Minerais e Vitaminas como Fontes Ergogênicas Magnésio, Zinco, Cálcio e Vitaminas B1 e B6. Minerais e Vitaminas como Fontes Ergogênicas Magnésio, Zinco, Cálcio, Vitaminas B1 e B6. Historicamente o homem tem buscado recursos que propiciem aprimorar a performance atlética. A suplementação alimentar consiste em um recurso seguro para atingir este objetivo, sem os indesejáveis efeitos colaterais dos medicamentos. Os Minerais e as Vitaminas são substâncias indispensáveis para o equilíbrio de várias funções vitais do organismo. Entre as funções relacionadas à prática de exercícios físicos, os minerais são essenciais para a contração muscular, manutenção do ritmo cardiorrespiratório, condução do impulso nervoso, transporte de oxigênio, ativação de enzimas, constituição óssea entre outras. Já as vitaminas estão relacionadas à conversão de glicogênio em glicose, síntese de hemoglobina e inúmeras outras funções. Durante a prática de exercícios físicos, muitos destes processos são acelerados, portanto a suplementação com minerais e vitaminas além de manter o equilíbrio fisiológico, pode funcionar como recurso ergogênico. O termo ergogênico é derivado de duas palavras gregas: ergon (trabalho) e gennan (produzir). Assim as fontes ergogênicas otimizam a energia e força física necessárias à prática de exercícios físicos. Estas substâncias podem ser classificadas em quatro categorias: nutricionais, farmacológicas, fisiológicas e psicológicas. As fontes ergogênicas nutricionais servem principalmente para aumentar o tecido muscular, otimizar a oferta de energia que chega ao músculo, e a taxa de produção de energia. Evidências científicas sugerem que entre os minerais fundamentais ao nosso organismo, como zinco, cálcio e magnésio têm funções ergogênicas, e constituem uma fonte eficaz para a suplementação esportiva. Estudos científicos evidenciam o papel do Zinco e do Magnésio na otimização da função cardiorespiratória e na força muscular. Estas evidências aliadas à segurança da suplementação com minerais conferem aos minerais ergogênicos uma importante alternativa a nutrição esportiva. Can J Appl Physiol, 2001. |01| MAGNÉSIO Estudos & Atualidades Eficácia de Vitaminas e Minerais como Fontes Ergogênicas: Magnésio (Mg) O Magnésio é um componente chave de cerca de 300 enzimas, muitas delas estão envolvidas na contração muscular, na distribuição de oxigênio para os tecidos musculares e na síntese protéica. A suplementação com Mg otimiza a força muscular e a capacidade cardiorespiratória durante a prática de exercícios físicos em atletas. Am J Clin Nutr, 2000. Estudo duplo cego randomizado avalia os efeitos da suplementação com Mg em atletas. Neste estudo, atletas do sexo feminino foram randomizadas para receber suplementação com Mg (360mg de aspartato de Mg) ou placebo durante três semanas. As atletas que receberam o suplemento apresentaram valores significativamente diminuídos da enzima creatina quinase liberada pelo músculo esquelético após a prática de exercícios físicos. Os valores séricos de lactato também foram significativamente menores no grupo que recebeu o suplemento. Magnesium, 1993. A suplementação com Mg é eficaz na otimização da função muscular. Em um estudo randomizado, homens jovens, receberam cápsulas contendo óxido de Mg (8mg/Kg) ou placebo. A avaliação foi baseada em um programa de sete semanas de exercícios musculares. O pico de torque de extensão de joelho foi maior nos sujeitos que receberam a suplementação com Mg. Este resultado sugere o papel benéfico do Mg na performance de atividades que requerem uma predominância do metabolismo glicolítico. J Am Coll Nutr, 1992.. |02| ZINCO Estudos & Atualidades Eficácia de Vitaminas e Minerais como Fontes Ergogênicas: Zinco (Zn) O zinco faz parte da composição de mais de