0 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO SERVIÇO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO LUIZ GUEDES MONTEIRO NETO O COMPOSTO DE MARKETING COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: COMO O GERENCIAMENTO CONTÍNUO DO MIX DE MARKETING PODE DESTACAR A MICROEMPRESA BOMBONZINHO NA CIDADE DE TIMBAÚBA. João Pessoa - PB Janeiro de 2010 1 LUIZ GUEDES MONTEIRO NETO O COMPOSTO DE MARKETING COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: COMO O GERENCIAMENTO CONTÍNUO DO MIX DE MARKETING PODE DESTACAR A MICROEMPRESA BOMBONZINHO NA CIDADE DE TIMBAÚBA. Monografia apresentada à Coordenação do Serviço de Estágio Supervisionado em Administração, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento às exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Gláucio Sales Barbosa, Bacharel em Administração. João Pessoa - PB Janeiro de 2010 2 Ao Professor Gláucio Sales Barbosa, para se pronunciar sobre o Trabalho de Conclusão de Curso do aluno Luiz Guedes Monteiro Neto. João Pessoa, 08 de janeiro de 2010. ________________________________________________ Prof. Fábio Walter Coordenação do SESA/CCSA/UFPB Parecer do Professor Orientador: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3 LUIZ GUEDES MONTEIRO NETO O COMPOSTO DE MARKETING COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: COMO O GERENCIAMENTO CONTÍNUO DO MIX DE MARKETING PODE DESTACAR A MICROEMPRESA BOMBONZINHO NA CIDADE DE TIMBAÚBA. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Prof. Gláucio de Sales Barbosa – Orientador ____________________________________________ Prof. Rosivaldo de Lima Lucena, Doutor ____________________________________________ Profª Nadja Valéria Pinheiro, Mestra João Pessoa - PB Janeiro de 2010 4 Dedico este trabalho aos meus pais, Luiz e Yara, cujo apoio e incentivo foram fundamentais para minha formação. 5 AGRADECIMENTOS Ao Grande Arquiteto do Universo, primeiramente, por ter me concedido saúde, paciência, persistência e sabedoria nessa caminhada; Aos meus pais (Luiz Guedes Monteiro Filho e Yara Ribeiro Guedes) pelo zelo por minha formação; À minha namorada, Nidja de Souza, pela resignação, carinho e motivação que sempre me dá; Ao Gláucio de Sales Barbosa, pela inegável contribuição e dedicação estando sempre disponível, apesar da distância, em todos os momentos que precisei; Aos professores e funcionários da UFPB, por todos os préstimos realizados durante o curso. A todos que colaboraram direta ou indiretamente para concretização desta monografia e que vibraram com cada obstáculo superado. 6 MONTEIRO NETO, Luiz Guedes. O DIFERENCIAL COMPETITIVO: COMO O DE MARKETING PODE DESTACAR A CIDADE DE TIMBAÚBA. Monografia Administração). João Pessoa: UFPB, 2010. COMPOSTO DE MARKETING COMO GERENCIAMENTO CONTÍNUO DO MIX MICROEMPRESA BOMBONZINHO NA de conclusão de curso (Bacharelado em RESUMO Esta pesquisa apresenta como tema o composto de marketing, que consiste num conjunto de quatro variáveis principais do marketing, que são: o preço, a praça, o produto e a promoção. O marketing, numa definição sucinta, é uma importante ferramenta que torna possível que as empresas tenham um diferencial competitivo orientado para o sucesso de suas atividades. Para complementação do referencial teórico bem como ratificação da idéia de utilização de estratégias de marketing para obtenção de vantagem competitiva, foi procedida uma pesquisa com um grupo de clientes da microempresa Bombonzinho, escolhidos aleatoriamente, e que comprassem com uma freqüência mínima de uma vez por mês. O instrumento utilizado para a referida pesquisa foi um questionário, composto de questões objetivas que indagaram a respeito de sua satisfação sobre as variáveis do composto de marketing até então trabalhadas pela microempresa. Após análise dos dados coletados nessa pesquisa, foi possível perceber a visão do consumidor no tocante às variáveis em estudo, e que se a Bombonzinho deslocar esforços para que haja sempre a oferta do melhor preço, do melhor produto, da melhor praça e da melhor promoção, ela tende, por si própria, a ficar mais próxima de alcançar seus objetivos. De uma maneira geral, no decorrer do presente trabalho, verifica-se os argumentos que ressaltam a importância do composto de marketing para obtenção de vantagem competitiva, ficando exposto que o marketing, em sua essência, aliado ao processo de planejamento e a estratégias competitivas, são de suma importância para a efetiva consecução dos objetivos de uma organização. Palavras-chave: Composto de Marketing. Estratégias. Planejamento. Fidelização do Cliente. Conquista de Novos Clientes. 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES I – LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – A evolução dos conceitos de marketing .......................................................... 13 QUADRO 2 – Variáveis de Diferenciação ............................................................................. 20 QUADRO 3 – Principais ferramentas de promoção de vendas aos consumidores ................. 32 II – LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Pirâmide organizacional tradicional versus pirâmide organizacional invertida para o consumidor ................................................................................................................... 16 FIGURA 2 – Passos para a determinação de preços .............................................................. 22 FIGURA 3 – Canais de marketing para bens de consumo ..................................................... 28 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA .. 10 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11 1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 11 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 APRECIAÇÃO CONCEITUAL SOBRE MARKETING ............................................... 13 2.1.1 Mercado-alvo ................................................................................................................. 14 2.1.2 Necessidades dos consumidores ................................................................................... 15 2.1.3 Marketing Integrado ...................................................................................................... 16 2.1.4 Rentabilidade ................................................................................................................ 16 2.2 O COMPOSTO DE MARKETING – ‘4PS’ ................................................................... 17 2.3 OS ELEMENTOS DO COMPOSTO DE MARKETING .............................................. 18 2.3.1 Produto .......................................................................................................................... 18 2.3.1.1 Posicionamento de produtos ....................................................................................... 19 2.3.1.2 Variáveis para a diferenciação competitiva de produtos ............................................. 20 2.3.2 Preço .............................................................................................................................. 21 2.3.2.1 Passos para a determinação de preços ......................................................................... 22 2.3.2.2 Objetivos de Preços ..................................................................................................... 22 2.3.2.3 Análise dos segmentos ................................................................................................ 23 2.3.2.4 Determinação da Demanda e Custos .......................................................................... 24 2.3.2.5 Análise do preço da concorrência ............................................................................... 25 2.3.2.6 Determinação da Política de Preços ........................................................................... 25 2.3.2.7 Métodos de estabelecimento de preços ....................................................................... 26 2.3.3 Praça .............................................................................................................................. 26 2.3.4 Promoção ...................................................................................................................... 28 2.3.4.1 Propaganda ................................................................................................................. 29 2.3.4.2 Relações Públicas ....................................................................................................... 30 2.3.4.3 Promoção de Vendas .................................................................................................. 31 2.3.4.4 Merchandising ............................................................................................................ 34 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 TIPO DE ESTUDO ........................................................................................................... 36 3.2 Campo Empírico ............................................................................................................... 37 9 3.3 Universo e Amostra .......................................................................................................... 37 3.4 Instrumento e coleta de dados ........................................................................................... 37 3.5 Tratamento dos dados ....................................................................................................... 38 4. ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................... 39 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 47 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 49 APÊNDICE A ............................................................................................................. 