Litíase urinária- Identificação dos grupos de risco e tratamento Humberto Lopes UFJF II Encontro de Urologia do Sudeste - BH Litíase urinária • • • • 11% homens X 5,6% mulheres Brancos X negros Oxalato de cálcio – 80% Recorrência – 40% 5 anos, 75% 20 anos • Recorrentes – novos cálculos – 43% - 80% ( 3 anos ) • NEJM, set 2010 Qualidade de vida J. Urology 2012; 188:436 Litíase urinária • Objetivos do tratamento clínico – Prevenir novos cálculos – Estabilizar cálculos existentes – Prevenir complicações urológicas • Obstrução do trato urinário • Infecção do trato urinário • Insuficiência renal crônica – hiperoxalúria primária, hiperuricemia, cálculo coraliforme Litíase urinária • Prevenir complicações não urológicas – Osteodistrofia – hipercalciúria absortiva, acidose tubular renal, hiperoxalúria primária – Miocardiopatia – hiperoxalúria primária – Retinopatia – hiperoxalúria primária – Artrite gotosa – hiperuricemia Litíase urinária • Identificar condições não urológicas predisponentes: – Hiperparatireoidismo – Gota – Sarcoidose – Síndromes GI má-absortivas – Doença de Crohn – Pancreatite – Cirurgia Bariátrica Litíase urinária • Avaliação do risco EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Avaliação do paciente com litíase urinária EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Litíase urinária • Avaliação • Urina de 24 horas • Quando ? 20 dias a 3 meses – 8 a 12 semanas após início da prevenção – cada 12 meses Litíase urinária • Avaliação laboratorial EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Litíase urinária • Avaliação laboratorial EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Litíase urinária Diagnóstico / Fisiopatologia Fatores favorecedores Anatômico Funcional Classificação Tipo de cálculo Fatores predisponentes • promotores • Inibidores Litíase urinária • Fisiopatologia – mecanismo de formação – Excesso de promotores • • • • • Hipercalciúria Hiperuricosúria Hiperoxalúria Cistinúria Cálculos induzidos por medicamentos – Deficiência de inibidores • Hipocitratúria • Hipomagnesiúria • pH urinário, baixo volume de urina, ITU Litíase urinária • Avaliação metabólica – Simplificada • Baixa suspeita de alterações metabólicas • Ausência de fatores de risco – Quando? • Primeiro episódio, cálculo único, cálculo de oxalato de cálcio, não coraliforme, ausência de alterações anatômicas, estruvita Litíase urinária • Avaliação metabólica – Completa • Alta suspeita de alteração metabólica • Fatores de risco para recorrência – Quando? • • • • • • • Os que não se enquadram na avaliação simplificada Não cálcico - ácido úrico, cistina, fosfato de cálcio Gota, erros inatos metabolismo de purina Doença mieloproliferativa Doenças GI má-absortivas Acidose tubular renal Hipercalcemia • Grupo de alto risco – recorrentes, história familiar, criança, nefrocalcinose, rim único Litíase urinária • Classificação – – – – – – – – – Hipercalciúria: absortiva, renal, reabsortiva Hiperuricosúria Hiperoxalúria: primária, entérica Hipocitratúria Hipomagnesúria Baixo volume de urina Cistinúria Gota Litíase por infecção e medicamentos Litíase urinária • Medidas preventivas EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Medidas preventivas Medidas preventivas EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Litíase urinária EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Tratamento Farmacológico EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Litíase urinária • Cálculo calcicos – Hipercalciúria 30% – 60% – Hiperuricosúria 30% – 46% – Hipomagnesúria 7% – 23% – Hipocitratúria 5% – 29% Worcester EM, Coe FL. Semin Nephrol 2008;28:120 Litíase urinária • Diagnóstico/Tratamento EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Cálculo de fosfato de cálcio EAU Guidelines on Urolithiasis 2013 Litíase urinária • Distúrbios associados – – – – – – – – – – Hiperparatireoidismo Doenças granulomatosas Hiperoxalúria primária Hiperoxalúria entérica Acidose tubular renal Nefrocalcinose Cálculo de ácido úrico Cálculo de estruvita e infecção Cálculo de cistina Cálculo por medicamento Litíase urinária • Caso clínico 1 – Mulher, 65 anos, com história de litíase urinária recorrente há 8 anos, tendo eliminado espontaneamente 25 cálculos. Foi submetida 3 UTL com Laser e uma Percutânea. TC atual revelou 3 pequenos cálculos em rim Esquerdo e 2 no Direito. Tem história de doença inflamatória intestinal e antecedentes de Litíase na família. Caso clínico 1 Litíase urinária • Esta condição é melhor descrita como: A) B) C) D) E) hiperoxalúria primária Diatese gotosa Acidose tubular renal Hiperoxalúria entérica hiperuricosúria Litíase urinária • Esta condição é melhor descrita como: A) B) C) D) E) hiperoxalúria primária Diatese gotosa Acidose tubular renal Hiperoxalúria entérica hiperuricosúria Caso Clínico 1 • O fator de risco mais associado com a formação de cálculo recorrente secundário a esta condição é? A) hiperabsorção de oxalato do jejuno B) hiperexcreção de cálcio no tubulo distal C) diminuição de absorção de citrato noileo terminal D)hiperabsorção de cálcio no intestino delgado E) aumento da absorção colônica de oxalato livre Caso Clínico 1 • O tratamento de escolha para pacientes com esta condição inclui: A) suplementação de cálcio, citrato de potássio, aumento da ingesta hídrica B) restrição de oxalato na dieta C) tiazídicos e citrato de potásio D) alopurinol E) piridoxina Caso clínico 2 Homem de 50 anos, obeso, é avaliado com história de cólica renal há 2 dias, nega febre e vômitos. História prévia de litíase há 6 anos, tendo eliminado cálculos espontaneamente. Nega cirurgias e a história familiar é negativa para nefrolitíase, mas positiva para gota. RX simples de abdomem normal. Avaliação prévia do cálculo: oxalato de cálcio. Caso Clínico 2 Caso Clínico 2 • O mais importante fator que predispõe o paciente a esta alteração metabólica é: A) hipercalciúria B) baixo pH urinário C) hipocitratúria D) baixo volume de urina E) hiperuricosúria Caso Clínico 2 • O tratamento clínico mais apropriado para esta condição é: A) alopurinol B) tiazídicos C) aumento de líquidos D) restrição de cálcio na dieta E) Citrato de potássio