SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA (SOBRATI) MESTRADO EM TERAPIA INTENSIVA DANIELA DE SOUZA BRANDÃO AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ACERCA DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA QUE ACARRETAM EM INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO EM RECÉM-NASCIDOS E SUAS RESPECTIVAS INTERVENÇÕES. São Paulo, 2014 SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA (SOBRATI) MESTRADO EM TERAPIA INTENSIVA DANIELA DE SOUZA BRANDÃO AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ACERCA DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA QUE ACARRETAM EM INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO EM RECÉM-NASCIDOS E SUAS RESPECTIVAS INTERVENÇÕES. Artigo científico apresentado a Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI) como parte dos requisitos necessários a obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva. Orientador: Prof. Dr. Douglas Ferrari São Paulo, 2014 As principais complicações acerca do cateter central de inserção periférica que acarretam em interrupção do tratamento em recém-nascidos e suas respectivas intervenções major complications about the peripherally inserted central catheter that lead to discontinuation of treatment in newborns and their respective interventions Las principales complicaciones del Catéter Central de Inserción Periférica, que acaban en interrupción del tratamiento en los recién nacidos en sus respectivas intervenciones. RESUMO: O cateter central de inserção periférica (PICC) é um cateter inserido por uma veia periférica e é conduzido até a circulação central com o auxilio de uma agulha introdutora. Objetivo: identificar as principais complicações acerca do cateter central de inserção periférica que acarretam em interrupção do tratamento em recém-nascidos e suas respectivas intervenções. Metodologia: O método adotado para realização da pesquisa foi a bibliográfica exploratória. Os critérios de inclusão foram: livro e artigos publicados entre 2010 e 2013, em periódicos nacionais, disponíveis em português. Conclusão: A unidade de terapia neonatal é o local onde aos neonatos são assistidos por terapias mais complexas, dentre elas, o PICC e, diante da incidência das complicações decorrentes da utilização do cateter, entende-se que, para amenizá-las, é necessário mais investimento em educação permanente para os profissionais de enfermagem que manipulam este tipo de cateter, no que se refere à inserção, manutenção e sua retirada, a fim de promover o sucesso do procedimento e prolongar a sua permanência, impactando diretamente numa assistência de melhor qualidade ao neonato. Descritores de textos: cateter central de inserção periférica e complicações. ABSTRACT: The peripherally inserted central catheter (PICC ) is a catheter inserted through a peripheral vein and is driven to the central circulation with the aid of an introducer needle. Objective: Identify major complications about the peripherally inserted central catheter that lead to discontinuation of treatment in newborns and their respective interventions. Methodology: The method used to conduct the study was the exploratory literature. The inclusion criteria were: books and articles published between 2010 and 2013 in national periodicals, be available in Portuguese. Conclusion: The neonatal care unit is where the newborns are assisted by more complex therapies, for instance, the PICC and, due the incidence of complications caused by the use of the catheter, we conclude that, if we want to mitigate the incidence of complications, it is necessary more investment in continuing education for nursing professionals who handle this type of catheter, regarding to the insertion, maintenance and withdrawal, in order to promote the success of the procedure and to extend his stay, impacting directly into improved quality of care to the newborn Key words: peripherally inserted central catheter and complications . RESUMEN: El Catéter Central de Inserción Periférica (PICC) es un catéter insertado por una vena periférica y que es conducido hasta la circulación central con auxilio de una aguja introductora. Objetivo: Identificar las principales complicaciones del Catéter Central de Inserción Periférica, que acaban en interrupción del tratamiento en los recién nacidos en sus respectivas intervenciones. Metodología: El método adoptado para la realización de la investigación fue la bibliografía exploratoria. Los criterios de inclusión fueron: libros y artículos publicados entre 2010 y 2013 en periódicos nacionales disponibles en português. Conclusión: La unidad de terapia neonatal es el local donde los neonatos son asistidos por terapias más complejas, entre ellas el PICC, frente a la incidencia de complicaciones producto de la utilización del catéter, entiéndase que para amenizarlas son necesarias más inversiones en educación permanente para los profesionales de enfermería que manipulan estos catéteres, en lo que se refiere a la inserción, mantenimiento y su retirada, para promover el éxito del procedimiento y prolongar su permanencia, impactando directamente en una asistencia de calidad al neonato. Descriptores de textos: Catéter central de inserción periférica y complicaciones. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 04 OBJETIVO 07 METODOLOGIA 07 RESULTADOS 07 DISCUSSÃO 12 CONCLUSÃO 21 REFERÊNCIAS 22 Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento de novos recursos terapêuticos em neonatologia proporcionaram um aumento acentuado na sobrevivência de recém-nascidos (RNs) gravemente doentes. A terapêutica intravenosa tem papel muito importante na assistência desses neonatos que freqüentemente necessitam de medicamentos de uso prolongado, assim, dispor de um acesso seguro é fundamental para a sobrevivência desses neonatos ¹. A maneira mais comum de se acessar sistema venoso é através de uma punção periférica, a qual pode ser conceituada como a técnica de introdução de um cateter específico em um vaso sanguíneo, com o objetivo de acessar a corrente sangüínea do indivíduo por um período determinado ². O procedimento de punção venosa é considerado uma das práticas mais difíceis de serem realizadas, e é uma das mais executadas pela equipe de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) ³. A fragilidade da rede venosa dos RNs, as múltiplas punções periféricas, as soluções irritantes e vesicantes são fatores que contribuem para o esgotamento das possibilidades de um acesso seguro para a terapia intravenosa, muitas vezes expondo o bebê a maiores riscos de infecção e estresse por dor, entre outros. Sendo assim é evidente a importância do conhecimento por parte do enfermeiro e da equipe, sobre os mecanismos que envolvem: a instalação, manutenção do acesso venoso, possibilitar segurança ao neonato, prevenir e detectar precocemente as possíveis complicações e intercorrências 4,5. O cateter central de inserção periférica (CCIP), originado do termo inglês peripherally inserted central venous cateter (PICC) é um dispositivo intravenoso longo e flexível, inserido através de uma veia superficial da extremidade corporal, com auxílio de uma agulha introdutora e vai progredindo em seu interior, seguindo seu trajeto anatômico até a extremidade distal da veia cava superior ou veia cava inferior, com localização na circulação central 6. Este dispositivo pode ser constituído de poliuretano ou silicone, são biestáveis e biocompátiveis, ou seja, não causam irritação e apresentam menores riscos ao paciente. O comprimento varia de 20 cm a 65 cm, os calibres variam de 1 a 5 French, pode conter um ou mais lúmens, são marcados em centímetros para certificar a medida a ser introduzida 2,7 e,8 . São compatíveis com diversas soluções, capazes de permanecer por longos períodos (a literatura relata a permanência por 1 ano), e é realizado a avaliação de um profissional capacitado 5,9. Indicações: idade, terapias superiores há 06 dias, administração de nutrição parenteral com dextrose maior que 10%, medicamentos ou soluções hiperosmolares ou com pH não fisiológico, monitorização da pressão venosa central, patologias cirúrgicas de amplo porte, síndromes, malformação, doenças crônicas e infecciosas 7,10. Vantagens: a confiabilidade do acesso, inserção menos traumática quando comparado a outros cateteres venosos centrais, pode ser inserido a beira leito, dispensando a suporte do centro cirúrgico, menores riscos de flebites, infiltrações, administração drogas incompatível em cateteres duplo lumens, menos riscos de pneumotórax e hemotórax, administração de hemoderivados, como coleta de exames (dependendo do calibre do cateter), disponibilidade de escolha de locais para punções venosas, menor estresse para o RN e para a equipe multiprofissional 10,11. Contra-indicações: lesões cutâneas no local da inserção, administração de grandes volumes sob pressão, retorno venoso prejudicado, em caso de emergência, coletas de sangue com cateteres com calibres menores que 3.0 Fr, hemodiálise ou quando os familiares recusarem o procedimento 7. Desvantagens: necessidade de treinamento especial da equipe para a inserção e manutenção, veias periféricas calibrosas, tempo estimado de inserção 45 minutos, necessidade de utilização de curativos que promovam barreira máxima e não pode ser inserido enquanto o paciente estiver instável ¹. A inserção do PICC é um procedimento de alta complexidade técnica, fato que exige conhecimentos específicos. Segundo a Lei de Exercício Profissional LEI nº 7498 de 25 de junho de 1986, o enfermeiro assistencial é o profissional responsável por exercer atividades privativas, tais como prestar cuidados á pacientes com risco de vida, e realizar procedimentos de maiores complexidades técnicas e que necessitem de conhecimentos científicos 12. Os enfermeiros brasileiros estão respaldados legalmente pela Resolução do COFEN258/2001, a qual afirma que: “Art 1°- É licito ao Enfermeiro a Inserção de Cateter Periférico Central”. No entanto, o Art. 2° destaca a importância de que “O Enfermeiro para o desempenho de tal atividade, deverá ter-se submetido á qualificação e/ ou capacitação profissional” 13. Para a realização da inserção deve-se: avaliar veias e selecionar aquelas com maiores probabilidades de sucesso de punção e progressão do cateter, posicionar o paciente; realizar as medidas (do previsível local de inserção até a veia cava superior ou inferior); o profissional deverá utilizar precauções máximas de barreiras: colocar máscara, gorros, óculos, após realizar a degermação das mãos, avental estéril, luvas estéreis, realizar a anti-sepsia cutânea do paciente indica-se a clorexidina alcoólica, deve-se aguardar a secagem total do antiséptico, colocar o campo fenestrado sobre o paciente deixando exposto apenas o local de punção, preparar os materiais, lubrificar o cateter com solução salina 0,9%, ajustar o comprimento do cateter, conforme medida, preparar o introdutor, aplicar o torniquete e preparar o conjunto do introdutor, realizar a punção venosa, retirar a agulha da bainha protetora e introduzir o cateter, realizar o teste de permeabilidade do cateter, fechar o cateter com seu oclusor, retirar o campo fenestrado, realizar a anti-sepsia do local de inserção, fixar o cateter com curativo oclusivo com gaze e aguarde a confirmação da locação central do cateter após a imagem radiológica8,14. Objetivo: identificar as principais complicações acerca do cateter central de inserção periférica que acarretam em interrupção do tratamento em recém-nascidos e suas respectivas intervenções. Metodologia: O método adotado para realização da pesquisa foi à bibliográfica exploratória que é definida como aquela que a partir dos registros disponíveis, decorrentes de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos e teses. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registradas15. Os artigos incluídos nesta revisão atenderam os seguintes critérios: ter sido publicado entre 2010 e 2013, em periódicos nacionais, estar disponível em português e abordar o objeto a ser discutido, ressalvo que foi incluído apenas de hum estudo publicado em 2007 devido a sua importância para o desenvolvimento desta pesquisa. Descritores de textos: cateter central de inserção periférica e complicações. Resultados: Foram encontrados na base de dados Literatura latino-americana e do Caribe em ciência da saúde (LILACS) 42 artigos dos quais 08 foram selecionados e na Scientific Eletronic Library Online (SciELO) foram selecionados 07 dos 128 artigos encontrados. A partir foi realizada uma pesquisa exploratória que busca levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto 15. As publicações foram avaliadas inicialmente pelo título, ano e resumo, para certificar que se enquadrariam nos critérios de inclusão. Após foram lidos na íntegra. Diante do exposto foram excluídos 156 artigos, por não abordarem a temática pertinente ao objetivo desta pesquisa. O resultado das publicações selecionadas estão dispostas no Quadro 1, bem como os principais aspectos analisados. QUADRO1. Representação dos principais aspectos analisados nas publicações Autoria Johann et al(2012) Menezes, SO, Gomes, MASM Filho Lamy, F (2013) Mingorance, P et al (2013) Pacheco STA Nome do artigo Cuidados com o cateter central de inserção periférica: revisão integrativa Manejo do acesso vascular em recémnascidos de muito baixo peso ao nascer em unidades públicas neonatais do município do Rio de Janeiro Tipo de estudo amostra Revisão integrativa. Objetivo Investigar e analisar na literatura as evidências disponíveis acerca da temática. Estudo descritivo Descrever as onde são principais demonstradas as características principais do manejo do características do acesso vascular manejo do acesso em neonatos de vascular nas muito baixo unidades avaliadas. peso ao nascer nas unidades das Secretarias Municipais de Saúde do Rio de Janeiro. Relações Pesquisa Relacionar as significativas exploratória, características acerca do descritiva e sóciocateter central documental demográficas e de inserção retrospectiva com clínicas de periférica abordagem neonatos em Quantitativa. uso de cateter central de inserção periférica ás complicações associadas. O cuidado pelo Trata-se de um Descrever de Resultados e conclusões Conclui-se que há necessidade de atualização profissional, evidencias científicas de fácil acesso e publicações nacionais. O estudo evidencia a persistência de problemas na estrutura relativa ao manejo do acesso vascular nas unidades estudadas. A comparação com outros estudos sugere que as estratégias de discussão, treinamento e implementação de rotinas podem ser o caminho para a melhoria do cuidado neonatal. Identificou-se relação significativa entre as variáveis clínicas e a ocorrência de complicações. Para tornar esse et al (2012) enfermeiro ao recém-nascido prematuro frente a punção venosa Vieira, AO et al (2013) Cuidados de enfermagem em pacientes neonatos com cateter central de inserção periférica Swerts,CAS et al (2013) Cuidados de enfermagem frente ás complicações do cateter central de inserção periférica em neonatos Montes, SF, Teixiera, JBA, Barbosa, MH Barichello, E. (2011) Ocorrência de complicações relacionadas ao uso de cateter central de inserção periférica em estudo qualitativo, cujo cenário de estudo foi a UTIN de um hospital universitário do RJ. O método utilizado foi a descrita por Bardim. Análise do conteúdo consiste nas seguintes etapas: pré-análise; exploração do material e interpretação. Revisão sistemática de artigos, os quais foram encontrados através de busca de dados científicos, periódicos e bibliografias de área. Trata-se de uma pesquisa descritiva, observacional com três enfermeiras e vinte técnicas de enfermagem, utilizando-se de instrumento estruturado para registro das observações e complicações do PICC. Estudo retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa em um hospital de grande porte, público, de que a forma o enfermeiro realiza os cuidados para minimizar a dor antes, durante a após a punção venosa em recém-nascidos prematuros. procedimento o menos doloroso possível para o RN, os enfermeiros apontam cuidados que consideram essenciais para alivio da dor diante da punção venosa, porém não diferenciam as etapas deste processo. Apontar as principais idéias teóricocientíficas que demonstram a confiabilidade, a competência e a habilidade dos enfermeiros para a realização do PICC. Avaliar os cuidados de enfermagem frente ás complicações relacionadas ao cateter central de inserção periférica em neonatos. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), é licito aos enfermeiros a inserção do PICC, desde q se tenha submetido á capacitação profissional. Identificar a ocorrência de complicações associadas ao cateter central de inserção periférica em Os resultados deste estudo oferecem subsídios para que os profissionais de enfermagem fiquem atentos para as intervenções necessárias frente ás complicações de uso do PICC, bem como chama atenção para a importância de prover cursos de qualificação que fundamentem boas práticas dos cuidados de enfermagem. Os achados apontam para a necessidade de ampliação de investimento em programas de capacitação profissional para garantir o manejo seguro destes dispositivos intravenosos e RN ensino que atende á pacientes de alta complexidade do Município de Uberaba, Minas Gerais. Jesus, VC Secoli, SR (2007) Complicações acerca do cateter central de inserção periférica Revisão bibliográfica em periódicos de enfermagem encontradas nas bases de dados PUB MEd, LILACS e CAPES / OVID e livros especializados em terapia intravenosa. Duarte, ED et al (2013) Fatores associados a infecção pelo uso do PICC em UTIN Estudo epidemiológico, longitudinal e analítico desenvolvido em RN internados na UTIN de outubro de 2008 a julho de 2009, em um hospital publico de ensino de Uberaba , Minas Gerais. Abordar as principais complicações do uso de PICC. Analisar os fatores associados a infecção pelo uso do PICC assegurar a qualidade da assistência de enfermagem a esta população. As complicações identificadas foram: oclusão, flebite, mau posicionamento, sepse, trombose, infecção local, ruptura, embolização e dificuldade de remoção do cateter. Muitas dessas complicações foram atribuídas a uma técnica asséptica e manipulação do dispositivo inadequada. Assim, para que o sucesso desta prática seja alcançado é necessário que os profissionais busquem o conhecimento técnico cientifico por meio de treinamentos e habilitações, para evitar complicações e saber intervir diante de problemas já instalados, não se esquecendo de qualificar a equipe para evitar complicações decorrentes da manipulação inadequada do cateter. Estas medidas contribuem para reduzir o índice de complicações descrito na literatura , evidenciando que o PICC é um importante aliado do tratamento, além de trazer resultados positivos á qualidade da assistência. Conclui-se que os fatores relacionados á prática dos profissionais contribuíram para a retirada dos cateteres, sinalizando para a Costa, P et al (2013) Analgesia e sedação durante a instalação de cateter central de inserção periférica em neonatos Baggio, MA, Bazzi FCS, Bilibio CAC. Cateter central de inserção periférica: descrição da utilização em uti neonatal e pediátrica hospital em Belo Horizonte. A coleta de dados e foi realizada por uma ficha estruturada para o registro das informações referentes ao processo de inserção, manutenção e retirada do PICC. Estudo transversal com coleta de dados realizado em uma UTIN de um hospital privado se São Paulo. Estudo descritivo, retrospectivo, documental. em RNs internados na UTIN. Caracterizar as estratégias de analgesia e sedação em neonatos submetidos á instalação do PICC e relacioná-las ao numero de punções venosas, duração do procedimento e posicionamento da ponta do cateter. necessidade de intervenções que melhorem a segurança e a eficácia em uso. A adoção de estratégias analgésicas ou sedativas ocorreu em 88%(33,4%) instalações do cateter e não esteve relacionada ao numero de punções venosas, duração do procedimento ou posicionamento do cateter. As estratégias mais freqüentes foram a administração endovenosa de midazolan e 47(18.5%) e fentanil em 19(7.3%) inserções do cateter. Recomenda-se maior adoção de estratégias analgésicas antes, durante e após o procedimento. Descrever a Para a manutenção do utilização do cateter é requerida a cateter central capacitação e a educação de inserção permanente dos periférica profissionais, estratégias (PICC) em uma que qualificam a assistência. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica quanto à inserção, manutenção e remoção, e identificar o perfil das crianças que receberam Johann,DA Complicações relacionadas ao uso do cateter central de inserção periférica no neonato Pesquisa quantitativa, quase experimental, de desenho antes e depois; composta de três fases distintas a saber: retrospectiva, intervenção educativa e prospectiva. Bergami,CMC, Monjardim MAC, Macedo CR Utilização do cateter central de inserção periférica (PICC) em oncologia pediátrica. foi utilizada a revisão bibliográfica em periódicos de enfermagem encontrados nas bases de dados PUBMED, LILACS e CAPES/OVID e livros especializados em terapia intravenosa. PICC. Analisar as complicações relacionadas ao PICC no neonato antes e após a implantação de uma direção clínica. abordar as principais complicações do uso do PICC Evidencia-se a redução das complicações relacionadas ao cateter pós-intervenção educativa e implantação de diretriz clinica. Ressalta-se e empoderamento dos profissionais de enfermagem, nos quesitos: conhecimento embasada em evidencias cientificas fortes; apropriação de cuidados de qualidade; estimulo e incentivo á equipe em busca constante de segurança na prática profissional e na prestação de cuidado qualificado. As complicações identificadas foram oclusão, flebite, mau posicionamento, sepse, trombose, infecção local, ruptura, embolização e dificuldade de remoção do cateter. Muitas dessas complicações foram atribuídas a uma técnica asséptica e manipulação do dispositivo inadequadas. Assim, para que o sucesso desta prática seja alcançado é necessário que os profissionais busquem o conhecimento técnico e científico por meio de treinamentos e habilitações, para evitar complicações e saber intervir diante de problemas já instalados, não se esquecendo de qualificar a equipe para evitar complicações decorrentes da manipulação inadequada do cateter. Estas medidas contribuem para reduzir o índice de complicações descrito na literatura, evidenciando que o PICC é um importante aliado do tratamento, além de trazer resultados positivos à qualidade da assistência. Stocco JG, Crozeta K, Labronici LM, Maftum MA, Méier MJ. Cateter Central de Inserção Periférica: percepções da equipe Pesquisa descritiva e exploratória na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um hospital em Curitiba em setembro de 2008 Refletir sobre o papel do profissional de enfermagem