52 10 1. INTRODUÇÃO 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA Segundo Porter (1986), a competição se intensificou exageradamente ao longo dos últimos anos. Salienta Las Casas (2001) que o mercado globalizado encontra-se cada vez mais concorrido, visto que os consumidores estão cada vez mais exigentes. Ohmae (1998), por sua vez, expõe que as empresas devem sempre buscar diferenciais que as destaquem neste mercado tão concorrido. Cobra (1992) também fala que o marketing, atualmente, vem tendo maior atenção e interesse, seja por empresas lucrativas ou não lucrativas. O marketing, de acordo com Kotler (1998), é uma ferramenta dirigida à busca constante pela satisfação dos consumidores. Assim, em um mercado cada dia mais competitivo e com consumidores mais exigentes, esta ferramenta vem se tornando uma grande e poderosa arma para as empresas que sabem manuseá-la. A administração de marketing, segundo Kotler e Armstrong (1993), se apresenta essencialmente através dos instrumentos do composto de marketing (produto, preço, praça e promoção) que foram desenvolvidos com o propósito de estreitar os vínculos do fabricante com o cliente. Para a boa administração de um negócio, o mix de marketing é, sem dúvida, um dos instrumentos indispensáveis, pois propicia uma correta leitura das variáveis (produto, preço, praça e promoção), como também enriquece a empresa com informações valiosas sobre as necessidades e desejos de seus consumidores. O presente trabalho vem expor a importância do composto de marketing para as organizações nos dias atuais, como também discorrer sobre como uma organização precisa trabalhar utilizando bem seu mix de marketing. Esta tarefa é de fundamental importância para as empresas, pois visa direcionar todas as atividades e ações da mesma num rumo certo, para que trabalhe com precisão, possibilitando, assim, retornos favoráveis no que se refere à satisfação dos clientes e da própria organização. Inicialmente, será feita uma abordagem conceitual acerca do composto de marketing, na qual será exposta a visão de vários autores renomados na área. Posteriormente, surgiu a oportunidade de contextualizar os conceitos dos ‘4Ps’ (produto, preço, praça e promoção) com a realidade profissional, analisando como se dá o gerenciamento deste composto de elementos na Microempresa Bombonzinho. 1.2 OBJETIVOS 11 1.2.1 OBJETIVO GERAL Analisar a percepção dos clientes da Bombonzinho em relação às variáveis do composto de marketing, bem como se a administração contínua destas pode ser utilizada de forma estratégica para torná-la competitiva frente aos seus concorrentes. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • verificar como estão dispostas as variáveis do composto de marketing pela Bombonzinho; • descrever os conceitos fundamentais para o efetivo entendimento do composto de marketing; • sugerir, a partir dos dados coletados, ações a serem adotadas pela Bombonzinho; 1.3 JUSTIFICATIVA De acordo com Hooley e Saunders (1996), “[...] o marketing deveria nortear a forma de trabalho de toda a organização”. Utilizar as ferramentas de que dispõe o marketing com sabedoria resulta para a empresa em efeitos positivos. Ordenadas estrategicamente, podem auxiliar a alavancar melhores resultados tanto econômicos quanto financeiros e sociais (COBRA, 1992). Para Churchill e Peter (2000), as trocas com os clientes podem ser consideradas a vida das organizações, devendo os profissionais de marketing reconhecê-las e tratá-las como tal. É inerente à empresa conhecer os seus clientes, saber o que pensam, o que desejam e como compram e usam produtos e serviços. Assim sendo, entender as necessidades do consumidor é bastante relevante. Somado a isso, um composto de marketing bem estruturado, bem como o gerenciamento contínuo de suas variáveis (produto, preço, praça e promoção) podem ser utilizados estrategicamente, resultando em uma vantagem competitiva para as organizações (FERREIRA, 2007). Segundo Hooley e Saunders (1996), cada uma das variáveis do composto de marketing deve ser trabalhada de forma a somar-se ao posicionamento adotado pela organização. Tal posicionamento, por sua vez, deve descrever aos clientes como a empresa se diferencia de seus concorrentes. 12 Vale ressaltar que, deve-se sempre trabalhar as referidas variáveis sem se esquecer do elemento principal: o consumidor. Tais variáveis são interdependentes e comumente são trabalhadas como tal para facilitar o planejamento estratégico específico de cada uma. Entretanto, também podem variar de forma associada, o que é bastante difícil de se prever. Por isso que é importante estudá-las individualmente, para que se conheça como está sendo a relação do consumidor com cada uma, como também para que seja possível prever prováveis mudanças indesejáveis (PRATES, 1998). De acordo com Kotler (1998), “a satisfação pós-compra do comprador depende do desempenho da oferta em relação às expectativas do comprador”. Destarte, a satisfação do consumidor, além do lucro, deve ser privilegiada pela organização, e para atingir tal satisfação, a administração do composto de marketing é imprescindível. A Bombonzinho foi escolhida para o proceder deste Trabalho de Conclusão de Curso, pelos seguintes motivos: conhecimento com o proprietário da Bombonzinho; contribuição e participação efetiva deste; livre acesso às informações necessárias; e por ser uma microempresa que vem crescendo consideravelmente nos últimos dois anos na cidade de Timbaúba, devido a uma maior atenção por parte do proprietário, o Senhor Roberto Carlos, às variáveis do composto de marketing. Toda dedicação empenhada para desenvolver o presente trabalho tem o objetivo básico de evidenciar o quão importante é o mix de marketing para as organizações nos dias atuais, em especial, para a Bombonzinho. 13 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 APRECIAÇÃO CONCEITUAL SOBRE MARKETING O termo marketing, segundo Pinho (2001), começa a ser utilizado na década de 1930 nos Estados Unidos, mas é na década de 1950, que a definição moderna de marketing vai se consolidando, quando se tornar necessário conhecer as vontades, anseios e necessidades dos consumidores. Ferreira (1982, p. 318) expõe claramente que consumidor “é o ser indivíduo que está disposto a gastar sua economia para suprir as suas necessidades”. O conceito de marketing, entretanto, foi se aperfeiçoando ao longo dos anos. O Quadro 1apresenta a evolução do respectivo conceito na visão de diversos autores: Autor American Marketing Association Definição de marketing “O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de 1960 bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador”. Ano “O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens 1965 econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços”. Kotler e “O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não 1969 lucrativas”. Sidney Levy “O marketing deveria reconhecer as dimensões societais, isto é, levar Willian Lazer 1969 em conta as mudanças verificadas nas relações sociais”. “O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações David Luck 1969 de mercado”. “A criação, implementação e controle de programas calculados para Kotler e Gerald influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo Zaltman 1969 considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing”. “Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades Robert Bartis 1974 econômicas e não econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome.” “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço, criar a Robert Haas 1978 demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda”. “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades, desejos e expectativas do consumidor industrial e das exigências para as Robert Haas 1978 especificações do produto e serviço e continuar através de efetiva promoção, distribuição, assistência pós-venda a convencer mais e mais clientes a usarem e a continuarem usando esses produtos e serviços”. Ohio State University 14 É o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, Philip Kotler 1997 promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e organizações. QUADRO 1 – A evolução dos conceitos de marketing. (Fonte: COBRA, 1997, p. 27) Em suma, pode-se verificar que todos os conceitos de marketing tendem a envolver a acepção de mercado como também o entendimento sobre à satisfação das necessidades do consumidor. A análise de mercado, a descoberta e interpretação das necessidades dos consumidores bem como a condução do correto posicionamento de produtos são pontos principais que o marketing comporta. Kotler (1998) sobrepõe algumas terminações, as quais ele denomina de pilares, que fundamentam o conceito de marketing. São elas: mercado-alvo, necessidades dos consumidores, marketing integrado e rentabilidade. 2.1.1 Mercado-alvo Mercado é, segundo Kotler (1998, p. 31), o conjunto de “todos os consumidores potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo”. O autor ainda expõe que nenhuma organização é capaz de operar em todos os mercados, muito menos satisfazer todas as necessidades. Daí então, surge a necessidade de as empresas atentarem para um mercadoalvo, para assim poderem efetivamente satisfazer as necessidades de seus consumidores. Mercado-alvo é o mais homogêneo ou semelhante grupo de consumidores o qual a empresa observa e deseja sua atenção (MCCARTHY, 1978). Em outras palavras, o mercadoalvo é a parcela de um mercado para o qual o produto foi direcionado. No mercado, as pessoas estão dispersas, agrupadas de forma heterogênea, e a segmentação de mercado objetiva ajuntá-las em um grupo mais homogêneo, resultando assim em um mercado-alvo (COBRA, 1992). De acordo com McCarthy e Perreault (1997), “segmento de mercado é um grupo de consumidores relativamente homogêneos que reagirão a um composto de marketing de maneira semelhante”. Kotler (1998) define segmento de mercado como sendo um significativo grupo de consumidores identificáveis em um mercado. Segmentar o mercado permite à organização reconhecer os seus compradores, seus hábitos, desejos como também seu poder de compra. 