Filosofia e arte em Bergson

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Filosofia e arte em Bergson
Paulo Deimison Brito dos Santos*
* é aluno de Filosofia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Este trabalho tem como objeto a reflexão sobre a arte proposta pelo filósofo francês Henri
Bergson (1859-1941). Pretendemos assim, enfatizar a relação entre a arte e a filosofia
discorrida pelo filósofo. Nesse sentido, a investigação filosófica proposta por Bergson
consiste em perceber a fluidez vivida por nós em oposição à produção de conceitos
estáticos. Desse modo, também levaremos em consideração a relação entre filosofia e
ciência, de maneira a perceber algumas demarcações discorridas pelo filósofo acerca da
real compreensão do tempo. Recorremos para tal reflexão a alguns textos da coletânea O
pensamento e o movente, de 1934. Na conferência A intuição filosófica, por exemplo,
Bergson discorre acerca do método intuitivo, nos dizendo que ele esclarece as
dificuldades derivadas dos conceitos elaborados pelo método analítico. Devendo a
intuição partir em busca do conhecimento interior do objeto para percebê-lo em sua
plenitude, e não mais da análise que se apega a pontos de vista externos, assim, a arte
nos conduziria a uma intuição a ser apreendida. Naquele texto, Bergson nos alerta
também para a compreensão do pensamento filosófico em sua intuição simples. Para
tanto, seria necessário atravessar as barreiras da linguagem, isto é, deixar de lado os
conceitos pré-fabricados, pois eles nos inserem na representação do objeto, que é o
tempo, e não no mesmo.
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