EVOLUÇÃO DA ATEROSCLEROSE AO LONGO DO TEMPO Células espurnosas Estria de gordura Lesão Ateroma intermediária Placa fibrosa Lesão Complicada Iruptura Saiba o que é infarto e como lidar com ele. Infarto do miocárdio o infarto do miocárdio (IAM) é uma emergência médica. Nele, parte do fluxo de sangue que chega ao coração pelas artérias coronárias sofre redução ou interrupção súbita e intensa, produzindo morte do músculo cardíaco (miocárdio), porfalta de oxigênio. Causas Em geral, a capacidade do coração de manter o bombeamento de sangue após um infarto do miocárdio está diretamente relacionada à extensão e a localização da área lesada. Como cada artéria coronária irriga uma região específica do coração, a localização da lesão é determinada pela artéria obstruída.Quanto mais extensa a área do i nfa rto , maior a chance de o . paciente desenvolver um enfraquecimento do músculo cardíaco. Nesta situação, o coração não consegue bombear adequadamente o sangue pelo nosso corpo, e o paciente poderá desenvolver insuficência cardíaca. A principal causa do IAM é aterosclerose, que se caracteriza pela formação de placas de gordura na artéria coronária ao longo dos anos, causando dificuldade para a passagem do sangue. Por motivos ainda não esclarecidos, essas placas podem romper-se, formando-se no local um coágulo, o que causa a obstrução da artéria coronária. A região do coração que é nutrida pelo sangue proveniente dessa artéria fica prejudicada, e, se o fluxo coronário não for rapidamente restabelecido, essa parte do coração perderá o seu funcionamento. Uma causa rara de IAM é um coágulo originado no próprio coração. Às vezes, um coágulo (chamado êmbolo) forma-se no coração, desprega-se e aloja-se em uma artéria coronária. Outra causa incomum é o espasmo (uma espécie de rigidez súbita) de uma das artérias coronárias, que interrompe o fluxo sanguíneo. O espasmo pode ser causado por drogas (como a cocaína e o fumo), mas, algumas vezes, sua causa é desconhecida. ---- Disfunção das células da parede dos vasos ----+ 1a década 3a década 4a década Sintomas A maior parte das pessoas com IAM queixa-se de dores torácicas intermitentes, falta de ar ou fadiga, alguns dias antes do ataque. Os episódios de dor podem tornar-se mais freqüentes, mesmo após esforços físicos cada vez menores. Geralmente, o sintoma mais comum é a dor localizada na região do peito, que pode irradiar-se .para as costas, a mandíbula, o braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito. A dor de um infarto do miocárdio costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso Ou aperto sobre o tórax. Menos freqüentemente,. a dor é localizada no abdome, podendo ser confundida com gastrite ou esofagite de refluxo. Outros sintomas incluem sudorese (suor em excesso), sensação de falta de ar e alteração no ritmo dos batimentos cardíacos. · Os lábios, as mãos ou os pés podem tornar-se discretamente azulados (cianóticos). Os indivíduos diabéticos, o IAM pode apresentar-se sem sintomas de dor e o paciente deverá procurar auxílio médico horas ou dias após o evento. Diagnóstico Sempre que um paciente queixar-se de dor torácica, o médico deve levantar-se a possibilidade de um IAM. No entanto, vários outros distúrbios podem provocar dor semelhante: uma pneumonia, um coágulo sangüíneo em um pulmão (embolia pulmonar), uma inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite), uma fratura de costela, um espasmo esofágico (contração do esôfago). Geralmente, o eletrocardiograma (ECG) e determinados exames de sangue podem confirmar o diagnóstico. O ECG é um exame de grande importância para o diagnóstico do IAM. Permite localizar o local do infarto no coração e auxilia o médico na sua evolução. Quando ocorre o infarto, algumas substâncias são liberadas pelas células do músculo cardíaco e detectadas na corrente sangüínea. São conhecidas como marcadores de necrose miocárdica e confirmam o diagnóstico. Quando os resultados do ECG e dos marcadores de necrose não fornecem informações suficientes, pode ser realizado um ecocardiograma ou uma cintilografia (exame com radioisotópicos). Se