ANÁLISE DO PROCESSO DE ANTECIPAÇÃO GENÉTICA NA SÍNDROME DO X FRÁGIL POR MEIO DE SOUTHERN BLOT NÃO RADIOATIVO. Freitas AC1,2, Brunner O1, Schwartz CE3, Lindsey CJ4, Souza DH5, Moretti-Ferreira D5, Stocco dos Santos RC1. 1Lab.Genética-Instituto Butantan; 2UNITAU; 3Greenwood Genetic Center for Molecular Studies-Greenwood-USA; 4Depto de Biofísica - UNIFESP; 5SAG-Depto de Genética - I. Biociências,UNESP, Botucatu,SP. [email protected] A Síndrome do X frágil é caracterizada pelo retardo mental, alterações comportamentais e algumas características dismórficas variáveis. Em 1991, foi identificado o gene responsável pela Síndrome, o FMR1, localizado na posição Xq27.3. A principal mutação responsável pela Síndrome é a expansão de uma repetição não traduzida de 3 nucleotídeos (CGG) no exon 1 do gene FMR1, levando a níveis reduzidos ou inexistentes da proteína codificada por este gene, a FMRP. Baseado nestas informações foi desenvolvido um diagnóstico molecular para esta Síndrome utilizando as técnicas de Southern blot e PCR. Em ambas as técnicas o uso de sondas marcadas radioativamente é de uso comum. Entretanto, o uso de material radioativo é dependente de instalações apropriadas e de pessoal especializado, sendo desinteressante para diagnóstico de rotina. Neste trabalho nós reavaliamos um núcleo familiar onde há um casamento consanguíneo.Este núcleo foi analisado em 1996 por meio de análise citogenética e Southern blot, usando um fragmento de 5,1 Kb contendo a repetição CGG marcado radioativamente como sonda. Neste núcleo, o processo da antecipação genética, característico desta Síndrome, foi acompanhado por meio de um ”Southern blot” usando uma sonda comercial para detecção do X frágil marcada com digoxigenina (DIG). Os resultados obtidos permitiram a comparação entre os dados citogenéticos e a análise por Southern blot com marcação radioativa e não radioativa, assim como uma avaliação das alterações sofridas pela região afetada ao longo das sucessivas gerações. Órgão Financiador : UNITAU,Fundação Butantan