Infecção urinária e gravidez

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A RTI GO
FEVEREIRO | 2015
Infecção urinária e gravidez
Tipos de infecção:
Bacteriúria assintomática:
Presença de proliferação bacteriana na urina em
grávidas que não apresentam sintomas ou queixas urinárias. Isso, provavelmente, porque não está ocorrendo
lesão e agressão à mucosa do trato urinário. Nas grávidas diabéticas, a incidência de bacteriúria assintomática
é maior. Observa-se que, metade dessas bacteriúrias
assintomáticas, se tornam sintomáticas até o final da
gestação.
Infecção urinária baixa:
Na gestação, a infecção urinária é de grande importância e interesse, devido a sua alta incidência nesse período especial da vida da mulher. É a terceira intercorrência
clínica mais comum na gestação, acometendo cerca de
�� a ��% das grávidas. Isto porque, durante os nove
meses, o aumento de progesterona relaxa as fibras
musculares, levando a um refluxo urinário, e o sistema
imunológico está mais fragilizado, facilitando a ação das
bactérias que provocam a infecção. A maioria destas
infecções ocorre no primeiro trimestre da gravidez, �%
sob forma de infecção urinária baixa (cistite), e �% como
infecção urinária alta (pielonefrite).
As infecções urinárias são causadas por bactérias da
flora intestinal que contaminam o trato urinário. São
encontradas na urina, quando rompe o equilíbrio entre a
defesa do organismo e a sua virulência. Normalmente, na
gravidez, a urina é mais rica em nutrientes, como açúcares e aminoácidos, propiciando um meio de cultura mais
rico, e facilitando o crescimento das bactérias. E, como
ocorre na gravidez uma dilatação do trato urinário, criando condições de estase urinária, isso favorece o crescimento bacteriano e a instalação da infecção urinária. O
aumento do útero, ao ocupar mais espaço, pode obstruir
parcialmente o ureter e criar condições de estase urinária, o que complica e favorece o desenvolvimento de
infecção urinária nas grávidas.
Os principais sintomas são: ardência e dor ao urinar,
febre, calafrios, dor lombar, náuseas, vômitos, além de
urgência e frequência aumentada para ir ao banheiro. As
bactérias também podem irritar o útero, que começa a se
contrair, podendo até levar ao trabalho de parto prematuro.
Também chamada de cistite. A contaminação e
agressão bacteriana são restritas à bexiga. Caracteriza-se, principalmente, por ardência e urgência para urinar, e
frequência aumentada (polaciúria), dor suprapúbica e,
algumas vezes, sangue ao término da micção, ou no
exame de urina.
Pielonefrite aguda:
Também chamada de infecção urinária alta, que
ocorre no rim. Acontece, geralmente, no último trimestre
da gravidez. Clinicamente, tem início súbito, com febre,
calafrios, dor lombar intensa, náuseas e vômitos. A
presença das toxinas liberadas pelas bactérias pode
desencandear trabalho de parto, devido ao aumento das
contrações uterinas. Por isso, a pielonefrite aguda na
grávida pode ser responsabilizada por abortamento,
parto prematuro, hipertensão arterial, óbito fetal e até
mesmo a morte materno fetal, em casos de infecções
severas e generalizadas. A grande maioria das pielonefrites agudas ocorre depois das infecções bacterianas
assintomáticas. Daí, a importância de se descobrir as
infecções urinárias assintomáticas que podem redundar
em pielonefrite.
Pielonefrite crônica:
É a fase crônica das infecções renais anteriores que
deixaram lesões ou cicatrizes nos rins. Geralmente, não
há sintomas, mas podem estar acompanhadas da hipertensão arterial que, com a gravidez, pode se tornar
severa e piorar a função renal, alterando o estado de
saúde da mãe e do feto.
*Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação.
Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
www.humbertoabrao.com.br
/Laboratório Humberto Abrão
A RTI GO
Infecção urinária e gravidez
FEVEREIRO | 2015
Para toda gestante é importante solicitar, de três em três
meses, exames de urina e urocultura ou, claro, quando
existir alguma suspeita. Com este cuidado, e tratá-las
precocemente.
Nas gestantes que têm infecção urinária recorrente,
pode-se usar medicações preventivas por um longo
período. Recomenda-se a ingestão abundante de
líquidos e, nas micções, procure sempre esvaziar
completamente a bexiga. Alem disso, procure urinar
após as relações sexuais.
Em caso de dúvidas ou qualquer sintoma, procure
orientação médica.
Dra. Lucinara Froede
Departamento de Bioquímica
Referências:
Infecção urinária e gravidez. ABC da Saúde. Disponível em:
<http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/infeccao-urinaria-e-gravidez> Data de Publicação: �� de nov. de ����. Acesso em: �� de
fev. de ����.
Infecção urinária na gravidez. Revista Crescer. Disponível em:
<http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/����/��/infec
cao-urinaria-durante-gravidez.html>. Atualizada em ��/ de out. de ����.
Acesso em: �� de fev. de ����.
*Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação.
Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
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