Um Modelo em quatro estágios para projetar sistemas de gerenciamento de custos e desempenho Fonte: Custo & Desempenho – Administre seus Custos para ser mais Competitivo Robert S. Kaplan e Robin Cooper – Editora Vozes Os gerentes podem ver o desenvolvimento de seus sistemas integrados de gerenciamento de custos e desempenho como uma viagem composta por quatro estágios seqüenciais. (Figura 2.1). Embora algumas empresas ainda conservem, hoje, conceitos dos falhos sistemas de Estágio I, a maioria opera com sistemas de Estágio II, nossa linha de base. As empresas devem então migrar para o Estágio III, desenvolvendo sistemas personalizados e independentes de gerenciamento de custos, lucratividade e desempenho antes de se aventurarem a mergulhar nas águas inexploradas de Estágio IV. Portanto, concentramo-nos na descrição dos excelentes sistemas de Estágio III antes de passar ao Estágio IV, em que os sistemas de relatórios financeiros e de gerenciamento de custos e desempenho são integrados de modo a proporcionar informações adequadas, relevantes e precisas para gerentes e demais interessados. 1 Sistemas de Estágio I: inadequados para relatórios financeiros Algumas empresas possuem sistemas de custeio inadequados até mesmo para propósitos de geração de relatórios financeiros. Tais inadequações devem-se à ineficiência no controle interno das transações, impedindo seu registro ou registrando-as incorretamente. Além disso, alguns sistemas de Estágio I possuem cálculos incorretos para a alocação dos custos indiretos aos produtos à medida que eles passam por estágios de processamento diferentes e para a atualização de antigos custos padrão de acordo com os atuais níveis de preço. Esses cálculos incorretos induzem a erros, impedindo a correlação dos valores contábeis com o estoque físico. Os sistemas de Estágio I normalmente existem em empresas recentes que ainda não tiveram tempo ou recursos para instalar um sistema financeiro mais eficiente. Mas podem existir também em empresas maduras que continuam a usar o que denominamos atualmente de “sistemas herdados”. Os sistemas herdados, elaborados décadas antes, são obsoletos do ponto de vista tecnológico e sua manutenção é quase impossível, pois seus idealizadores já saíram da empresa e o volume de alterações e atualizações nãodocumentadas é tal que ninguém conhece realmente a mecânica ou a lógica do sistema. Mas o sistema não pode ser sucateado, pois é o Único mecanismo de registro e manutenção das transações financeiras. Até as empresas que antes possuíam sistemas adequados à geração de relatórios financeiros podem estar trabalhando atualmente com sistemas inadequados devido a aquisições de novas divisões ou empresas. Normalmente, os sistemas financeiros em empresas diferentes são independentes e inconsistentes entre si. Provavelmente, farão suposições diferentes sobre a maneira de alocar os custos de fabricação (diretos) e os custos indiretos aos produtos para avaliação do estoque. As características dos sistemas de custo de Estágio I são: • Necessidade de enorme quantidade de tempo e recursos para a consolidação de diferentes fontes de geração de relatórios dentro da empresa e para o fechamento dos livros ao final de cada período contábil. • Variações inesperadas no final de cada período contábil, quando ocorre a conciliação dos estoques físicos com os valores contábeis. • Grandes reduções do valor nominal do estoque após auditorias internas e externas. • Muitos lançamentos de ajuste nas contas financeiras após o fechamento. • Ausência geral de consistência e de possibilidade de auditoria do sistema. Felizmente, a maioria das empresas não possui sistemas de custeio de Estágio I e as que possuem estão adquirindo e instalando modernos sistemas contábeis que evitam todos os problemas identificados acima. Por exemplo, muitas empresas estão instalando atualmente 2 novos e caros EWSs. Tais sistemas são valiosos, pois proporcionam uma visão comum e integrada de dados e informações em toda a organização. Mas os gerentes dessas empresas podem acreditar que um EWS supriria todas as suas exigências de avaliação de custos e desempenho e que realmente possuem um sistema de custos de Estágio IV. Na verdade, é mais provável que estejam migrando de um sistema financeiro obsoleto (Estágio I) para um moderno sistema financeiro integrado; nesse caso, passaram apenas para o Estágio II. Um sistema de Estágio IV deve basear-se em conceitos e teoria, não apenas na pronta disponibilidade de dados e informações. Sistemas de Estágio II: voltados para relatórios financeiros A maioria das empresas possui sistemas financeiros que são mais bem descritos como sistemas de Estágio II, pois: • Suprem as exigências de geração de relatórios financeiros. • Coletam custos por centros de responsabilidade; mas não por atividades e processos de negócios. • Relatam custos de produtos altamente distorcidos. • Não apresentam os gastos com obtenção de clientes ou os apresentam com grandes distorções. • O feedback oferecido aos gerentes não chega a tempo e é demasiadamente agregado e limitado à área financeira. Os sistemas financeiros de Estágio II são adequados à avaliação dos estoques para propósitos de geração de relatórios financeiros e para a preparação de relatórios financeiros periódicos. Possuem dados e planos de conta comuns para unidades de negócios diferentes, permitindo a comparação e consolidação de resultados financeiros de diversas unidades, divisões e empresas pelos gerentes financeiros. Os sistemas podem preparar demonstrações financeiras logo após o encerramento de um período contábil que exigirá pouco ou nenhum ajuste. Preparam demonstrações coerentes com os padrões definidos pelas autoridades governamentais, de regulamentação e tributárias; os sistemas de registro e processamento de dados têm excelente integridade, permitindo rígidas auditorias e cumprindo os padrões de controle internos. 