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Titulo: LINFONODOMEGALIA CERVICAL DE ETIOLOGIA DESCONHECIDA:
IMPORTÂNCIA DOS EXAMES DE IMAGEM
Categoria: PD - Imagens – Exame por Ressonância Magnética
Autores: Marcos Fernando TRONCO JUNIOR, Anna Sílvia Penteado da ROCHA, Fernando Henrique WESTPHALEN,
Antônio Adílson Soares de LIMA, Ângela FERNANDES
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Resumo
Os linfonodos fazem parte do sistema linfático, um dos componentes do sistema imunológico do corpo humano.
Quando apresentam alguma alteração de normalidade, caracterizam a linfonodomegalia. Uma dessas alterações é a
presença de calcificações, sendo que as cadeias submandibular e cervical são as mais envolvidas. Calcificação em
linfonodos cervicais é uma condição rara. Este trabalho relata um caso de linfonodomegalia cervical observada ao acaso
na radiografia panorâmica de uma paciente do gênero feminino, leucoderma, com 36 anos de idade, que procurou o
curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná para tratamento protético no ano de 2005. Dois anos após,
durante uma revisão dos exames radiográficos dos prontuários dos pacientes do curso, foram observadas imagens
sugestivas de massas calcificadas na radiografia panorâmica da paciente. Essas imagens se apresentavam como áreas
radiopacas múltiplas, bem delimitadas, formando um aglomerado de nódulos com aspecto de “couve-flor”, localizadas
no lado esquerdo da região cervical. No prontuário não havia registros sobre essas imagens, o quê parece demonstrar
que não foram observadas anteriormente. A paciente foi convidada para retornar à instituição para avaliação. Na
anamnese, relatou fumar quatro cigarros por dia nos últimos 20 anos, alergia à penicilina, histórico de hipertensão,
rinite e pneumonia, enxaqueca e estalido na região da ATM ao abrir a boca. No exame físico não foi observado sinal ou
sintoma associado àquelas imagens. Foram solicitados exames laboratoriais de cálcio plasmático, fosfatase alcalina,
hemograma completo e reação intradérmica para tuberculina e exames de tomografia computadorizada volumétrica
(TCCB) e de ressonância magnética (RM). Os exames laboratoriais apresentaram resultados dentro dos padrões de
normalidade e a reação intradérmica para tuberculina foi negativa. Nos exames de imagens foram observadas
calcificações grosseiras nos linfonodos de níveis II e V e ausência de necrose. As evidências sugerem linfonodomegalia
cervical com áreas de calcificação de etiologia desconhecida. Por se tratar de uma condição benigna, assintomática e na
presença de exames laboratoriais normais, não foi proposto qualquer tipo de tratamento. A paciente vem sendo
acompanhada há cinco anos, sem apresentar alterações do seu quadro até o presente momento.