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DÓLAR DEVE CHEGAR EM BREVE A R$ 2,90
“O motivo é muito simples. Com taxa de juros em 14,25% e o cenário político mais definido, o
Brasil virou o paraíso para o capital estrangeiro”.
As constantes quedas da moeda americana têm feito que apareçam diversas teorias para
explicar o que está acontecendo. Apesar da leve alta na manhã desta segunda-feira (04) de
0,57%, que fez o dólar chegar em R$ 3,2513, somente em junho, a queda chega a 11% e, no
ano, pouco mais de 18%. Os acontecimentos recentes, como a saída do Reino Unido da União
Europeia e o posicionamento do Banco Central de pouco intervir no câmbio – já que o BC
realizou hoje um leilão de até 10 mil swaps reversos, repetindo a atuação de sexta-feira –
contribuíram para a queda, mas, segundo Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova
Futura Corretora, esses fatores não são determinantes. “O motivo é muito simples. Com taxa
de juros em 14,25% e o cenário político mais definido, o Brasil virou o paraíso para o capital
estrangeiro. Apenas como exemplo, a taxa de juros do Japão está em -0,23%. Em diversos
países da Europa gira em torno de 1%. Assim fica fácil entender porque o investidor de fora
está trazendo dinheiro para o país”, explica.
Nos próximos meses, o economista-chefe acredita em uma queda acentuada com a
moeda americana abaixo de R$ 3,00. “Desde o começo do ano, vejo o dólar a R$ 2,90. Básico
da economia é oferta e demanda. Como a entrada de dólares está forte no país, a
consequência natural é sua queda”, acredita Pedro Paulo Silveira. Já o analista sênior de
câmbio da FN Capital, Caio Esteves, tem uma previsão mais cautelosa. “Com a nova gestão do
Bacen e a saída da Dilma, trabalhamos com o dólar entre R$ 3,00 e R$ 3,10. Parece que o
estrangeiro está enxergando concretamente o Brasil como uma economia que deverá se
recuperar em breve e com uma maior estabilidade política”, avalia.
Para Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital, o mercado passou por
cima do piso defendido pela gestão anterior do Banco Central, com o Dólar em torno de R$
3,50 e já ensaia um novo patamar. “O cenário internacional recente de otimismo e a elevada
liquidez trouxeram uma posição de inclinação ao risco bastante evidente. O fluxo monetário
dos mercados emergentes entrou no Brasil com força e somado ao front doméstico mais claro,
com controle da inflação, superávit e câmbio flutuante estão fazendo que o real se valorize. Em
curto prazo, vejo o dólar entre R$ 3,00 e R$ 3,20”, revela Bergallo.
04/07/2016
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