3 Os sistemas financeiros de Estágio II (Figura 2.2), entretanto, também informam custos de produtos individuais, empregando os mesmos métodos simples e agregados usados para a geração de relatórios financeiros externos, a fim de avaliar o estoque e medir o custo dos bens vendidos. E os sistemas de Estágio II fornecem feedback financeiro aos gerentes e funcionários no mesmo ciclo usado para preparar as demonstrações financeiras organizacionais agregadas. Tais sistemas são completamente inadequados para os dois importantes propósitos gerenciais identificados no Capítulo 1: 1. Estimar o custo das atividades e dos processos de negócios e os custos e a lucratividade de produtos, serviços e clientes. 2. Oferecer feedback útil destinado a aperfeiçoar os processos de negócios. Figura 2.2: Estágio II – Sistemas de custos derivados das exigências dos relatórios financeiros Sistemas de relatórios financeiros Sistemas de custeio de produtos Análise de variância e avaliação do desempenho financeiro Na verdade, é a inadequação desses sistemas aos relatórios e ao controle gerencial que nós e outros temos criticado ao longo dos últimos 15 anos. Avaliação inadequada de gastos com atividades, produtos, serviços e clientes O primeiro defeito dos sistemas de Estágio II provém da atribuição de custos aos produtos. Os métodos utilizados para alocação de custos indiretos de fabricação e outros custos indiretos para avaliação do estoque podem ser adequados para as contas de estoque no balanço patrimonial e para a conta do custo dos bens vendidos na demonstração de resultados. Os erros no custeio de produtos considerados individualmente anulam-se mutuamente na medida em que os produtos são aglomerados no balanço patrimonial e na demonstração de perdas e lucros. Além disso, quaisquer que sejam as falhas do método de alocação de custos, os sistemas pelo menos utilizam o mesmo método todo ano. Como 4 observamos, auditores e contadores muitas vezes preferem a consistência à precisão. Muitos sistemas de custeio de produto de Estágio II continuam alocando custos indiretos e de apoio utilizando avaliações de mão-de-obra direta (horas ou dólares). Tais sistemas são de fácil operação, pois, de qualquer maneira, as informações sobre a utilização de mão-de-obra direta precisam ser coletadas para que seja possível remunerar e monitorar a força de trabalho. Os sistemas de alocação de custos indiretos baseados na mão-de-obra direta tinham sentido há 50 ou 80 anos (quando foram criados), pois na época a mão-de-obra direta era responsável por grande parte dos custos incorridos na fabricação. Quando automatizaram seus processos de produção, muitas empresas introduziram critérios de alocação que usavam as horas de utilização de máquina em seus sistemas de custeio. E algumas empresas passaram alguns dos custos das atividades de aquisição de materiais (como compras, recebimento, inspeção, tratamento e armazenamento) para um conjunto de custos indiretos de materiais que pode ser alocado a itens adquiridos com base em um valor adicional sobre o preço de custo. Algumas empresas também tentaram aperfeiçoar seu sistema de custos de Estágio II definindo mais centros de custo, a fim de acompanhar a maior diversidade de processos de produção e equipamentos em suas fábricas. Porém, esses aperfeiçoamentos - utilizando-se critérios adicionais de alocação como custos de material e horas-máquina e aumentando-se o número de centros de custo - ainda não refletem a economia subjacente das empresas com processos complexos, múltiplos produtos e serviços e clientes diversos. Todos esses sistemas partem do pressuposto de que os custos indiretos de fabricação e os custos de apoio variam de acordo com o volume físico ou com o número de unidades produzidas. Não reconhecem a utilização de muitos recursos caros para produzir lotes de itens (processos necessários à preparação das máquinas, preparação de pedidos, recebimento, transporte e inspeção de produtos) e para projetar e sustentar a miríade de produtos que a fábrica é capaz de produzir (atividades necessárias para projetar, aperfeiçoar e manter produtos específicos). Os sistemas de custeio de Estágio II não conseguem captar a economia dos lotes de produção e a variedade de produtos. Uma perda particularmente devastadora decorrente da imprecisão dos sistemas de custeio de Estágio II é o fato de designers e desenvolvedores de produtos