Protótipo de um dialisador para a hemodiálise. MsC. Eng. Biomédica – Paulo César de Faria Orientador – Profº. Drº. Airton A. Martin Co-orientador – Profº. Drº. Milton Beltrame Reconto Anatomofisiopatológico dos Rins ´ Exames de Laboratórios ´ Definição de IRC ´ Estado da Arte dos Dialisadores ´ Justificativas ´ Metodologia ´ 9 Desenvolver um protótipo de um dialisador, composto por uma membrana do tipo fibra oca a base de poliacrilonitrila-co-metalilssulfonato de sódio utilizado na filtração sanguínea (hemodiálise) por osmoses reversa. Específico: ¾ Comprovar a eficiência do dispositivo (capacidade de filtragem) via CEC; Análises físico-química da água proveniente da filtragem; Exames bioquímicos do sangue: Uréia, creatina, eletrólitos. ¾ ¾ Anatomia Renal Entre o peritôneo a parede posterior abdominal A cada lado da Coluna Vertebral Órgãos retroperitoneais ´ Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras: Regulação da composição iônica do sangue; ´ Regulação do volume sangüíneo; ´ Regulação da pressão arterial; ´ Regulação do pH do sangue; ´ Liberação de hormônios; ´ Regulação do nível de glicose no sangue; ´ Excreção de resíduos e substâncias estranhas Néfrons : Unidade morfofuncional Cada rim contém 1 milhão Função produzir urina Definição : IRC ´ Síndrome provocada por diversas nefropatias, de evolução progressiva, determina o modo gradativo, inexorável e um completa redução das funções renais (glomerulares, tubulares). (MARCONDES, 1999). ´ Síndrome clínico humoral resultante da perda sustentável e progressiva da função mais nobre que exerce os rins, a filtragem. (NAVARRO,1996) ´ O organismo perde a capacidade de manter o equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico. Proporcionando um aumento de uréia e creatinina no organismo, gerando um quadro de distúrbios bioquímicos denominado uremia. (BIALY et al., 1999) Ionograma • Na, K, Cl e o íon Bicarbonato • Potássio < ou = 6,0 mg/dl Hemograma Completo • GV, GB, Hemácias etc. Uréia • Uréia < ou = 40 mg/dl Creatinina A filtração glomerular é medida pelo clearence de creatinina • Creatinina normal= 0,80 à 1,3 mg/dl • Clearence creatinina= 80 a 120 ml/min Glicosuria ¾ Perda de glicose pela urina, ( Manual MERCK, 1994) ´ Há algumas décadas a IRC era um indício de morte. Hoje em dia os vários tipos de tratamento modificam a história natural desta doença. ( ALMEIDA E MELEIRO ,2000) ´ Os tratamentos utilizados pelos nefropatas crônicos são: substituição dos rins insuficiente por um rim artificial (terapia renal substitutiva (hemodiálise), e o transplante renal. (Tomé a et al., 1999). Estado da Arte “Dialisadores” 1830 a 1837 Tomas Granhan 1905 a 1955 Adolf Fick e Einstein Linha do tempo Granhan e Fick (Hemodiálises) 1913 1917 Linha do tempo John J. Abel e Coill George Haas de Gieszen Aumenta a área da MB e esteriliza a CEC c/ etanol. O 1º Rim Artificial 1924 a 1926 Georg Haas Gieszen Aventurou 1ª Hemodiálise em seres humanos (Mulher) 15’ não consegue sobreviver. 1928 Georg Haas Gieszen Retirou ½ L de sangue e fez circular pelo tubo ½ Hs (com soro) e reinfundindo Repete o método porém com Heparina. E ao invés de 1 realiza 9 passagens. 1929 2 inovações: Heparina e Produção em larga escala de Celofane Polímero (fibras da madeira) 1930 Médico Willem Kolff Vê um paciente (masculino) de 22 anos falecer de uremia , sem poder fazer nada e sem nenhuma perspectiva e tratamento 1936 - Inicia a comercialização do celofane. - Aplicação da diálise com maior segurança. . 1940 Willem Kolff Desenvolve um rim artificial 1945 Rim artificial de Kolff Inovação A propulsão do sangue era feita por uma bomba de automóvel . 30 a 40 tubos O grande problema era : uma nova veia e uma nova artéria A sobrevivência do 1º paciente com IRA. 11:00 de diálise, com a recuperação da função renal 1947 Nils Alwal Modifica o dialisador de Kolff Composto por mb de celofane, suportava maior pressão por estar entre 2 grades metálicas (baixa pressão do dialisato) 1948 a 1953 Kolff-Brigham Kolff, muda-se para os EUA, contacta Brigham da empresa Baxter. E desenvolvem o modelo de Kolff e Brigham Custo : 5.600 dólares 1948 Von Garrelts Desenvolve um filtro a base de acetato de celulose, envolvida por hastes Inconveniente: pesava 45,5 Kg 1949 Tito Ribeiro de Almeida Realiza a 1ª hemodiálise no Brasil Fabrica um dialisador. Cilíndrico com tubos de celofane estacionário de forma vertical, enquanto o dialisato era agitado Diferenças entre Tito e Kolff Cilindro estacionário composto por uma hélice impulsionava a solução dialisante (Tito) Cilindro girava dentro de um tambor que contém a solução dialisante (Kolff) 1952 Willian Inoye Desenvolve um modelo de rim artificial “Panela de Pressão” Túbulos de acetato de celulose, dentro de uma taça, separada por bobinas de fibra de vidro colocadas dentro de uma panela de pressão 1955 Modelo de Kolff-Brigham Desembarca no RJ, Hospital Pedro Ernesto 1960 Começa os Tx de pacientes com IRC. Sessões 2 x por semana 1960 a 1965 Coill – Tubos de celofan e enrola dos em espiral Kolff – Tubos de celofan e na horizon tal e paralel o Dialisadores do Tipo Kolff Placas de celofane em paralelo . Uso em muitas clínicas ate a década de 90 1965 O celofane é substituído por outro derivado celulósico Cuprofane 1960 em diante Vários dialisadores foram idealizados, a maioria modificações do tipo: coill e kolff 1966 Grande passo 2 Italianos (Cinino e Brescia) criaram a fístulaarteriovenosa 1967 A empresa Travenol aperfeiçoa o modelo de Coill e Kolff – com um reservatório que contém 120 l da solução dialisante O custo inicial deste aparelho : 1.400,00 dólares. 