alternativas terapéuticas de papilomatose em vacas leiteiras

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ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS DE PAPILOMATOSE
EM VACAS LEITEIRAS – REVISÃO DE LITERATURA
ALMEIDA, Everton Tadeu Medeiros1. FINKLER, Fabrine1. POSSENTI, Cecilia G. Rubert2.
PEREIRA, Thiago3. DIAZ, Jorge Damian Stumpfs4.
A papilomatose é uma enfermidade infectocontagiosa cosmopolita, crônica, de
natureza tumoral benigna e fibroepitelial, que é vulgarmente conhecida como verruga ou
figueira. O agente etiológico da enfermidade é um vírus pertencente à famíla
Papovaviridae, gênero papilomavírus bovino (BPV) que causa lesões hiperplásicas no
epitélio cutâneo dos animais. Os papilomas cutâneos têm seu aspecto macroscópico
arborescente, em forma de couve-flor, filamentoso e que apresentam um aspecto filiforme.
Os papilomas são muito comuns em pequenas propriedades leiteiras, e no animal, podem
ser encontrados na cabeça, pescoço, ventre, dorso, úbere, mucosa do trato digestivo ou
podem apresentar-se na forma generalizada. Quando o animal possui papiloma no trato
digestivo e ingere Pteridium aquilinum, este parece causar malignidade ao tumor
papilomatoso. A papilomatose cutânea pode acometer animais jovens e adultos, estando
normalmente presentes em criações nas quais os animais encontram-se agrupados como em
confinamentos ou em rebanhos de exploração leiteira. Na glândula mamária podem
aparecer de forma múltipla, e em vacas leiteiras interfere no processo de ordenha além de
poder ser a causa primária de mastites. Geralmente os animais afetados recuperam-se
espontaneamente, mas em alguns casos os papilomas podem persistir por até seis meses.
Isso pode estar associado à imunodepressão, nesses casos causam perdas na produção de
leite e perda de peso. O objetivo do trabalho é descrever técnicas de tratamentos eficientes
na cura da papilomatose. Um dos tratamentos indicados nos casos em que os animais não
estão muito infectados pode ser a remoção cirúrgica de todos os papilomas do corpo do
animal. Outro tratamento que pode ser aplicado é o químico-corrosivo (à base de soda,
nitrato de prata e formalina), este deve ser aplicado localmente e somente nas verrugas
diariamente até o desaparecimento das mesmas. Em casos de alta infestação de papilomas
recomenda-se tratamentos sistêmicos como a Autohemoterapia aplicando de 10 a 40 ml de
sangue venoso com ou sem anticoagulante, pela via subcutânea ou intramuscular. O
clorobutanol deve ser aplicado na dosagem de 50 a 100mg/kg/PV e administrado por via
subcutânea. O diaceturato de diaminazina também é utilizado com sucesso no tratamento da
papilomatose cutânea , deve ser administrado na dose de 3,5 mg/kg/PV. A vacina autógena
é outra alternativa, para a aplicação desta terapia necessita-se de coleta dos papilomas, de
preferência dos animais do próprio rebanho a ser tratado. Pode se realizar um tratamento
por vez ou ainda fazer a associação de vários tratamentos ao mesmo tempo. As terapêuticas
mais utilizadas e eficazes são as vacinas autógenas obtidas através da inativação de um
macerado de papilomas coletado do animal afetado, pois como existem diferentes tipos de
cepas do vírus, a imunopatogenicidade da enfermidade varia entre os animais, resultando
em vacinas específicas para cada animal. Os resultados não são totalmente satisfatórios e a
cura do animal depende do estágio da evolução da enfermidade e do tipo da cepa do
papiloma envolvido.
1 Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ. Email:
[email protected]; [email protected]
2 Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ. Email:
[email protected]
3 Médico Veterinário Esp. em Produção de Bovinos de Leite. Email: [email protected]
4 Professor Dr. Do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ. Email:
[email protected]
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