não receberem informações - ou recebê-Ias altamente distorcidas - sobre os custos de produção dos produtos que estão desenvolvendo. As empresas com sistemas de custeio de Estágio II forçam os designers de produtos a utilizar informações obsoletas e distorcidas ao tomar decisões de projeto e fazer opções. As escolhas e os trade-offs equivocados durante essa fase não podem ser modificados; é caro e difícil alterá-Ios quando os custos reais são revelados ao longo da fase subseqüente: a produção. Os sistemas de custeio de Estágio II também baseiam-se nos centros de responsabilidade de custo para acumulação de custos, tanto os centros primários, onde ocorre 5 o verdadeiro trabalho de fabricação ou montagem, quanto os centros de custo secundários, como mão-de-obra indireta, manutenção e ferramentaria, que oferecem serviços e apoio aos centros de custo primários. A alocação de custos a centros de responsabilidade permite pouco conhecimento sobre os custos dos processos. A maioria dos processos utiliza recursos de muitos centros de custo diferentes. Por exemplo, uma empresa descobriu que uma atividade, como por exemplo atender aos pedidos do cliente, na verdade envolvia pessoas de sete departamentos diferentes. O departamento de atendimento ao cliente, em que a empresa acreditava que esta atividade estava concentrada, era responsável por apenas 30 por cento dos gastos totais para a realização da atividade. A falta de informações sobre o custo dos processos impediu que muitas empresas definissem prioridades para a eliminação de ineficiências e tornou essencialmente impossível a realização do benchmarking dos custos dos processos em relação a outras unidades, internas ou externas, da empresa. ConseqÜentemente, as empresas com sistemas de Estágio II geralmente não sabem onde concentrar suas iniciativas de qualidade total e reengenharia. Além disso, os sistemas financeiros de Estágio II só alocam custos de fábrica e outros custos de manufatura aos produtos. Grandes volumes de caixa despendidos aparecem nas demonstrações financeiras sob categorias de despesas, como marketing e vendas, administração e distribuição, pesquisa e desenvolvimento e geral (administrativas). Esses dispêndios de capital não são atribuídos aos objetos de custos (por exemplo, produtos, serviços e clientes), já que os relatórios financeiros periódicos não exigem - na verdade não permitem - sua alocação aos objetos de custos. Para propósitos de geração de relatórios financeiros, esses dispêndios de capital são tratados como despesas periódicas. Não é feita nenhuma tentativa de estabelecer um vínculo causal com os processos que estão sendo realizados ou aos objetos de custos - serviços e clientes, por exemplo que requerem esses gastos. Mais uma vez, não há nada de errado em tratar esses gastos como um único item da demonstração de perdas e lucros. Entretanto, é totalmente inadequado aos processos decisórios da gerência sobre o nível de serviço a ser oferecido e o grau de atendimento aos clientes individuais, bem como para o controle de despesas nessas categorias de recursos. Além disso, nas empresas de serviços, que não possuem produtos tangíveis, não existem exigências de geração de relatórios financeiros para a alocação de despesas indiretas e de apoio aos serviços que produzem ou aos clientes que servem. Conseqüentemente, a maioria das empresas de serviços não sofre de distorções nos valores referentes aos custos; elas não possuem números relativos aos custos, pois não medem os custos de produção de seus produtos individuais. As empresas de serviço possuem sistemas financeiros que medem e controlam os custos em centros de responsabilidade. Mas desconhecem os gastos com produtos, serviços e clientes individuais e não sabem coisa alguma sobre os custos dos processos que realizam. Seus sistemas de Estágio II não oferecem orientação alguma para 6 suas iniciativas de TQM e reengenharia. Em suma, os sistemas de Estágio II, que alocam custos adequadamente para fins de geração de relatórios financeiros e para a alocação de custos a centros de responsabilidade, ou não fornecem informação alguma ou fornecem informações distorcidas sobre os gastos com processos, produtos, serviços e clientes. Feedback inadequado para aprendizado e aprimoramento Os sistemas de Estágio II também fornecem informações inadequadas para o aprendizado ou o aprimoramento contínuo na empresa. O novo ambiente competitivo exige que gerentes e operadores disponham de informações adequadas e precisas que os ajudem a tornar os processos mais eficientes e mais voltados para o cliente. Como observamos, os sistemas financeiros de Estágio II preparam e emitem feedback financeiro segundo um ciclo de relatórios financeiros (em geral, mensal ou a cada quatro semanas). Devido às complexidades associadas ao fechamento dos livros, os relatórios são fornecidos vários dias ou várias semanas após o encerramento do período contábil, certamente tarde demais para que as empresas adotem medidas corretivas. Assim, o feedback aos gerentes e supervisores do centro de responsabilidade não só chega tarde demais como também engloba um amplo período de operações. Um