antioxidantes enzimáticos, não enzimáticos e ciclo

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XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
ANTIOXIDANTES ENZIMÁTICOS, NÃO ENZIMÁTICOS E CICLO ASCORBATOGLUTATIONA: QUAL FATOR É PREPONDERANTE PARA ATENUAR O ESTRESSE
OXIDATIVO EM PLANTAS?
Gabriela Alves Leão1; Fernanda Santos Farnese2; Juraci Alves de Oliveira2; Luhan Siman2
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[email protected] (Instituto Federal da Bahia, Porto Seguro, Bahia)
[email protected] (Universidade Federal de Viçosa, Viçosa)
3
[email protected] (Universidade Federal de Viçosa, Viçosa)
4
[email protected] (Universidade Federal de Viçosa, Viçosa)
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Concentrações tóxicas de arsênio (As) no ambiente ocorrem em todo o mundo e comprometem a saúde
humana e a biodiversidade. Uma possibilidade para a retirada deste poluente do ambiente consiste na
utilização de plantas capazes de absorver As. Uma vez absorvido, o As desencadeia aumentos na produção
de espécies reativas de oxigênio, caracterizando o estresse oxidativo. A fim de avaliar os mecanismos
antioxidantes que permitem as plantas absorver grandes concentrações de As, o presente trabalho analisou os
antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos de uma planta hiperacumuladora de As, Pistia stratiotes. Para
isso, plantas de aproximadamente 10 g foram coletadas e submetidas ao As na concentração de1,5 mg/L.
Após 24 horas foram analisados os antioxidantes enzimáticos (dismutase do superóxido (SOD), peroxidase
(POX), redutase da glutationa (GR) e catalase (CAT) e não enzimáticos (ascorbato e desidroascorbato). A
atividade de todas as enzimas antioxidantes, bem como a concentração de ascorbato e deseidroascorbato,
aumentou consideravelmente nas folhas em resposta ao As, sendo os maiores aumentos observados para
CAT. A atividade enzimática, no entanto, apresentou um aumento mais que duas vezes maior do que o
aumento observado para a concentração de ascorbato e desidroascorbato. Nas raízes observou-se o contrário:
a exposição ao As aumentou a concentração de antioxidantes não enzimáticos de forma bem mais
significativa do que o aumento observado para a atividade enzimática. De fato, a atividade das enzimas, com
exceção da GR, se manteve semelhante aos valores encontrados para o controle. A GR é uma enzima que
participa ativamente do ciclo ascorbato-glutationa e sua atividade nas plantas expostas ao As foi maior na
raiz do que nas folhas. Este dado, associado aos altos teores de ascorbato e desidroascorbato, indicam que o
ciclo ascorbato-glutationa é um importante mecanismo de defesa contra o estresse oxidativo nas raízes de P.
stratiotes. Desta forma é possível concluir que diferentes órgão de P. stratiotes apresentam diferentes
mecanismos de defesa contra o estresse oxidativo desencadeado pelo As, sendo o mecanismo enzimático
preponderante nas folhas e o mecanismo não enzimático, juntamento com o ciclo ascorbato-glutationa,
preponderante nas raízes.
Palavras-chave: estresse oxidativo, Pistia stratiotes
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
562
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