Reações e Compostos Gerados na Revelação por Cromatografia em Camada Delgada com Anisaldeído e Vanilina Gabriel N. N. Silva1*, Mariana M. Virgolino2*, Bruna Z. Costa3, Maria Lair Sabóia3, Lucas G. Martins3 e Anita J. Marsaioli3. Prof.ª Hercy Moraes. Av. Paulo Provenza Sobrinho, 1450 - JD Campos Elíseos, Campinas-SP , CEP 13060-356 *e-mail: [email protected] 2E.E. Prof.º José Vilagelin Neto. Rua Dom Luiz Antonio de Souza, 89 – JD. Proença, Campinas-SP, CEP13026-370 *e-mail: [email protected] 3 Instituto de Química – UNICAMP. Caixa Postal 6154 , Campinas – SP, CEP 13083-970 1E.E. Palavras - Chave: cromatografia em camada delgada – reveladores – anisaldeído - vanilina. INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS A Cromatografia em Camada Delgada (CCD) é uma técnica cromatográfica amplamente utilizada por ser um método rápido, simples e econômico. A CCD é realizada em uma superfície revestida por uma camada de material adsorvente, geralmente sílica (fase estacionária), onde é aplicada a amostra. Em seguida, um solvente ou uma mistura de solventes (fase móvel) é elaborado na placa através da ação capilar, promovendo a separação dos componentes da mistura devido as diferentes afinidades dos mesmos pelas fases imiscíveis (Figura 1) Tabela 1. Condições reacionais utilizadas para a obtenção dos compostos gerados a partir da reação do fenol ou anilina com as soluções A ou B. Reagente Anilina 0,4 mL (3,3 mmol) Fenol 0,31 g (3,3 mmol) Figura 1. Esquema de uma cromatografia em camada delgada. Comumente, após esse processo é necessária a utilização de soluções reveladoras para visualização dos compostos, já que a maioria destes é incolor. Dentre as mais utilizadas, estão as soluções ácidas alcoólicas de anisaldeído e vanilina. Neste contexto, o objetivo deste projeto foi identificar os produtos coloridos formados a partir da reação da anilina ou fenol com as soluções reveladoras de anisaldeído e vanilina. Revelador Reação O Anisaldeído 0,29 mL (3,3 mmol) ? Silica, H2SO 4, CH3 CO 2H + Metanol, 150°C, 1h O NH 2 O Anisaldeído 0,29 mL (3,3 mmol) ? Silica, H2SO 4, CH3 CO 2H + Metanol, 150°C, 20min O OH O Anilina 0,75 g (5 mmol) Extração com metanol e análise por CG-EM. Vanilina 0,5 mL (5 mmol) ? Silica, H2SO4 O + OH Etanol, 150°C, 1h NH2 RESULTADOS E DISCUSSÃO A Figura 2 apresenta os cromatogramas correspondentes as análises por CG-EM dos extratos metanólicos das reações apresentadas na Tabela 1. Produto I A. A’. B. B’. Anisaldeído Na Figura 3 são apresentados os espectros de massas dos produtos I, II e III utilizados para identificação dos possíveis compostos coloridos formados nas reações em estudo. A. B. N Produto III C. O 4-methoxibenzoato de f enila Fórmula Molecular: C14H 12 O3 Massa Molecular: 228,24 N-(4-methoxibenzilideno)anilina Fórmula Molecular: C14H 13 NO Massa Molecular: 211,26 Fenol Anisaldeído O O Produto II Anilina O C. C’. O N OH Anilina 2-metoxi-4-((fenilimino)metil)fenol Fórmula Molecular: C14H 13 NO 2 Massa Molecular: 227,26 Vanilina Figura 3. Espectros de massas dos produtos A) I B) II C) III Figura 2. Cromatogramas de CG-EM e extratos metanólicos das reações entre A e A’) Anilina e solução A; B e B’) Fenol e solução A; C e C’) Anilina e solução B. CONCLUSÕES Os três produtos obtidos foram identificados e suas estruturas foram sugeridas a partir dos espectros de massas. É possível perceber que as mudanças nas estruturas e na composição atômica das moléculas resultam em grandes diferenças nas colorações observadas. Caracterização e Preservação de Bactérias Isoladas de Rejeitos de Minas de Cobre INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO A habilidade dos micro-organismos em colonizar uma ampla gama de ambientes, caracterizados por condições extremas de pH, temperatura, concentração de sais, oxigenação, disponibilidade de nutrientes, entre outras, tem sido amplamente estudada.1 Estes organismos aprimoraram, ao longo do tempo, suas funções metabólicas e R biocatalíticas de modo a se adequar e usufruir dos recursos existentes nestes ambientes.2 E S Neste contexto, este trabalho visou caracterizar por coloração de Gram as bactérias U isoladas de rejeitos aquosos do processo de mineração de cobre na Mina do Sossego L (Canaã dos Carajás - PA) pertencente a mineradora Vale S.A. Além disso, foi realizada a T preservação destes micro-organismos por criopreservação A D O S Coloração de Gram: E A) B) D I S C U S S Ã OFigura 4. Esquema da técnica de coloração de Gram. A ) Preparo do esfregaço e fixação; B) Etapas de coloração. A coloração de Gram é baseada na composição da parede celular das bactérias (Figura 6). Gram (+) Figura 6. Classificação das bactérias de acordo com a composição da parede celular em Gram (+) e Gram (-).. A Figura 7 apresenta a classificação das bactérias oriundas das amostras de rejeitos de mineração. É notável que a maioria das bactérias isoladas é Gram (+), independente do meio de cultivo de origem. 120 Nº de bactérias MATERIAL E MÉTODOS Gram (-) 100 80 60 40 20 Preservação a temperatura ultra-baixas de bactérias: 0 Gram (+) Gram (-) NA 37 16 TSA 31 22 YMA 31 20 MEA 20 13 Total 119 71 Figura 7. Classificação das bactérias isoladas de rejeitos de mineração de cobre, de acordo com a composição da parede celular (Gram+ ou Gram-) e do meio de cultivo. As culturas microbianas são extremamente vulneráveis e passíveis de contaminação, mutação ou perda de viabilidade. Por estes motivos, todas as bactérias analisadas neste C trabalho foram preservadas por técnica de congelamento à temperatura ultra-baixa. Esta O N técnica diminui as velocidades das reações metabólicas dos micro-organismos, C promovendo a integridade celular por longos períodos de tempo. L Figura 5. Esquema da técnica de preservação a temperaturas ultra-baixas. U S Õ E As amostras de rejeitos de mineração de cobre estudadas apresentaram-se como um nicho versátil para o isolamento de micro-organismos heterotróficos. A caracterização por S coloração de Gram permitiu separar as bactérias isoladas em dois grupos distintos de acordo com a composição da parede celular. CONCLUSÕES AGRADECIMENTOS: Referências Bibliográficas: Degani, A.L.G.; Cass, Q.B.; Vieira, P.C. Quim. Nova na Escola. 1998, 5, 21-25. Wagner, H.; Bladt, S. Plant Drug Analysis: A Thin-Layer Chromatography Atlas. 2nd ed. Gadd, G.M. Microbiology, 2010, 156, 609. Baker, B.J.; Banfield, J.F. FEMS Microbiol. Ecol., 2003, 44, 139.