no cuidado ao paciente com PICC e discutir sobre o cuidado do paciente com PICC sustentados na visão tecnológica. Mota PN, Fialho FA, Dias IMAV, Nascimento L. Cateter Central de Inserção Periférica: o papel da enfermagem na sua utilização. HU Revista. Juiz de Fora Trata-se de pesquisa documental, foi realizada numa instituição da cidade de Juiz de Fora - MG, Brasil, através do levantamento dos dados contidos nos prontuários utilizados pelos profissionais desta instituição Verificar a utilização do PICC em uma unidade de terapia intensiva neonatal, caracterizar o perfil do recém-nascido submetido ao PICC, identificar as indicações do uso e apresentar os fatores que levaram à retirada do PICC Conclui-se que a percepção sobre tecnologia está associada a máquinas e equipamentos, mas q equipe reconheceu a tecnologia como impactante na qualidade de vida do paciente; e reconheceu também a necessidade de socialização, mediante estratégias de educação permanente. Neste estudo foi verificado que a utilização do PICC é realmente importante, pois pode-se observar que traz benefícios ao recém-nascido principalmente na diminuição do número de punções e diminuição da dor e que estes dispositivos em sua maioria, permanecem o tempo necessário para o seu tratamento. A melhoria da qualidade da assistência de enfermagem visa reduzir a morbidade e mortalidade neonatal em decorrência ás complicações inerentes ao uso do CCIP 6. Na perspectiva da realização da punção venosa, o enfermeiro deve realizá-la interagindo com o recém-nascido, uma vez que este procedimento deve ser entendido como um processo que envolve várias etapas: a que antecede o procedimento, o procedimento propriamente dito e aquela posterior a realização deste ³. A veia basílica tem sido utilizada como principal local de punção, seguida da veia cefálica, por ser mais calibrosa, ter menos válvulas, sua localização facilitar a manipulação e a manutenção do cateter, mais um estudo corrobora com esta informação, relata que as veias da fossa antecubital mais puncionadas foram: a veia basílica (50%); a veia cefálica (20%) e cubital mediana (19,4%), em contrapartida, outra pesquisa na qual foram realizados 55 procedimentos de inserção de PICC, descreve que o principal local de inserção foi a veia safena 1,5,16,. As principais indicações para o uso de PICC encontradas na literatura foram em decorrência principalmente da antibioticoterapia (72,9%), seguida da necessidade de nutrição parenteral (31,1) e aminas vasoativas (11%) 17 . Apesar dos inúmeros benefícios do PICC, os profissionais devem estar atentos aos riscos relacionados ao seu uso, associados às complicações que pode ocorrer na inserção, durante a manutenção ou na remoção do cateter 1. Estudos apontam que existe um conjunto de complicações que são classificadas em: locais, sistêmicas e circunstanciais 7. Locais: são caracterizadas por lesões ao redor do sítio de inserção do cateter, raramente são graves e podem ser reconhecidas precocemente por avaliação direta do óstio, como: flebite, infiltração, extravasamento e hematoma 16. Flebite é um processo que se desenvolve no interior da parede do vaso sanguíneo, na qual as células endoteliais tornam-se inflamada e áspera, favorecendo a aderência de plaquetas. Podem ser classificadas como: mecânicas, físicas e químicas de acordo com o fator precipitante. A incidência varia de 2 a 26%. Essa taxa é baixa, se comparada àquela verificada nos cateteres periféricos, cuja incidência é de 65% 2,16. Flebite mecânica: é a mais comumente encontrada, ocorre em resposta do trauma durante a inserção, retirada ou movimentação do introdutor no vaso sanguíneo e torna-se evidente de 48 a 72 horas após a inserção ou retirada do dispositivo. A taxa de incidência desta complicação alterna entre 5 a 26% ¹. Flebite química: está diretamente relacionada á administração de soluções, medicamentos irritantes ou diluídos inadequadamente, mistura de medicamentos incompatíveis, infusão rápida e presença de pequenas partículas na solução, porém é raro ocorrer. Existem fatores de risco como: a ponta do cateter mal posicionada (periférica) ou em veias com baixo fluxo. Substâncias irritantes e vesicantes são a que apresentam pH menores que 4,1 ou maiores que 8, bem como, substâncias com osmolaridade superiores a 450mOsm/L que é considerada baixa risco, entre 450 e 600mOsm/L é considerado risco moderado e alto risco acima de 600 mOsm/L, acarretam em transformações do endotélio.2,16. Flebite Infecciosa: está relacionada á infecção por microrganismo, os fatores que contribuem para o seu desenvolvimento incluem técnicas assépticas a anti-sépticas inadequadas durante a inserção, manipulação, observação não rigorosa, fixação ineficaz e falha na avaliação do local de inserção 16. Uma pesquisa publicada em 2013 descreve que diante do aparecimento de sinais flogísticos, as enfermeiras colocam compressas mornas no local e observam por 24 horas e quando necessário, interrompe a infusão de medicamentos e comunica o médico. Um dos principais indicativos de infecção local, principalmente nas primeiras 24 horas após a inserção do cateter é o edema do membro, que também pode ocorrer no neonato por hipoalbuminemia. Desta forma a equipe multidisciplinar deve estar atenta, impedindo a retirada precoce do cateter inadvertidamente por confundir o edema do membro com infiltração 6. Fatores que diminuem a ocorrência de flebite incluem: a utilização de cateter 3Fr; inserção na veia basílica; posicionamento central; pouca movimentação no momento da introdução do cateter; fixação adequada 7. A infecção pode ser prevenida por meio de técnicas anti-sépticas e asséptica durante a inserção, manutenção, observação direta da região peri-óstio, tempo de permanência do cateter