Curso: Conjuntura Econômica Inflação e seus impactos na atividade econômica Elder Linton Alves de Araujo EPPGG - ASSEC/MP Brasília-DF, 11 de julho de 2016 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Curso: Conjuntura Econômica Inflação e seus impactos na atividade econômica Sumário 1. Inflação 2. Política de juros altos 3. Comparação internacional 4. Impactos na atividade econômica 5. Impactos nas contas públicas 6. Considerações finais Curso: Conjuntura Econômica 1 - Inflação • Fenômeno monetário que causa desequilíbrio macroeconômico • Desorganiza as expectativas dos agentes econômicos • Se a quantidade de moeda em circulação for maior que o necessário para o volume de atividade produtiva, há inflação, gerando aumento generalizado dos preços • Moeda perde suas funções: 1. Unidade de conta 2. Meio de troca 3. Reserva de valor Curso: Conjuntura Econômica Inflação: fenômeno monetário que causa desequilíbrio macroeconômico Fluxo real (produtivo) e Fluxo monetário (financeiro) (modelo simplificado: – economia fechada e sem governo) => pagamentos pela aquisição de bens e serviços => <<< oferta de bens e serviços <<< Famílias (indivíduos) Empresas (unidades produtoras) >>> fatores de produção (terra, capital, trabalho) >>> <= remuneração dos fatores (alugueis, juros, lucros, dividendos, salários etc) <= >>> fluxo real (ou fluxo produtivo) => fluxo monetário (ou fluxo financeiro) Se a quantidade de moeda em circulação for maior que o necessário para o volume de atividade produtiva, há inflação, gerando aumento generalizado dos preços Curso: Conjuntura Econômica Inflação • Aumento generalizado e persistente no nível de preços. • Ocorre por desequilíbrios na oferta e demanda de produtos e/ou serviços. • Quando há facilidade de circulação de dinheiro sem que haja equivalente aumento no nível de produção, gera-se escassez relativa e aumento de preços. • Nesse caso, o lado monetário (rendas) cresce mais que o lado real (produção) e gera-se inflação. • Causas da inflação: 1. Excesso de demanda e/ou 2. Insuficiência de oferta por aumento de custos Curso: Conjuntura Econômica Inflação de Demanda • Excesso de demanda faz preços aumentarem por insuficiência da oferta atual • Preços voltam ao equilíbrio se a demanda voltar ao nível normal ou se for aumentada a oferta para atender a demanda mais alta. • Ex.: Quando há reajuste do salário mínimo, há um efeito de aumento de renda dos trabalhadores e provoca aumento de demanda. • Se a oferta ficar insuficiente, os preços sobem e provocase inflação. Curso: Conjuntura Econômica Inflação de Custos • Retração da oferta por problemas na produção ou importação fazem com que os preços subam por “choque de oferta”. • Neste caso, a oferta fica menor do que seu padrão normal e fica insuficiente mesmo que não haja alteração na demanda; volta-se ao equilíbrio com a recomposição da oferta ou controle temporário da demanda. • Ex.: Quando há uma greve generalizada, ou ainda uma seca ou enchente, a produção fica menor. • Se não for possível repor a oferta com os estoques ou com importação, os preços sobem. Curso: Conjuntura Econômica Inflação no Brasil • Inflação corrói o poder de compra da moeda. Moedas brasileiras: • Até 1986 – Cr$ = cruzeiro R$ 1 = Cr$ 2.750.000.000.000 • 1986 = Cz$ = Cruzado (Cr$/1000) R$ 1 = Cz$ 2.750.000.000 • 1989 = NCz$ = Cruzado Novo (Cz$/1000) • 1990 = Cr$ = Cruzeiro (NCz$/1) • 1993 = CR$ = Cruzeiro Real (Cr$/1000) R$ 1 = NCz$ 2.750.000 R$ 1 = Cr$ 2.750.000 R$ 1 = CR$ 2.750 • 1994 até atualidade = R$ = Real (CR$/2750) R$ = 1 URV URV = Unidade Real de Valor – indexador que deu origem ao Real que variava diariamente e era cotado em CR$ até 30/06/1994 Obs. Desde 1999 o Brasil adota o Regime de Metas para a Inflação Curso: Conjuntura Econômica Inflação no Brasil – índice oficial - IPCA 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 IPCA - Var. % mensal - Sazonalidade 2016 2015 0,78 0,79 0,35 0,28 Sazonalidade (média 2007-2014) jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média 2007-2014 Fonte: IBGE. Elaboração: ASSEC/MP. 2015 2016 Curso: Conjuntura Econômica Inflação no Brasil – índice oficial - IPCA 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 IPCA – Var. % acumulada no ano e em 12 meses taxa acumulada 8,84 Limite Superior da Meta de Inflação Centro da Meta de Inflação 4,42 taxa acumulada no ano jun/14 set/14 dez/14 Fonte: IBGE. Elaboração: ASSEC/MP. mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 Curso: Conjuntura Econômica Inflação no Brasil – índice oficial - IPCA Inflação do IPCA – Índice Geral e Grupos (%) jun/16 Grupos Índice geral Alimentação e bebidas mai/16 jun/15 2016* 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Impacto IPCAIPCA IPCA p.p. 15 IPCA 0,35 0,40 0,78 0,79 8,8 10,7 6,4 5,9 5,8 6,5 5,9 0,71 0,18 0,35 0,78 0,63 12,8 12,0 8,0 8,5 9,9 7,2 10,4 Habitação Saúde e cuidados pessoais 0,63 0,10 1,13 1,79 0,86 7,4 18,3 8,8 3,4 6,8 6,7 5,0 0,83 0,09 1,03 1,62 0,91 11,8 9,2 7,0 6,9 5,9 6,3 5,1 Despesas pessoais Vestuário Artigos de residência Educação Comunicação Transportes 0,35 0,32 0,26 0,11 0,04 -0,53 0,04 0,02 0,01 0,01 0,00 -0,10 0,89 1,35 0,42 0,91 0,57 0,63 0,06 0,16 0,01 0,01 -0,69 -0,58 1,63 0,58 0,72 0,20 0,34 0,70 8,1 5,4 6,0 9,1 3,1 6,4 9,5 4,5 5,4 9,2 2,1 10,2 8,3 3,6 5,5 8,5 -1,5 3,8 8,4 5,4 7,1 7,9 1,5 3,3 10,2 5,8 0,8 7,8 0,8 0,5 8,6 8,3 0,0 8,1 1,5 6,0 7,4 7,5 3,5 6,2 0,9 2,4 Fonte: IBGE. Elaboração: ASSEC/MP. * Acumulado em 12 meses até junho. Obs. Desde jan/2012, ponderações da POF 2008/2009. Desde jan/2014, inclui Vitoria/ES e Campo Grande/MS. Curso: Conjuntura Econômica Inflação no Brasil • A atual meta de inflação brasileira, válida até 2018 é de 4,5% ao ano. Admite-se intervalo de variação, para cima ou para baixo, de 2 pontos percentuais em 2016; e de 1,5 p.p. em 2017 e em 2018. • Assim, se a inflação anual de 2016 ficar entre 2,5% e 6,5% é considerada dentro da meta. Em 2017 e 2018, pode ficar entre 3% e 6% para ser cumprida a meta. • A inflação oficial é medida pelo IPCA, calculado mensalmente pelo IBGE. Para a meta, vale o acumulado de doze meses ao final do ano. • O Banco Central procura manter a inflação no centro da meta. Quando está acima, eleva juros; quando está abaixo, reduz juros. • Os juros básicos atuais (meta SELIC) estão em 14,25% a.a. (jun/2016). Curso: Conjuntura Econômica 2 - Política de juros altos • Tripé macroeconômico 1. Responsabilidade Fiscal 2. Câmbio Flutuante 3. Regime de Metas para a Inflação • Meta SELIC – definição dos juros básicos da economia Principal instrumento de controle da inflação • Juros altos inibem a demanda por dois canais 1. Expectativas: ganhos futuros – poupança financeira 2. Crédito: encarecimento, seletividade e encurtamento de prazos Curso: Conjuntura Econômica Elevação da Meta Selic para Controle da Inflação 28 26 24 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Taxa Efetiva Selic Ac 12 meses IPCA acumulado em 12 meses Taxa Real Ex post Meta SELIC (% aa) Fonte: IBGE e BCB. Curso: Conjuntura Econômica Regime de Metas de Inflação Inflação converge para os limites estabelecidos 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 12,5 10,7 9,3 8,9 7,7 6,0 7,3 7,6 5,9 5,9 5,7 3,1 4,5 Fonte: IBGE e BCB. * Projeção – Expectativa de Mercado - BCB/Focus, de 01/07/2016. 