Espaços Vetoriais Juliana Pimentel [email protected] http://hostel.ufabc.edu.br/∼juliana.pimentel Sala 507-2 - Bloco A, Torre 2 Espaços Vetoriais I I I I Quantidades Área, comprimento, massa, temperatura: escalares Velocidade, movimento, força, deslocamento: vetoriais Exemplos: N, R, R2 = {(x, y); x, y ∈ R}, R3 = {(x, y, z); x, y, z ∈ R}. Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não-vazio e vamos chamar os elementos de V por objetos. Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não-vazio e vamos chamar os elementos de V por objetos. Queremos definir as operações de soma e multiplicação por um escalar em V . Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não-vazio e vamos chamar os elementos de V por objetos. Queremos definir as operações de soma e multiplicação por um escalar em V . Ou seja, se u e v são objetos em V , então a a soma u + v é um objeto em V . Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não-vazio e vamos chamar os elementos de V por objetos. Queremos definir as operações de soma e multiplicação por um escalar em V . Ou seja, se u e v são objetos em V , então a a soma u + v é um objeto em V . E se k ∈ R, então a multiplicação kv é um objeto em V . Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não-vazio e vamos chamar os elementos de V por objetos. Queremos definir as operações de soma e multiplicação por um escalar em V . Ou seja, se u e v são objetos em V , então a a soma u + v é um objeto em V . E se k ∈ R, então a multiplicação kv é um objeto em V . Dizemos que V é um espaço vetorial se os seguintes axiomas são satisfeitos: (1) u + v = v + u (2) u + (v + w) = (u + v) + w (3) Existe um objeto 0 em V , chamado um vetor nulo de V , tal que 0 + u = u + 0 = u para cada u em V. (4) Para cada u em V , existe objeto −u, tal que u + (−u) = (−u) + u = 0. Espaços Vetoriais (5) l(u + v) = lu + lv (6) (k + l)v = kv + lv (7) k(lu) = (kl)u (8) 1u = u para todos objetos u, v e w em V e quaisquer escalares k, l ∈ R Exemplo 1 - Rn O conjunto V = Rn com as operações usuais de adição e multiplicação por escalar usuais é um espaço vetorial. Exemplo 1 - Rn O conjunto V = Rn com as operações usuais de adição e multiplicação por escalar usuais é um espaço vetorial. Os três casos especiais mais importantes de Rn são R (números reais), R2 (vetores do plano) e R3 (vetores do espaço tridimensional). Exemplo 2 - Matrizes O conjunto Mm×n (R) das matrizes m × n com entradas reais é um espaço vetorial se a adição e multiplicação por escalar são definidas como as usuais. Exemplo 3 - Funções Reais Seja V o conjunto de todas as funções reais definidas na reta real (−∞, +∞). Exemplo 3 - Funções Reais Seja V o conjunto de todas as funções reais definidas na reta real (−∞, +∞). Se f = f (x) e g = g(x) são duas tais funções e k é um número real qualquer, defina a soma f + g e o múltiplo por escalar kf respectivamente por: (f + g)(x) = f (x) + g(x) e (kf )(x) = kf (x) Exemplo 3 - Funções Reais Seja V o conjunto de todas as funções reais definidas na reta real (−∞, +∞). Se f = f (x) e g = g(x) são duas tais funções e k é um número real qualquer, defina a soma f + g e o múltiplo por escalar kf respectivamente por: (f + g)(x) = f (x) + g(x) e (kf )(x) = kf (x) Desta forma, V é um espaço vetorial. Exemplo 4 - Conjunto que não é Espaço Vetorial Seja V = {(a, 1)|a ∈ R} munido das operações usuais de soma e multiplicação por escalar de R2 . Exemplo 4 - Conjunto que não é Espaço Vetorial Seja V = {(a, 1)|a ∈ R} munido das operações usuais de soma e multiplicação por escalar de R2 . Os elementos (2, 1) e (5, 1) estão em V , mas a soma não pertence a V. Exemplo 5 - Conjunto que não é Espaço Vetorial Seja V = R2 e defina as operações de soma e multiplicação por escalar como segue: Exemplo 5 - Conjunto que não é Espaço Vetorial Seja V = R2 e defina as operações de soma e multiplicação por escalar como segue: sejam u = (u1 , u2 ), v = (v1 , v2 ) e k é um número real: u + v = (u1 + v1 , u2 + v2 ) e ku = (ku1 , 0) Exemplo 5 - Conjunto que não é Espaço Vetorial Seja V = R2 e defina as operações de soma e multiplicação por escalar como segue: sejam u = (u1 , u2 ), v = (v1 , v2 ) e k é um número real: u + v = (u1 + v1 , u2 + v2 ) e ku = (ku1 , 0) Pode-se verificar que existem vetores u para os quais o Axioma (8) falha (por exemplo, se u = (2, 1). Propriedades de Espaços Vetoriais Teorema Sejam V um espaço vetorial, u e v elementos de V e k um escalar. Então: (a) 0u = 0 Propriedades de Espaços Vetoriais Teorema Sejam V um espaço vetorial, u e v elementos de V e k um escalar. Então: (a) 0u = 0 (b) k0 = 0 Propriedades de Espaços Vetoriais Teorema Sejam V um espaço vetorial, u e v elementos de V e k um escalar. Então: (a) 0u = 0 (b) k0 = 0 (c) x + y = 0 implica que y = −x (o inverso aditivo de x é único). Propriedades de Espaços Vetoriais Teorema Sejam V um espaço vetorial, u e v elementos de V e k um escalar. Então: (a) 0u = 0 (b) k0 = 0 (c) x + y = 0 implica que y = −x (o inverso aditivo de x é único). (d) (−1)u = −u Propriedades de Espaços Vetoriais Teorema Sejam V um espaço vetorial, u e v elementos de V e k um escalar. Então: (a) 0u = 0 (b) k0 = 0 (c) x + y = 0 implica que y = −x (o inverso aditivo de x é único). (d) (−1)u = −u (e) Se kv = 0 então k = 0 ou v = 0. Demonstração (a) 0u + 0u = (0 + 0)u = 0u [distributiva] (0u + 0u) − 0u = 0u − 0u [somando − 0u] 0u + 0 = 0 [associativa] 0u = 0 (d) u + (−1)u = (1)u + (−1)u [elto. neutro] = (1 + (−1))u [distributiva] = 0u =0 Exercı́cio Verifique se o conjunto R3 é um espaço vetorial com as operações de adição e multiplicação por escalar definidas abaixo: (x, y, z) + (x0 , y 0 , z 0 ) = (x + x0 , y + y 0 , z + z 0 ), k(x, y, z) = (0, 0, 0). (Resposta. Não) Exercı́cio Verifique se o conjunto R2 é um espaço vetorial com as operações de adição e multiplicação por escalar definidas abaixo: (x, y) + (x0 , y 0 ) = (x + x0 , y + y 0 ), k(x, y) = (2kx, 2ky). (Resposta. Não) Exercı́cio Verifique se o conjunto {(x, y) ∈ R2 : y = 0} é um espaço vetorial com as operações de adição e multiplicação por escalar usuais de R2 . (Resposta. Sim)