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RCN - 396
Edição de Dezembro 2016
Semana III
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SC
ENTREVISTA: GLAUCO CÔRTE, PRESIDENTE DA FIESC
Agência Adjori de Jornalismo - O que inicialmente era
uma iniciativa da Fiesc, o “Movimento A Indústria pela Educação” foi ampliado, neste ano,
para “Santa Catarina pela Educação”, com o apoio de outras
entidades e até do governo do
Estado. Por que é importante
uma instituição como a Fiesc
investir em educação?
Glauco José Côrte - No nosso
entendimento, a educação é tão
importante que não pode ficar
a cargo apenas do setor público.
As indústrias e empresas que
querem ter trabalhadores mais
qualificados precisam investir na
preparação dos seus profissionais. O fato de termos tido a adesão da Federação do Comércio
(Fecomércio-SC), Federação da
Agricultura (Faesc), e dos Transportes (Fetrancesc), ampliou o
universo a ser atendido. Nós temos cerca de 750 mil trabalhadores no setor industrial, e, provavelmente, esse mesmo número
é a soma das demais federações.
Então, estamos falando de cerca
de 1,5 milhão de trabalhadores.
Adjori - Neste ano, além de
o projeto ter sido ampliado, recebeu o Prêmio Top de Marke-
ting e Vendas da ADVB/SC, na
categoria serviços. Quais são as
principais novidades para 2017?
Côrte - No início do ano nós
vamos retomar fortemente as
campanhas de mobilização,
mostrando que a educação é a
melhor amiga do jovem e do trabalhador. Neste ano, vamos focar
na questão dos professores. Em
2016 o foco foi gestão escolar,
em 2015 foi o jovem, em 2014
a família. Nós consideramos realmente fundamental melhorar
o nível de escolaridade, porque
65% das crianças de hoje vão
trabalhar em ocupações (profissões) que ainda não existem,
segundo o Fórum Econômico
Mundial. Olha o tamanho do
desafio. Como a escola vai preparar uma criança, um jovem, para
uma profissão que nem sequer
existe? Então, realmente, nós temos que reformular o papel da
educação.
Adjori - Embora 2016 tenha
sido um ano difícil para a economia, em Santa Catarina a indústria de transformação abriu
5 mil vagas de trabalho. A que
se deve esse saldo positivo em
um momento tão delicado?
Côrte - Se deve a duas razões
principais: a primeira é o fato de
Santa Catarina ter uma indústria
muito diversificada – e nós temos a indústria de transformação mais diversificada do país.
Não dependemos de um ou dois
segmentos industriais, apenas. A
outra razão é o próprio espírito
do nosso industrial. Ele é muito determinado, olha pra frente,
continua investindo, inovando,
buscando inovação como um
fator de melhoria da competitividade, e é isso que nos dá uma
condição melhor quando comparamos Santa Catarina com outros estados.
Adjori - Qual é o balanço de
2016 para a Federação? Quais
as perspectivas para 2017?
Côrte - Nós acreditamos, firmemente, que vamos ter um ano
melhor do que os últimos três
anos. É claro que não teremos
nenhuma movimentação de euforia, mas os sinais indicam que
nós vamos voltar a crescer, ainda
que moderadamente. Mas estaremos preparados para voltar a
crescer em um ritmo mais intenso em 2018.
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FILIP
Em entrevista à Agência Adjori de Jornalismo, o presidente da
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc),
Glauco José Côrte, fala sobre educação, economia e futuro. Confira:
E SC
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“Nós temos que reformular
o papel da educação”
Dirigente reuniu a imprensa para fazer um balanço do ano
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