6,5 5,8 5,9 6,4 4,3 Limite Inferior Limite Superior 5,4 4,8 Curso: Conjuntura Econômica 3 - Comparação internacional Taxas de inflação P e rí o do E s t a do s J a pã o % aa A le m a nha F ra nç a It á lia M é xic o A rge nt ina C hile B ra s il Unido s 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun F o nt e: Bloomberg e IBGE. 3,4 2,5 4,1 0,1 2,7 1,5 3,0 1,7 1,5 0,8 0,7 1,4 1,0 0,9 1,1 1,0 ... -0,1 0,3 0,7 0,4 -1,7 0,0 -0,2 -0,1 1,6 2,4 0,2 0,0 0,3 -0,1 -0,3 -0,4 ... 1,4 1,4 3,2 1,1 0,8 1,3 2,0 2,0 1,4 0,2 0,3 0,5 0,0 0,3 -0,1 0,1 0,3 1,8 1,7 2,8 1,2 1,0 2,0 2,7 1,5 0,8 0,1 0,3 0,3 -0,1 -0,1 -0,1 0,1 0,3 2,0 2,1 2,8 2,4 1,1 2,1 3,7 2,6 0,6 0,0 0,1 0,4 -0,2 -0,2 -0,4 -0,3 -0,3 3,3 4,1 3,8 6,5 3,6 4,4 3,8 3,6 4,0 4,1 2,1 2,6 2,9 2,6 2,5 2,6 ... 23,9 23,9 23,9 23,9 23,9 23,9 23,9 23,9 23,9 23,9 ... ... ... ... ... ... ... 3,7 2,6 7,8 7,1 -1,4 2,9 4,2 1,5 2,9 4,6 4,4 4,8 4,7 4,5 4,2 4,2 ... 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 10,7 10,4 9,4 9,3 9,3 8,8 Curso: Conjuntura Econômica Países que adotam regime de metas de inflação Fonte: SILVA, Roseli - ECEC G – Países que adotam Metas de Inflação – nov/2014 - https://roselisilva.wordpress.com Curso: Conjuntura Econômica Países que adotam regime de metas de inflação Fonte: SILVA, Roseli - ECEC G – Países que adotam Metas de Inflação – nov/2014 - https://roselisilva.wordpress.com Curso: Conjuntura Econômica 4 - Impactos na atividade econômica • Inflação gera incertezas 1. desorganiza as expectativas de produtores e consumidores 2. corrói poder de compra do consumidor 3. faz investidores postergarem novos projetos produtivos • Juros altos são o instrumento para controlar a inflação pois inibem a demanda • Efeitos colaterais: 1. Encarecimento do financiamento do investimento produtivo 2. Aumenta o custo de oportunidade para viabilidade de projetos 3. Aumenta o custo da dívida pública 4. Reduz a atividade econômica e gera desemprego Curso: Conjuntura Econômica 5 - Impactos nas contas públicas • Efeitos colaterais de inflação alta e juros altos - Aumenta o custo da dívida pública • Se pagamento dos juros for maior que o superávit primário, tem-se déficit nominal, que faz a dívida pública aumentar • Inflação diretamente eleva dívida pública devido indexadores dos títulos públicos pós-fixados - Correção por Selic, IPCA etc • Inflação oculta a real situação das contas pública - Superestima receitas e subestima despesas Curso: Conjuntura Econômica IV.16 - Títulos públicos federais1/ Participação por indexador Participação % Fim de Dívida fora Índice de correção do Bacen (R$ Câmbio TR milhões) período 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Dez Jan Fev Mar Abr Mai 979 662 1 093 495 1 224 871 1 264 823 1 398 415 1 603 940 1 783 061 1 916 709 2 028 126 2 183 611 2 650 165 2 606 980 2 678 222 2 753 503 2 670 191 2 744 167 2,7 1,3 0,9 1,1 0,7 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 Total Índices de preço 2,1 