15 Segundo Cobra (1992, p. 316), a segmentação de um mercado amplo em partes menores com alto potencial de compra permite à organização o alcance de objetivos como: • • • • • aumentar a participação de mercado em segmentos significativos de consumo; exercer um esforço concentrado de marketing e avaliar os resultados com maior facilidade, além de minimizar recursos físicos, monetários e humanos; facilitar a concentração do esforço de vendas e de distribuição nos segmentos-chave; diminuir sensivelmente os investimentos em propaganda e promoção de vendas,antes pulverizados e a partir da segmentação, concentrados. Aumentar a lucratividade e a imagem da empresa nos segmentos-chave. O processo de seleção de mercados-alvo deve ser contínuo. Isso porque os mercados estão em constante mudança. Destarte, as empresas devem sempre revisar seu composto de marketing fundamentadas nas alterações que venham a ocorrer nas necessidades do segmento ou mesmo identificar novos mercados com o objetivo de suprir os que já estejam diminuindo (SIMPSOM, 2001). 2.1.2 Necessidades dos Consumidores Karsaklian (2000, p. 11) define: “ser consumidor é ser humano. Ser consumidor é alimentar-se, vestir-se, divertir-se... viver”. Assim sendo, é plausível afirmar que todos, sem restrições, são consumidores, ainda que não saibam. Kotler (1998), por sua vez, define a necessidade humana como sendo “um estado de privação de alguma satisfação básica”. Tais necessidades básicas não são criadas e são essenciais à condição humana, como por exemplo, a necessidade de se alimentar. Uma empresa pode ser capaz de definir seu mercado-alvo, entretanto, pode fracassar em conhecer efetivamente as necessidades dos consumidores ali alocados. Isto porque o comportamento do consumidor pode ser bastante relativo. Há consumidores que têm consciência do que precisam e sabem como expressar tal necessidade, todavia, também há consumidores que desconhecem suas próprias necessidades, ou as conhecem, porém, não sabem expressá-las (KOTLER, 1998). Segundo Mowen e Minor (2003, p. 3) “o comportamento do consumidor é definido como o estudo das unidades compradoras e dos processos de troca envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias, serviços, experiências e idéias.” É possível assim constatar que estudar as necessidades, hábitos, costumes e desejos dos consumidores, sejam eles reais ou potenciais, é de fundamental relevância, visto que 16 como eles são o centro de toda atividade de marketing, o processo de tomada de decisão em marketing se torna mais fácil (MOWEN; MINOR, 2003). 2.1.3 Marketing Integrado “Quando todos os departamentos da empresa trabalham em conjunto para atender aos interesses dos consumidores, o resultado é marketing integrado” (KOTLER, 1998, p. 40). As organizações que trabalham com marketing integrado buscam constantemente harmonia entre os setores, trabalhando todos estes conjuntamente, objetivando a satisfação dos consumidores e, conseqüentemente, o sucesso da empresa. Segundo Kotler (1998), o marketing integrado ocorre em dois níveis: 1º Nível: aqui se encontram as diversas funções de marketing: força de vendas, propaganda, gerenciamento de produto, pesquisa de marketing; todas trabalhando conjuntamente. 2º Nível: o marketing deve ser incorporado pelos demais departamentos, visto que todos devem se empenhar para satisfazer o cliente. Na ótica de Kotler (1998), o marketing não funciona quando é simplesmente um departamento. 2.1.4 Rentabilidade O objetivo final do marketing é proporcionar à empresa o alcance de suas metas. Entretanto, para alcançar tal feito, muitos gerentes consideram o consumidor a peça-chave, pois sem o consumo, não haveria rentabilidade alguma. Com base nisso, é que as empresas que dominam marketing invertem a pirâmide organizacional tradicional, passando o consumidor passou a se situar no topo, como na Figura 1 a seguir (KOTLER, 1998): 17 FIGURA 1 – Pirâmide organizacional tradicional versus pirâmide organizacional invertida orientada para o consumidor. (Fonte: KOTLER, 1998, p. 41). 2.2 O COMPOSTO DE MARKETING – ‘4PS’ O composto de marketing tem fundamento nos estudos de Neil Borden que utilizou essa terminação, pela primeira vez, em 1949, e que por sua vez, se baseou nos estudos de James Culliton, que denominava os executivos de mixers, que quer dizer liquidificadores, pois tinham como função a materialização das receitas através da mistura de ingredientes, mudança nas quantidades ou invenção de novos elementos (MCCARTHY, 1978). Jerome McCarthy, professor de marketing da Universidade Estadual de Michigan, em seu livro Basic Marketing, na década de 1960, aprimorou a teoria de Borden e concebeu um conceito interessante que ficou conhecido como ‘4Ps’, que aborda um conjunto de elementos (produto, preço, praça e promoção) cujo propósito é simplificar a visualização das variáveis que cercam o marketing do produto. Esse conjunto de elementos ficou também conhecido como composto de marketing ou mix de marketing (MCCARTHY, 1978). Segundo Kotler e Armstrong (1993, p. 29), o mix de marketing é um conceito fundamental no marketing moderno. Os referidos autores definem o mix de marketing como sendo “um grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo”. A estratégia de marketing deve envolver tanto o mercado-alvo quanto o composto de marketing. O consumidor, por sua vez, deve ser o centro do composto de marketing, porém, não fazer parte dele. Esse consumidor que se encontra no centro do composto deve representar o mercado-alvo, ou seja, aquele para quem a empresa deve dirigir todos os esforços (MCCARTHY, 1978). O composto de marketing, proposto por McCarthy (1978), consiste em um conjunto de ações que uma organização pode executar para direcionar a demanda para seu produto, ações estas que se dividem em um composto com quatro elementos: produto, preço, praça e promoção. Esse composto tem sido a partir de então o modelo tradicionalmente utilizado pela maioria dos docentes e profissionais de marketing. Kotler (2000) expõe que o composto de marketing bem posicionado orienta uma empresa em um mercado competitivo, visto que os elementos do respectivo composto podem ser trabalhados um a um, estrategicamente. 18 2.3 OS ELEMENTOS DO COMPOSTO DE MARKETING 2.3.1 Produto Segundo Las Casas (2001), produto é o componente principal das relações de troca que ocorrem no mercado entre pessoas físicas e jurídicas, e tem como objetivo satisfazer quem o adquire. Já Kotler e Armstrong (2008) debatem sobre o que venha a ser um produto e concluem que “produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer a um desejo ou necessidade”. (Kotler e Armstrong, 2008, p. 190). Não obstante considerem que a maioria dos produtos seja de natureza física, quando visualizados de maneira mais abrangente, passam a incorporar além de objetos físicos, serviços, pessoas, locais, organizações e idéias. Destarte, podemos perceber que um produto é mais do que um objeto tangível. Produto, segundo Semenik e Bamossy (1995, p.260), é um “conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que proporciona benefícios reais ou percebidos com a finalidade de satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores”. Deste modo, consideramos como produto: bens físicos como mesas, livros, dentre outros; serviços como cortes de cabelo, lavagem de carro, dentre outros; eventos como shows, desfiles, dentre outros; pessoas como Xuxa, Ronaldinho Gaúcho, dentre outros; locais como Paris, Disney World, dentre outros; organizações, como Greenpeace; ou mesmo idéias como o planejamento familiar, direção defensiva, dentre outras. De acordo com Kotler e Armstrong (2008), um produto ofertado às pessoas pode ser avaliado em diferentes níveis, no sentido de realmente atender de forma plena aos anseios e necessidades dos consumidores. Os níveis são: • Produto núcleo ou central: é o produto ou serviço fundamental que o comprador está efetivamente adquirindo para resolver algum problema ou suprir alguma necessidade; • Produto tangível: é composto por seus aspectos, estilo, qualidade, marca e embalagem; • Produto ampliado: como o próprio nome diz, é o produto que tem qualquer coisa a mais além do que o comprador espera em termos de produto básico. É o produto palpável somados os diversos serviços que o acompanham, tais como: garantia, entrega gratuita, instalação, manutenção e outros; Kotler (2000, p. 114) também expõe outra classificação para produto: 19 a) bens de conveniência, são aqueles comprados com freqüência e mínimo de esforço (ex.: sabonete); b) bens de compra comparados, como o próprio nome diz, o consumidor compara em termos de preço, modelo, qualidade (em geral, roupas, aparelhos eletrônicos, móveis); c) bens de especialidade, são os bens com características singulares, como carros, máquinas fotográficas; d) bens não procurados, ou seja, são os bens que os consumidores não conhecem, ou normalmente não pensa em comprar (jazigo, seguro de vida, enciclopédia). 2.3.1.1 Posicionamento de Produtos Segundo Cobra (1992, p. 323), “posicionamento é a arte de configurar a imagem da empresa e o valor oferecido do produto em cada segmento de mercado, de forma que os clientes possam entender e apreciar o que a empresa proporciona em relação à concorrência”. Em outras palavras, uma organização precisa desenvolver uma estratégia de posicionamento de produto para cada segmento de mercado em que atua. Cobra (1992) expõe ainda que a identificação do posicionamento do produto no mercado é de grande relevância, visto que é significativo para a empresa analisar a percepção dos consumidores como também comparar os seus produtos com os da concorrência para, assim, avaliar seu desempenho. Comumente, as posições dos produtos estão relacionadas com algumas características dos mesmos que são consideradas importantes pelos consumidores alocados nos mercadosalvos (MACARTHY E PERREAULT, 1997). Kotler (1998, p. 255), por sua vez, define claramente a expressão características como sendo “aspectos que complementam a função básica do produto”. Cobra (1992, p. 277;278) descreve os passos para o correto posicionamento de um produto em seus respectivos segmentos de mercado: 1º passo – identificar necessidades não satisfeitas. 