SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ CAMPUS TUCURUÍ Geometria Espacial Alunos: Alexandre Aguiar Marilda Pompeu Patrícia Portela Wirlan Lima Turma: T210 – 3ME. TUCURUÍ-PA 2010 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 1 GEOMETRIA ESPACIAL Prisma Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas, no qual as bases se situam em planos paralelos. Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos. Prisma reto Aspectos comuns Bases são regiões poligonais congruentes Prisma oblíquo A altura é a distância entre as bases Arestas laterais são paralelas com as mesmas medidas Faces laterais são paralelogramos Objeto Prisma reto Arestas laterais têm a mesma medida são perpendiculares Arestas laterais ao plano da base Faces laterais são retangulares Prisma oblíquo têm a mesma medida são oblíquas ao plano da base não são retangulares Quanto à base, os prismas mais comuns estão mostrados na tabela: Prisma triangular Prisma quadrangular Prisma pentagonal Prisma hexagonal Base:Triângulo Base:Quadrado Base:Pentágono Base:Hexágono Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 2 Seções de um prisma Seção transversal: É a região poligonal obtida pela interseção do prisma com um plano paralelo às bases, sendo que esta região poligonal é congruente a cada uma das bases. Seção reta (seção normal): É uma seção determinada por um plano perpendicular às arestas laterais. Princípio de Cavalieri: Consideremos um plano P sobre o qual estão apoiados dois sólidos com a mesma altura. Se todo plano paralelo ao plano dado interceptar os sólidos com seções de áreas iguais, então os volumes dos sólidos também serão iguais. Prisma Regular É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais regulares. Exemplos: Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja base é um triângulo equilátero. Um prisma quadrangular regular é um prisma reto cuja base é um quadrado. Planificação do Prisma Um prisma é um sólido formado por todos os pontos do espaço localizados dentro dos planos que contêm as faces laterais e os planos das bases. As faces laterais e as bases formam a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma "superfície" que pode ser planificada no plano cartesiano. Tal planificação se realiza como se cortássemos com uma tesoura esta envoltória exatamente sobre as arestas para obter uma região plana formada por áreas congruentes às faces laterais e às bases. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral e total. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 3 Volume de um prisma O volume de um prisma é dado por: Área lateral do prisma reto com base poligonal regular A área lateral de um prisma reto que tem por base uma região poligonal regular de n lados é dada pela soma das áreas das faces laterais. Como neste caso todas as áreas das faces laterais são iguais, basta tomar a área lateral como: Uma forma alternativa para obter a área lateral de um prisma reto tendo como base um polígono regular de n lados é tomar P como o perímetro desse polígono e h como a altura do prisma. Tronco do Prisma Quando seccionamos um prisma por um plano não paralelo aos planos das bases, a região espacial localizada dentro do prisma, acima da base inferior e abaixo do plano seccionante é denominado tronco de prisma. Para calcular o volume do tronco de prisma, multiplicamos a média aritmética das arestas laterais do tronco de prisma pela área da base. Paralelepípedo Paralelepípedo é um prisma que possui em suas bases um paralelogramo. Sendo que o paralelepípedo é configurado pela reunião dos seis paralelogramos que o constituem. Paralelepípedo reto é aquele onde toda a projeção de sua face superior cai sobre sua face inferior, ou seja faz um ângulo de 90º entre cada uma das faces. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 4 Área do paralelepípedo A área do paralelepípedo rectângulo é então dada por: A = 2 (ab + ac + bc) Cubo Cubo é o paralelepípedo reto que tem todas as arestas congruentes. Diagonal e área do cubo, se notarmos um cubo é formado por seis faces quadradas, de lado n. Poderemos então concluir que sua área lateral total é de: Alateral = 6n2 Para a diagonal do cubo deveremos considerar “a” a diagonal do lado e d a diagonal principal. Assim: Para calcular f devemos efetuar o Teorema de Pitágoras com os lados do cubo. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 5 Agora para a diagonal principal temos: Observe que para o paralelepípedo retângulo a idéia é a mesma onde encontramos: Onde sua superfície lateral total é de : 2ab + 2bc + 2ac E d (sua diagonal principal) é: Volume do paralelepípedo e do cubo Cubo: Vcubo= n3 Paralelepípedo: Vparalelepípedo= a.b.c Pirâmide Uma pirâmide é todo poliedro formado por uma face inferior e um vértice que une todas as faces laterais. As faces laterais de uma pirâmide são regiões triangulares, e o vértice que une todas as faces laterais é chamado de vértice da pirâmide. O numero de faces laterais de uma pirâmide corresponde ao número de lados do polígono da base. Uma pirâmide é classificada como reta quando todas as arestas laterais são congruentes, caso contrário ela é classificada como oblíqua. Uma maneira mais fácil de identificar uma pirâmide reta é quanto o centro da base da pirâmide está alinhado com o vértice superior da pirâmide, em outras palavras, é possível traçar uma reta do vértice ao centro do polígono na base da pirâmide. Uma outra maneira fácil de identificar uma pirâmide oblíqua é quando não existe esse alinhamento do vértice superior com o centro do polígono na base da pirâmide, ou seja, se traçarmos novamente a reta, ela não terminará no centro do polígono da base. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 6 Os segmentos AV, BV e CV são as arestas laterais da pirâmide. Os pontos A, B, C e V são os vértices. Os triângulos VAB,VBC e VCA são as faces laterais. O triângulo ABC é outra face da pirâmide e constitui a base. A distância do ponto V ao centro da base constitui a altura da pirâmide. base. Classificação A classificação de uma pirâmide depende do número de arestas da região da área da Base é um triângulo Nome: pirâmide triangular Número de faces: três faces laterais mais face da base, portanto, quatro faces. Base é um quadrado Nome: pirâmide quadrangular Número de faces: quatro faces laterais mais face da base, portanto, cinco faces. Base é um pentágono Nome: pirâmide pentagonal Número de faces: cinco faces laterais mais face da base, portanto, seis faces. Base é um hexágono Nome: pirâmide de base hexagonal Número de faces: seis faces laterais mais face da base, portanto, sete faces. Pirâmide triangular Pirâmide quadrangular Pirâmide pentagonal Altura, apótema da base e apótema da pirâmide h: altura da pirâmide m’: apótema da pirâmide m: apótema da base Pelo teorema de Pitágoras temos: m’² = h² + m² Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 7 Ápotema da Base Base Quadrada: Base Triangular Base Hexagonal Área da base A área da base de uma pirâmide depende da área do polígono em questão, sendo calculada pela expressão: Onde: P= perímetro do polígono a= apótema da base Área lateral É a soma de todas as áreas Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 8 laterais. Área total Soma da área lateral com a área da base. At = Al + Ab Volume O volume de uma pirâmide é dado pela expressão: Onde: Ab= área da base (depende do polígono) h= altura da pirâmide Planificação de uma pirâmide Pirâmide triangular Pirâmide quadrangular Pirâmide pentagonal Cilindro Um cilindro é o objeto tridimensional gerado pela superfície de revolução de um retângulo em torno de um de seus lados. De maneira mais prática, o cilindro é um corpo alongado e de aspecto roliço, com o mesmo diâmetro ao longo de todo o comprimento. Classificação dos cilindros Cilindro circular reto No cilindro circular reto a geratriz forma com o plano da base um ângulo de 90º. No cilindro circular reto a medida h de uma geratriz é a altura do cilindro. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 9 O cilindro circular reto também é conhecido por cilindro de revolução, pois pode ser obtido pela revolução de 360º de uma região retangular em torno de um eixo. Cilindro eqüilátero O cilindro que possui as seções meridianas quadradas é chamado de cilindro equilátero. No cilindro equilátero a altura é igual ao diâmetro da base: h = 2r. Área e volume de um cilindro Se o cilindro tem um raio r e uma altura h, o volume é: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 10 Área da base é: Área lateral é A área total é Cone Um cone é um sólido geométrico formado por todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em um ponto V (vértice) em comum e a outra extremidade em um ponto qualquer de uma mesma região