Apêndice Tumores do Apêndice • Extremamente raros • Em geral o diagnóstico é intra-operatório com suspeita de apendicite aguda em pacientes mais velhos • Carcinóide é o mais comum • Adenocarcinoma do apêndice somente 0,5% das neoplasias intestinais • Metade dos adenocarcinomas são da variedade mucinosa e cerca de ¼ produzem pseudomixoma peritonei Tumores do Apêndice • A sobrevida em 5 anos para o adenocarcinoma do apêndice é de 55% • O tipo mucinoso tem melhor prognóstico que o tipo colônico • Sobrevida com hemicolectomia direita é 58% versus 20% com apendicectomia somente • Indicações para a hemicolectomia : tumor invasor; na base; mucossecretor; invasão linfática, serosa ou do mesoapêndice; pleomorfismo celular com alto índice mitótico • Podem estar associados a outros tumores GI em 35% Tumores do Apêndice • Tumores adenocarcinóides do apêndice apresentando-se como tumor(es) de Krukenberg têm sido relatados • A apendicectomia é obrigatória quando, mediante um tumor de Krukenberg não se localiza o tumor primário • A radioterapia pode paliar doença locoregional extensa Carcinóide do Apêndice • • • • • • • • • É a malignidade mais comum do apêndice. Origem nas células argentafins (crista neural). Média de idade 42 anos – mulheres. Uma das malignidades GI + comuns nas crianças 19% dos carcinóides localizam-se no apêndice. A maioria assintomática e < 1cm. <1cm = apendicectomia. 1-2 cm = colectomia se na base ou invasor >2cm = hemicolectomia Carcinóide do Apêndice • 35% já estão disseminados ao diagnóstico. • Sobrevida de 94% em 5 anos para a doença localizada • 85% em 5 anos para doença regional • 35% em 5 anos para doença metastática • 15% têm tumores sincrônicos não carcinóides. Intussuscepção do Apêndice • • • • • • • • Entidade rara Diagnóstico difícil Sintomatologia inespecífica Costuma ocorrer cerca de 2 semana após a apendicetomia com bolsa (Parker Kehr) Dor + vômito + sangramento baixo + massa Diagnóstico com clister opaco ou CT Pode ser causado pela presença de tumor Tratamento conforme a causa Doença Diverticular Definições • Protusões saculares de mucosa através da parede dos cólons • Falsos ou adquiridos ( compostos por mucosa + serosa). • Diverticulose : inúmeros divertículos • Diverticulite : inflamação ou infecção no divertículo. Classificação • Congênitos ou verdadeiros (13%) • Adquiridos ou pseudodivertículos (87%) Epidemiologia 1 – Incidência: 5% a 10% das pessoas acima de 45 anos 2/3 >80 anos têm divertículos 2 – Dieta e Distribuição Geográficas: Dietas ricas em gorduras e pobre em fibras e mais incidentes em paises ocidentais. • Etiologia e Fisiopatogenia: Dietas pobres em fibras exigem maior pressão intraluminar ao nível das haustrações, causando os divertículos no cólon esquerdo (forma hipertônica do jovem). No velho a causa é a hipotonia. Os divertículos verdadeiros são pouco freqüentes e, provavelmente, são congênitos e mais comuns no cólon direito. • Os divertículos são localizados habitualmente entre as tênias mesentéricas e anti mesentéricas. Hipóteses incluem: infiltração gordurosa, degeneração da parede do cólon com a idade, hipertrofia muscular e fraqueza da parede colônica. Quadro Clínico Doença diverticular não complicada • Dor discreta em hipogástrio e fossa ilíaca esquerda • Distensão abdominal • Flatulência • Alteração discreta dos hábitos intestinais Doença diverticular com processo infeccioso • Dor abdominal em fossa ilíaca esquerda • Alteração do hábito intestinal • Febre • Suboclusão intestinal • Náuseas e vômitos • Disúria e pneumatúria (fístula vesical é a mais comum) Diagnóstico • Exame físico • Exame proctológico Toque retal Retossigmoidoscopia • • • • • • Clister opaco Rx simples de abdome Arteriografia seletiva Colonoscopia TC de abdome Ultrasom de abdome Doença Diverticular do Cólon Obs: Clister opaco e colonoscopia são contra-indicados na crise devido ao risco de perfuração. Colonoscopia: Importante para afastar lesões concomitantes como carcinoma e pólipos e visualização do óstios diverticulares. Doença Diverticular Complicada - Rotina de Abdome Agudo - USG de abdome: Ajuda na detecção de abcessos - Tomografia Computadorizada: è o melhor método Diagnóstico Diferencial • CA de cólon • Apendicite aguda • Doença inflamatória do cólon • Endometriose • Cólica uretral esquerda Complicações • Hemorragia • Infecção (abscessos) • Perfuração • Fístulas • Obstrução intestinal Tratamento Doença