UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS EMANOELA DONDOSSOLA WARMLING ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CLIENTES DE UMA EMPRESA DE FERRAGENS DE NOVA VENEZA – SC. CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009 2 EMANOELA DONDOSSOLA WARMLING ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CLIENTES DE UMA EMPRESA DE FERRAGENS DE NOVA VENEZA – SC. Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, no curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. MSc. Jaime Dagostin Picollo CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009 3 EMANOELA DONDOSSOLA WARMLING ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CLIENTES DE UMA EMPRESA DE FERRAGENS DE NOVA VENEZA - SC. Monografia aprovada pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas, no Curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 16 de Dezembro de 2009. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Profº MSc. Jaime Dagostim Picolo Orientador – Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina _______________________________________________ Profº MSc. João B. da Silva Membro – Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina _______________________________________________ Profº Esp. Clésio de Oliveira Membro – Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família, em especial, aos meus pais Gilmar e Marilete, pelo apoio, dedicação e compreensão em todos os momentos desta caminhada, por me ensinarem a ser uma pessoa digna, me oferecerem amor e carinho nas horas em que precisei, e acima de tudo, me proporcionarem esta preciosa oportunidade que é concluir um curso de graduação. 5 AGRADECIMENTO Agradeço a Deus, pois sem Ele nada seria possível e com certeza não estaria desfrutando desta conquista muito importante em minha vida. Agradeço aos meus professores, que me ajudaram a tornar este trabalho realidade em especial meu orientador Jaime Dagostim Picollo. Agradeço também aos meus colegas de trabalho Agradeço que ao foram meu atenciosos namorado sempre. Felipe S. Bortoluzzi que sempre amável, não mediu esforços para ajudar. E por fim mas não menos importante a minha irmã Poliana, por ter compartilhado comigo o “PC” para que eu pudesse escrever este trabalho. 6 “A meta do marketing é conhecer e entender o consumidor tão bem, que o produto ou serviço se molde a ele e se venda sozinho.” Peter Drucker 7 RESUMO WARMLING, Emanoela Dondossola. Análise da satisfação do atendimento aos clientes de uma empresa de ferragens de Nova Veneza – SC. 2009, 88 p. Monografia do Curso de Administração, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. Este trabalho apresentará um estudo sobre o grau de satisfação dos clientes da empresa pesquisada. Com base neste estudo, foi estudada as possibilidades de melhorar os pontos negativos tendo sempre o objetivo de atender melhor os clientes. A elaboração do trabalho foi feita a partir de uma pesquisa bibliográfica onde conceituou-se pontos importantes como marketing, serviço, satisfação de clientes, mercado, segmento de mercado, modelo Kano de satisfação e atendimento ao cliente. Foi utilizado como instrumento de pesquisa de campo dois questionários, primeiramente uma pesquisa qualitativa onde a partir daí obteve-se 15 atributos chaves para a elaboração de outro questionário com uma pesquisa quantitativa, sendo que os dois foram aplicados em setembro de 2009. Os questionários analisaram o grau de importância e satisfação dos atributos como, credibilidade, qualidade nos produtos, preço, prazo de entrega, atendimento e outros. Os atributos que mais se destacaram foram o atendimento, visto positivamente pelos clientes e o prazo de entrega, visto negativamente pelos mesmos. Palavras-chave: Marketing. Satisfação. Atendimento. Clientes. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Modelo Kano de satisfação .......................................................................42 Figura 2: Fórmula do coeficiente de Berger .............................................................42 Figura 3: Gráfico de dispersão do índice de satisfação de Berger ...........................43 Figura 4: Situação do cliente ....................................................................................47 Figura 5: Forma de atendimento ..............................................................................48 Figura 6: Caracterização da compra ........................................................................49 Figura 7: O que a empresa faz de bom e que portanto, deve continuar fazendo.....50 Figura 8: O que a empresa faz de ruim, e que portanto deve deixar de fazer..........51 Figura 9: O que a empresa deve oferecer................................................................52 Figura 10: Simpatia e cortesia no atendimento ........................................................54 Figura 11: Facilidade de contato ..............................................................................55 Figura 12: Frequência de visitas comerciais ............................................................56 Figura 13: Conhecimento nos produtos....................................................................57 Figura 14: Qualidade dos produtos ..........................................................................58 Figura 15: Diversidade de produtos .........................................................................59 Figura 16: Resolução de problemas.........................................................................60 Figura 17: Política de preços....................................................................................62 Figura 18: Prazo de pagamento ...............................................................................63 Figura 19: Flexibilidade nas emergências ................................................................64 Figura 20: Prazo de entrega.....................................................................................65 Figura 21: Localização da empresa .........................................................................66 Figura 22: Embalagem. ............................................................................................67 Figura 23: Credibilidade ...........................................................................................68 Figura 24: Desempenho