2º passo – identificar agrupamentos homogêneos de consumidores com necessidades não satisfeitas. 3º passo – avaliar o potencial de compra de cada agrupamento homogêneo de consumidores. 4º passo – escolher agrupamentos homogêneos que se deseja atingir. 5º passo – identificar o posicionamento de cada produto concorrente existente em cada agrupamento homogêneo (segmento de mercado) de consumidores. 6º passo – desenvolver uma estratégia de posicionamento capaz de diferenciar significativamente o produto em seus respectivos segmentos de mercado. 20 Cobra (1992) ressalta que a intenção do posicionamento não é inovar, mas sim manipular o que já existe ao alcance das pessoas, já que a mente humana só absorve novas informações quando se livram das que já têm. Destarte, a configuração da imagem da organização como também do valor do produto por ela oferecido em cada segmento de mercado são de fundamental importância para a empresa, pois permite aos consumidores da mesma contemplá-la em relação aos seus concorrentes (COBRA, 1992). 2.3.1.2 Variáveis para a Diferenciação Competitiva de Produtos Diferenciar seus produtos para obter uma vantagem competitiva ante seus concorrentes é um princípio essencial para a vida das organizações (KOTLER, 1998). Operar o composto de marketing é apenas trabalhar detalhes táticos de posicionamento no mercado. Procurar se diferenciar neste mercado também tem sua relevância (COBRA, 1992). Diferenciação, segundo Kotler (1998, p. 254), “é o ato de desenvolver um conjunto de diferenças significativas para distinguir a oferta da empresa das ofertas concorrentes de seus concorrentes”. Há produtos que, por serem padronizados naturalmente, permitem pouca variação, tais como frango, aço, aspirina. Entretanto, também há produtos que permitem significativas variações, como automóveis, edifícios e móveis. A maior parte dos produtos pode ser oferecida com diversas características (KOTLER, 1998). O Quadro 2 abaixo expõe as variáveis de diferenciação não só de produtos, mas também de serviços, de pessoal, de canal e de imagem: PRODUTO SERVIÇOS PESSOAL CANAL IMAGEM Características Facilidade de Pedido Competência Cobertura Símbolo Desempenho Entrega Cortesia Experiência Mídia escrita e audiovisual Conformidade Instalação Credibilidade Desempenho Atmosfera Durabilidade Treinamento do Consumidor Confiabilidade --- Eventos Orientação do Consumidor Resposta ao Consumidor --- --- Confiabilidade 21 Facilidade de Conserto Manutenção e Conserto Comunicação --- --- Estilo Variados --- --- --- --- --- --- Design --QUADRO 2 – Variáveis de Diferenciação. (Fonte: KOTLER, 1998, p. 255) Assim, observa-se que a diferenciação pode ser percebida não apenas em nível de produto, mas também de serviços, de pessoal, de canal e de imagem. E a partir do momento que uma organização desenvolve diferenças relevantes em suas ofertas, ela começa a se distinguir positivamente de seus concorrentes. 2.3.2 Preço Uma das principais variáveis que devem ser controladas por um gerente de marketing é o preço. As decisões relativas a preço devem ser observadas especialmente, pois afetam significativamente o volume de vendas da organização e, conseqüentemente, seu lucro (MACARTHY; PERREAULT, 1997). Preço, segundo Kotler (1998, p. 435), é: O único elemento do composto de marketing que gera receita; os outros elementos geram custos. O preço é também um dos elementos mais sensíveis do composto de marketing porque pode ser rapidamente modificado, o que não ocorre com as características de um produto ou com os compromissos assumidos com o canal de distribuição. O assentamento do preço de um produto ou serviço é essencial para compor os planos de ação de marketing de uma organização, visto que estabelece condições ao faturamento e expõe ao consumidor o valor para se adquirir tais produtos ou serviços. Assim o preço é um dos responsáveis diretos pela receita de vendas (COBRA, 1992). De acordo com Kotler (1998), para determinar o preço de um determinado produto ou serviço, as principais variáveis que devem ser observadas são: demanda, custos, concorrentes e o valor percebido pelos clientes. Os preços dos produtos influenciam significativamente em muitas decisões de compras. Os desejos e necessidades de grande parte dos consumidores são muitas vezes ilimitados, o que não ocorre com os recursos para aquisição, pois estes sim têm limite. O correto uso desses recursos pode otimizar a satisfação dos indivíduos de uma sociedade. 22 Portanto, de forma geral, o consumidor apenas comprará se o preço de sua compra satisfizer precisamente sua necessidade (LAS CASAS 2001). 2.3.2.1 Passos para a determinação de preços Segundo Las Casas (1992), os passos para a determinação de preços podem ser observados como um fluxo de atividades, como expõe a Figura 2 a seguir: OBJETIVOS SEGMENTOS DEMANDA/ CUSTOS ANÁLISE DO PREÇO POLÍTICA DA CONCORRÊNCIA PARA PREÇO MÉTODO DE DETERMINAÇÃO PREÇO FINAL DE PREÇO FIGURA 2 – Passos para a Determinação de Preços. (Fonte: LAS CASAS, 1992, p. 97) 2.3.2.2 Objetivos de Preços Segundo Las Casas (1992), os objetivos de preços mais comuns são: retorno de investimento, fatia de mercado e fluxo de caixa. O objetivo de retorno de investimento, como o próprio nome diz, está relacionado ao ganho almejado pela empresa advindo de um investimento feito pela mesma. Para investir na compra de estoques, por exemplo, há a dependência da expectativa de vendas e da situação do 23 mercado, ou seja, é importante que se analise se tais estoques serão consumidos ou não (LAS CASAS, 1992). Quanto ao segundo objetivo, a fatia de mercado, para alcançá-lo é necessária a obtenção de dados do faturamento dos diversos concorrentes para que se estime quanto cabe a cada um. Este objetivo raramente é abraçado por pequenas e médias empresas, visto que dependendo da estrutura do mercado, se torna difícil definir o grau de concorrência e os respectivos faturamentos (LAS CASAS, 1992). O objetivo de fluxo de caixa, por sua vez, é o simples movimento de entrada e saída de dinheiro da organização. Vale ressaltar que, o administrador financeiro trabalha com perspectiva de fluxos de caixa, pois estes nem sempre ocorrem necessariamente no momento em que incorre numa obrigação ou quando um item é vendido (LAS CASAS, 1992). 2.3.2.3 Análise dos Segmentos “Os grupos que constituem os vários segmentos determinam comportamentos de compra diferenciados e há necessidade de analisá-los para direcionar o preço visando melhores resultados” (LAS CASAS, 1992, p. 99). Las Casas (1992) expõe que os principais fatores a serem observados ao desenvolver a análise de segmentos são: nível de renda, motivação, imagem de loja e conceito de valor. O nível de renda é relevante porque ao se analisar um segmento de mercado, pode-se observar que há uma determinada parcela de consumidores que pode comprar a preços altos, enquanto outra que tem uma renda inferior compra a preços mais baixos. A partir dessa análise, é possível optar por qual segmento atingir (LAS CASAS, 1992). A motivação do consumidor também é importante. Clientes entusiasmados com algum produto dão menos importância ao preço. Importante salientar que, para manter a motivação dos clientes, a organização deve oferecer benefícios (descontos, crediários) a fim de conquistá-los e induzi-los a comprar mais (LAS CASAS, 1992). A imagem da empresa também tem importante relação com preço, pois este tem um papel de formador de imagem. Há pessoas que conhecem uma empresa pela imagem passada pelos preços, podendo ser considerada como sofisticada, popular etc (LAS CASAS, 1992). Por fim, o conceito de valor, que está diretamente relacionado com a opinião do consumidor a respeito da empresa. O conceito de valor pode ser considerado um bom parâmetro para se consolidar um preço compatível (LAS CASAS, 1992). 24 2.3.2.4 Determinação da Demanda e Custos O grau de variação nas quantidades de produtos vendidos é denominado de grau de elasticidade. É importante se analisar a demanda para que se determine o grau de elasticidade em decorrência de variações de preços. Um aumento de preços, por exemplo, pode provocar ou não um aumento da quantidade vendida. (LAS CASAS, 1992). “A demanda é elástica quando a alteração do preço do produto aumentar ou diminuir em proporção à maior quantidade de venda de produto. A demanda é inelástica quando um aumento ou redução do preço do produto não afeta significativamente as quantidades vendidas” (LAS CASAS, 1992, p. 101). Segundo Las Casas (1992), o cálculo da elasticidade é feito usando a seguinte fórmula: e = ∆Q/Q ∆P/P Onde: ∆Q/Q = percentual de mudança na quantidade de demanda ∆P/P = percentual de mudança no preço e = elasticidade de demanda Os custos também têm um papel relevante na formação dos preços. Segundo Cobra (1992 p. 483), “o lucro é resultante da relação entre a receita total e o custo total”. Logo, quanto menor o custo, maior será o lucro. Os custos de uma organização são divididos em duas categorias: custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos são aqueles que não estão associados à quantidade produzida ou à receita e vendas, mantendo-se constante, independentemente do aumento ou redução da produção ou das vendas. Já os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume da produção. A soma dos custos fixos e dos custos variáveis consiste no custo total (KOTLER, 1998). Cobra (1992) expõe o conceito de ponto de equilíbrio, o qual ele define como sendo o ponto em que a empresa nem lucra nem tem prejuízo, ou seja, a soma dos custos é igual a soma da receita. O cálculo do referido ponto pode ser feito a seguinte fórmula: PE = CF 1 – CV RT . 