6:00/ 3 x semana. 3.500,00 unids foram vendidas 1971 Biscegli, do Instituto Dante Pazzanese – fabricou 32 unids do modelo Kolff A indústria médica norteou a fabricação dos modelos do tipo coill e são os permanecem até hoje 1972 Cordis Dow, lança no mercado um modelo do tipo Coill (cilíndrico) e Kolff composto por capilares de fibra oca Concluíram que a eficiência dialisador concentra no tipo de capilar que o compõem 1972 em diante As indústrias investem pesadamente na tentativa de descobrirem novas mbs. 1999 Parmanyer Portugal Intensificam pesquisas nos tipos de membranas sintéticas: PA, PS, PAN, PMMA, sendo a PS e PAN as mais biocompatíveis, portanto as mais usadas 2007 Pronefro produtos nefrológicos Trabalha com capilares de fibra oca do tipo Polieteressulfona (PES) ´ ´ ´ ´ ´ ´ Não se produz dialisadores no Brasil composto capilares do tipo fibra oca; Custa aos cofres da União aproximadamente R$ 100,00/ paciente; 3 sessões/semana. 4 horas / sessão; Para 2010, o custo total para o (SUS), estima-se atingir a marca de R$7.500.000,00/ano; Um projeto de Cunho Social e Humanitária para atender os 110 mil pacientes (2010) necessitam deste Tx; O impacto social favorável que este dispositivo poderá causar sendo produzido no país. Métodos para se obter a PAN No aquecimento deste polímero ocorre um fenômeno chamado de Ciclização – formação de ciclos entre os átomos de (C). Termos de custo e benefício este é o melhor e mais barato Este é o produto da polimerização da acrilonitrila (PAN) pó branco Polímero – THERMPAN Com a adição da glicerina na PAN , dará ao polímero resultante uma característica termoplástica que o possibilita uma reutilização a uma Tº C elevada acima de 180ºC Finalidade – Testar a sua viabilidade na diálise (Via osmose) Estado Inicial Solução: C6H12O6 MB semipermeáve l Solvente Estado Final Observa-se que houve passagem do meio menos concentrado (soluto) para a região com maior concentração de soluto Solução: C6H12O6 ´ Passagem de soluções através de membranas semipermeáveis (apresenta permeabilidade seletiva) permeável a certas substâncias e a outras não; ´ O transporte é somente de água; ´ A água passa de um meio de menor concentração de soluto para um meio com maior concentração de soluto Quanto maior for a [solução] maior será pressão que se deve exercer sobre a solução impedindo a osmose Pressão Osmótica – Pressão exercida sobre a solução para impedir a osmose. Se a pressão aplicada sobre a solução for maior que a pressão osmótica , o fluxo de água é invertido e a água atravessa a mb de forma não-expontânea , Descrição do processo - PAN Termoplástico Fieira – Processo de Fiação Via úmida (Wet spinning) Croqui Circulação extra corpo Resultados ? Conclusões ? ´ ´ ´ ´ ´ ´ ´ ´ ´ - ALMEIDA, J. B. REVISÃO – atualização em hipertenção arterial: hipertensão arterial e progressão da lesão renal. Em que podemos intervir? Jornal Brasileiro de Nefrologia, São Paulo, v. 20, n. 3, p.327-331, set. 1998. -ALMEIDA, A.M.; MELEIRO, A.M. Depresão e insuficiência renal crônica: uma revisão. Jornal Brasileiro de Nefrologia, São Paulo, v.22, n.1, p.199-200, 2000. -BARROS, E. et al. (cols). Nefrologia: rotina, diagnóstico e tratamento. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. 627 p. BIALY, L. et al. Resgatando trajetória de vida de idosos renais crônicos. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 4, n. 1, p. 113 – 119, jan./jun. 1999. -BIERNAT, J. C. Crise na Diálise? Que crise é essa?. Inter. Rev. Assoc. Med. Bras., v.49, n.3, 2003. Disponível em: <: http://www.sonesp.org.br/nefrosp/pdf/090909.pdf >. Acesso em: 03 Març. 2010. -BRASIL. Ministério da Saude. Fundação Nacional da Saude. Centro Nacional de Epdemiologia. Coordenação de informações epidemiológicas. Estatísticas de Mortalidade – Brasil 1987. Brasília 1992. -CASTRO, M., et al. Qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise avaliada através do instrument generic SF-36. Assoc. Med. Bras., v.49, n.3, São Paulo jul./set. 2003. doi: 10.1590/S0104-42302003000300025. -MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8. Ed. São Paulo: Sarvier, 1999. v.2, 1790 p. -NAVARRO, LL. R. Propedéutica Clínica y Fisiopatologia. 2. reimp. La Habana: Pueblo y Educación, 1996. 406 p.