funcionário da área financeira observou: Para entender o problema do atraso e da falta de especificidade das informações financeiras, basta imaginar o gerente do departamento como um jogador de boliche que lança a bola contra os pinos a cada minuto. No entanto, não deixamos que ele veja quantos pinos derruba a cada jogada. No final do mês, fechamos os livros, calculamos o total de Pinos derrubados durante o mês, comparamos esse total com um padrão e relatamos o total e a variação ao jogador. Se o número total ficar abaixo do padrão, pedimos uma explicação e o estimulamos a sair-se melhor no próximo período. Estamos começando a entender que não teremos muitos jogadores de classe mundial com esse sistema de relatórios. Além disso, os relatórios mensais de desempenho de muitos departamentos contêm grandes alocações de custo, de modo que os gerentes são considerados responsáveis por um desempenho que não está sob o seu controle nem lhes pode ser atribuído. Os custos dos recursos no âmbito da empresa ou da fábrica, como custos de aquecimento e energia nas instalações ou a manutenção da parte externa, são alocados arbitrariamente aos departamentos específicos, embora os departamentos não sejam responsáveis por eles. Por exemplo, voltando à metáfora do boliche, pense em exigir que os contadores, depois que a bola é lançada em cada uma das 35 pistas do estabelecimento, contem todos os pinos derrubados, dividam o total por 35 e relatem a média, digamos 8,25714, a cada jogador. O 7 número pode ser bastante preciso (representa a média de pinos derrubados por setor), mas é completamente inútil para o jogador. Cada jogador quer saber o número de pinos que ele derrubou para poder sair-se melhor da próxima vez. Não quer um número distorcido ou influenciado pelas ações de outras pessoas sobre as quais não tem controle. Em suma, os sistemas de Estágio II também não conseguem fornecer informações para suas atividades de resolução de problemas e aprimoramento contínuo dos funcionários. Os sistemas de Estágio II reforçam uma filosofia de comando e controle. As empresas, hoje, precisam de uma nova filosofia - para informar e aperfeiçoar o trabalho realizado por seus funcionários. Sistemas de Estágio III: personalizados relevantes para a gerência e independentes Existe uma nova filosofia de custeio por trás do desenvolvimento de sistemas de Estágio III para relatórios financeiros, gerenciamento de custos e desempenho. Os sistemas de Estágio III abrangem: • Um sistema financeiro tradicional mas funcional que executa as funções contábeis e de captura de transações básicas e prepara demonstrações financeiras mensais ou trimestrais para usuários externos, usando métodos convencionais de alocação de custos de produção periódicos às contas do custo das mercadorias vendidas e do estoque. • Um ou mais sistemas de custeio baseados na atividade que extraem dados do sistema financeiro “oficial”, bem como de outros sistemas operacionais e de informações, a fim de avaliar, com precisão, os custos de atividades, processos, produtos, serviços, clientes e unidades organizacionais. • Sistemas de feedback operacional que oferecem aos operadores e funcionários da linha de frente, no tempo adequado, informações precisas, tanto financeiras quanto não-financeiras, sobre a eficiência, qualidade e tempo de ciclo dos processos do negócio. No Estágio III, as empresas mantêm o sistema financeiro existente (Estágio II) para preparar relatórios financeiros para pessoas de fora, como acionistas, reguladores e autoridades tributárias. As empresas precisam de um sistema financeiro básico para capturar as transações que ocorrem continuamente em suas operações, a fim de atribuí-Ias às contas em um sistema contábil geral e agregá-Ias e processá-Ias com o objetivo de preparar as demonstrações financeiras periódicas exigidas pelos estatutos. Como muitas empresas já possuem sistemas financeiros adequados a esse propósito, pareceria tolice sucateá-los, 8 embora eles sejam inadequados para os processos decisórios gerenciais e para as atividades de aprendizado e aprimoramento dos funcionários. Com a disponibilidade, a partir de meados da década de 80, de microcomputadores poderosos e, subseqüentemente, na década de 90, de sistemas cliente-servidor em rede, o processamento das informações disponíveis em sistemas de contabilidade gerencial especializados não é uma tarefa difícil nem cara. O tempo de desenvolvimento é avaliado em meses, não em anos, e os custos totais estão na casa das dezenas e centenas de milhares de dólares, não dos milhões necessários para sistemas financeiros inteiramente novos. Os poderosos recursos da nova tecnologia da informação hardware, software e redes - capacitam as empresas a introduzir dois sistemas personalizados de gerenciamento de custos e desempenho para propósitos gerenciais (Figura 2.3): • Sistemas de custeio baseados na atividade, para fornecer informações precisas sobre os custos de atividades e processos de negócios e os custos de produtos, serviços e clientes. • Sistemas de controle operacional e de aprendizado que ofereçam feedback novo e mais ágil aos funcionários, inclusive