25 Onde: CF = Custo fixo CV = Custo variável RT = Receita total de vendas PE = Ponto de Equilíbrio 2.3.2.5 Análise do preço da concorrência Las Casas (1992) afirma que dentre as variáveis incontroláveis, o preço da concorrência é uma que tem bastante importância nas decisões de preços. O referido autor ainda expõe que visitar os concorrentes freqüentemente para observar os produtos que estão vendidos e os seus respectivos preços é comum. A análise dos concorrentes é, assim, mais uma importante forma de que se utilizam as empresas para a determinação de seus preços. 2.3.2.6 Determinação da Política de Preços São muitas as políticas para o estabelecimento de preços. Dentre elas, destacam-se: preço único/negociado, loss leader e preço psicológico (LAS CASAS, 1992). Na política de preços únicos, os produtos são vendidos pelo preço que está na sua lista de preços. A empresa que adota esta política não admite negociação nem barganha, ou seja, os consumidores pagam os mesmos preços para as mesmas mercadorias. Já na política de preços negociados, há a possibilidade de negociação para os clientes. A escolha entre essas duas políticas, por sua vez, está ligada à imagem que a empresa deseja projetar. Isso porque ao optar por uma política de preços únicos, a empresa obtém credibilidade no mercado, pois seus preços são rígidos e os mesmo para todos. Enquanto que se optar por uma política de preços negociáveis a empresa pode perder essa credibilidade, pois haverá clientes que ficarão em dúvida se fizeram ou não o melhor negócio (LAS CASAS, 1992). A empresa que adota uma política de loss leader reduz os preços de certos itens, almejando atrair consumidores para a mesma. Espera-se dessa política que os consumidores, ao chegarem na empresa em busca dos itens com preços mais baixos, também se interessem por outros produtos a preços regulares (LAS CASAS, 1992). As empresas que trabalham com política de preços psicológicos determinam preços que dão aos consumidores apenas uma idéia de redução. São preços como R$ 49,00 e R$ 999,00. Em suma, é uma estratégia que tenta influenciar a percepção dos consumidores, dando-os a impressão de que o preço é mais barato (LAS CASAS, 1992). 26 2.3.2.7 Métodos de Estabelecimento de Preços São várias as formas existentes para se calcular o preço de um produto. Kotler (1998) nos cede uma visão geral de como o mesmo pode se apresentar, considerando-se os seguintes métodos: preço de markup, preço de retorno-alvo, preço de valor percebido, preço de valor, preço de mercado e preço de licitação. O método de markup é um dos mais simples de se trabalhar. Ele dispõe a formação dos preços baseando-se nos custos fixos e variáveis do produto multiplicado por uma taxa padrão denominada de “fator markup” preestabelecida (KOTLER, 1998). O método de retorno-alvo, por sua vez, é usado geralmente por empresas de maior porte e considera o retorno sobre o investimento, mais conhecido como ROI (Return On Investment). Neste método, a organização estabelece o preço que garante sua taxa-alvo de retorno sobre o investimento (KOTLER, 1998). Já no método de valor percebido, o custo perde o lugar de fator principal para se atingir o melhor preço e o cliente passa a ter um peso primordial nessa maneira de tratar o preço do produto (KOTLER, 1998). Ao se considerar o método de preço de valor, o que se torna essencial é a boa qualidade que o produto oferece quando comparada ao preço, ou seja, preço baixo para um produto de excelente qualidade. É importante ressaltar que, para isso, a organização reduza seus custos sem, porém, prejudicar a qualidade, e atraia um bom número de compradores conscientes de valor (KOTLER, 1998). No método de preço de mercado, a organização toma como base os preços da concorrência para estabelecer seus preços. O comportamento da concorrência com relação aos seus preços é bastante significativo para a empresa, ficando esta sempre atenta para nivelar seus preços e não perder mercado (KOTLER, 1998). Por fim, o método de preço de licitação é bastante comum no setor público. Neste método, os preços não levam em conta os custos ou a demanda. Nessa situação, a empresa para ganhar o cliente deve oferecer o preço mais baixo, e ficar atenta para ver se tal negociação cobre ao menos seus custos (KOTLER, 1998). 2.3.3 Praça Segundo McCarthy e Perreault (1997), a oferta de bons produtos com preços plausíveis constitui importante função para que uma estratégia de marketing seja bem- 27 sucedida. Porém, isso não é o bastante. Tornar os bens e serviços acessíveis nas quantidades e nos locais propícios deve ser uma tarefa observada incessantemente. Na ótica de Kotler (1998, p. 98), praça diz respeito às “várias atividades assumidas pela empresa para tornar o produto acessível e disponível aos consumidores-alvo”. Em outras palavras, seria a melhor maneira para se chegar ao consumidor: varejo, atacado, vendas diretas, etc. O conceito de “Praça” então compreende não só as locações físicas, mas incorpora todo o processo logístico, que é a forma de fazer chegar o produto certo, da forma adequada, em tempo justo e, obviamente, ao custo oportuno. Assim, praça pode ser entendida como canais de distribuição (KOTLER, 1998). Segundo Lima et al (2003, p. 70) “entende-se por canais de marketing ou de distribuição o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar um produto, mercadoria ou serviço disponível para uso ou consumo”. De acordo com Stern e El-Ansary (apud Kotler,1998, p. 466) “canais de marketing são “conjuntos de organizações interdependentes envolvidos no processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo”. A distribuição então envolve todas as atividades necessárias para que uma empresa oferte seu produto e este tenha fácil acesso ao respectivo mercado consumidor. As empresas podem preferir por utilizarem sistemas de distribuição direto ou indireto. Segundo McCarthy e Perreault (1997), distribuição direta é a venda direta ao consumidor final e muitas organizações optam por utilizá-la porque desejam controlar a tarefa global de marketing. Enquanto que a distribuição indireta envolve intermediários que facilitam o percurso do produto até o consumidor final. Kotler (1998) expõe que o caminho que o produto percorre até chegar ao consumidor final pode ser dividido em três níveis, como na Figura 3 a seguir: 28 FIGURA 3 – Canais de marketing para bens de consumo. (Fonte: KOTLER, 1998, p. 470) Como exposto na figura acima, cada intermediário que exerce algum labor no processo de distribuição até o consumidor final constitui um nível de canal (KOTLER, 1998). O canal nível zero, também denominado canal de marketing direto, é um canal literalmente sem intermediários, ou seja, o fabricante vende diretamente ao consumidor final. O canal de nível um, por sua vez, já possui o varejista como intermediário. No canal de nível dois, observamos dois intermediários: o atacadista e o varejista. E, por fim, o canal de nível três é formado por três intermediários: atacadista, atacadista especializado e varejista. 2.3.4 Promoção Kotler (1998) afirma que a promoção é uma ferramenta fundamental nas campanhas de marketing. Segundo ele, a promoção é uma interação entre os instrumentos disponíveis ao emitente, que tem como papel fundamental a comunicação persuasiva. Segundo McCarthy e Perreault (1997, p. 230), “promoção é a comunicação da informação entre vendedor e comprador potencial ou outros do canal para influenciar atitudes e comportamento”. Kotler (2000, p. 586) expõe que: As empresas precisam considerar alguns fatores no desenvolvimento do mix de promoção: o tipo de mercado que atuam, se utilizam estratégia de pressão ou de 29 atração, a rapidez do consumidor em fazer uma compra, o ciclo de vida do produto e a classificação da empresa no mercado. O autor ainda diz que é essencial usar a criatividade em conjunto com as ferramentas promocionais (também conhecidas como mix de promoção), tais como propaganda, relações públicas, promoção de vendas e merchandising. 2.3.4.1 Propaganda A propaganda, segundo Kotler (1998, p. 554) é “uma das ferramentas mais comuns que as empresas usam para dirigir comunicações persuasivas aos compradores e públicosalvos”. É conveniente ressaltar que os termos propaganda e publicidade, embora sejam tidos como sinônimos para muitas pessoas, não são a mesma coisa. Segundo McCarthy e Perreault (1997, p. 230), “propaganda é qualquer forma paga de apresentação impessoal de idéias, bens ou serviços por patrocinador identificado”. Publicidade, por sua vez, é “qualquer forma gratuita de apresentação impessoal de idéias, bens ou serviços” (MCCARTHY E PERREAULT (1997, p. 230). Segundo Blessa (2001), o fator diferenciador entre a publicidade e a propaganda é que aquela não gera custo para a organização, ou seja, ela não é paga nem é controlada pela empresa. Enquanto que a propaganda pode ter um cunho institucional, com a fixação de marcas, por exemplo, como também pode ser de um produto específico, expondo benefícios e qualidades próprias, por exemplo. Para Kotler (1998), as empresas trabalham com propaganda de várias maneiras. Em empresas de pequeno porte, a propaganda é de responsabilidade do departamento de marketing ou de vendas, que trabalha com uma empresa especializada em propaganda. Uma empresa de grande porte, por sua vez, forma seu próprio departamento de propaganda, cujo gerente é submisso ao diretor de marketing. “Uma meta de propaganda (ou objetivo) é uma tarefa específica de comunicação, com um nível a ser atingido perante uma audiência específica em determinado período de tempo” (KOTLER, 1998, p. 555). Os objetivos almejados com o investimento em propaganda devem estar sincronizados com os objetivos estratégicos de marketing. Destacam-se dentre os objetivos da propaganda: informar, persuadir e lembrar (COBRA, 1992). 