Economia Brasileira em Perspectiva

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Economia Brasileira
em Perspectiva
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O BRASIL NO
CONTEXTO GLOBAL
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O Brasil mal colocado em alguns rankings mundiais
Fonte: Cia World Factbook
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Desde 2002, o crescimento brasileiro supera apenas os números das
economias ricas. Em relação aos países com economias com
características semelhantes à nossa, estamos cando muito atrás.
Fonte: Ipeadata
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No ranking da produtividade estamos entre as piores economias do
mundo. E todos sabemos que a produtividade do trabalho é a chave
da riqueza de uma economia.
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O Brasil vem perdendo competitividade no cenário mundial. Se
não buscarmos resolver o problema, poderemos ver a economia
brasileira estagnada.
Fonte: World Economic Forum
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A taxa de investimento reagiu após 2006, mas os níveis ainda são
insu cientes para alavancar o crescimento do Brasil para um
patamar superior. A baixa taxa de investimento contribui para
nossa péssima produtividade .
Fonte: Ipeadata
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E a burocracia contribui decisivamente para nossa falta de
competitividade e baixa produtividade.
Desde a constituição de 1988 até outubro de 2013, no que se refere
ao número de leis, normas e regulações temos o seguinte:
Fonte: Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária - IBPT
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CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL
O MODELO DE CRESCIMENTO ADOTADO ENTRE OS
ANOS 2008 E 2013 ESGOTOU-SE. ELE BASICAMENTE
CONSISTIA EM ISENÇÃO FISCAL, AUMENTO DO CRÉDITO
AO CONSUMIDOR E GERAÇÃO DE EMPREGOS NA
CONSTRUÇÃO CIVIL. ASSIM, O TRIÊNIO 2011, 2012 E 2013
FOI CARACTERIZADO POR BAIXO CRESCIMENTO E
INFLAÇÃO PERTO DO TETO DA META.
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O crescimento ¨Vôo de Galinha¨ brasileiro é histórico. Tente prever
o crescimento do próximo ano!!!
Fonte: Ipeadata
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Mais fácil seria tentar prever o crescimento de médio prazo. Nesse
caso, podemos apostar em 3,50% para os próximos anos.
Crescimento Econômico: 2002 à 2012
3,49%
Fonte: Ipeadata
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A taxa de desemprego chegou no seu menor índice desde 1995.
Fonte: Ipeadata
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Os gastos internos (Consumo das Famílias, do Governo e
Investimentos) aumentaram, provocando o dé cit em Transações
Correntes atual.
Fonte: IPEADATA
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A partir de 2006, a indústria nacional descolou-se do crescimento
dos demais setores da economia, prejudicada pelo câmbio
sobrevalorizado.
Fonte: Ipeadata
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A indústria e a Agricultura perdem espaço na Economia
E a indústria de transformação foi a que mais recuou nesse período
Fonte: IBGE Sistema de Contas Nacionais
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A indústria nacional perde espaço nas Gôndolas do Varejo
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O sistema de metas de In ação não começou bem, mas funcionou
a partir de 2005. Atualmente, o governo esforça-se para car abaixo
do teto da meta.
Fonte: Banco Central do Brasil
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O governo conseguiu criar condições para reduzir a Selic. Em
outubro de 2012 a taxa atinge o menor valor histórico, de 7,25%.
Essa taxa, porém, é incompatível com as metas de in ação
estipuladas pelo Banco Central.
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Quando sobrepomos a Selic e a IPCA, temos o seguinte
comportamento.
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POLÍTICA FISCAL BRASILEIRA
A GRANDE QUESTÃO COLOCADA QUANDO NOS REFERIMOS À SITUAÇÃO
FISCAL BRASILEIRA É SOBRE A POSSIBILIDADE DE CONTINUARMOS
AUMENTANDO DESPESAS ÀS CUSTAS DO AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA.
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O dé cit nominal mantém-se abaixo de 4% do PIB desde 2004. Mas
jamais obteve-se superávit nominal, mesmo com o aumento da
carga tributária e a redução do pagamento de juros.
Fonte: Ministério da Fazenda
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A carga tributária nacional cresce constantemente desde 1996. A
exceção foram os anos de 2009 e 2010, devido às ações do governo
contra a crise nanceira internacional.
Fonte: Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária - IBPT
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As despesas cresceram 2 pontos percentuais sobre o PIB em 10
anos, sustentado por aumento da carga tributária. A grande
questão é: A sociedade brasileira consegue suportar mais aumentos
de impostos?
Fonte: Ministério da Fazenda
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O crescimento das despesas com a previdência e gastos sociais é
insustentável. A reforma da previdência tornou-se inadiável.
Fonte: Ministério da Fazenda
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A distribuição do Gasto Público.
Fonte: Ministério da Fazenda
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Nesse período o Brasil trocou dívida externa com juros baixos por
dívida interna com juros altos.
Fonte: Banco Central do Brasil
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O SETOR EXTERNO BRASILEIRO
O CÂMBIO SOBREVALORIZADO PRODUZIU O EFEITO ESPERADO. O MAIOR
DÉFICIT DE TRANSAÇÕES CORRENTES DA HISTÓRIA DO BRASIL. REFLEXO DOS
ERROS DE CONDUÇÃO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS. E NINGUÉM SOFREU MAIS
COM ESSES ERROS DO QUE O AGRONEGÓCIO E A INDÚSTRIA NACIONAL.
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A balança comercial brasileira sofre com o real desvalorizado e com
a queda no preço das commodities no mercado internacional.
