Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS – Vibrio cholerae1 D’Ávila, T.2; Daroncho, M.2; Fioravante, J.2; Duarte, P.; Bertagnolli, S. M. M.3 1 Trabalho de Revisão Bibliográfica, UNIFRA Acadêmicas do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 2 A cólera é uma doença infecciosa que ataca o intestino dos seres humanos, podendo ficar incubada de um a quatro dias e cujas manifestações clínicas são: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia abundante (esbranquiçada como água de arroz, podendo ter perda de até um litro de água) além de cãimbras. O trabalho de pesquisa objetivou realizar um estudo bibliográfico sobre o Vibrio cholerae. Metodologicamente, fundamentou-se como uma pesquisa bibliográfica realizada na disciplina de Microbiologia e Higiene dos Alimentos do curso de Nutrição. Os dados foram coletados por meio de referenciais da área no período de março a maio de 2010. A bactéria que provoca a cólera foi descoberta por Robert Koch em 1884, portanto recebeu o nome de Vibrio cholerae, que é um bacilo gram-negativo com flagelo polar, aeróbico ou anaeróbico facultativo. Sorogrupos não-O1 do Vibrio cholerae já foram identificados em todo mundo. Dos 200 sorogrupos descritos somente dois sorogrupos, O1 e O139, são patogênicos. Essa bactéria faz parte do reino Monera, sua classe Gamma Proteobacteria, de ordem Vibrionales e da família Vibrionaceae. Ao infectar o intestino humano, essa bactéria faz com que o organismo libere muita água e junto uma quantidade grande de sais minerais, causando desidratação do indivíduo. Quando o vibrião é ingerido, instala-se no intestino humano sendo que essa bactéria libera substâncias tóxicas que altera o funcionamento das células do intestino causando os sintomas. A cólera é transmitida principalmente pela água e alimentos contaminados, se o diagnóstico não for rápido e o doente não receber tratamento correto, usando antibióticos para combater a infecção, diminuir a diarréia e prevenir a desidratação, essa doença pode ser fatal. A prevenção da cólera pode ser feita através de vacina, que é de responsabilidade do governo, por hábitos de higiene diários e pelo saneamento básico. No caso da cólera, não há garantia que todas as pessoas vacinadas fiquem imune à doença. Estudos apontam que o grau de eficácia da vacina é de apenas 50%. Desde o ano de 2007 não houveram notificações de surtos de cólera no Brasil, contudo cabe ressaltar que, apesar deste fato, a participação da comunidade é de efetiva importância, buscando realizar junto às equipes de saúde, ações de prevenção à doença. A sociedade e o governo devem estreitar os laços procurando resolver de maneira democrática a situação em que se encontram algumas famílias e cabe a sociedade exercer seu direito de cidadão e exigir condições de infra-estrutura mais justas, de forma a evitar a ocorrência desta doença. Palavras-chave: Vibrio cholerae; Microrganismo patogênico; Cólera. REFERÊNCIAS FRANCO, Bernadette D. G; LANDGRAF, Mariza. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. GEROLOMO, Moacir; PENNA, Maria Lúcia Fernandes. Os Primeiros Cinco Anos da Sétima Pandemia de Cólera no Brasil. Informe Epidemiológico do SUS, 1999; 8(3): 49-58. LEMOS, Jureth C; LIMA, Samuel C. A Geografia Médica e as Doenças Infecto-parasitárias. Caminhos da Geografia - Revista On Line, jun/2002; 3(6) 74-86. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6ª Ed, Brasília - DF, 2006 1