não complicada • Dieta rica em resíduo • Tratamento da obstipação intestinal Doença diverticular sintomática • Dieta + Tratamento da obstipação intestinal • Antiespasmódicos Diverticulite Aguda • Repouso no leito • Dieta sem resíduos • Antibióticos Indicações Cirúrgicas Relativas: • Jovens • Falha no tratamento clínico • Hemorragia ou infecção reincidente Absolutas: • Perfurações livres ou bloqueadas • Obstrução aguda (alça fechada) ou crônica • Fístulas • Infecções urinárias frequentes • Associação com câncer Cirurgias mais indicadas Ressecção com anastomose primária • • • • • Doença diverticular não complicada Perfurações localizadas Fístulas internas ou externas Obstrução crônica Hemorragias agudas Ressecção e anastomose primária com colostomia de proteção • Abdome agudo perfurado com peritonite localizada • Hemorragias graves com divertículos em todo o cólon, onde o paciente foi submetido a colectomia total Colostomia sem ressecção e drenagem • • • • Processo inflamatório extenso grave Grandes abscessos Perfurações em que o estado geral do paciente seja ruim Obstrução intestinal aguda Cirurgia de Hartmann Ressecção com colostomia e fístula cutânea Volvo • As partes móveis do cólon são o ceco, o transverso e o sigmóide • Todos têm o potencial de rodar ao redor do meso produzindo um volvo • Mais frequente no sigmóide e no ceco • O infarto colônico se deve à obstrução vascular e à alça fechada • O principal fator predisponente é a estase com distensão crônica, comum em idosos acamados VOLVO CECAL : É o último segmento a rodar na vida embrionária A distensão do ceco provavelmente é o fator a induzir a rotação do volvo Quadro clínico : dor abdominal súbita e distensão A dor progride com o infarto colônico Massa palpável (QSE ou mesogástro) Diagnóstico diferencial extenso Ceco distendido com imagem de “bico de pássaro” Tratamento conservador não tem vez Cecopexia ou ressecção com reconstrução em 1 ou 2 tempos VOLVO DE SIGMÓIDE : Tamanho variável Constipação e laxantes podem cusar distensão Predisponentes : Ogilvie, Hirschprung, Chagas, Hipotireoidismo, Parkinson, Esclerose múltipla, Amiloidose, Miopatias, Uso de anticolinérgicos Tratamento conservador em todos que não tiverem sinais de isquemia Motivos : estado geral prévio ruim; mesmo que a cirurgia eteja indicada (recorrência) ela será melhor com o cólon preparado ; completar a investigação para melhor planejamento cirúrgico (Aganglionose x inércia colônica global) VOLVO DE SIGMÓIDE : Métodos conservadores de redução do volvo : Retossigmoidoscopia Colonoscopia Clister Remover o tubo retal somente 48-72 horas após Taxa de sucesso em torno de 50% VOLVO COLÔNICO : TRATAMENTO CIRÚRGICO : Ceco : Isquemia = colectomia direita (reconstrução imediata ou tardia) Sem isquemia, mas paciente grave = cecostomia * Sigmóide: Esvaziamento via retal do volvo e pexia sob o peritônio* Hartmann Sigmoidectomia com reconstrução imediata * (literatura americana - Schwartz) Questões 1- Quais das opções abaixo não é uma complicação da diverticulite aguda: a- perfuração b- obstrução intestinal c- fístula d- hematêmese SUS – 2005 7) Na obstrução em "alça fechada", o risco de ruptura é maior no seguinte segmento intestinal: a) cólon transverso b) cólon esquerdo c) sigmóide d) ceco UERJ - 1ª ETAPA - PROVA GERAL – 1996 9) O "bico de pássaro" ou "ás de espadas" é uma imagem radiológica que constata indicativa de: a) neoplasia retal b) volvo de sigmóide c) invaginação cecal d) cisto ovariano esquerdo e) diverticulose de cólon direito UERJ - 1995 13) Mulher de 53 anos apresenta quadro de parada de eliminação de gazes e fezes, associada a dor abdominal, principalmente em fossa ilíaca esquerda. Os exames complementares sugeriram lesão estenosante tumoral no nível do cólon sigmóide, confirmado em uma laparotomia realizada em regime de urgência. A conduta cirúrgica a ser adotada nesse paciente deverá ser: a) exteriorização da lesão + colostomia proximal b) hemicolectomia esquerda + anastomose término-terminal c) ressecção da massa tumoral com margens apropriadas + colostomia proximal d) ressecção da massa tumoral com margens apropriadas + drenagem da cavidade e) ressecção da massa tumoral com margens apropriadas + anastomose término-terminal Fesp 2003 Até 25% dos pacientes com diverticulite ativa desenvolvem complicações que levam ao tratamento cirúrgico. Metade deles são operados devido à: a) b) c) d) Formação