as devidas conclusões. PALAVRAS CHAVES Encefalopatia, Intervenção Fonoaudiológica, Intervenção Neurológica BIBLIOGRAFIA CASANOVA, J. Pena. Manual de fonoaudiologia, Porto Alegre, Artes médicas. 1997, 2 ed. LOPES FILHO, Otacílio. Tratado de fonoaudiologia. 0 ed. São Paulo, Rocca, 1997. ANDRADE, Cláudia Regina Furquim de. Fonoaudiologia em pediatria. São Paulo, Sarvier, 2003. * Oradora - Acadêmica do 3º bloco do curso de Fonoaudiologia da NOVAFAPI [email protected]. ** Acadêmicos do 3º bloco do curso de Fonoaudiologia da NOVAFAPI *** Fonoaudióloga docente do curso de Fonoaudiologia da NOVAFAPI. [email protected]