correlação entre as modificações histológicas de músculos cervicais

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Correlação Entre As Modificações Histológicas De Músculos Cervicais E O Controle Cervical De Idosos
Daniella Rodrigues1, Julie Gutemberg1, Cíntia Lima1, Delmas Rodrigues2, Thalita Moura2, Alan Soares3, Manoel Fernandes4 e André Cabral5*.
1. Acadêmica do Curso de Fisioterapia (PIBIC/FAPESPA), Universidade do Estado do Pará, Santarém, PA, Brasil.
2. Fisioterapeuta, Colaborador, Santarém, PA, Brasil.
3. Médico, Esp. Radiologia, Colaborador, Santarém, PA, Brasil.
4. Médico, Esp. Ortopedia e Traumatologia, Colaborador, Santarém, PA, Brasil.
5. Prof. Dr.,Curso de Fisioterapia, Departamento de Ciências do Movimento Humano, Grupo de Pesquisa: Saúde Funcional e Qualidade de Vida, Universidade do Estado do Pará, Santarém, PA, Brasil.
*e-mail: [email protected]
Introdução. Pacientes com cervicalgia crônica oriunda de lesão por chicote possuem hipotrofia e aumento nos níveis
de infiltração gordurosa dos músculos profundos da coluna cervical. Essas alterações são acompanhadas de déficit no
controle cervical e equilíbrio. Alterações estruturais e funcionais semelhantes ocorrem devido a senescência. Objetivos. Analisar a correlação entre índices de infiltração gordurosa de músculos cervicais com o desempenho em testes
de reposicionamento articular cervical em idosos. Método. Este estudo foi feito em conformidade com a resolução
nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aceita pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas e Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (Campus XII, Santarém) sob o parecer nº 647.361. Foram avaliados
20 idosos (69.95±4.12 anos) não ativos, normotensos, sem cervicalgia ou vestibulopatias obtidos por conveniência.
Primeiramente avaliou-se o erro de reposicionamento articular cervical (ERAC) dos idosos selecionados com o teste
feito para rotação esquerda e direita, e em seguida eles foram submetidos a um exame de RNM da coluna cervical. Os
músculos cervicais profundos foram analisadas com o programa ImageJ 1.48v, em 196 imagens distribuídas nos níveis
compreendidos entre C2 e C7, para obtenção do índice de infiltração gordurosa. Para análise dos dados, verificou-se
possíveis diferenças intragrupo através do teste t-Student e Mann-Whitney. Buscou-se correlacionar as variáveis idade,
ERAC e infiltração gordurosa com os testes de Regressão linear e o teste de Correlação de Pearson. Para fins de significância estatística, considerou-se o intervalo de confiança de 95% e p valor < 0,05. Resultados. O nível cervical
C2 demonstrou os maiores níveis de índice de infiltração gordurosa, que foram de 0,45±0,11 para o inferior obliquus
capitis e de 0,69±0,12 para o rectus capitis posterior major. Ao avaliar o ERAC observou-se que 90% da amostra
possuía déficit da cinestesia cervical com média de 8,55±4,02 cm para rotação à direita e 9,43±4,14 cm à esquerda.
Verificou-se uma correlação de grau moderado para o longus capitis, lado direito, ao nível cervical C4 e longus capitis e
multifidus, lado esquerdo, nos níveis cervicais C5 e C6 para variáveis idade e ERAC. Observou-se correlação moderada
para os músculos rectus capitis posterior major (C2), longus capitis (C6) e longus colli (C4), para as variáveis infiltração
gordurosa e ERAC. Conclusão. Os idosos apresentaram índices de infiltração gordurosa semelhantes aqueles observados em evidências que investigaram situações patológicas de cervicalgia persistente. Existe correlação moderada
entre os índices de infiltração gordurosa e os valores de ERAC.
Descritores: Envelhecimento; Propriocepção; Cinestesia.
Anais do Congresso Brasileiro de Fisioterapia
v.1 n.1, 2016
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