de abscesso Perfuração livre Fistulização Obstrução intestinal Fesp 2003 Considerando que a patogenia da apendicite aguda depende principalmente da obstrução da luz do apêndice, é correto citar como primeiro sintoma deste quadro: a) b) c) d) Febre Náuseas Vômitos Dor abdominal Fesp 2003 Um homem de 77 anos com historia de diverticulose é admitido com pneumatúria. O melhor método para localizar a fistula e: a) b) c) d) Cistoscopia Colonoscopia Arteriografia Retossigmoidoscopia Fesp 2003 Considerando que a patogenia da apendicite aguda depende principalmente da obstrução da luz do apêndice, é correto citar como primeiro sintoma deste quadro: a) b) c) d) Febre Náuseas Vômitos Dor abdominal Fesp 2003 Até 25% dos pacientes com diverticulite ativa desenvolvem complicações que levam ao tratamento cirúrgico. Metade deles são operados devido à: a) b) c) d) Formação de abscesso Perfuração livre Fistulização Obstrução intestinal 2 – Qual é a composição do divertículo verdadeiro? a- mucosa b- mucosa e muscular circular c- serosa d- mucosa, muscular circular e serosa 3 – Qual é o local mais comum do divertículo verdadeiro: a – colon descendente b - cólon transverso c - reto d – ceco 4- Qual dos exames abaixo é contra- indicado na diverticulite aguda: a- tomografia computadorizada b- radiografia de abdome c- USG de abdome d- Clister opaco 5- Qual é o melhor exame para diagnóstico de diverticulite aguda: A- Rotina de abdome agudo B- USG de abdome C- Clister opaco D- Tomografia Computadorizada HCPM RJ – 2004 1 – Fístula enterocutânea espontânea é mais comumente causada por: a) colite ulcerativa b) doença de Crohn c) defeito congênito do intestino delgado d) diverticulite e) trauma abdominal FESP – 2003 2 – Paciente de 42 anos apresenta diarréia acompanhada de febre, dor abdominal em cólica e hematoquezia. Ao exame, o médico assistente notou a presença de fístula retovaginal. O diagnóstico provável é: a) câncer de colo uterino b) retocolite ulcerativa c) doença de Crohn d) colite amebiana FESP – 2003 3 – Constitui um dos sinais macroscópicos mais precoces da doença de Crohn: a) granuloma b) úlcera aftosa c) inflamação transmural d) inflamação focal crônica HSPESP – 2003 4 – Assinale a alternativa correta: a) a retocolite ulcerativa é mais comum em fumantes do que em não fumantes b) o exame histológico do cólon demonstra características específicas das doenças inflamatórias intestinais c) a presença de sangue nas fezes, febre e taquicardia caracteriza a forma grave da retocolite ulcerativa inespecífica d) em pacientes com retocolite ulcerativa a elevação do nível de fosfatase alcalina deve ser considerado o diagnóstico de colangite esclerosante e) eritema nodoso, artropatia periférica ou episclerite não se relacionam à atividade das doenças inflamatórias intestinais A apresentação grave de retocolite ulcerativa cursa com as alterações dentre outras opções. Observe o quadro. Grave 6 ou evacuações/dia com sangue; febre, anemia e VHS >30 mm/h. Opção D – Nível elevado de fosfatase alcalina nos faz pensar nas manifestações extraintestinais de origem HEPATOBILIAR – esteato-hepatite, colelitíase, pericolangite, hepatite auto-imune e colangite esclerosante. HSPESP – 2003 6 – Um paciente de 35 anos refere diarréia mucossanguinolenta há 12 meses, com emagrecimento de 3 kg neste período. Há duas semanas apresentou prurido generalizado e há sete dias icterícia. Nega história familiar de neoplasia. Ao toque retal não se observam massas e na retossigmoidoscopia nota-se presença de intensa hiperemia de toda mucosa avaliada, com ulcerações freqüentes. O diagnóstico mais provável é: a) neoplasia retal com metástase hepática b) colite amebiana com abscesso hepático c) retocolite ulcerativa com colangite esclerosante d) colite pseudomembranosa e hepatite reacional e) doença de Crohn e coledocolitíase UNICAMP – 2002 9 – Paciente com retocolite ulcerativa inespecífica apresenta piora súbita caracterizada por exacerbação do quadro disentérico, distensão e timpanismo abdominais, e febre. Com a suspeita de megacólon tóxico, o primeiro exame que deve ser solicitado é: a) retossigmoidoscopia b) colonoscopia c) edema opaco d) tomografia computadorizada e) exame radiológico simples do abdome UFRJ – 2002 10 – Mulher, 26 anos, com colite ulcerativa, é admitida no hospital com febre, diarréia sanguinolenta e abdome doloroso, iniciou tratamento clínico que incluiu o uso