e critério de troca de equipo, que será abordado posteriormente 16. Hematoma: é caracterizado por infiltração de sangue no tecido subcutâneo causando sensibilidade no local da punção, área de contusão ao redor e impossibilidade de infusão, pode estar relacionado á transfixação da veia durante as tentativas de punção, calibre inadequado do introdutor, distúrbios de coagulação, terapêutica anticoagulante, retirada do cateter ou agulha 2,18,19. Infiltração: é o transbordamento de medicamento não vesicantes ao redor do tecido caracterizado por edema, pele fria e tensa, fluxo de sangue ausente, infusão lenta e contínua, geralmente em decorrência calibre inadequado, deslocamento do cateter por manipulação excessiva 18,19. O extravasamento é a infiltração de medicamento vesicante, com formação de bolhas, crostas e até necrose tecidual, caracterizado por dor, edema local, pele fria, infusão lenta ou parada 18. Literatura acrescenta que no momento da inserção pode haver complicações como: punções acidentais em artérias, tendões e nervos resultando em lesões e dificuldade de progressão de cateteres, como intervenção de enfermagem sugere-se a retirada imediata do introdutor, compressão local e, realizar nova abordagem ao sistema circulatório, através de outra punção venosa ² . Observou-se em um estudo realizado em UTIN em Curitiba que a redução do número de tentativas de punção é tendência na minimização das complicações locais, fato este reforçado por estudos já publicados sobre o tema ²0. Trombose é causada pela aderência de plaquetas e fibrina que obstruem o cateter e o lúmen do vaso, sua incidência varia de 4 a 38%. Na manutenção diária alguns fatores podem levar a formação de coágulos, como: traumas nas células endoteliais da parede do vaso, interrupção da terapia por muito tempo, refluxo de sangue pelo cateter, velocidade lenta da infusão e estados de hipercoagulopatias. Estudo constata que 57% das tromboses ocorrem na veia cefálica, às possíveis razões para esta incidência foram: o menor diâmetro da veia quando comparada a veia basílica, o que aumenta o risco de lesão endotelial e por ser mais tortuosa na parte superior do braço, dificultando a passagem do dispositivo. Alguns cateteres possuem válvulas em sua extremidade distal, o que previne a entrada passiva de sangue em seu interior, reduzindo da formação de trombos. Ao verificar a existência de coágulo na extensão do cateter, deve-se ter o cuidado de não introduzi-lo na corrente sanguínea com a pressão da seringa. Deve-se avaliar diariamente o membro em que foi inserido o PICC, observar presença de edema, dor no tórax, ouvido ou mandíbula e medir a circunferência do membro 16 . Caracteriza-se a dor como quinto sinal vital. Um estudo descritivo aponta que os enfermeiros utilizam a sucção nutritiva e não nutritiva, a sucção não nutritiva com uso de glicose e o uso da glicose para minimizar a dor no RN. O uso da glicose é eficaz, pois seu uso libera endorfinas, substância analgésica produzidas pelo corpo que geram sensação de bem estar. Utilizar a contenção facilitada (enrolamento), promover o acalento, aconchego, manuseio, minimizam a dor durante o procedimento de punção venosa. Em outro estudo transversal com coletas prospectivas foram instalados 254 cateteres, destes 166 não foram utilizadas estratégias de analgesia ou sedação. Em 47 foi administrado midazolan, em 19 o fentanil, 9 foram administrados midazolan associado ao fentanil, 5 utilizaram hidrato de cloral e em 2 procedimentos de inserção o cloridrato de tramadol e não farmacológicas administraram solução adocicada em 5 inserções do e em 1 sucção não nutritiva associado a solução adocicada. Indicando-se a utilização de analgesia com mais freqüência durante a realização de inserção do PICC 3,21. Sistêmicas: são aquelas que colocam em risco a vida do paciente, como: a sepse, embolia gasosa e embolia por cateter 7. A sepse ocorre quando os microrganismos migram para a corrente sanguínea, e pode colocar a vida do paciente em risco. Os fatores associados a este tipo de complicação incluem as técnicas assépticas e anti-sépticas inadequadas, utilização de materiais e ambientes contaminados, cateteres de múltiplos lúmens, excessiva manipulação do dispositivo, maior tempo de duração da terapia, susceptibilidade do paciente e doença de base 16. A sepse relacionada ao PICC é baixa quando comparada á outros cateteres venosos centrais, motivo provável, devido a baixa concentração de bactérias do braço se comparada ao tórax, a taxa de incidência de ocorrência da sepse pode variar entre 2 e 21% , outro estudo epidemiológico realizado em minas gerais com 291 inserções em 233 crianças a taxa ocorrência de infecção foi de 15,8% 16,17. Quando se trata de eventos infecciosos, o que se observa na prática é antes mesmo da comprovação laboratorial, ou seja, mediante aos sinais clínicos sugestivos de infecção, como febre, hipotermia, apnéia entre outros, já retirada o cateter 17. A técnica asséptica e anti-séptica, treinamento dos profissionais envolvidos na assistência, retirar o dispositivo após o término da terapia, o uso de filtros antibacterianos durante a infusão, minimizar o tempo de terapia com nutrição parenteral, estabelecimento de uma conexão permanente para administrar medicamentos, uso de adaptadores que permitem acesso sem a abertura do cateter e o sítio de inserção ocluído com curativo estéril. São medidas imprescindíveis para reduzir a sepse 7. Referentes aos equipos utilizados para a infusão de emulsões lipídicas ou hemocomponentes devem ser substituídos a cada 24 horas; no caso de administração de propofol eles devem ser trocados a cada 6 a 12 horas de uso. Os demais casos poderão ser trocados a após a permanência de 72 a 96 horas, ou quando associados a cateteres antimicrobianos, após 7 dias de uso. Estas medidas também minimizam a sepse 14. O tratamento inclui a retirada do cateter e antibioticoterapia sistêmica ¹. A embolia por cateter ocorre quando uma parte do cateter se quebra e desloca-se para o tórax e alojar-se nas artérias e veias cardíacas, causando embolia pulmonar, disritmia cardíaca, septicemia, endocardite, trombose e até mesmo a morte. Na literatura a maioria dos casos o fragmento alojou-se na artéria pulmonar, e em apenas um no átrio direito. Para se evitar este tipo de complicação dispensa-se o uso da força para lavar o cateter e ou ao retirá-lo em caso de resistência, se houver a suspeita deve-se aplicar um torniquete para ocluir o vaso e encaminhar o paciente é radiografia e observar a posição do êmbolo. 