UTILITÁRISMO SILVA, Rodrigo Garcia FANORPI/UNIESP COAUTOR-ORIENTADOR: SILVA, Guilherme Barbosa da FANORPI/UNIESP [email protected] RESUMO O inglês Jeremy Bentham (1748-1832) desenvolveu a ideia de utilitarismo no começo do século XVIII, essa corrente filosófica desprezava profundamente a ideia dos direitos naturais, considerando-os um “absurdo total”. Seus pressupostos filosóficos exercem até hoje uma poderosa influência sobre o pensamento de legisladores; o objetivo da moral é maximizar a felicidade, assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor. De acordo com Bentham, a coisa certa a fazer é aquela que maximizará a utilidade. Como utilidade ele define qualquer coisa que produza prazer ou felicidade e que evite a dor ou sofrimento. Bentham chega a esse princípio por meio da seguinte linha de raciocínio: todos, somos governados pelos sentimentos de dor e prazer. São nossos “mestres soberanos”. Prazer e dor nos governam em tudo que fazemos e determinam o que devemos fazer. Os conceitos de certo e errado “deles advêm”. A utilidade ou o princípio da maior felicidade, como fundamento da moral, sustenta que as ações são certas na medida em que elas tendem a promover a felicidade e erradas quando tendem a produzir o contrário da felicidade. Por felicidade entende-se prazer e ausência de dor, por infelicidade, dor e privação do prazer. O utilitarismo ainda pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou ação é correta, é o benefício exercido à coletividade, assim sendo, quanto maior o benefício, melhor a decisão será; ainda neste contexto o utilitarismo é um tipo de ética normativa com origem evidentemente encontradas nas obras dos grandes filósofos ingleses do século XVIII e XIX. O utilitarismo rejeita o egoísmo, espera-se que o indivíduo deva buscar os seus próprios interesses, mesmo tendo várias consequências nas custas de outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou alguns atos tidos como certos ou errados, sendo irrelevante as consequências que eles possam ter. O utilitarismo se difere radicalmente das consequências que eles possam ter. No utilitarismo é possível que apenas uma coisa boa venha a resultar de uma má motivação no indivíduo. Ressalta-se que bem antes dos autores atuais, discutirem o pensamento utilitarista, este já existia, inclusive pode ser encontrado na filosofia antiga. Bentham, que aparentemente acreditava que o indivíduo, no governo de seus atos iria sempre procurar maximizar o seu próprio prazer e minimizar o seu sofrimento, colocou no prazer e na dor a causa das ações humanas e as bases de um critério normativo da ação. Atualmente o utilitarismo se desdobra em várias direções e vertentes filosóficas. Seus principais seguidores, do século XVIII até nossos dias, são James Mill, este foi discípulo de Jeremy Bentham e genitor de John Stuart, Henry Sidgwick, J. C. Smart, Moore e Singer, todos seguindo a mesma lógica do utilitarismo. Assim, entende-se que uma parte importante da filosofia moral resulta do problema de saber como devemos viver. O utilitarista enfrenta este problema declarando que devemos perseguir a felicidade, não só a nossa felicidade, mas a felicidade de todos aqueles cujo bem-estar poderá ser afetado pela nossa conduta. Os interesses do agente não têm, na verdade, mais importância do que os interesses de quaisquer outros indivíduos, sejam eles quem forem. Desse modo, o utilitarista advoga uma estrita igualdade na consideração dos interesses. PALAVRAS-CHAVE: Direito. Filosofia. Utilitarismo. Moral. Motivação.