PROPOSTAS DE REDAÇÃO TA5 PRIMEIRO SEMESTRE/2007 Quarenta e oito pessoas na fila por leito na UTI A falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não é um problema novo nos hospitais públicos de Fortaleza. No entanto, a fila de espera por uma vaga nunca foi tão alta quanto nos últimos dias. São 48 pessoas aguardando, destas, 32 adultos, 11 crianças e cinco recém-nascidos. Essa época do ano favorece o aumento da fila, principalmente por causa de doenças relacionadas a infecções respiratórias. Mesmo assim, tanto a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) quanto a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) confirmam o aumento recorde, que chegou a 65 pessoas na última quinta, 10. "É o mais alto da história. De julho até agora, estávamos praticamente sem fila de espera para UTI pediátrica e neonatal. A média de espera por leitos adultos era de 15 a 20 pessoas. Esse número atual não é normal", ressalta Alex Mont´Alverne, coordenador de políticas de saúde da SMS. Além dos casos referentes à infecção respiratória, os mais freqüentes na fila de espera são pacientes que sofreram Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e acidentes de trânsito, principalmente em motos. Como medida emergencial, a Sesa contratou dez leitos de UTI no Hospital Antônio Prudente, que faz parte da rede privada de hospitais de Fortaleza. No entanto, nenhum deles foi ocupado por pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). "Quatro desses leitos já eram contratados por nós. Os outros seis foram bloqueados por já estarem ocupados por pacientes da rede privada", explica João Ananias, titular da Sesa. Segundo ele, os leitos serão disponibilizados à rede pública somente quando forem desocupados. Além dos leitos contratados, o governador Cid Gomes autorizou a compra de monitores e respiradores, equipamentos que faltavam para o término da construção de 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). As obras, que tiveram início em julho de 2006, tinham duração prevista de três meses e interditaram dez leitos de UTI do hospital. "Com o investimento de R$ 2,1 milhões, já aprovado, o funcionamento dos novos leitos no HGF ocorrerá em até 30 dias", diz Ananias. Outra ação para tentar diminuir a fila de espera é uma parceria com o Hospital Batista, que está em fase de discussão. "Estamos avaliando uma parceria não só da UTI, mas do atendimento em geral. Servirá como retaguarda das emergências públicas". De acordo com Alex Mont´Alverne, cerca de 40% a 45% dos que estão à espera por leitos de UTI vêm do interior. Além da falta de leitos nas macrorregionais, como Sobral e a região do Cariri, outro problema que contribuiu para o aumento da fila foi fechamento de sete leitos adicionais no hospital Cura d´Ars por falta de necessidade. "Eles foram desativados e a área física já não existe mais". Alex enfatiza que outra dificuldade é a falta de leitos na rede privada. "Ligamos em busca de vagas três vezes e não há disponibilidades. A solução é a instalação de novos leitos na rede pública". O secretário João Ananias relata que a construção de hospitais nas microrregiões de Sobral e Cariri é uma medida do governo em médio prazo ainda sem previsão de início. Mas a implantação de leitos de UTI nessas regiões e o trabalho intensivo na prevenção de gripes (para evitar infecções respiratórias) e no tratamento de hipertensão e diabetes (para evitar AVCs) são ações que já estão sendo feitas para diminuir os casos que venham a necessitar de UTI. "Outra estratégia é o gerenciamento das vagas, que precisa de um exame mais rigoroso", completa. SAIBA MAIS • Um paciente de UTI custa, em média, R$ 1 mil por dia. O funcionamento de uma unidade de 20 leitos pode custar cerca de R$ 600 mil por mês. • Para um paciente que deveria estar na UTI, cada hora fora do tratamento intensivo diminui as chances de sobrevivência. • No Instituto Dr. José Frota (IJF), 10 adultos esperavam por uma vaga na UTI ontem pela manhã. Havia três vagas em potencial, ou seja, pacientes que já poderiam ser removidos. No entanto, não havia vagas na enfermaria, para onde vão os pacientes que saem da UTI, e eles não poderiam ser transferidos. • Além de Fortaleza, os municípios de maior demanda na rede pública de saúde são Trairi, Ocara, Limoeiro do Norte, Jaguaribe, Itapajé, Itaiçaba, Iguatu, Quixadá, Caucaia, Baturité, Pacajus, Cascavel, Maracanaú e Aquiraz. • Dados estatísticos fornecidos pela direção do Instituto Dr. José Frota dão conta de que é de 62% a taxa de ocupação dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por motociclistas que se recusam a usar capacete. Fonte: O POVO 15 de maio de 2007. Propostas PROPOSTAS DE REDAÇÃO TA5 PRIMEIRO SEMESTRE DE 2007 1. Tendo em vista a dura realidade mostrada no texto-base, produza uma crônica narrativa em que você assume o ponto de vista de um médico que presencia essa problemática cotidianamente. 2. Escreva uma carta ao governador do Ceará apresentando motivos que tornam urgente a construção de hospitais nas microrregiões de Sobral e Cariri, tendo em vista que, como informa o texto-base, muitas pessoas que estão à espera de leitos na UTI vêm do interior. 3. Entre as possíveis soluções para a superlotação das UTIs, as autoridades governamentais contratam leitos de hospitais particulares como medida emergencial. Você concorda com ela? Responda em um artigo de opinião. 4. Estando os acidentes de trânsito entre os principais responsáveis por levar pacientes às UTIs, crie um panfleto cujo objetivo seja conscientizar a população sobre medidas para diminuir a ocorrência destes. Atenção alunos do 3º ano: • A proposta que deve ser feita para o TA 5 é a de número 1, as demais são para treino-livre. • O TA 5 deverá ser apresentado no laboratório de redação entre os dias 28 de maio e 15 de junho. • O agendamento para a entrega do TA deve ser feito imediatamente após a aula de divulgação dos temas. Essa recomendação é feita a fim de se evitarem “congestionamentos” e conseqüente falta de horários para o atendimento, pois aqueles alunos que não conseguirem fazer a correção de seu texto alegando que, na última semana, não há mais horários terão ZERO como nota nessa atividade. • Lembrem-se: organização e comprometimento são essenciais ao sucesso nos estudos! 210507 PAT / REV.: Fab OSG.: 3257/07 2