informações não-financeiras, para suas atividades de aprimoramento e resolução de problemas. Os sistemas de custeio baseados na atividade definem prioridades para atividades de aprimoramento de processos e ajudam os gerentes a tomar decisões estratégicas. Mas os sistemas ABC, em geral, não são úteis para decisões e controle operacional no curto prazo. É preciso lançar mão e um segundo tipo de sistema financeiro gerencial que permita feedback diário sobre o desempenho dos processos de negócios. Os progressos na atribuição de custos e a maior agilidade na geração dos relatórios podem aperfeiçoar os tradicionais sistemas e custeio padrão, oferecendo informações mais relevantes aos gerentes de centro de responsabilidade. Porém, apesar de todos esses aperfeiçoamentos, mesmo os sistemas de custeio padrão mais bem planejados e implementados ainda possuem limitações. As empresas podem superar tais limitações no Estágio II desenvolvendo sistemas de custeio inovadores para aprendizado e aprimoramento. 9 Figura 2.3: Estágio III – Sistemas gerenciais especializados e personalizados Sistemas de relatórios financeiros Custeio do cliente Custeio do produto Sistemas de gerenciamento baseados na atividade Feedback operacional para aprendizado e aprimoramento Resultados Defeitos Tempo de ciclo Troughput Consumo real de recursos (quantidade e custos Sistema de custeio baseado na atividade e feedback operacional: uma função para sistemas múltiplos? No Estágio III, portanto, os gerentes podem ter três tipos diferentes de sistemas financeiros: 1) um sistema tradicional para geração de relatórios financeiros; 2) sistemas ABC para informações sobre o custo de processos, produtos e clientes; e 3) sistemas de feedback operacional destinados a promover a eficiência local e o aprimoramento dos processos. Felizmente, é possível desenvolver sistemas de custeio baseados na atividade e sistemas de feedback operacional sem grandes investimentos em hardware e software. Os dados e informações para ambos os sistemas normalmente já existem nos sistemas financeiros do Estágio III, bem como em diversos outros sistemas de informação da empresa; planejamento e controle da produção, controle de estoques, entrada de pedidos de vendas, administração do cliente e engenharia, entre outros. Portanto, ao desenvolver novos sistemas ABC de Estágio III e sistemas de feedback operacional e de aprendizado, os analistas desenvolvem protocolos de acesso a dados adequados em diversos sistemas organizacionais e baixam os dados para a rede local, estações de trabalho e microcomputadores, nos quais ocorre o processamento personalizado e feedback ABC e operacional. Dentro dessa abordagem progressiva, os sistemas ABC e de feedback operacional devem ser vistos como complementos dos sistemas organizacionais existentes, não como concorrentes com as mesmas funções. Além disso, embora usemos a palavra sistema para descrever essas duas novas fontes de informações relevantes do ponto de vista gerencial, seus aspectos sistêmicos são mínimos. O investimento necessário para acesso aos dados, 10 processamento e geração de relatórios é muito inferior ao que as empresas normalmente esperam quando ouvem a palavra sistema. Por isso essa técnica do Estágio III é tão poderosa. Com gastos relativamente modestos, as empresas podem reunir dados que já estão sendo coletados para suprir informações que sustentem duas funções gerenciais vitais, que são inadequadamente abordadas com os sistemas existentes. O aprimoramento nas decisões e nos processos com informações ABC e com feedback operacional adequado e relevante pode ser obtido com rapidez e baixos custos. Perigos de um sistema único para gerenciamento de custos e aprimoramento do desempenho Em vez de desenvolver duas técnicas personalizadas para o custeio de recursos e feedback operacional, algumas empresas tentaram realizar as duas funções com um único sistema adicional. Geralmente, desenvolvem um sistema de custeio baseado na atividade e em seguida tentam utilizá-lo também para feedback e controle. Os gerentes dessas empresas não percebem que as exigências fundamentais desses dois sistemas são tão diferentes que nenhuma técnica isolada pode servir aos dois fins; é mais provável que acabem com um sistema que não atenda bem a nenhum dos dois propósitos. Os sistemas ABC e os sistemas de feedback operacional diferem muito em seus pressupostos sobre a variabilidade das despesas; a freqüência e a atualização de relatórios; o grau de precisão, e o papel de dados históricos objetivos versus estimativas subjetivas de custos futuros para avaliar o consumo de recursos. Explicaremos essas diferenças de maneira mais detalhada no Capítulo 14. Por enquanto, afirmamos - sem apresentar provas - que os dois sistemas devem ser desenvolvidos separadamente. Muitos gerentes financeiros e operacionais, dispondo dos três sistemas descritos anteriormente bem projetados e em bom funcionamento, talvez acreditem ter chegado ao Paraíso. Possuem um sistema oficial que agrada seus contadores e contatos externos e dois sistemas adicionais que proporcionam fontes de informação altamente relevantes que eles podem personalizar