de corticosteróide parenteral. No terceiro dia apresentou piora acentuada. A radiografia de abdome mostrou o cólon transverso acentuadamente dilatado, sem pneumoperitônio. O tratamento de escolha deve ser: a) colectomia total + ileostomia b) transversostomia c) colectomia do transverso d) cecostomia IPSEMG – 2002 11 – O tratamento de escolha para infecção pelo C. difficile com quadro clínico de colite moderada é: a) amicacina b) vancomicina c) metronidazol d) eritromicina UFF – 2002 14 – A manifestação clínica inicial mais freqüente na colite ulcerativa é: a) tenesmo b) febre c) dor abdominal d) perda de peso e) diarréia sanguinolenta SUS/ RJ – 2001 17 – Com relação ao megacólon tóxico, é correto afirmar que: a) pode ser desencadeado por uso de opiáceos. b) a terapêutica medicamentosa resolve 90% dos casos c) o corticosteróide endovenoso está contra-indicado nesta situação d) ocorre em cerca de 20–30% dos portadores de retocolite ulcerativa e) hemicolectomia direita pode ser requerida em 40–60% dos casos UFMG – 1998 31 – O megacólon tóxico ocorre mais freqüentemente associado a: a) colite pseudomembranosa b) doença de Crohn c) megacólon chagásico d) retocolite ulcerativa SANTA CASA DA MISERICÓRDIA/PR – 1994 51 – São características da colite ulcerativa, com EXCEÇÃO: a) atinge essencialmente a mucosa b) presença de massa inflamatória abdominal c) estenoses colônicas ou retais benignas raras d) comprometimento retal em 95% dos casos e) ausência de fístulas internas ou para a parede abdominal SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ – 1991 64 – Qual das afirmativas abaixo não corresponde a retocolite ulcerativa? a) é uma doença com tendência a remissões e exacerbações b) envolve principalmente o cólon esquerdo c) cursa com ulcerações superficiais e contínuas d) a complicação hepática mais freqüente é a colangite esclerosante Esteatose hepática é a complicação hepática mais associada. UFRJ – 1991 65 – Constitui indicação cirúrgica na retocolite ulcerativa a associação dos seguintes aspectos: a) displasia grau I, pseudopolipose e acometimento até o ângulo esplênico do cólon b) displasia grau II, início na infância e evolução crônica contínua c) colite universal, início dos sintomas aos 50 anos e ulcerações visíveis à endoscopia d) pseudopolipose, manifestações extracolônicas e abundante eliminação de sangue e muco pelo reto Indicações cirúrgicas da RCUI: • hemorragia maciça • megacólon tóxico • perfuração intestinal • colite fulminante • displasia de alto grau • intratabilidade clínica A opção B é a correta, pois o grau de displasia é mais acentuado e um fator de risco para o desenvolvimento de câncer está presente: doença de longa duração (início na infância). UFRJ – 1999 75 – O esquema antibiótico mais apropriado para o tratamento da diverticulite de sigmóide é: a) ceftriaxone + vancomicina b) ciprofloxacina + metronidazol c) oxacilina + ampicilina d) sulfametoxazol + trimetoprim E s q u e m a s d e a s s o c ia ç ã o d e a n tib ió tic o s u s a d o s n o tr a ta m e n to d a d iv e r tic u lite . C IP R O F L O X A C IN A A S S O C IA D A A M E T R O N ID A Z O L C IP R O F L O X A C IN A A S S O C IA D A A C L IN D A M IC IN A A M IN O G L IC O S ÍD E O A S S O C IA D O A M E T R O N ID A Z O L A M IN O G L IC O S ÍD E O A S S O C IA D O A C L IN D A M IC IN A C E F T R IA X O N A A S S O C IA D A A M E T R O N ID A Z O L C e ftr ia x o n a a s s o c ia d a a c lin d a m ic in a Existem alguns relatos recentes de eficácia no tratamento da diverticulite aguda com amoxicilina associada ao ácido clavulânico. UFRJ – 2000 77 – A complicação mais freqüente da doença diverticular do sigmóide é: a) perfuração b) hemorragia c) inflamação d) obstrução 77 – (C) As principais complicações da doença diverticular são hemorragia e diverticulite. Devemos lembrar que a principal causa de hematoquezia em pacientes acima da quinta década de vida é proveniente do sangramento de divertículos colônicos. Quinze por cento dos pacientes com doença diverticular do cólon apresentam hemorragia. Dez a 25% dos pacientes com doença diverticular do cólon desenvolvem sinais e sintomas de diverticulite. As complicações como formação de abscesso ou a fistulização desenvolvem-se em aproximadamente 20% dos pacientes após uma crise isolada de diverticulite, enquanto a taxa de complicação aproxima-se de 60% nos pacientes que tiveram episódios prévios.