Síntese - DriveHQ

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A Didáctica das Línguas
Síntese do Ponto 1
Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e
Comunicação
Docente: Prof. Helena Camacho
Teresa Cardim Nº 070142074
Raquel Mendes Nº 070142032
Setúbal, Abril de 2010
Referências Bibliográficas
•
Power Point´s cedidos pela professora
•
DUARTE, Inês "A Formação em Língua Portuguesa na dupla perspectiva do formando como
utilizador e como futuro docente da língua materna" in Inês Sim-Sim (org.), A formação
para o Ensino da Língua Portuguesa na Educação Pré-escolar e no 1º Ciclo do Ensino
Básico, Cadernos de Formação de Professores, n.º2, 2001, pp.27-34.
•
SIM-SIM, Inês (1998). "Desenvolvimento da linguagem" Universidade Aberta. Lisboa.
•
MATEUS, Maria Helena Mira; VILLALVA, Alina (2006). “O Essencial sobre a Linguística”. Col.
O Essencial. Lisboa: Caminho.
•
FERRAZ, Maria José (2007). Ensino da Língua Materna. Col. O Essencial sobre Língua
Portuguesa. Lisboa: Caminho, pp. 27-28.
É importante definir e compreender quais as características da didáctica da
língua portuguesa. A didáctica é o principal ramo da pedagogia que se ocupa dos
métodos e técnicas de ensino destinado a colocar em prática as directrizes da teoria
pedagógica e investiga os fundamentos, as condições e os modos de realizar a
educação mediante o ensino. Esta funde-se no diálogo entre os intervenientes da
aprendizagem na sala de aula e o processo de investigação, que engloba a observação
e a interpretação de actos educativos, interligando-se com a prática, traduzindo-se
numa reflexão. É uma disciplina de interface que engloba duas vertentes, a transversal
e a transdisciplinar que abrangem diferentes áreas, de que é exemplo as ciências da
educação, psicologia e a linguística.
A linguística tem como objecto de estudo a linguagem, que consiste num
processo mental de manifestação do pensamento e de natureza essencialmente
consciente. É um sistema constituído por elementos extralinguísticos, de que são
exemplos os sinais, os sons, os símbolos ou as palavras, a postura corporal, as
expressões faciais, etc., ou paralinguísticos, de que é exemplo a entoação, as pausas e
as hesitações, o ritmo de produções, a velocidade e o ritmo das produções, sendo
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pensamentos (Sim-Sim, 1998).
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ambos utilizados para representar conceitos de comunicação, ideias, significados e
A linguagem tem como finalidade a comunicação, todavia, não se estende
apenas à linguagem verbal utilizada pelos humanos, mas também a todo o reino. A
comunicação é um processo que abrange três grandes etapas essenciais: codificação
de uma mensagem, transmissão e descodificação da mesma por, pelo menos, dois
interlocutores.
O Homem, enquanto ser social, detém a capacidade inata e espontânea de
comunicar, utilizando-a como uma meio de comunicação para atender às suas
necessidades. A aquisição da linguagem é um processo demorado e diferenciado de
indivíduo para indivíduo.
Comunicar significa falar, contudo, não está apenas associado ao uso de
palavras, mas também de mecanismos que envolvam códigos de transmissão de
mensagens como os gestos, as expressões faciais, os sentimentos, entre outros. A
Língua Gestual Portuguesa é um meio de comunicação que está associado a gestos.
A linguagem não é apenas uma forma de comunicação, é também uma forma
de estruturar e organizar o pensamento, permitindo-nos uma melhor compreensão do
mundo que nos rodeia.
O conhecimento da linguagem exige competências linguísticas que passam pelo
conhecimento de vocabulário, a conjunção verbal, o domínio de regras e estruturas
gramaticais, etc., o que significa que para ser competente no uso da língua há que
saber mobilizar todos os conhecimentos de forma eficaz, todavia, é preciso treino para
que esses conhecimentos sejam utilizados correctamente (Ferraz, 2007).
Enquanto a língua natural é a língua materna de uma comunidade linguística
quando é ela que as crianças nascidas nessa comunidade desenvolvem
espontaneamente como resultado do processo de aquisição da linguagem, a língua
artificial, de que é exemplo o “Esperanto”, é criada propositadamente pelo Homem
Todos os indivíduos têm em comum várias características, entre as quais a
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aquisição da linguagem, independentemente da língua a que estão expostos, através
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com a intenção de atingir a perfeição estrutural e acabar com ambiguidades.
do qual eles aprendem a sua língua materna, adquirindo as regras de funcionamento
da mesma. Para além das características específicas de cada língua, salientam-se
propriedades idênticas a um nível universal das línguas, ou seja os universais
linguísticos, nomeadamente: distinção consoante/vogal; formulação de ordens; formas
diferentes de indicação do tempo (presente, passado, futuro); expressão da negação e
da interrogação; elementos da frase como sujeito e predicado; relação de
arbitrariedade entre o som e o significado.
É essencial para a criança contactar com a sua língua materna, sendo que as
interacções do meio permitirão a estimulação linguística da mesma, efectuada através
de trocas verbais e uso de vocabulário rico e diversificado, contribuindo para o
desenvolvimento linguístico da criança.
O adulto tem um papel fundamental no processo de desenvolvimento da
linguagem, pois se existir uma boa interacção entre o educador de infância e a criança,
está estará em contacto com estímulos linguísticos que serão determinantes para o
seu processo de aprendizagem. O jardim-de-infância é um dos espaços que melhor
promove a socialização da criança, dando-lhe a oportunidade de adquirir novos
conhecimentos, novas palavras para o seu vocabulário e experiências que lhe
permitam estruturar as regras e o uso da língua.
É desde muito cedo que as crianças começam a apreender os usos da língua,
identificando diferentes contextos e necessidades e, posteriormente, com o passar do
tempo estas começam a ser presentes em contextos cuja comunicação é mais
complexa e específica, de que são exemplos os contextos formais/ informais, escritos/
orais, verbais/ não verbais, pessoal, académico e profissional, adequando o seu
discurso aos diferentes contextos e intencionalidades comunicativas.
É fundamental que um bom profissional de educação saiba reconhecer o nível
de desenvolvimento verbal de cada criança, dando-lhe uma melhor percepção do
trabalho que pode desenvolver, criando estratégias de ensino diversificadas e criativas
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escola não é apenas o local onde se estuda, o universo escolar é visto também como
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de modo a colmatar as dificuldades. Pais e educadores/professores concordam que a
um meio de socialização, de troca de experiências, para trabalhar emoções, para o
aluno se descobrir como individuo e descobrir o mundo que o rodeia.
Para se ser um utilizador proficiente da Língua Portuguesa, de que é exemplo
um bom dominador das competências do português europeu padrão, no uso de
vocabulário adequado, morfologia, sintaxe, formas de tratamento, entre outras
utilizadas, especialmente, na sala de aula; saber ouvir, distinguir e compreender o
português em várias variedades; utilizar a língua oral fluentemente, adaptando-se a
qualquer que seja o meio onde se encontra e saber utilizar a linguagem oral em
público; ser um leitor assíduo e com hábitos de leitura, desenvolvendo a sua opinião
critica; ser capaz de utilizar a linguagem escrita de forma clara e sem erros
ortográficos, sabendo aplicar essa mesma capacidade em diferentes géneros textuais;
e por fim, ter competências metalinguísticas da língua, saber aplicá-las correctamente
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no uso oral e escrito (Duarte, 2001).
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