1,16 Embolia gasosa: é letal e rara com o PICC, pois o local de inserção do cateter esta abaixo do nível do coração, o que mantém uma pressão adequada no interior do cateter. As causas destas complicações são: presença de ar no equipo, desconexões no sistema de infusão, frascos de soluções vazios, técnica adequada na realização de troca de curativos e punção de acesso venoso central. Para evitar complicações mais severas posicione a cliente do lado esquerdo, na posição trendelemburg para possibilitar a entrada de ar em átrio direito e sua dispersão pela artéria pulmonar 1,2,16. Complicações circunstanciais: são aquelas e abrangem o cateter: oclusão, ruptura, dificuldade de remoção do cateter 1,7. A ruptura ocorre mais freqüência em cateteres de menores calibres especialmente de silicone, se forem manuseados de forma inadequada, os fabricantes indicam seringas de 10 ml ou maiores, devido à menor pressão exercida no interior do cateter 1,7,16. O PICC poder ser reparado utilizando-se material comercializado para reparo ou reposicionando-se o cateter por fio-guia. Nesta técnica o fio guia é inserido no cateter a ser removido, e este é então tracionado para fora, e um novo é inserido utilizando-se o mesmo condutor 16. A dificuldade de remoção do cateter tem sido relatada, sendo indicada a remoção cirúrgica nos casos mais graves. As causa mais comuns incluem a flebite, infecção e aderência de fibrina, venoespasmo principalmente nos cateteres de poliuretano. O medo do paciente faz com que o venoespasmo aumente, por provocar estimulação parassimpática, diante de fato promover técnicas de relaxamentos e tranqüilizar o ambiente, ou ainda realizar compressas mornas para dilatar as veias e pressionar levemente os dispositivo são manobras que facilitam a sua retirada 2,7,8,16. A oclusão é definida como a obstrução parcial ou completa do cateter que impede ou dificulta a aspiração do sangue, levando a perda da permeabilidade do cateter. Em um estudo retrospectivo realizado na UTIN em Minas Gerais, descreve que a taxa de incidência desta complicação é 2 a 44% 1. A obstrução é dividida em três: mecânica, trombótica e não-trombótica. A mecânica é causada por dobras, compressão do lúmen, geralmente, resulta da migração da extremidade do cateter para um vaso de menor calibre, e mesmo que esteja situada na veia cava superior, pode apresentar-se comprimida entre a clavícula e a primeira costela, síndrome conhecida como “Pinch-off”. A migração do cateter é uma complicação comum e pode ocorrer durante a inserção do dispositivo ou durante sua manutenção 1,7. No estudo descritivo, realizado no Rio de Janeiro publicado em 2013 relata que as complicações mecânicas associadas ao PICC corresponderam a 13,6% das razões retiradas 4. A obstrução trombótica é resultado do desenvolvimento de coágulos internos ou externos do cateter, isso pode ocorrer devido a um trauma na parede do vaso, estenose ou estados de hipercoagulopatias causados por câncer ou diabetes 1,7,16. A oclusão não-trombótica pode resultar de formação de cristais intraluminal de medicamento incompatíveis ou nutrição parenteral, a poucas lavagens, refluxo sanguíneo, fatores que somados ao pequeno diâmetro interno e comprimento longo contribuem para o evento 1,7,16. Durante a manutenção do cateter devem ser realizados os flushs (é a lavagem interna do cateter com solução salina para promover um fluxo turbulento e limpar de modo adequado a parede do dispositivo) com intervalos e soluções conforme protocolo da instituição. Estudos comprovam que a infusão de heparina na dose de 0,5UI/Kg/hr prolonga o tempo de permanência do PICC, dissonante a esta informação a administração de anticoagulante associada nutrição parenteral não se obteve êxito. Outra literatura comprova que a realização do flush esta significativamente relacionada é ocorrência de infecção, destaca-se que em todos os casos confirmados foram realizados os flushs 14,20. Uma pesquisa observacional, realizada em 2010 em uma UTIN, descreve que diante da obstrução do cateter, todas as enfermeiras (3), afirmam utilizar a técnica das duas seringas, em que se conecta na extremidade do cateter uma torneirinha de três vias, por sua conectada a uma seringa de 3 mL com uma solução de desobstrução (0,01 de heparina a 0,99 mL de solução fisiológica á 0,9%) e uma seringa de 10 mL vazia, porém durante o período de observação, foi constatado que algumas enfermeiras utilizaram a de 1 mL e a de 10 mL conectada na torneira de três vias 6,9. Outro fator que pode provocar a oclusão do cateter é a administração de hemoderivados, estudos recomendam que a coleta de sangue pelo PICC seja realizadas em cateteres maiores que 3 Fr em contra partida outra referência recomenda que os cateteres sejam maiores que 3.8 Fr e que após a administração do hemoderivados, seja a realizada a lavagem com 10 a 20 ml de solução salina 7,16,2. A ruptura varia entre 4 e 5% , geralmente esta complicação ocorre nos cateteres de pequeno calibre, especialmente os de silicone, pois quebram-se ou rompem-se facilmente se forem manuseados de forma inadequada e com pressão exercidas pela utilização de seringa menores de 10 ml, como as seringas de 1mL, 3 ML e 5 mL, podem gerar pressões muito altas (7.800, 6.200 e 4.608 mmHg, respectivamente), o encaminhamento de paciente a setores de apoio, como centro cirúrgico e centro de imagens por exemplo. 