geral. .................................................................................69 Figura 25: Se pudesse, deixaria de comprar com esta empresa .............................70 Figura 26: Grau de importância dos atributos ..........................................................72 Figura 27: Gráfico de Berger ....................................................................................74 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Os 4 P’s do mix de marketing..................................................................22 Quadro 2: Fluxograma de Gerenciamento de Marketing..........................................25 Quadro 3: Estrutura de fluxos em uma moderna economia de troca. ......................26 Quadro 4: Classificação dos atributos......................................................................41 Quadro 5: Os 15 atributos principais da pesquisa....................................................53 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Situação do cliente....................................................................................47 Tabela 2: Forma de atendimento ..............................................................................48 Tabela 3: Caracterização da compra ........................................................................49 Tabela 4: Intenção de recompra ...............................................................................70 Tabela 5: Grau de importância dos atributos ............................................................71 Tabela 6: Coeficiente de satisfação do cliente com relação aos atributos................73 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11 1.1 TEMA ..................................................................................................................12 1.2 PROBLEMA........................................................................................................12 1.3 OBJETIVOS........................................................................................................12 1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................12 1.3.2 Objetivo Específico ........................................................................................12 1.4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................14 2.1 MARKETING.......................................................................................................14 2.1.1 Conceito de Marketing ...................................................................................15 2.1.2 Marketing de Relacionamento.......................................................................17 2.1.3 Rede de Marketing..........................................................................................19 2.1.4 Mix de Marketing ............................................................................................20 2.1.5 O marketing e o produto................................................................................22 2.1.6 Evolução das estratégias de Marketing .......................................................23 2.2 CIM – COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING ...................................23 2.2.1 O relacionamento entre Marketing e CIM .....................................................24 2.3 MERCADO..........................................................................................................25 2.3.1 Transação de mercado ..................................................................................26 2.3.2 Segmentação de Mercado .............................................................................27 2.4 CLIENTE .............................................................................................................27 2.4.1 Atendimento ao cliente ..................................................................................28 2.4.2 Excelência no atendimento ...........................................................................32 2.5 SATISFAÇÃO DO CLIENTE ..............................................................................33 2.5.1 Satisfação, valor e retenção de clientes.......................................................35 2.6 VALOR PARA O CLIENTE.................................................................................35 2.7 FIDELIDADE.......................................................................................................36 2.8 NECESSIDADES E DESEJOS ...........................................................................37 2.9 SERVIÇOS..........................................................................................................38 2.9.1 Características de serviço .............................................................................39 2.9.2 Qualidade em serviços ..................................................................................40 2.10 MODELO KANO ...............................................................................................40 2 2.10.1 Índice de Satisfação de Berger ...................................................................42 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................44 3.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................44 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica ...................................................................................44 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo ................................................................44 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA ...........................................................................45 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ...............................................................................45 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................46 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA..............................................................................47 4.