30 A propaganda que objetiva informar é útil para divulgar novos produtos ao mercado, como também sugerir novos usos de um produto. É propício também para noticiar possíveis mudanças de preços ao mercado, ou mesmo, explicar o funcionamento de determinados produtos (COBRA, 1992). Com o objetivo de persuadir, a propaganda pode fazer crescer uma marca, encorajando e convencendo o público a comprá-la, através de um trabalho que embeleze a imagem do produto da respectiva marca (COBRA, 1992). A propaganda com o objetivo de lembrar tenta convencer o consumidor constantemente. Essa propaganda, geralmente trabalhada repetitivamente, aconselha o consumidor mostrando-lhe que tal produto pode não ser necessário agora, mas que poderá no futuro, ensinando-lhe ainda onde adquiri-lo. (COBRA, 1992). Kotler (1998) expõe que ao desenvolver uma campanha de propaganda deve-se sempre começar pela identificação do mercado-alvo e dos motivos dos consumidores, para só então prosseguir e tomar cinco decisões fundamentais envolvidas no desenvolvimento de uma propaganda, comumente conhecidas como os cinco M: • Missão. É necessário estabelecer os objetivos reais da realização da propaganda, exatamente como ocorre com uma empresa; uma propaganda necessita de um direcionador, um foco e um alvo a ser alcançado; • Moeda/Dinheiro: é fundamental determinar o valor monetário a ser gasto na realização da propaganda; • Mensagem: qualquer propaganda deve transmitir alguma mensagem, passar informações e divulgar ao consumidor o que é realmente relevante; • Mídia: é preciso escolher o melhor veículo para expor a propaganda; deve-se conhecer seu alcance, freqüência e impacto; • Mensuração: fazer uma avaliação dos resultados é essencial, deve-se sempre estar atento para possíveis mudanças, ampliação ou até mesmo a retirada da veiculação da propaganda, quando a mesma é mal entendida pelo público-alvo. 2.3.4.2 Relações Públicas A Associação Brasileira de Relações Públicas propôs em 1955 o seguinte conceito para a profissão: “Relações Públicas é a atividade e o esforço deliberado, planejado e contínuo 31 para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja, direta ou indiretamente, ligada”. Kotler (1998, p. 526) expõe que relações públicas é “uma variedade de programas preparados para promover e/ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos individuais”. Segundo Cobra (1992, p. 644): Relações públicas são um processo de informação, de conhecimento e de educação, com fim social e utilizando-se, para tanto, de técnicas para conseguir a boa vontade e a cooperação de pessoas com as quais uma entidade trata ou das quais depende. Dentre os objetivos das Relações Públicas destacam-se o planejamento, implantação e desenvolvimento do processo de comunicação institucional da empresa como estratégia para sua interação com os diversos públicos, visando construir um conceito favorável sobre a organização, conquistando assim a credibilidade do público-alvo (KOTLER, 1998). Cobra (1992) expõe que para que a função de relações públicas seja bem sucedida, faz-se necessário à empresa basear-se nas seguintes premissas: • Pesquisa. A organização deve sempre estar atenta às opiniões e críticas das pessoas com relação às suas ações e políticas adotadas, pois assim, é possível conhecer ainda mais as características dos consumidores. • Planejamento da tomada de decisão. Na tomada de decisão é de suma importância a avaliação das idéias, opiniões e reações do público-alvo às ações e políticas da empresa. • Ação de Comunicação. É preciso esclarecer efetivamente o porquê de optar por determinados programas ou políticas e como isso interferirá na relação entre a empresa e seu público-alvo. • Avaliação. Considera-se fundamental uma avaliação dos resultados obtidos pelos programas e da eficácia alcançada pelas técnicas de comunicação utilizadas. 2.3.4.3 Promoção de Vendas Kotler (2000, p. 616) define objetivamente a promoção de vendas como sendo “um conjunto de ferramentas de incentivos, a maioria em curto prazo, projetada para estimular a compra mais rápida ou em maior quantidade”. 32 Cobra (1992) conceitua promoção de vendas como sendo qualquer atividade que tenha como objetivo o crescimento das vendas, e que comumente utilize a propaganda como forma de anunciar seus eventos. São diversas as formas de promoção de vendas, dentre as quais estão incluídas: amostras grátis, cupons, pacotes de preços promocionais, prêmios, brindes, concursos, jogos, sorteios, garantias do produto, promoções vinculadas, promoções cruzadas, dentre outras (KOTLER, 1998). Amostras Grátis Oferta gratuita de uma certa quantidade de um produto ou serviço, podendo ser entregue porta a porta, via correio, distribuídas em lojas ou atreladas a outros produtos ou serviços. Cupons Espécie de certificado que dá ao seu portador o direito a um determinado desconto na compra de um produto específico. Podem ser enviados via correio, fixados em jornais e revistas ou anexados em produtos. Pacotes de preços promocionais É um conjunto de produtos oferecido aos consumidores com um preço reduzido. Pode ser um pacote de preço baixo, como por exemplo, “leve 2 e pague 1”, como também um pacote de produtos correlatos, como por exemplo, creme dental e escova. Prêmios e Brindes São produtos oferecidos com preço reduzido ou mesmo gratuitamente como forma de incentivar a compra de um determinado produto. 33 Concursos, jogos e sorteios São ofertas que dão a possibilidade de se ganhar dinheiro, mercadorias ou até mesmo viagens, como resultado da compra algo. Garantias do produto São promessas realizadas pelos vendedores as quais afirmam que caso o produto não renda o desempenho conforme suas especificações, o mesmo poderá ser consertado sem ônus ou também o consumidor poderá receber o dinheiro de volta. Promoções vinculadas São as promoções que envolvem a união de duas ou mais marcas ou empresas para a promoção conjunta de cupons, descontos e concursos, objetivando acrescer a força para atrair os consumidores. Promoções Cruzadas São as promoções que envolvem a utilização de uma determinada marca com o objetivo de divulgar outra marca não concorrente. QUADRO 3 – Principais ferramentas de promoção de vendas aos consumidores. (Fonte: KOTLER, 1998). Kotler e Armstrong (2000, p. 235) destacam que “[...] as empresas utilizam ferramentas para criar uma resposta mais forte e rápida”. Isso porque, diferentemente da propaganda, as promoções de vendas proporcionam à empresa diversas alternativas de ação. Destarte, muitas organizações terminam por deslocar verbas antes destinadas à propaganda para ações promocionais. 34 Para escolher a ferramenta mais apropriada, o planejador de promoção deve considerar o os objetivos de promoção de vendas, o tipo de mercado, as condições competitivas e o custo-benefício de cada ferramenta (KOTLER, 1998). Os objetivos da promoção de vendas derivam de objetivos promocionais mais amplos. Enquanto que os objetivos específicos variam de acordo com o tipo de mercado-alvo. Se o mercado-alvo for os consumidores, os objetivos devem abranger estímulo para a compra de lotes maiores, incitação à experimentação junto aos não-usuários bem como aos consumidores de marcas concorrentes. Quando o mercado-alvo se tratar dos varejistas, os objetivos compreendem o estímulo à compra de novos itens e aumento dos níveis de estoques, além do acesso a novos pontos-de-venda. Quando o mercado-alvo for vendedores, os objetivos envolvem maior apoio para um novo produto bem como desenvolver novos clientes potenciais (KOTLER, 1998). 2.3.4.4 Merchandising De acordo com Cobra (1992), merchandising corresponde a um conjunto de operações realizadas no ponto-de-venda, para que seja introduzido no mercado o produto ou serviço certo, na quantidade correta, no preço sensato, no tempo exato, com o impacto visual adequado e na exposição apropriada. Dentre as ações de merchandising, Las Casas (2001, p. 261) propõe as seguintes: Especificação e apresentação adequada dos produtos, verificação dos níveis de estoque, verificação de preços, verificação da data de validade dos produtos, treinamento adequado nos locais, comunicação adequada nos locais, atenção da área de vendas compatíveis, verificação do estado do material no ponto-de-venda, amostragem e demonstração de produtos no ponto-de-venda. Merchandising não se refere apenas a propagandas na televisão, ou o uso de alguma marca por um ator de um filme ou novela. Merchandising é muito mais do que isso. De acordo com Blessa (2001, p. 18): Merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no pontode-venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. O objetivo do merchandising é manter o produto sempre adaptado às necessidades e desejos dos consumidores ou prováveis consumidores. Em outras palavras, o merchandising 35 objetiva criar um cenário para o produto no ponto de venda, proporcionando maior giro nos estoques. E isso implica uma série de idéias e providências táticas, associadas às vendas, agindo nas áreas de divulgação do produto, no ponto de vendas e na fase final de consumação. 36 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 TIPO DE ESTUDO Gil (2000) afirma que pesquisa é o processo que tem por finalidade descobrir respostas para problemas mediante utilização de procedimentos específicos. Vergara (2004), por sua vez, define dois critérios básicos para iniciar uma pesquisa, quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa pode ser exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada ou intervecionista. Quanto aos meios, pode ser de campo, de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, expost facto, participante, pesquisa ação ou estudo de caso. São vários os critérios que determinam o tipo de pesquisa a ser desenvolvido e que variam de acordo com vários aspectos, tais como interesses, condições, campos, metodologia, situações, objetivos, objeto de estudo, procedimentos, etc. Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 19), a pesquisa pode ser básica ou fundamental, aplicada, teórica, descritiva, experimental, bibliográfica, social, tecnológica e metodológica. Segundo Giraldi (2005), a pesquisa descritiva pode ser conduzida para determinar crenças, atitudes, e percepções acerca de características de determinado produto. Ainda de acordo com Giraldi (2005), os estudos de campo são utilizados quando existe o interesse no conhecimento do inter-relacionamento entre algumas variáveis que ocasionam um fenômeno, o que o torna mais adequado para a presente pesquisa. Diante do exposto, o presente trabalho pode ser caracterizado como um estudo descritivo e de campo, visto que almejou perceber como são trabalhadas as variáveis do composto de marketing pela microempresa Bombonzinho, especializada no ramo de bombons, pipocas e derivados no mercado de Timbaúba – PE. Este trabalho apresenta também uma abordagem qualitativa, pois, de acordo com Minayo (1999), é uma maneira de tornar evidente uma realidade observada de modo a estabelecer maiores vínculos, sejam estes empíricos ou não, apresentando fatos e fenômenos de maneira mais ampliada, logo que a mesma trabalha com um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes que resultam num espaço mais aprofundado de relações, de processos e de fenômenos reduzidos à variáveis que conduzem a uma maior compreensão de uma realidade observada. 37 3.2 Campo Empírico Para a elaboração da pesquisa foi determinado um campo para a realização da mesma. Dessa maneira, o local da pesquisa correspondeu à microempresa Bombonzinho, localizada na cidade de Timbaúba – PE. A empresa se dedica ao ramo de comércio alimentício (bombons, pipocas, gomas de mascar, pirulitos, demais doces e derivados) e comercializa vários tipos de marcas, vendendoas em larga escala não só para a cidade de Timbaúba como também para as cidades vizinhas. A Bombonzinho está distribuída na cidade da seguinte forma: são duas lojas, sendo uma localizada no centro da cidade e outra localizada num bairro também bastante comercial. 3.3 Universo e Amostra De acordo com Gil (2000), pode-se entender como universo o percentual total de indivíduos que tem entre si as mesmas características que podem ser definidas através de uma determinada pesquisa, enquanto que o conceito de amostra é definido pelo mesmo autor como sendo uma parte deste total e que é selecionada de maneira e de acordo com uma regra ou ainda um planejamento. Diante dessas idéias, destaca-se o universo e a amostra da presente pesquisa. Quanto ao universo, destacaram-se os clientes da microempresa Bombonzinho. A carteira de clientes da Bombonzinho, atualmente, é composta por cerca de 450 clientes. Após a definição do universo a ser pesquisado, a atenção é voltada para o tipo e o tamanho da amostra com que a pesquisa empírica irá trabalhar. Nesta respectiva pesquisa foi selecionada, de forma não probabilística, como amostra 50 consumidores que compram frequentemente, ao menos uma vez por mês, que colaboraram através de questionários formados por perguntas objetivas. 3.4 Instrumento e Coleta de Dados De acordo com Vergara (2004), na coleta de dados o leitor deve ser informado como o autor pretende obter os dados de pesquisa para responder ao problema. A técnica de pesquisa utilizada no projeto é o da entrevista, que é utilizada “sempre que tem necessidade de obter dados que não podem ser encontrados em registros e fontes documentais e que podem ser fornecidos por certas pessoas” (RUIZ, 1996). 38 Sendo assim, no referido trabalho, os dados foram coletados através de questionários com perguntas objetivas e qualitativas. Questionário é o instrumento de pesquisa utilizado para coletar dados. Forma mais usada para coletar dados, o questionário possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja (RUIZ, 1996). 3.5 Tratamento dos Dados Rodrigues (1999) orienta que dados coletados precisam ser ajuntados em categorias, conforme seja o interesse da pesquisa. Destarte, promover-se-á uma melhor análise e interpretação. Gil (2000) ratifica essa idéia. Para o autor, é de suma importância que sejam utilizadas categorias analíticas para a análise dos dados, através das quais os dados assumem um significado que, prontamente, pode ser transmitido. Nesta pesquisa foram ordenados, sistematicamente, as variáveis e os vetores de investigação. Em seguida, fez-se a tabulação dos dados, de acordo com a sequência das questões, o número de participantes e o percentual de cada um, de modo a apresentar gráficos e tabelas dos indicadores pesquisados. Assim, a presente pesquisa empregou o tratamento de dados quanti-qualitativo, visto que, quantificou os dados em percentuais como também os analisou qualitativamente. 39 4. ANÁLISE DOS DADOS Conforme o Apêndice A deste trabalho analisou-se, a partir do questionário aplicado junto a 50 clientes da microempresa Bombonzinho, escolhidos aleatoriamente, e que comprasse com freqüência mínima de uma vez por mês, as questões que se seguem no decorrer desta seção. Os resultados coletados são explanados em forma de gráficos. De acordo com Zikmund (2006), os gráficos traduzem informações numéricas em forma visual para que os relacionamentos possam ser facilmente entendidos. Com relação ao gênero dos clientes entrevistados, o resultado obtido encontra-se no Gráfico 1, logo a seguir: GRÁFICO 1 – Gênero dos Clientes Fonte: Pesquisa de campo (2009). Ao observar o Gráfico 1, percebe-se que a maioria dos clientes da microempresa Bombonzinho é composta por homens. De acordo com a amostra entrevistada, os homens representam 74%, ao passo que as mulheres representam apenas 23%. Diante de uma carteira com cerca de 450 clientes, a amostra de 50 clientes pode representar pouco para se formular conclusões. Porém, considerando a referida amostra como sendo significativa para ilustrar a situação, esta constatação pode servir como uma futura demanda a ser explorada pela Bombonzinho, através de ofertas de promoções que atraiam a visão e o interesse do público feminino. Essas ofertas devem ser da maneira mais eficaz possível. Por exemplo, se a Bombonzinho desejar alcançar esse público feminino, deverá 40 ofertar em locais freqüentados por elas, anunciar em rádios, jornais ou sites acompanhados por elas. GRÁFICO 2 – Nível de Escolaridade Fonte: Pesquisa de Campo (2009). Este é um panorama que sinaliza o médio grau de instrução e formação dos consumidores da Bombonzinho. Do universo de 50 pessoas entrevistadas, 58% possuem nível médio, ao passo que 24% possuem nível superior, 18% possuem nível fundamental, e nenhuma tinha qualquer curso de pós-graduação. Entretanto, apesar do grau de instrução e formação deste público não ser alto, o nível de exigência desses consumidores por qualidade e presteza, muitas vezes supera o que é ofertado pela Bombonzinho. Nessa perspectiva, a Bombonzinho deve aperfeiçoar seu atendimento como também o relacionamento com seus clientes, de forma que supere suas expectativas. Paralelamente, o tratamento envolvendo condições especiais de pagamento ou promoções para cada estilo de cliente deve ser primordial. Dessa forma, a microempresa estará dinamizando suas vendas e agradando os clientes um a um. 41 GRÁFICO 3 – Cidade em que reside Fonte: Pesquisa de Campo (2009). No tocante à cidade onde residem os entrevistados, a maioria, correspondente a 54% reside na cidade de Timbaúba. Vicência vem em segundo lugar com 18% dos consumidores entrevistados. São Vicente Férrer e Nazaré da Mata com 10% e 4%, respectivamente. E 14% dos entrevistados residem em outras cidades vizinhas à Timbaúba. Vale salientar, que as cidades escolhidas para comporem o gráfico não foram escolhidas ao acaso. Em diálogo informal com o proprietário da Bombonzinho, o mesmo citou as referidas cidades quando indaguei-lhe de onde eram a maioria de seus clientes. Diante do exposto, percebe-se a importância do marketing de propaganda não só na cidade de Timbaúba onde concentra-se a maioria de seus clientes, mas também nas cidades vizinhas. Dessa forma, a microempresa vai conquistando mercado e difundindo seu nome nas cidades onde possua clientes em potencial. 42 GRÁFICO 4 – Renda Mensal Individual Fonte: Pesquisa de Campo (2009). Analisando o gráfico acima, é possível constatar que, do público selecionado para pesquisa, 8% tem renda individual de até um salário mínimo. O público maior, representando 52% dos entrevistados, possui renda de um a três salários mínimos. 30% e 10% recebem de três a cinco salários mínimos e mais de cinco salários mínimos, respectivamente. A partir dessas informações, juntamente com as colhidas nas questões anteriores, constata-se, ainda que de forma superficial, o perfil do cliente da microempresa Bombonzinho. São, na grande maioria, clientes com nível social médio e que buscam investir parte do que ganham em pequenos negócios próprios. Há também aqueles que vivem do próprio negócio, são os 30% e os 10% dos clientes representados no gráfico. Uma atenção maior poderia ser dada a estes grupos, visto que possuem um poder de compra bastante elevado quando comparado com os demais. Kotler e Armstrong (1993) afirmam ser passos primordiais na elaboração do plano de marketing para se obter vantagem competitiva: segmentar o mercado, identificar o público alvo e posicionar-se com relação aos concorrentes. Através de uma ação de marketing envolvendo propagandas direcionadas a este público, preços e promoções que superem suas expectativas e os atraiam à fidelização, é possível se conquistar uma maior parcela desse mercado. GRÁFICO 5 – Principal razão para comprar na Bombonzinho Fonte: Pesquisa de Campo (2009). 