e atualizar continuamente a um custo baixo. Para esses gerentes, o Estágio III é a meta mais desejável, certamente um grande aperfeiçoamento com relação à tentativa de gerenciar e aperfeiçoar uma empresa complexa em um ambiente bastante competitivo e tecnologicamente desafiador com apenas um sistema de Estágio II. Muitos outros gerentes, entretanto, sentem-se pouco à vontade com a operação simultânea, porém não-vinculada, de diversos sistemas financeiros, principalmente quando as informações relatadas em dois dos sistemas forem conflitantes. Por exemplo, os custos de produto padrão relatados para a avaliação dos custos dos bens vendidos e do estoque podem diferir drasticamente dos custos de produto computados em sistemas ABC. E a análise de 11 variação realizada pelo sistema financeiro oficial para conciliar dados orçados com dados reais pode gerar uma visão muito diferente de eficiência do que a visão relatada pelo sistema de feedback operacional, que trabalha diretamente com dados sobre throughput real, qualidade e tempos de resposta. Esses gerentes podem estar dispostos a conviver com sistemas de Estágio III como solução intermediária, mas querem saber como todos os sistemas de gerenciamento de custos e de desempenho podem ser integrados uns com os outros e com o sistema oficial de relatórios financeiros. Esse é o estágio IV, do qual trataremos a seguir. Sistemas de Estágio IV: integração do gerenciamento de custos e dos relatórios financeiros No Estágio l, os sistemas de feedback operacional e os sistemas ABC são integrados e, juntos, formam o alicerce para a preparação das demonstrações financeiras externas (Figura 2.4). Não existe um conflito fundamental entre os custos de produto calculados por um sistema ABC e as exigências externas para avaliações objetivas e coerentes de estoques e custos de bens vendidos. Os fatores geradores de custos em um sistema ABC podem ser usados para atribuir custos indiretos e de apoio a produtos para relatórios financeiros. As despesas que foram atribuídas a produtos específicos, mas que (segundo os princípios contábeis geralmente aceitos, exigências da regulamentação ou leis tributárias) não podem ser alocadas ao estoque, são automaticamente eliminadas na preparação dos relatórios financeiros. Por exemplo, o custo de estoque e de aprimoramentos nos produtos pode ter sido atribuído aos produtos no modelo ABC, mas essas despesas não são inventariáveis. Um simples campo de atribuição para cada atividade pode marcar as despesas não inventariáveis, para que o sistema as elimine dos custos do produto nas contas de estoques. O sistema ABC, ao contrário, talvez não tenha atribuído algumas despesas de manutenção das instalações, como o custo da equipe de gerência sênior da fábrica, a unidades de produto. Para relatórios financeiros, de regulamentação e tributários, essas despesas devem ser alocadas (arbitrariamente) às unidades de produto. O sistema de Estágio IV realiza facilmente a alocação arbitrária e necessária sempre que os relatórios financeiros são preparados. 12 Figura 2.4: Estágio IV - Amanhã Sistemas de relatório financeiro Planejamento e orçamento Sistemas de avaliação de desempenho operacional e estratégico Sistemas de gerenciamento baseados na atividade Utilização e eficiência reais Da mesma maneira, as despesas reais necessárias à preparação de demonstrações financeiras periódicas podem ser encontradas nos sistemas de feedback que vêm capturando periodicamente os dados a partir de operações reais. Os elementos financeiros nos sistemas de feedback operacional podem ser agregados periodicamente e fornecidos aos contadores, quando necessário, para a preparação dos relatórios financeiros externos. Dessa maneira, o sistema de feedback operacional para propósitos gerenciais integra-se à preparação de relatórios financeiros periódicos para contatos externos. O mais notável é a mudança da ênfase do mundo do Estágio II para o mundo do Estágio IV. No Estágio II, a contabilidade financeira e a geração de relatórios externos são o centro de tudo. Informações relevantes para a gerência - para o custeio de atividades, produtos e clientes, por exemplo - precisam ser derivadas e extraídas dos relatórios de contabilidade financeira. Como contadores de mais de uma empresa costumam dizer quando os gerentes de operações reclamam da dificuldade de encontrar informações relevantes do ponto de vista gerencial nos relatórios contábeis que recebem: "Todas as informações de que você precisava sobre suas operações estão ali. É só aprender onde e como procurá-Ias." No Estágio IV, os sistemas foram projetados para maximizar os benefícios dos gerentes responsáveis pelas decisões e dos funcionários ligados à produção que trabalham continuamente para melhorar os processos sob seu controle. As informações dos sistemas gerenciais de Estágio IV são distribuídas periodicamente aos contadores que, então, as conciliam com as necessidades previstas em regulamento. Se os contadores reclamarem das 13 informações recebidas, ou da dificuldade de atender às exigências de relatórios externos, os gerentes e operadores terão que exercitar seu autocontrole