15,5 2,2 22,5 2,1 26,3 1,6 29,3 1,2 28,6 0,8 28,1 0,8 29,6 0,6 35,5 0,5 36,1 0,5 36,7 0,4 34,3 0,4 35,5 0,4 34,8 0,4 34,7 0,4 36,2 0,4 35,6 Fonte: STN e Bacen 1/ Até dezembro de 1999 – posição de custódia; a partir de janeiro de 2000 posição de carteira. Over/Selic Pré-fixado 51,8 37,8 33,4 35,8 35,8 32,5 30,8 22,2 19,5 19,2 23,6 25,8 26,0 25,8 27,1 26,8 27,9 36,1 37,3 32,2 33,7 37,9 38,3 41,2 43,3 43,1 41,0 37,7 38,1 38,6 35,8 36,7 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Curso: Conjuntura Econômica Dívida Líquida Setor Público (em % do PIB) Trajetória com tendência de estabilização 59,9 51,5 54,3 50,2 47,9 46,5 44,6 37,6 40,9 Fonte: BCB. * Projeção – Expectativa de Mercado - BCB/Focus de 43,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,2 48,3 51,0 52,8 54,0 Curso: Conjuntura Econômica Dívida Bruta do Governo Geral (em % do PIB) Perspectiva de estabilização 66,5 55,5 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 67,6 62,7 61,9 57,2 51,7 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 2017* 2018* Fonte: BCB. * Projeção – Grade de Parâmetros - MF/SPE. Curso: Conjuntura Econômica 6 – Considerações finais (Rel. Inflação BCB jun/16) • “Taxas de inflação elevadas ... - geram distorções que levam a aumento dos riscos e deprimem os investimentos, com encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, empresas e governos e na deterioração da confiança de empresários. - subtraem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias. - reduzem o potencial de crescimento da economia e o de geração de empregos e de renda”. (...) Curso: Conjuntura Econômica 6 – Considerações finais (Rel. Inflação BCB jun/16) (...) • “A inércia derivada do processo de realinhamento de preços relativos, a confluência de fenômenos climáticos sobre a produção mundial de alimentos (mais especificamente grãos) e seus efeitos sobre os preços domésticos, e as incertezas em relação ao comportamento da economia mundial. • O COPOM/BCB buscará circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo CMN em 2016 e adotará as medidas necessárias de forma a assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017. • Dessa forma, o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias”. Curso: Conjuntura Econômica Inflação – Projeções BCB – Rel. Inflação – jun16 Tabela Resumo das Projeções Cenário de Referência - BCB IPCA PIB Relatório 2016 2017 2016 mar/2016 6,60 4,90 -3,50 jun/2016* 6,90 4,70 -3,30 * Trajetória fixa de juros (14,25% aa) e câmbio (R$/US$ 3,45). Cenário de Mercado - FOCUS IPCA PIB Relatório 2016 2017 2016 mar/2016 6,90 5,40 -3,60 jun/2016* 7,00 5,50 -3,44 ** Trajetória de juros e câmbio da pesquisa BCB/Focus de 17/06/2016. Fonte: BCB. Elaboração: ASSEC/MP. Curso: Conjuntura Econômica Inflação – Expectativas de mercado 11 10,7 IPCA Observado 10 9 Projeção 01/07/2016 8 Projeção 21/12/2014 7,27 7 6 6,5 5,9 6,4 5,8 5,9 6,45 5,43 4,80 5,50 5 4,84 4 2010 2011 2012 2013 Fonte: IBGE e BCB. * Projeção – Expectativa de Mercado - BCB/Focus. 