DOR – NINGUÉM PRECISA VIVER COM ELA A dor não deve ser encarada como algo natural e sim como um alerta do organismo, mostrando que algum sistema não está funcionando normalmente. A dor, ao lado pressão arterial, temperatura, pulso e respiração, é considerada o quinto sinal vital. Podemos afirmar que a dor é um mecanismo de defesa do organismo. Ao tocar em um objeto muito quente, a dor avisa que as mãos podem ser queimadas, evitando o pior. Ela pode ser aguda (instantânea) e crônica (constante, com períodos de melhora ou não). A dor ainda é um dos principais motivos que levam as pessoas a consultar um médico. É preciso caracterizar a dor, através do relato do paciente, explicando tipo de dor, sua freqüência, localização, cólica, aperto, queimação, pontada, etc. e fatores que alteram a dor como alimentação, postura, movimentação e outros. Sempre que possível deve-se evitar o uso de remédios caseiros ou auto medicação. A consulta deve procurar identificar a causa da dor para trata-la com sucesso, evitando os tratamentos sintomáticos e os próprios analgésicos e anti inflamatórios que só devem ser usados mediante prescrição do médico e por períodos curtos, já que podem causar efeitos secundários indesejáveis. A dor é um acompanhante natural do dia a dia dos idosos? Nada mais falso e acaba provocando o uso permanente de medicamentos na tentativa de eliminar ou diminuir a dor crônica que se arrasta há muito tempo. Toda dor precisa ser investigada, diagnosticada, tratada e acompanhada por um largo período de tempo, para evitar que ela se torne crônica, prejudicando a qualidade de vida, alterando até as emoções e comportamentos. Tipos de dor: AGUDA - É de aparecimento súbito, de grande intensidade que pode ser eliminada por medicação ou remoção da causa (ex. extração de um dente). DÔR CRÔNICA – É persistente e exige tratamento mais longo e complexo. É considerada crônica quando dura mais de 3 meses. Em certos casos é preciso a recorrer a especialistas (ortopedistas, neurologistas, fisioterapeutas e outros). A terceira é a DOR RECORRENTE – Ela se repete por períodos curtos, vai e volta, durante a vida da pessoa. O tratamento precisa ser individualizado para cada tipo de dor e para cada paciente em particular. Os medicamentos podem ser de grande valia na fase aguda, assim como o repouso e a fisioterapia. Outros recursos usados são as massagens, a acupuntura, a psicologia e a musicoterapia. As doenças reumáticas são uma das principais causas de dor. A artrose é uma degeneração articular, atingindo principalmente os joelhos. A lombalgía é a dor nas costas e a artrite ataca as articulações. Esses 3 tipos de reumatismo são bastante comuns entre idosos. A bursite é a inflamação das bolsas sinoviais que envolvem as articulações e atingem ombros, cotovelos e joelhos. Já arterite é a inflamação das artérias e a gota é outra forma de doença reumática causada pela formação de cristais nas articulações e é extremamente dolorosa. O tratamento é medicamentoso e restringe certos tipos de alimentos que quando ingeridos provocam aumento das dores. Atualmente é muito comum entre os grupos de idosos, a prática de certas ginásticas orientais, como o Tai Chi e o Lian Gong, entre outros que ajudam a prevenir as dores do organismo em geral, sendo também de grande auxilio no tratamento das já existentes, sem prejuízo dos tratamentos empregados. São terapias alternativas que dão bons resultados se praticadas rotineiramente, pelo menos 3 vezes por semana.