Estamos crescendo mais do que a média nacional

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RCN - 400
Edição de Janeiro 2017
Semana II
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SC
ENTREVISTA: RUI SCHNEIDER DA SILVA, PRESIDENTE DO SICOOB CENTRAL SC/RS
“Estamos crescendo mais do
que a média nacional”
Em entrevista à Agência Adjori de Jornalismo, o presidente do Sicoob Central SC/RS,
Rui Schneider da Silva, falou sobre o diferencial do sistema cooperativista em
comparação com os bancos tradicionais, expansão do negócio também para as grandes
cidades e do crescimento deste ramo em Santa Catarina – Estado onde o
cooperativismo é modelo para todo o país. Confira:
Agência Adjori de Jornalismo - O Sicoob tem estendido
os serviços para os centros urbanos, mas ainda tem muito a
crescer entre os jovens e na pessoa física,. O que fazer para ter
mais presença nestes públicos?
Rui Schneider da Silva – A
maior parte das cooperativas do
sistema Sicoob em Santa Catarina surgiu em municípios de forte economia agropecuária. Essas
cidades também foram crescendo, vão se urbanizando cada vez
mais, diversificando a economia.
O Sicoob também está presente
em grandes centros urbanos do
Sul do país, principalmente em
Santa Catarina. Hoje estamos
presentes em 246 municípios
catarinenses, 19 do Rio Grande
do Sul e 18 do Paraná. O desafio
é comunicar ao maior número
de pessoas as vantagens do cooperativismo de crédito, que oferece as mesmas garantias de um
banco, mas os resultados são divididos com os associados. Para
isso estamos investindo cada vez
mais em comunicação e marketing. O Sicoob também investe
muito em novas tecnologias e
tem recebido prêmios nacionais
pelos aplicativos e outros sistemas que desenvolve. Hoje mais
de 60% de todas as transações
no Sicoob são por aplicativos
eletrônicos.
Adjori - A cooperativa registra um crescimento tanto no
número de associados quanto
em ativos. Quais são as estratégias para o crescimento, e
como fazer isso sem perder a
identidade cooperativista?
Rui - O Sicoob SC/RS tem
hoje 708.862 associados e R$
10,3 bilhões em ativos totais
(crescimento de 21% em relação
ao ano anterior). Estamos crescendo mais do que a média nacional das principais instituições
financeiras, porque seguimos à
risca os princípios do cooperativismo, e tem no associado não
apenas um cliente, mas o dono
do negócio. Entre os princípios,
podemos destacar a gestão democrática, a participação nos resultados e o fato de recursos são
também aplicados nas comunidades onde a cooperativa atua.
Adjori - Ao mesmo tempo
que as operações de crédito es-
tão em constante crescimento,
a inadimplência tem se mantida baixa. A que isso se deve?
Rui - O associado, numa cooperativa não é apenas um número ou um cliente qualquer.
Há uma relação muito próxima com cada um, que se torna
ainda mais estreita ao longo de
anos. Cada associado sente-se
como alguém que não apenas
está fazendo um bom negócio,
mas ajudando também outras
pessoas a melhorarem de vida.
O cooperativismo é baseado
na solidariedade e numa relação de confiança que, tendo as
mesmas garantias de um banco, se consolida porque sua direção é escolhida por eleições
em que o associado tem voz e
direito a voto.
Adjori - Em 2016, as cooperativas mostraram maior
resistência à crise em relação
aos bancos. Foi assim também
com o Sicoob? A avaliação do
ano que passou é positiva?
Rui - Nossos índices de
inadimplência são sempre menores do que o de outras instituições financeiras, porque nos-
so associado se interessa pela
gestão da cooperativa. As cooperativas de crédito mantêm
bons índices de crescimento, na
contramão da crise. Às vezes,
crescem até mais na crise, pois é
quando clientes de outras instituições financeiras, em busca de
melhores alternativas para aplicar seus recursos, descobrem as
cooperativas de crédito com taxas e juros menores em relação
à média do mercado financeiro,
e com uma qualidade de atendimento e agilidade que muitos
clientes de outros bancos nunca imaginaram que pudessem
existir. Mesmo com os problemas políticos e econômicos que
o Brasil tem atravessado ao longo de 2016, nosso desempenho
segue positivo.
Adjori - Enfrentar os problemas econômicos nos últimos
anos foi um desafio para todos
os brasileiros. Por que as cooperativas de crédito aparecem
mais sólidas nesses momentos
de instabilidade?
Rui - Porque o nosso DNA é
totalmente diferente dos bancos
e outras instituições financeiras.
O cooperativismo surgiu justamente para solucionar problemas de maneira solidária, que
individualmente não seriam
possíveis. A gestão democrática,
a transparência, a divisão de resultados com os associados, o interesse pelas comunidades onde
atua e o conhecimento sobre as
necessidades de cada associado permitem às cooperativas
oferecer produtos e serviços de
maneira muito mais vantajosa
do que as instituições financeiras tradicionais. Nosso desafio
maior é mostrar as vantagens do
cooperativismo de crédito a um
número maior de pessoas, por
isso estamos investindo cada
vez mais nas áreas de comunicação e marketing. Oferecemos as
mesmas garantias de um banco,
acrescido de um fundo garantidor próprio. Estamos presentes
em todos os estados brasileiros e
no Distrito Federal, com mais de
2,4 mil pontos de atendimento e
3,5 milhões de associados. Em
Santa Catarina, somos a segunda instituição financeira com o
maior número de agência, atrás
apenas do Banco do Brasil.
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