diversas enzimas. Muitas delas estão envolvidas na performance de exercícios físicos. Além de benefícios diretamente correlacionados à prática esportiva, a suplementação com este mineral, é altamente eficaz para o bom funcionamento do sistema imunológico. O zinco protege a integridade das barreiras mucosas, e regula a expressão gênica de linfócitos. Estudo científico demonstra a estreita relação entre o consumo de zinco e a performance de atletas. Atletas que adotaram uma dieta rica em carboidratos, porém com pouquíssimo consumo de proteínas e gorduras, tiveram como conseqüência uma baixa ingesta deste mineral. Esta deficiência nutricional resultou em um leve decréscimo no desempenho de exercícios de resistência, no aumento da fadiga muscular e no risco do desenvolvimento de osteoporose. Sports Med, 2001. Experimento avalia os efeitos da suplementação com Zinco na força e resistência muscular em mulheres. Neste estudo duplo-cego 32 mulheres receberam 135mg de Zinco ao dia durante 14 dias, ou placebo. Resultados: As mulheres que receberam o suplemento apresentaram uma maior força, e resistência isocinética muscular quando comparadas com o grupo que recebeu placebo. Os autores desta pesquisa sugerem que a suplementação com zinco é benéfica para a realização de exercícios que requerem o recrutamento de fibras musculares de resposta rápida. Acta Physiol Scand, 1982. |03| CÁLCIO Estudos & Atualidades Eficácia de Vitaminas e Minerais como Fontes Ergogênicas: Cálcio O cálcio é o mineral mais abundante em nosso organismo. Cerca de 99% do cálcio presente em nosso corpo faz parte do sistema esquelético. A quantidade restante é considerada um elemento chave para o funcionamento das células, inclusive do tecido muscular. A idade e outros fatores, como oscilações hormonais femininas e a prática de exercícios físicos de alta intensidade podem influenciar a concentração deste mineral no tecido ósseo. Atletas precisam ter quantidade suficiente de cálcio disponível ao tecido muscular, caso contrário o organismo tende a suprir esta falta com as reservas do tecido ósseo, mecanismo prejudicial a longo e médio prazo, principalmente para mulheres. J Int Soc Sports Nutr, 2005. Cientistas investigam a influência de um treinamento físico de dez semanas de duração, composto por fases alternadas de alta e baixa intensidade, nos níveis séricos e urinários de cálcio. Os níveis urinários de cálcio aumentaram enquanto que os níveis séricos diminuíram drasticamente após períodos de exercícios de grande intensidade. O inverso ocorreu nos exercícios de baixa intensidade. A suplementação com cálcio é de extrema importância para a prática saudável de exercícios físicos que exigem um elevado esforço muscular. Int J Sport Exerc Metab, 2002. Devido às alterações hormonais, as mulheres são mais suscetíveis a perda de cálcio presente no tecido ósseo e ao desenvolvimento da osteoporose. Em uma pesquisa com atletas femininas corredoras de longa distância, concluiu-se que atletas que apresentavam a característica fisiológica de oligomenorréia apresentaram uma maior perda de densidade óssea do que mulheres não atletas com este mesmo distúrbio. Med Sci Sports Exerc, 2001. |04| VITAMINA B6 E VITAMINA B6 Estudos & Atualidades Eficácia de Vitaminas e Minerais como Fontes Ergogênicas: Vitamina B6 A vitamina B6 é encontrada principalmente no tecido muscular, e participa da conversão do glicogênio em glicose. Atua como um cofator de inúmeras reações relacionadas ao metabolismo energético A deficiência desta vitamina está relacionada à sensação de “falta de energia” e problemas na síntese de hemoglobina. Nutrition and the strength athlete, 2001. Eficácia de Vitaminas e Minerais como Fontes Ergogênicas: Vitamina B1-Tiamina Esta vitamina está intimamente ligada ao