43 O gráfico acima avalia critérios quanto ao condicionamento dos clientes de comprar na Bombonzinho. Vale salientar que foi solicitado aos entrevistados que marcassem a principal, e apenas a principal razão, que viesse a cabeça. As respostas obtidas se dispuseram da seguinte maneira: 34% responderam que a principal razão para comprar na Bombonzinho era o preço; 20% responderam promoção; 4% responderam ser a praça; 6% responderam os serviços; 12% responderam prazo; e 24% optaram pela qualidade dos produtos. Ninguém respondeu a opção outros. Ao analisar referidos percentuais, observa-se que um dos pontos fortes da microempresa Bombonzinho é seu preço competitivo (representado por 34% das respostas). Também a qualidade de seus produtos foi lembrada pelos clientes, opção esta marcada por 24% dos entrevistados. Todavia, percebe-se também que um percentual acanhado optou por marcar a resposta promoção (20% dos entrevistados). Destarte, esta seria uma alternativa que, apesar de estar funcionando bem, pode ser melhor trabalhada pela microempresa, tendo em vista que promoções eficazes podem conquistar e fidelizar clientes (KOTLER E ARMSTRONG, 1993). No tocante à praça, os clientes também optaram pouco. Apenas 4% responderam essa variável. No decorrer da pesquisa foi possível perceber que isso se deu porque a Bombonzinho já se encontra em locais realmente de comércio, e isso é significante, porém, não representa muita diferença para os consumidores que sempre circulam por ali. Entretanto, se a Bombonzinho chegasse a montar filiais não necessariamente no centro comercial, mas junto a uma grande concentração de seus clientes para atender às suas demandas, essa variável já teria um outro percentual respondido. É claro que isso requer conquista de clientes como também pesquisa de mercado, para realmente se saber se é viável ou não expandir filiais para outros pontos. 44 GRÁFICO 6 – Tempo como cliente da Bombonzinho Fonte: Pesquisa de Campo (2009). Pode-se verificar no gráfico acima que, dentre os entrevistados, 18% são clientes da empresa há menos de um ano; 42% são clientes entre um e três anos; 28% se relaciona com a empresa num período entre três e cinco anos; e 12% são clientes há mais de cinco anos. É notório, então, que a minoria dos entrevistados são clientes fidelizados há mais de cinco anos. Todavia, os clientes que se relacionam com a empresa nos períodos entre um a três anos e três a cinco anos, demonstraram interesse em continuar com a empresa por muito tempo. Isso espelha a questão de credibilidade que a empresa apresenta no mercado atacadista da região. Podemos confirmar a satisfação desses clientes por meio do gráfico a seguir: GRÁFICO 7 – Nível de satisfação com os produtos e serviços Fonte: Pesquisa de Campo (2009). Diante do exposto, é possível verificar que a atual clientela da empresa encontra-se muito satisfeita em relação aos produtos e serviços oferecidos pela Bombonzinho, tendo em vista que, 10% dos entrevistados responderam estar totalmente satisfeitos com os produtos e serviços; 62% responderam estar muito satisfeitos; 28% estão satisfeitos; e ninguém optou por marcar as opções “pouco satisfeito” e “insatisfeito”. 45 GRÁFICO 8 – O que mais agrega valor para o cliente da Bombonzinho Fonte: Pesquisa de Campo (2009). Analisando os fatores que interferem no relacionamento do cliente com a empresa, percebe-se que, entre os entrevistados, os que mais agregam valor no relacionamento com a Bombonzinho são: o preço, escolhido por 28% dos entrevistados; organização e agilidade e confiabilidade, escolhidos por 24% dos entrevistados, ambos. Os demais (qualidade dos produtos e variedade) foram escolhidos por 16% e 8% dos entrevistados, respectivamente. Isto reflete que a Bombonzinho tem alcançado a satisfação das necessidades de seus clientes, visto que, para alcançar um nível tão satisfatório de confiabilidade, é necessário que se tenha obtido efetivo êxito na oferta de seus produtos. GRÁFICO 9 – Com relação aos concorrentes, o que a faz ser considerada a melhor Fonte: Pesquisa de Campo (2009). 46 Para 32% dos entrevistados, a Bombonzinho pode ser considerada a melhor em relação aos seus preços; a seguir, temos as promoções e as condições de pagamento com 22% e 18% escolhidos pelos entrevistados, respectivamente; atendimento e produtos foram escolhidos por 10% dos entrevistados, cada; e, por fim, a localização foi escolhida por 8% dos entrevistados. Destarte, a Bombonzinho pode incrementar ainda mais seu mix de promoções (variável que ficou em segundo lugar) para conquistar ainda mais fatias de mercado, tendo em vista que seus preços vem bem na visão dos clientes que participaram desta pesquisa. Isto proporcionará à microempresa atrair o fascínio e o desejo dos consumidores, visto que com preços e promoções adequados, a microempresa alcançará um maior volume de vendas. Como também, a empresa pode paralelamente optar por apreciar estratégias que ressaltem ainda mais seu atendimento e condições de pagamento, visto que são essenciais em todo negócio. Vale ressaltar que com relação à variável produto, os clientes pouco optaram por marcá-la na pergunta exposta no Gráfico 9. Todavia, quando indagados qual a principal razão para comprar na Bombonzinho, exposto no Gráfico 5, 24% dos entrevistados optaram por marcar a qualidade dos produtos. Em conversa informal com o proprietário da Bombonzinho, este expôs que isso se deve por seu mix de produtos oferecer qualidade, mas, ainda ser reduzido. Este quadro, porém, já está sendo modificado ao passo que a Bombonzinho vem buscando diversificar seus produtos e marcas constantemente, com a finalidade, justamente, de alcançar a maior satisfação dos seus clientes. 47 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS É notório que o conceito de marketing ainda não vem sendo tão priorizado como ferramenta de auxílio de gestão por muitas empresas no mercado atual, todavia, se houvesse a acuidade que lhe é justa, isso poderia auxiliar à organização na consolidação definitiva de uma missão coletiva que valorizaria as necessidades e expectativas dos consumidores, possibilitando à empresa, consequentemente, a fidelização de seus clientes como também uma conquista mais efetiva de novos compradores. Por meio do embasamento teórico do presente trabalho, verificou-se os argumentos que ressaltam a importância do composto de marketing para obtenção de vantagem competitiva, ficando exposto que o marketing, em sua essência, aliado ao processo de planejamento e a estratégias competitivas, são de suma importância para a efetiva consecução dos objetivos de uma organização. Certamente, o sucesso de uma estratégia de marketing depende da identificação das necessidades dos consumidores e do seu melhor atendimento, e não dos concorrentes. Dessa forma, pode-se inferir que, ao se deslocar esforços para que haja sempre a oferta do melhor preço, do melhor produto, da melhor praça e da melhor promoção, a empresa tende, por si própria, a ficar mais próxima de alcançar seus objetivos. Fazendo uso dos levantamentos obtidos, bem como da opinião dos clientes, através da aplicação do questionário (Apêndice), pode-se coligir as seguintes observações que podem ser exploradas no futuro pela microempresa: • A microempresa é bastante forte na cidade onde está situada, todavia, seria interessante um intenso trabalho de propaganda para que a empresa divulgasse mais fortemente seu nome nas cidades vizinhas, o que possibilitaria a conquista de novos compradores; • Uma simples segmentação do mercado por faixa de renda possibilitaria a microempresa o reconhecimento dos clientes com maior potencial, bem como permitiria oferecer produtos, preços e promoções adequados a cada grupo de clientes; • Verificou-se também na pesquisa de campo que, o preço é a principal razão para os clientes comprarem na Bombonzinho; essa variável já encontra-se bem trabalhada pela microempresa, entretanto, o administrador pode ainda agregar ao seu preço competitivo promoções bem articuladas, de modo a proporcionar vendas em maior escala. 48 De uma maneira geral, a presente monografia se configurou como um esforço para a análise de estratégias de marketing como mecanismo relevante tanto para a fidelização dos consumidores atuais quanto para absorção de novos mercados, identificando de forma transparente e objetiva que o gerenciamento das variáveis do composto de marketing é imprescindível no diferencial competitivo de uma microempresa como a Bombonzinho. 49 REFERÊNCIAS BLESSA, Regina. 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Pioneira Thomson Learning, 2006. 52 APÊNDICE A INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS APLICADO JUNTO AOS CLIENTES DA BOMBONZINHO GÊNERO ( ) MASCULINO NÍVEL DE ESCOLARIDADE ( ) ENSINO FUNDAMENTAL ( ) ENSINO MÉDIO ( ) ENSINO SUPERIOR ( ) PÓS-GRADUADO CIDADE EM QUE RESIDE ( ) Timbaúba ( ) Nazaré da Mata ( ) São Vicente Férrer ( ) Vicência ( ) Outra. Qual? ________________________________ RENDA MENSAL INDIVIDUAL ( ) Até um salário mínimo ( ) De um a três salários mínimos ( ) De três a cinco salários mínimos ( ) Mais de cinco salários mínimos ( ) FEMININO 53 1. Qual a principal razão para você – consumidor – comprar na Bombonzinho ? ( ) Preço ( ) Promoção ( ) Praça ( ) Serviços ( ) Qualidade dos produtos ( ) Prazo ( ) Outro. Qual? _________________________________ 2. Há quanto tempo você é cliente da Bombonzinho ? ( ) Há menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 3 anos ( ) Entre 3 e 5 anos ( ) Mais de 5 anos 3. Atualmente, em relação aos produtos e serviços comercializados pela Bombonzinho, você encontra-se: ( ) Totalmente satisfeito ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeito 4. Dos itens abaixo, qual mais agrega valor no relacionamento com a Bombonzinho, na sua opinião? ( ) Organização e Agilidade ( ) Qualidade dos produtos ( ) Preços ( ) Confiabilidade ( ) Variedade 5. Com relação aos concorrentes, em que item abaixo a Bombonzinho pode ser considerada a melhor, na sua opinião: ( ) Atendimento ( ) Preço ( ) Localização ( ) Condições de pagamento ( ) Promoções ( ) Produtos ( ) Outro. Qual?__________________________________________________ 54 ALUNO: LUIZ GUEDES MONTEIRO NETO MATRÍCULA: 10623053 ORIENTADOR: Gláucio de Sales Barbosa