Em 2013 teremos o pior resultado desde 2001.
Fonte: Banco Central do Brasil
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O dé cit em Transações Correntes é crescente. Representa a mais
grave ameaça à economia brasileira.
Fonte: Banco Central do Brasil
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Logo o Investimento Externo Direto não será su ciente para cobrir
nosso dé cit em Transações Correntes.
Fonte: Banco Central do Brasil
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Não havia necessidade de atrair investimentos em carteira, pois o
Investimento Externo Direto é mais que su ciente para cobrir o
dé cit em Transações Correntes do período.
Fonte: Ipeadata
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A partir de 2006 as reservas entram em rápido ciclo de crescimento
por conta do incentivo do governo aos investimentos em carteira.
Fonte: Banco Central do Brasil
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Fonte: Banco Central do Brasil
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A relação inequívoca entre Selic e Câmbio Nominal. Isso acontece
pois altas nas taxas de juros atraem investimentos em carteira, que
buscam lucros com arbitragem de juros.
Fonte: Banco Central do Brasil
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CENÁRIOS MACROECONÔMICOS
PARA 2014 E PERÍODO 2015-2020
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CRESCIMENTO DO PIB ( % )
TAXA SELIC ( % )
IPCA
O GOVERNO NÃO CRIOU AS CONDIÇÕES MACROECONÔMICAS PARA
ASSEGURAR UM CRESCIMENTO MÉDIO SUPERIOR A 3,5% AO ANO
SEM CAUSAR UM AUMENTO DA INFLAÇÃO.
O GOVERNO TENTOU MANTER A SELIC ABAIXO DE 10% E O RESULTADO
FOI UM PERÍODO DE INFLAÇÃO ALTA, SEM HAVER CONTRAPARTIDA COM
CRESCIMENTO MAIOR. ASSIM, PARA 2014 A SELIC DEVE FICAR AO REDOR
DE 10% PARA O PERÍODO. PARA O PERÍODO 2015/2020, A EXPECTATIVA É
DE TAXA FLUTUANDO ENTRE 9% E 12%.
O BANCO CENTRAL CUMPRE A META DE INFLAÇÃO DESDE 2004. NADA
INDICA QUE ABANDONARÁ ESSE COMPROMISSO. DESSA FORMA, A
INFAÇÃO PREVISTA NO SISTEMA DE METAS PARA O PERÍODO 2014/2020 É
4,50%, COM TOLERÂNCIA DE 2% PARA TETO E PISO.
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CÂMBIO (MÉDIA ANO)
BALANÇA COMERCIAL /
TRANSAÇÕES CORRENTES
O AUMENTO DA SELIC TRARÁ INVESTIMENTO EXTERNO DE CARTEIRA,
PRESSIONANDO UMA VALORIZAÇÃO DO REAL. PORÉM, O DÉFICIT RECORDE
EM TRANSAÇÕES CORRENTES PRESSIONA O CÂMBIO PARA UMA
DESVALORIZAÇÃO. NESSE CENÁRIO, O CÂMBIO MÉDIO DE 2014 DEVERÁ
FICAR EM 2,30 MAS TEREMOS NO PERÍODO 2015/2020 UMA GRANDE
DESVALORIZAÇÃO, NOS MOLDES DAS QUE OCORRERAM EM 1998 E 2002.
A PEQUENA DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL DE 2014 DEVERÁ MELHORAR O
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL PARA UM SUPERÁVIT PERTO DE US$ 10
BILHÕES. O SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES, PORÉM, DEVE CONTINUAR
PIORANDO EM VIRTUDE DO DÉFICIT NA BALANÇA DE SERVIÇOS, PIORADO
PELO PAGAMENTO DE JUROS AO EXTERIOR E OUTRAS DESPESAS, COMO
VIAGENS INTERNACIONAIS. DESSA FORMA, DEVEMOS TER UM DÉFICIT
PRÓXIMO DE US$ 85 BILHÕES PARA 2014. A PARTIR DE 2015, A
DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL DEVE PROMOVER MELHORA GRADUAL NAS
CONTAS EXTERNAS.
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AS RESERVAS
IPCA
INTERNACIONAIS
CONTINUARÃO
CRESCENDO,
PORÉM A
DAS MESMAS
ALTERADA,
COM GRANDE
PARTE
COMPOSIÇÃO
SERÁ
DAS RESERVAS SENDO COMPOSTA POR INVESTIMENTOS EM CARTEIRA.
O SUPERÁVIT PRIMÁRIO EM 2014 DEVE FICAR PERTO DE 2% DO PIB. A
SUPERÁVIT PRIMÁRIO
TAXA DE DESEMPREGO
IMPOSSIBILIDADE DE MANTER OS AUMENTOS DA CARGA TRIBUTÁRIA
COMBINADA COM A DIFICULDADE DE REDUZIR OS GASTOS PÚBLICOS
DEVIDO À CONCENTRAÇÃO EM GASTOS COM JUROS E PESSOAL DEVE
DETERIORAR AS CONTAS PÚBLICAS PARA O PERÍODO 2015 / 2020.
A TAXA DE DESEMPREGO BRASILEIRA DEVE FICAR AO REDOR DE 5,50%
PARA UM CRESCIMENTO DE 3,50%. ESSA TAXA É CONSIDERADA NOSSA
TAXA DE NATURAL DE DESEMPREGO NO PLENO EMPREGO.
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Obrigado!
Claudio Maximiliano Branchieri
[email protected]
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