GUIDG.COM – DATABASE – CIEX – PG. 1 02/04/09 – QGI – ATOMÍSTICA (Corrigido e revisado na data exibida acima) Introdução á evolução dos modelos atômicos: De Demócrito e Leucipo á James Chadwick 400 a.C. A idéia de que a matéria é constituída por átomos foi concebida pela primeira vez há cerca de 2.400 anos pelos filósofos gregos Demócrito e Leucipo. Demócrito dizia que, se quebrarmos uma amostra de matéria em pedaços cada vez menores, chegaremos a um ponto em que não será mais possível dividi-la. Chegaremos ao átomo, ou seja, à partícula indivisível. Esses filósofos foram chamados de atomistas. 350 a.C. Ainda na Grécia antiga surgiu algum tempo depois a teoria dos quatro elementos, que foi apoiada por Aristóteles. Graças a isso, o atomismo perdeu força e permaneceu em descrédito por séculos. Século XIX Em 1803, o inglês John Dalton revolucionou a Química estabelecendo os conceitos modernos para átomo e elemento. • Constatou que a matéria é constituídas por partículas muito pequenas e indivisíveis: os átomos. • Átomos de mesmo tipo tem propriedades e massa idêntica e a junção de átomos de mesmo tipo forma um elemento químico. • As combinações de átomos formam as substâncias e, nessas combinações químicas, os átomos não são destruídos nem modificados, o que se altera são as ligações entre eles. Esse modelo ficou conhecido como “bola de bilhar”. Ainda nesse período os cientistas começaram a conhecer melhor a eletricidade e foram descobertas as cargas elétricas positiva e negativa. GUIDG.COM – DATABASE – CIEX – PG. 2 Em 1897, Joseph Thomson propôs sua teoria atômica para explicar os fenômenos elétricos. Ele dizia que os átomos eram formados por uma massa de carga positiva e que dentro dessa massa ficavam alojadas cargas elétricas negativas. Esse modelo ficou conhecido como “pudim de passas”. Século XX Em 1911, Ernest Rutherford realizou uma experiência que levou a um novo modelo do átomo. Ele bombardeou uma fina lamina com partículas radioativas alfa. A experiência mostrou que a maioria das partículas atravessava a lâmina de ouro e só algumas eram refletidas ou desviadas. Rutherford concluiu que o átomo é formado por imensos espaços vazios que permitem a passagem das partículas alfa e por uma região central onde se concentra a massa do átomo, capaz de refletir ou desviar essas partículas. Rutherford chamou essa região de núcleo. Nela se concentram as cargas elétricas positivas. Em torno do núcleo, existe uma região, chamada eletrosfera, onde ficam as cargas elétricas negativas e pode ser até cem mil vezes maior que o núcleo. O modelo de Rutherford ficou conhecido como o “modelo planetário”, no qual os elétrons descrevem um movimento circular ao redor do núcleo, assim como os planetas se movem ao redor do sol. GUIDG.COM – DATABASE – CIEX – PG. 3 Em 1913, Niels Böhr propôs a idéia de que as partículas negativas da eletrosfera giravam em torno do núcleo em órbitas definidas e que a eletrosfera era composta por camadas, por isso o modelo de Böhr é conhecido como o “modelo das órbitas”. Esta teoria explica por que os elementos emitem radiações em faixas de freqüências definidas. A partir de então, surgiu o conceito de camadas energéticas da eletrosfera. Sommerfeld Postulou a existência de órbitas não só circulares mas também elípticas. Depois do modelo de Rutherford-Böhr, vários outros cientistas deram sua contribuição para aperfeiçoar a teoria atômica, até se chegar ao modelo atômico atual. Hoje sabe-se que os níveis da eletrosfera são formados por sub-níveis e que estes são formados por orbitais. Em 1926, Werner Heisenberg enunciou o Principio da incerteza, segundo o qual “é impossível determinar simultaneamente a posição e a velocidade de um elétron no átomo”. A partir desse princípio não tem sentido falar em posição do elétron no átomo, mas sim em uma região de máxima probabilidade onde ele possa estar, denominada de orbital. Essa região é determinada por uma função de onda deduzida por Erwin Schrödinger, em 1927. Em 1932, o cientista James Chadwick descobriu o nêutron. Os pesquisadores continuam pesquisando e descobrindo no átomo novas partículas subatômicas. Curiosidade: cronologia de desenvolvimento científico 450 a.C. - Leucipo A matéria pode se dividir em partículas cada vez menores. 