o ecocardiograma mostrar redução parcial dos movimentos da parede do ventrículo esquerdo (a parte do coração que bombeia sangue para o restante do corpo), sugere uma lesão devida a um infarto do miocárdio. A cintilografia pode mostrar uma redução persistente no fluxo sangüíneo em uma região do rniocárdto, sugerindo a existência de cicatriz (tecido morto), causada por um IAM. Tratamento o infarto do miocárdio é uma emergência médica. Metade das mortes por IAM ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. O quanto antes for iniciado o tratamento médico, principalmente na primeira ou na segunda hora do início dos sintomas, maiores serão as probabilidades de sobrevivência. Neste caso, boa parte do músculo cardíaco poderá ser salva se a obstrução da artéria coronáriapuder ser desfeita. Como a área do infarto torna-se menor, o funcionamento do coração é em boa parte preservado e raramente o paciente poderá apresentar insuficiência cardíaca. Qualquer indivíduo com sintomas sugestivos de IAM deve procurar ajuda médica imediata. Geralmenté, os pacientes são encaminhados a um hospital que possua unidade coronariana. Nessa unidade, o ritmo cardíaco, a pressão sangüínea e a quantidade de oxigênio existente no sangue devem ser rigorosamente monitorados para segurança do paciente. Prognóstico e prevenção A grande maioria dos pacientes que procura atendimento médico sobrevive ao infarto. Antes da alta hospitalar, poderá haver necessidade de um teste ergométrico e esclarecimento sobre os fatores de risco envolvidos no infarto. Parar de fumar, controlar e baixar a pressão arterial, reduzir os níveis de colesterol e de triglicérides, realizar exercícios físicos regulares durante uma hora por dia e reduzir o peso proporcionarão uma excelente evolução. Reabilitação A reabilitação cardíaca é parte importante na recuperação. Em dois ou três dias após o IAM, conforme orientação médica, podem-se iniciar pequenas caminhadas (até o banheiro), realizar exercícios (com supervisão profissional) e leitura. A maioria das pessoas sai do hospital em aproximadamente uma semana. Serão fornecidas orientações quanto à retomada de suas atividades habituais. Lembrese de que cada pessoa responde ao tratamento de uma forma e que cada caso será orientado de forma particular. Não fique em dúvida: questione os profissionais envolvidos em seu tratamento e em sua recuperação quanto a seu papel nessa fase. Tratamento Inicial Em geral, é imediatamente administrado um comprimido mastigável de aspirina, que tem a finalidade de diminuir o funcionamento das plaquetas do sangue (células que participam da formação do coágulo dentro da artéria coronária). Sempre que possível, também se administra um betabloqueador, medicamento que diminui o bombeamento do coração, poupando-o assim de seu trabalho. Além disso, o oxigênio administrado sob a forma de cateter nasal ou por uma inalação melhora a oxigenação dosangue. A causa do infarto é a obstrução da artéria coronária. Por isso, nos últimos anos, foram desenvolvidas técnicas de desobstrução arterial, seja com medicamentos especializados em disolver os coágulos de sangue (fibrinolíticos), seja utilizando a angioplasta (procedimento, normalmente realizado na artéria localizada na virilha, onde é introduzido um cateter que possui um balão e este é insuflado, dilatando e devolvendo o contorno normal à artéria obstruída) ou a colocação de um "stent coronário" (semelhante a um bobe de cabelo) na região da obstrução, garantindo a abertura do vaso e o seu fluxo sanguíneo. Tratamento subseqüente Como a excitação, o esforço físico e a angústia emocional submetem o coração ao estresse e fazem com que esse órgão trabalhe mais intensamente, deve ser obedecido repouso ao leito, em um ambiente tranqüilo, durante alguns dias. É comum a limitação de visitas, restringindo-as aos membros da família e aos amigos íntimos. laxativos e tranqüilizantes também proporcionam conforto ao paciente. O hábito de fumar deve ser abandonado, pois é um dos principais fatores de aterosclerose e de infarto. FONTE: Espaço Saúde Albert Einstein