para não dizer: "Essas são as informações que usamos para administrar o negócio. Aprendam a usá-Ias para preparar suas demonstrações de resultados". Além de preparar demonstrações periódicas a partir de sistemas gerenciais, os sistemas de Estágio IV também integram informações dos sistemas de custeio baseados na atividade e dos sistemas de feedback operacional. O sistema ABC torna-se, então, a base para o orçamento organizacional, autorizando o suprimento e o dispêndio de recursos em todas as unidades organizacionais. Esses orçamentos baseados na atividade são então utilizados pelo sistema de feedback I organizacional para comparar e analisar as despesas reais incorridas por cada unidade organizacional ao longo do ano. Em troca, o sistema de feedback operacional fornece ao sistema ABC informações sobre os rendimentos mais recentes e sobre a utilização integral das operações, que atualiza os índices geradores de custo ABC quando a empresa efetua mudanças demonstráveis e sustentadas nas eficiências operacionais e na capacidade prática. Esse feedback permite que os índices dos geradores de custos da atividade monitorem com rapidez e confiabilidade os aprimoramentos operacionais. Do Estágio II ao Estágio IV em um passo Algumas empresas, porém, são impacientes. Em geral, seus sistemas financeiros de Estágio II estão tão desatualizados que eles querem passar diretamente para o Estágio IV, sem passar pelo período recomendado de experimentação com os sistemas ABC e de feedback operacional do Estágio III. Muitas vezes, uma empresa, em função de uma grande mudança em sua tecnologia operacional (por exemplo, a eliminação do registro da mão-deobra direta em seu ambiente de produção quase inteiramente automatizado), possui um sistema de Estágio II obsoleto. Como precisa substituir seu sistema financeiro de Estágio II, a empresa argumenta: "Por que não passar diretamente ao Estágio IV e usar o nosso novo sistema de custeio baseado na atividade também para avaliação do estoque e geração de relatórios financeiros?" Como veremos em capítulos subseqüentes, é quase certo que essas tentativas de migrar diretamente para um sistema de Estágio IV totalmente novo e integrado falhem. Em primeiro lugar, as exigências de simplicidade, objetividade e possibilidade de auditoria das demonstrações de resultados comprometem inevitavelmente os princípios fundamentais de projeto do sistema ABC, impedindo-o de oferecer estimativas válidas dos custos das atividades e processos de negócios e do custo dos recursos utilizados em produtos, serviços e clientes. Por exemplo, em dois casos de desenvolvimento de sistemas ABC integrados para divisões de montagem de produtos eletrônicos, os projetistas dos sistemas basearam-se exclusivamente 14 nos geradores de custos no nível da unidade (como o número de inserções em uma placa de circuito impresso) e não utilizaram os fatores geradores de custo de lotes e de sustentação do produto (como preparação de máquina e notificações de mudanças de projeto) que identificariam, com maior precisão, o custo da excessiva variedade e das curtas rodadas de produção. Assim, a instalação prematura de um sistema de “pseudo-Estágio IV” compromete a principal tarefa para a qual os sistemas ABC foram propostos. Em segundo lugar, o cálculo de índices geradores de custos reais para o período mais recente (mensal) como base no feedback para operadores e funcionários da linha de frente sobre a eficiência de suas operações utiliza de forma inadequada e incorreta as informações do sistema ABC. Os operadores receberiam, como nos sistemas de Estágio II, informações distorcidas e atrasadas sobre a eficiência de suas operações, em vez de informações mais precisas e adequadas de um sistema de feedback operacional de Estágio III. Ambas as divisões, nos casos de empresas mencionadas anteriormente, oferecem aos funcionários relatórios mensais sobre os índices geradores de custos durante o período mais recente, que o sistema calculou dividindo as despesas mensais reais pela quantidade real do fator gerador de custo (por exemplo, o número de inserções nas placas de PCs) durante o mês. Presumivelmente, o índice gerador de custo mensal real era um sinal do grau de eficiência na realização do processo durante o mês. Esse cálculo, porém, não é um sinal válido da eficiência operacional. Prime\ro, o índice gerador de custo ex post reflete flutuações inesperadas no volume de atividades realizadas que, embora sejam de interesse gerencial, não indicam a eficiência com que a atividade foi realizada durante o mês precedente. Segundo, as despesas mensais reais inseridas no índice gerador de custo ex post podem refletir gastos flutuantes ou provisões contábeis financeiras que tenham pouca ou nenhuma relação com os custos dos recursos utilizados durante o mês para a realização da atividade. Outro caminho de migração sedutor do Estágio II para o Estágio IV surge à medida que as empresas instalam sistemas empresariais sofisticados, abrangentes e caros voltados para a empresa como um todo (EWSs). Empresas de todo o mundo estão ocupadas instalando EWSs adquiridos de empresas de software como a SAP, a Oracle, a