400 a.C. - Demócrito Denominação átomo para a menor partícula de matéria. Considerado o pai do atomismo grego. 60 a.C. - Lucrécio Autor do poema De Rerum Natura, através do qual foi consolidado o atomismo de Demócrito. 1661 - Boyle Autor do livro Sceptical chemist, no qual defendeu o atomismo e deu o primeiro conceito de elemento com base experimental. 1808 - Dalton Primeiro modelo atômico com base experimental. O átomo é uma partícula maciça e indivisível. O modelo vingou até 1897. 1834 - Faraday Estudo quantitativo de eletrólise, através do qual surgiu a idéia da eletricidade associada aos átomos. 1859 - Primeiras experiências de descargas elétricas em gases a pressão reduzida (ao redor de 10 mmHg). Descoberta dos "raios" posteriormente chamados catódicos. 1874 - Stone: Admitiu que a eletricidade estava associada aos átomos em quantidades discretas. Primeira idéia de quantização da carga elétrica. 1879 – Crookes: Primeiras experiências de descarga elétrica a alto vácuo. 1886 – Goldstein: Descargas elétricas em gases a pressão reduzida com cátodo perfurado. Descoberta dos raios canais ou positivos. 1891 – Stoney: Deu o nome de elétron para a unidade de carga elétrica negativa. GUIDG.COM – DATABASE – CIEX – PG. 4 1895 – Röentgen: Descoberta dos raios X. 1896 – Becquerel: Descoberta da radioatividade. 1897 – Thomson: Descargas elétricas em alto vácuo (tubos de Crookes) levaram à descoberta do elétron. O átomo seria uma partícula maciça, mas não indivisível. Seria formado por uma geléia com carga positiva, na qual estariam incrustados os elétrons (modelo do pudim de passas). Determinação da relação carga/massa (e/m) do elétron. 1898 - Casal Curie: Descoberta do polônio e do rádio. 1900 - Max Planck: Teoria dos quanta. 1905 – Einstein: Teoria da relatividade. Relação entre massa e energia (e = mc2). Esclarecimento do efeito fotoelétrico. Denominação fóton para o quantum de energia radiante. 1909 – Millikan: Determinação da carga do elétron. 1911 – Rutherford: O átomo não é maciço nem indivisível. O átomo seria formado por um núcleo muito pequeno, com carga positiva, onde estaria concentrada praticamente toda a sua massa. Ao redor do núcleo ficariam os elétrons, neutralizando sua carga. Este é o modelo do átomo nucleado, um modelo que foi comparado ao sistema planetário, onde o Sol seria o núcleo e os planetas seriam os elétrons. 1913 – Bohr: Modelo atômico fundamentado na teoria dos quanta e sustentado experimentalmente com base na espectroscopia. Distribuição eletrônica em níveis de energia. Quando um elétron do átomo recebe energia, ele salta para outro nível de maior energia, portanto mais distante do núcleo. Quando o elétron volta para o seu nível de energia primitivo (mais próximo do núcleo), ele cede a energia anteriormente recebida sob forma de uma onda eletromagnética (luz). 1916 – Sommerfeld: Modelo das órbitas elípticas para o elétron. Introdução dos subníveis de energia. 1920 – Rutherford: Caracterização do próton como sendo o núcleo do átomo de hidrogênio e a unidade de carga positiva. Previsão de existência do nêutron. 1924 - De Broglie: Modelo da partícula-onda para o elétron. 1926 – Heisenberg: Princípio da incerteza. 1927 – Schrödinger: Equação de função de onda para o elétron. 1932 – Chadwick: Descoberta do nêutron. Fontes de pesquisa e estudo: IAB (Instituto Aerotécnico Brasileiro). (Química) Exathum Curso e Colégio. (Química) COC – Livro Eletrônico. (Química) UDESC – CCT (Universidade do Estado de Santa Catarina – Centro de Ciências Tecnológicas). LEF – Licenciatura em Física – (QGI – Química Geral)