Além dos transtornos ocasionados em decorrência das doenças da

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07/08/2007
Mal da Língua Azul em Bovinos e Ovinos
Além dos transtornos ocasionados em decorrência das doenças da vaca louca e pela gripe aviária, uma
outra doença animal, o mal da língua azul, vem demonstrando seus avanços em países europeus. Cerca
de mil cabeças de ovinos e bovinos europeus apresentaram os sintomas da doença, de modo que a
Holanda concentra o maior número de casos.
Em agosto deste ano, em uma fazenda do sul da Holanda, próxima à cidade de Maastricht e à fronteira
da Bélgica, verificou-se o primeiro caso do recente surto desta enfermidade. Medidas de controle foram
então adotadas, em atendimento às regulamentações sanitárias internacionais, quando então se limitou o
fluxo de animais entre a região acometida pela doença e o restante do continente. Desde então,
notificações foram realizadas em fazendas da Bélgica, de Luxemburgo, da Alemanha e da França.
Existe a possibilidade de que, em decorrência desta enfermidade, o comércio europeu de carnes venha a
sofrer prejuízos econômicos significativos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
o mal da língua azul, ou Febre Catarral da Ovelha, é uma doença notificável, cujo impacto econômico
decorre das perdas dos rebanhos afetados, assim como das restrições econômicas que são impostas
pelos países importadores de carne. Esta entidade classifica a doença na “Lista A”, o que significa que a
mesma tem potencial de se disseminar rapidamente, podendo cruzar as fronteiras internacionais.
Embora a doença apresente um risco à saúde dos animais, podendo ser fatal em um período de dez dias,
o ser humano não é acometido pela mesma. A diminuição do comércio associada aos surtos do mal da
língua azul é considerada uma ameaça maior que a intensidade da doença por si só. Esta enfermidade
tem sido considerada como o maior obstáculo nas exportações de ruminantes e produtos derivados
provenientes dos Estados Unidos, país este seriamente afetado. Este fato deve-se à prevalência do vírus
juntamente aos vetores e falhas na vigilância apesar da realização de extensiva pesquisa sobre o vírus
causador da doença. Esta enfermidade impede o comércio de gado deste país para o que são
classificadas pela OIE como áreas livres do mal da língua azul.
Como resultado, nações livres da doença, como Canadá, Nova Zelândia e países da União Européia,
restringem a importação de animais vivos, sêmen, embriões e outros produtos derivados destes animais.
Os custos da doença para os produtores americanos são estimados em US$ 125 milhões anuais em
perdas de comércio e em testes de diagnóstico para certificar que os animais e seus produtos estejam
livres do vírus.
Fonte: Renata Bromberg
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