TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA

Propaganda
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA INSÔNIA
CRÔNICA
Célia Maria Alcântara Machado Vieira**
(Instituto Minerva de Educação Avançada, Aracaju-SE)
A insônia representa um dos principais sintomas relatados entre as queixas relacionadas ao
sono. Muitas vezes, entretanto, ela também pode representar, por si só, um desses distúrbios,
possuindo vários subtipos, de acordo com a Classificação Internacional de Distúrbios do
Sono, entre eles a insônia crônica, que é assim classificada quando os sintomas persistem após
seis meses, pelo menos durante três vezes por semana, apresentando uma prevalência na
população de cerca de 10%. Para a insônia ser considerada como um distúrbio e não somente
um sintoma, deve haver queixa do paciente em relação a não conseguir iniciar ou manter o
sono, ter um despertar precoce pela manhã e/ou ter cronicamente um sono não restaurador,
mesmo havendo condições adequadas para o sono. Além disso, também deve haver pelo
menos um sintoma que indique prejuízo diurno relacionado ao sono (fadiga, sonolência
excessiva, distúrbio de humor, déficit de atenção e/ou concentração, redução no desempenho
acadêmico ou laboral, preocupações recorrentes em relação ao sono, etc). Entre os
tratamentos considerados padrão para esse distúrbio, encontra-se a terapia cognitivocomportamental, que tem trazido resultados favoráveis, mesmo sendo utilizada, em alguns
casos, como terapia única, sem associação com o tratamento farmacológico. As pesquisas
mostram que este consegue resultados mais rápidos, entretanto, tratando-se de manutenção
desses resultados a longo prazo, a terapia cognitivo-comportamental tem trazido melhores
respostas. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho é apresentar algumas das técnicas
cognitivo-comportamentais utilizadas no tratamento da insônia crônica, cuja efetividade já foi
estabelecida por meio de pesquisas: higiene do sono (com o fim de modificar hábitos que
possam estar interferindo de forma negativa na qualidade do sono), controle de estímulos
(para reassociar o quarto e a cama com um adormecer rápido), estímulo paradoxal (visa
reduzir a ansiedade antecipatória em relação ao sono), restrição do sono (com o objetivo de
consolidar o tempo de sono), técnicas de relaxamento (a fim de reduzir o alerta cognitivo e
fisiológico próximo à hora de dormir) e reestruturação cognitiva (para promover crenças
funcionais em relação ao sono/insônia). A partir de uma avaliação minuciosa do sono do
paciente, o psicoterapeuta pode estabelecer o melhor plano de tratamento, levando em conta
os fatores etiológicos e de manutenção da insônia, a fim de obter resultados favoráveis que,
muitas vezes, já começam a aparecer na segunda sessão de intervenção, sobretudo quando se
consegue uma boa adesão por parte do paciente.
Palavras-chave: Terapia Cognitivo-Comportamental. Distúrbios do Sono. Insônia crônica.
Área Temática: Intervenções na área da saúde
Download