1,2,22. Conclusão Através desta pesquisa conclui-se que na unidade de terapia neonatal é o local onde aos neonatos são assistidos por terapias mais complexas. A utilização de novas tecnologias tem contribuído para o aumento da taxa de sobrevida destes pacientes. Com o avanço da tecnologia intravenosa, surgiu o PICC. Quando o PICC é comparado a outros tipos de cateteres venosos centrais, apresenta menor risco de complicações, porém, não a ausência delas. As complicações mais freqüentes são as flebites, os hematomas, as oclusões e as rupturas, as demais ocorrem com menores incidências. Diante do resultado das complicações mais freqüentes, entende-se que para amenizá-las é necessário mais investimento em educação permanente para os profissionais de enfermagem que manipulam este tipo de cateter, no que se refere á inserção, manutenção e a sua retirada, para promover o sucesso do procedimento e prolongar a sua permanência, impactando diretamente numa assistência de melhor qualidade ao neonato. Referências Bibliográficas 1. Montes SF, Teixeira JBA,Barbosa MH, Barichello E. Ocorrência de complicações relacionadas ao uso de Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC) em recém-nascido. Revista Enfermería Global. 2011: out: 24: 10-18. Acessado em 03/01/2014. Disponível em: http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v10n24/pt_clinica1.pdf 2. Malagutti W, Roehrs H. Terapia intravenosa: atualidades. Ed Martinari. São Paulo. 2012 cap 3/8 e 15. 3. Pacheco STA, Silva AM, LIOI A, Rodrigues TAF. O cuidado pelo enfermeiro ao recém-nascido frente á punção venosa. Revista enfermagem. UERJ. 2012: 20(3);30611. Acessado em 18/12/2013. Disponível : http://facenf.uerj.br/v20n3/v20n3a04.pdf 4. Menezes SO, Gomes MASM, Filho FL. Manejo do acesso vascular em recémnascidos de muito baixo peso ao nascer em unidades públicas neonatais do município de Rio de Janeiro. Revista Pesq. Saúde. 2013; 14(1); 11-15. Disponível em http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/view/17170 /0 5. Bergami,CMC, Monjardim MAC, Macedo CR. Utilização do cateter central de inserção periférica (PICC) em oncologia pediátrica. Revista Min de Enfermagem.2012; 16(4);538-545. 6. Swerts, CAS et al. Cuidados de enfermagem frente ás complicações do cateter central de inserção periférica em neonatos. Acessado em 21\12\2013. Disponível em http://www.fen.ugf./br/revista/v15/n1/pdf/v15n1a18.pdf. 7. Johann DA. Complicações relacionadas ao uso do cateter central de inserção periférica no neonato. 2011. 130p. tese de mestrado Curitiba. Acessado em 23/12/2013. Disponível em http://www.ppgenf.ufpr.br.DissertaçãoDerdriedAthanasioJohann.pdf 8. Vieira AO, et AL. Cuidados de enfermagem em pacientes neonatos com cateter central de inserção periférica. Revista eletrônica gestão& saúde 2013;4(2):188-199. 9. Giovanni,AMM. Enfermagem, CÁlculo e administração de medicamentos.14 ed rev.e ampl. São Paulo: Rideel, 2012. p. 201 10. Stocco JG, Crozeta K, Labronici LM, Maftum MA, Méier MJ. Cateter Central de Inserção Periférica: percepções da equipe. Cogitare. PR. 2011; 16(1): 56-62 11. Delgado, AF, Kimura HM, Troster EJ. Terapia Intensiva. Col. Pediatria.Instituto da Criança. São Paulo. Ed Manole. 2010.p 5 12. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Lei 7.498\1986. 13. COSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 258\2001 14. Johann, DA, et al. Cuidados com o cateter central de inserção periférica no neonato: revisão integrativa da literatura. Revista da esc. USP. 2012: 46(6):1503-11. Acessado em 15\12\2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000600030 15. Severino,AJ. Metodologia do trabalho cientifico.São Paulo. Cortez. 23°ed. 2007 p122. 16. Jesus VC; Secoli SR. Complicações acerca do cateter venoso central de inserção periférica ( PICC).Cienci Cuid Saude 2007: 6(2);252-60. Acessado e, 17\12\ 2013. Disponível em http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/4174/2762 17. Duarte ED, Pimenta AM, Silva BCN, Paula. Fatores associados á infecção periférica em Unidade de Terapia Neonatal. Revista Esc enfermagem USP 2013: 47(3): 547-54. Acessado 18\12\2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342013000300547 18. Mota PN, Fialho FA, Dias IMAV, Nascimento L. Cateter Central de Inserção Periférica: o papel da enfermagem na sua utilização. HU Revista. Juiz de Fora. 2011: 37(2); 163-68. Acessado em 01\12\2013. Disponível em hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/view/1402 19. Tavares LME, et AL. Terapia intravenosa utilizando o cateter central de inserção periférica(CCIP). São Paulo. Ed. Iátria. 2009 20. Mingorance P, Johann DA, Lazzari, LSM, Pedrolo E, Danski MTR. Relações significativas acerca do cateter central de inserção periférica. Revista enfermagem UFPE, Recife, 2013:7(5): 1295-300 21. Costa P, Bueno M, Oliva CL, Castro TE, Camargo PP, Kimura AF. Analgesia e sedação a instalação do cateter central de inserção periférica em neonatos. Revista Esc. Enfermagem USP 2013: 47(7): 801-07. Acessado em 16\10\2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342013000400801 22. Baggio , MA, et al. Cateter central de inserção periférica : descrição na UTI neonatal e pediátrica . Rev Gaucha Enferm;31(1): 70-76, 2010. Acessado em 18\12;2013. Disponível em http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/11693/ 8490