plana R (delimitada por uma curva suave, a base). altura: distância h do vértice V ao plano ; geratriz (g):segmento com uma extremidade no ponto V e outra num ponto da circunferência; raio da base: raio R do círculo; eixo de rotação:reta do cone; determinada pelo centro do círculo e pelo vértice Classificação Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 11 Os cones podem ser divididos em: Reto Oblíquo Equilátero Reto O cone é dito reto quando a sua base é uma circunferência e a reta que liga o vértice superior ao centro da circunferência da sua base é perpendicular ao plano da base. Em um cone circular reto, cuja base é um círculo, a face lateral é formada por geratrizes (g), que são linhas retas que ligam o vértice superior a pontos constituintes da circunferência do círculo. O conjunto desses pontos, ou seja, a totalidade da circunferência, tem o nome de diretriz, porque é a direção que as geratrizes tomam para criar a superfície cónica. Pode-se dizer também que o cone é gerado por um triângulo retângulo que roda sobre um eixo formado por um dos catetos, no caso de ser um cone reto. O eixo é perpendicular á base. Oblíquo Denomina-se oblíquo quando não é um cone reto, ou seja, quando o eixo é oblíquo ao plano da base. Equilátero Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção meridiana é uma região triangular equilátera e neste caso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro da base. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 12 Secção meridiana A secção determinada, num cone de revolução, por um plano que contém o eixo de rotação é chamada secção meridiana. O triângulo AVB for eqüilátero, o cone também será eqüilátero: Área de um Cone Desenvolvendo a superfície lateral de um cone circular reto, obtemos um setor circular de raio g e comprimento : Assim, temos de considerar as seguintes áreas: a) área lateral (AL): área do setor circular Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 13 b) área da base (AB):área do circulo do raio R c) área total (AT):soma da área lateral com a área da base Volume Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes de sólidos de revolução. Observe a figura: d = distância do centro de gravidade (CG) da sua superfície ao eixo e S=área da superfície Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma superfície gira em torno de um eixo e, gera um volume tal que: Vamos, então, determinar o volume do cone de revolução gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno do cateto h: O CG do triângulo está a uma distância do eixo de rotação. Logo: Tronco de um cone Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura, teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 14 Observe que, diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na composição do tronco de cone. Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral (geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso. h = altura g = geratriz As fórmulas referentes ao cálculo da área superficial e do volume são as seguintes: Área Superficial Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 15 Volume Esfera A esfera é obtida a partir da revolução da semicircunferência sobre um eixo. Podemos considerar que a esfera é um sólido. A área de uma superfície esférica Temos que a área de uma superfície esférica de raio r é igual: Volume da esfera Por ser considerada um sólido geométrico, a esfera possui volume representado pela seguinte equação: Posição relativa entre plano e esfera Plano secante à esfera O plano intersecciona a esfera formando duas partes, se o plano corta a esfera passando pelo centro, temos duas partes de tamanhos iguais. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 16 Plano tangente à esfera O plano tangencia a esfera em apenas um ponto, formando um ângulo de 90° com o eixo de simetria. Plano externo à esfera O plano e a esfera não possuem pontos em comum. A esfera possui inúmeras aplicações, como exemplo podemos citar a Óptica (Física), a secção de uma esfera forma uma lente esférica, que são objetos importantes na construção de óculos. Corpos esféricos possuem grande importância na Engenharia Mecânica, a parte interior de inúmeras peças capazes de realizar movimentos circulares sobre eixos constituída de esfera de aço. Um bom exemplo dessas peças é o rolamento. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Tucuruí 17