2014 2015 4,50 4,50 4,70 2016* 2017* 2018* 2019* 2020* Curso: Conjuntura Econômica Inflação e seus impactos na atividade econômica Grato pela atenção! Elder Linton Alves de Araujo EPPGG - ASSEC/MP [email protected] Curso: Conjuntura Econômica Inflação e seus impactos na atividade econômica Anexo Equilíbrio de mercado Ao preço de equilíbrio (pe), Qtde. Ofertada = Qtde. Demandada Ou seja, tem-se a quantidade de equilíbrio (qe) Se o preço > pe, há excesso de oferta, pois qtde. ofertada > qtde. demandada e preço tende a cair preço ($) excesso de oferta E oferta pe excesso de demanda qe demanda qtde Se o preço < pe, há excesso de demanda (ou escassez de oferta), pois qtde. ofertada < qtde. demandada e preço tende a subir Inflação de Demanda Aumento da demanda gera desequilíbrio, o preço sobe e estimula aumento da quantidade ofertada. Excesso de demanda por aumento da renda preço ($) oferta p pe E demanda demanda (inicial) qe q qtde Com isso, gera-se novo equilíbrio, mas com maior quantidade e com preço mais alto. Para combater inflação de demanda, devem ser restringidos os estímulos ao consumo, aumentando-se a taxa básica de juros Inflação de Custos Choque de Oferta – aumento dos custos de produção, ou dos impostos, ou ainda problemas com a produção (greves, falta de insumos etc) preço ($) Oferta oferta p (inicial) E pe demanda q qe qtde Redução da oferta gera desequilíbrio, o preço sobe e induz a redução da quantidade demandada. Com isso, gera-se novo equilíbrio, mas com menor quantidade e com preço mais alto. Para combater inflação de custos, devem ser dados estímulos ao aumento da oferta, com subsídios à produção e/ou reduzir tarifas de importação Mercado Equilíbrio Oferta = demanda Equilíbrio de mercado preço ($) oferta E pe demanda qe qtde Escassez de oferta Mercado Ou Excesso de demanda Oferta < demanda Equilíbrio de mercado preço ($) Resultado: aumento de preço de equilíbrio oferta C pe p1 A Escassez B demanda qo - qe qd qtde Equilíbrio de mercado e situações de escassez de oferta (ou excesso de demanda) Excesso de oferta Mercado preço ($) Oferta > demanda Resultado: redução de preço de equilíbrio Equilíbrio de mercado A p1 Excesso pe C B oferta demanda qd - qe qo qtde Equilíbrio de mercado e situações de excesso de oferta (ou escassez de demanda) Observações: - Em concorrência perfeita, o equilíbrio é obtido diretamente pela interação da oferta e da demanda. - Produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) não têm poder de influenciar individualmente o preço. - Diz-se que os ofertantes são tomadores de preço. - No limite, o preço se aproxima do custo de produção e o lucro tende a ser mínimo ou mesmo zero. - Em mercados com pouca concorrência, o preço de equilíbrio será dado pelo nível de oferta. - Geralmente, quando há poucos grandes ofertantes (oligopólio) ou apenas um ofertante (monopólio), o preço fica muito acima do custo e gera grande margem de lucratividade (mark-up) - Diz-se nesses casos que os ofertantes são formadores de preço e o lucro tende a ser máximo. Estruturas de Mercado (Quadro Síntese) Tipo de Mercado No. de Ofertantes No. de Demandantes Barreiras à Entrada Grau de diferenciação do Produto Determinação do preço Exemplos Concorrência Perfeita Muitos Muitos Nenhuma Nenhum Ninguém individualmente / Mercado Feira Livre Concorrência Monopolística Muitos Muitos Pequenas Mínimo / subjetivo / diferenciado por marca Ofertante Grifes Oligopólio Poucos Muitos Grandes Padronizado / diferenciado por marca Ofertante Indústria Automobilística Monopólio Um Muitos Total Não há substitutos Ofertante Saneamento Básico Monopsônio Muitos Um Total Depende do demanda específica Demandante Governo em Licitações Específicas Oligopsônio Muitos Poucos Grandes Padronizado / diferenciado por marca Demandante Empresas de Laticínios