PeopleSoft e a Baan. Tais sistemas captam informações de qualquer parte do mundo e fornecem versões em bloco dos dados disponíveis, on-line e em tempo real, a todos os gerentes e funcionários autorizados. A existência de dados on-line, acessíveis, em tempo real e coerentes disponíveis de maneira integrada em toda a empresa deve ser um grande benefício. Essa plataforma tecnológica parece oferecer às empresas um é um caminho tranqüilo para os recursos dos sistemas de custeio de Estágio IV. Afinal, podem acompanhar as despesas diárias por código de conta, atividade e processo de negócios e medir as quantidades físicas das atividades realizadas para que os gerentes tenham índices diários de geradores de custos ABC e custos de produtos reais em tempo real. 15 Porém, mais uma vez, dados e informações não são sinônimos de conhecimento. Uma vez que uma empresa entenda a teoria conceitual subjacente. ao sistema de custeio baseado na atividade e ao gerenciamento baseado na atividade (ABM), fica claro que os índices reais e diários dos geradores de custo estão longe de ser a informação que se espera de um sistema ABc. Em vez de obter informações distorcidas (como as que são fornecidas atualmente pelos sistemas de custeio de Estágio II) uma vez por trimestre ou uma vez por ano, os gerentes obteriam informações distorcidas todos os dias. Tampouco os dados sobre esses índices seriam muito úteis para o aprimoramento operacional e o aprendizado. Não que tais sistemas sejam irrelevantes no desenvolvimento de melhores sistemas de custeio baseados na atividade e de feedback operacional e aprendizado. Sem dúvida, tais sistemas acabarão se tornando mais precisos, expressivos e fáceis de instalar e operar. Mas os dados e as informações de EWSs são apenas mais uma fonte para os sistemas baseados na atividade e de feedback operacional; não os substituem. As empresas que imaginam que as necessidades de seus sistemas ABC e de feedback operacional serão imediatamente supridas após a instalação do sistema empresarial escolhido provavelmente terão uma grande decepção. Assim, passar prematuramente para um sistema de Estágio IV pode comprometer a relevância gerencial e a utilidade do sistema. Na verdade, uma empresa pode tentar audaciosamente passar diretamente para um sistema de Estágio IV, mas, da mesma maneira que um jogador de golfe preso em uma armadilha de areia perto do green que tenta colocar a bola no buraco com uma única tacada, ela pode ver-se novamente enterrada no Estágio II. As empresas precisam da experimentação e do aprendizado que ocorrem com os sistemas financeiros de Estágio III. Precisam aprender a estruturar seus sistemas baseados na atividade para propósitos gerenciais específicos, precisam resolver algumas questões de mensuração técnica e precisam explorar a estrutura do feedback financeiro e não-financeiro que oferecem aos funcionários para seu aprimoramento e aprendizado. Mike Roberts, ex-diretor executivo do CAM-I Cost Management Project, cita uma metáfora que ilustra bem os benefícios da experimentação proporcionada pelo Estágio III. Ele recorda o exemplo dos corajosos acrobatas que entretinham multidões em feiras estaduais no interior dos EUA, andando sobre as asas dos aviões da segunda guerra a milhares de metros de altura. Um pesquisador estudou suas técnicas entrevistando todos os wingwalkers que conseguiu encontrar. Naturalmente só entrevistou os bem-sucedidos, pois os que fracassaram não estavam mais ali para descrever sua experiência. Cada um deles tinha seu próprio estilo de apresentação, mas todos tinham uma técnica em comum. Ao passar de uma estrutura da asa para a próxima, a metros de distância, mantinham uma mão firme na estrutura que já haviam alcançado e estendiam a outra mão para a próxima - não sem antes verificar se a próxima estrutura tinha a estabilidade e a segurança daquela que estavam prestes a soltar. Na verdade, eles não abandonavam a segurança do sistema financeiro de Estágio II, mas 16 tateavam o caminho e chegavam aos sistemas financeiros de Estágio III um pouco mais à frente. Depois de operar com os dois sistemas, sentiam-se confiantes o suficiente para abandonar o sistema anterior ao se prepararem para o próximo. O pesquisador concluiu que aqueles que tentaram abandonar uma estrutura sem estar seguro da próxima, com suas características talvez novas e únicas, foram levados pelo vento e não puderam ser entrevistados. Os sistemas financeiros podem ser tão frágeis quanto os apoios em um avião a milhares de metros de altura. As empresas devem ter cautela ao passar do Estágio II ao Estágio IV. Devem explorar as novas oportunidades, ainda que sem abrir mão da segurança dos sistemas financeiros testados e aprovados que ainda devem preparar relatórios para muitos contatos importantes. No próximo capítulo, iniciaremos a jornada rumo ao Estágio IV. Começamos definindo a base dos melhores sistemas padrão de custeio. Esses sistemas podem oferecer um alicerce para os sistemas de feedback e aprendizado do Estágio III. Identificamos também, entretanto, algumas limitações específicas dos melhores sistemas de custeio padrão para propósitos gerenciais. 17