metabolismo de carboidratos. Sua deficiência pode prejudicar o metabolismo aeróbico a nível celular, e a formação da hemoglobina. A deficiência desta vitamina causa fraqueza muscular, entre outros danos mais graves. Como a tiamina atua de maneira sinérgica a vitamina B6, a sua suplementação é ideal aos atletas. Nutrition and the Strength Athlete, 2001. Mecanismo de Ação A tabela abaixo sintetiza o mecanismo de ação das vitaminas e minerais apresentados neste trabalho. Suplemento Mecanismo de ação Magnésio Aumento da síntese protéica e força muscular. Zinco Síntese protéica e disponibilidade de energia ao músculo Cálcio Integridade do tecido ósseo Efeitos adversos e precauções. Dose recomendada Leve irritação gastrointestinal Leve irritação gastrointestinal 360mg Interação com Tetraciclina 500mg 65mg Vitamina B6 Faz parte da via metabólica da conversão de glicogênio em glicose. Não foram encontrados 7-10mg Vitamina B1 Faz parte da via metabólica da conversão de glicogênio em glicose. Dor de cabeça (*) 2,5-4mg (*) Efeito adverso muito raro. |05| Sugestões de Fórmulas 1. Shake Ergogênico Zinco Taste Free..........................................65mg Magnésio Taste Free.................................360mg Cálcio Taste Free.......................................500mg Vitamina B6.................................................10mg Vitamina B1...................................................4mg Shake Sabor Chocolate qsp..........................10g Mande 60 sachês. Administrar o conteúdo de um sache duas vezes ao dia. 2. Gel Comestível Pré-Treino Zinco Taste Free..........................................30mg Cálcio Taste Free.......................................180mg Vitamina B6...................................................4mg Vitamina B1................................................1,5mg Vitamina E…………..............…………….…200UI Aspartato de Magnésio.............................250mg Gel comestível sabor morango qsp...........10g Mande 60 sachês. Administrar o conteúdo de um sache duas vezes ao dia. Literatura Consultada Williams MH. Dietary supplements and sports performance: minerals. J Int Soc Sports Nutr. 2005 Jun 11;2:43-9. Lukaski HC. Magnesium, zinc, and chromium nutrition and athletic performance.Can J Appl Physiol. 2001;26 Suppl:S13-22. Newhouse IJ, Finstad EW. The effects of magnesium supplementation on exercise performance.Clin J Sport Med. 2000 Jul;10(3):195-200. Brilla LR, Haley TF.Effect of magnesium supplementation on strength training in humans.J Am Coll Nutr. 1992 Jun;11(3):326-9. Lukaski HC.Magnesium, zinc, and chromium nutriture and physical activity. Am J Clin Nutr. 2000 Aug;72 (2 Suppl):585S-93S.Krotkiewski M, Gudmundsson M, Backström P, Mandroukas K.Zinc and muscle strength and endurance.Acta Physiol Scand. 1982 Nov;116(3):309-11. Campbell WW, Anderson RA. Effects of aerobic exercise and training on the trace minerals chromium, zinc and copper. Sports Med. 1987 Jan-Feb;4(1):9-18. Dressendorfer RH, Petersen SR. Lovshin SE, Keen CL. Mineral metabolism in male cyclists during high-intensity endurance training. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2002 Mar;12(1):63-72. NIH Consensus Development Panel on Osteoporosis Prevention, Diagnosis, and Therapy.Comment in:JAMA. 2001 May 9;285(18):2323-4. JAMA. 2001 May 9;285(18):2323; author reply 2324.Osteoporosis prevention, diagnosis, and therapy. JAMA. 2001 Feb 14;285(6):785-95. Gremion G, Rizzoli R, Slosman D, Theintz G, Bonjour JP.Oligo-amenorrheic long-distance runners may lose more bone in spine than in femur. Med Sci Sports Exerc. 2001 Jan;33(1):15-21. Dantas, Estelio H.M.A pratica da preparação física. 5 ed, Rio de Janeiro: Shape, 2003 Catherine G. Ratzin Jackson. Nutrition and the strength athlete. 2001 by CRC Press LLC. |06|