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS ENTREVISTADOS .................................47 4.1.2 Pessoa Física ou Pessoa Jurídica ................................................................47 4.1.3 Atendimento Direto ou Via Representante...................................................48 4.1.4 Consumidor Final ou Revenda......................................................................49 4.2 QUESTÕES ABERTAS ......................................................................................50 4.2.1 O que a empresa faz de bom, e que portanto deve continuar fazendo .....50 4.2.2 O que a empresa faz de ruim, e que portanto deve deixar de fazer...........51 4.2.3 O que a empresa não faz, e que deve passar a fazer ..................................52 4.3 NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES ........................................................53 4.3.1 Análise dos atributos .....................................................................................54 4.4 INTENÇÃO DE RECOMPRA DOS ENTREVISTADOS......................................70 4.4.1 Se pudesse, deixaria de trabalhar com esta empresa? ..............................70 4.5 GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS ATRIBUTOS ...................................................71 4.6 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MODELO KANO ............................................73 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................76 REFERÊNCIAS.........................................................................................................78 APÊNDICE................................................................................................................81 11 1 INTRODUÇÃO Atualmente a busca acirrada por clientes torna o dia-a-dia das empresas uma verdadeira batalha, pois além de conquistar novos clientes é preciso reconquistar e manter os antigos. O trabalho em questão tem o objetivo de demonstrar através de uma pesquisa bibliográfica a importância do bom atendimento aos clientes, a utilização do marketing para reter clientes, e que nos dias de hoje as empresas não podem manter seu foco somente no produto, o foco da empresa deve estar primeiramente no cliente, saber quais são as suas necessidades e tentar de qualquer forma suprilas. Com o crescimento econômico em todos os setores e o mercado saturado pela concorrência, é indispensável criar uma estratégia de marketing onde faça com que a empresa se sobre-saia, e seus produtos ou serviços se destaquem. Uma maneira simples e indispensável para deixar o cliente satisfeito e com prazer de comprar é o bom atendimento, atender cada cliente como único, fazer com que ele se sinta importante para a empresa, proporcionar um atendimento personalizado a cada cliente, para que ele se sinta a vontade na compra. Mas além de atender bem o cliente, precisa-se encantá-lo, pois só a satisfação não retém o cliente para a empresa, qualquer concorrente pode oferecer algo com que faça que este cliente mude de fornecedor. Quando o cliente se sente encantado, nada o faz trocar de fornecedor, o encantamento é algo que vai além das necessidades e satisfação do cliente, é simplesmente encantá-lo. Portanto, através do presente trabalho será possível identificar atributos importantes para os clientes, podendo fazer uma avaliação do grau de satisfação dos mesmos, apontando pontos negativos e assim estudar possibilidades de melhoria para a empresa. A fundamentação teórica foi baseada nos atributos de satisfação de clientes, em seqüência uma pesquisa qualitativa para colher dados onde elaborouse uma pesquisa quantitativa. Com os resultados da pesquisa quantitativa foi analisado o grau de importância dos atributos referente á satisfação dos clientes da empresa. No decorrer do trabalho, é analisado a importância do estudo, os resultados e sugestões de melhorias. 12 1.1 TEMA Análise da satisfação do atendimento aos clientes de uma empresa de ferragens de Nova Veneza – SC. 1.2 PROBLEMA Em um mercado de trabalho globalizado altamente competitivo, como o do setor metal mecânico, uma das necessidades para se manter em destaque é estar em sintonia com os clientes que a empresa atende. Portanto, atendimento e satisfação estão intimamente interligados, e procurando saber como está o grau de satisfação quanto ao atendimento dos clientes da empresa em questão, surge o seguinte questionamento: Qual o grau de satisfação do atendimento aos clientes de uma empresa de ferragens de Nova Veneza - SC? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Avaliar o grau de satisfação do atendimento aos clientes de uma empresa de ferragens de Nova Veneza - SC. 1.3.2 Objetivo Específico a) Fazer um estudo bibliográfico; b) Analisar o desempenho de atributos da empresa na visão dos clientes; c) Verificar o conjunto de atributos relevantes para o cliente; d) Verificar a viabilidade de implementação de melhorias segundo o modelo Kano; e) Propor sugestões de melhorias, a partir dos resultados obtidos. 13 1.4 JUSTIFICATIVA O comportamento dos consumidores sejam eles pessoas físicas ou jurídicas variam de acordo com diversos atributos. A satisfação destes consumidores é um dos principais desafios e uma das principais formas de manter-se no mercado, e depende somente do resultado dos serviços prestados pela própria empresa e principalmente pela qualidade no atendimento. Tendo sempre o objetivo de conquistar novos clientes, e o mais difícil, mantê-los ativos, a organização deve trabalhar para que isso seja alcançado. Este trabalho é oportuno para a pesquisadora, pois esta poderá tratar com mais facilidade e conhecimento o relacionamento da empresa com o cliente, avaliar e propor métodos diferenciados de atendimento com a finalidade de melhorar a imagem da empresa perante o cliente. No decorrer da pesquisa, também pode-se relacionar o tema abordado com o dia a dia de trabalho buscando manter uma estreita relação com a empresa e clientes. Empenhando-se mais em melhorar suas atitudes profissionais e se dedicar com objetivo de colocar em prática as teorias escritas pelos grandes nomes da administração que foram citados no desenvolvimento deste trabalho, adquirindo maior conhecimento e melhorando como profissional. A empresa em questão possui clientes em vários pontos do país, alguns muito ativos e outros pouco ativos, é interessante para a pesquisadora saber a opinião destes, para poder ter uma base que leve a questionamentos e sugestões de como manter os clientes ativos, conquistar totalmente os pouco ativos e por fim, buscar novos clientes. A importância do tema abordado para a pesquisadora é de extrema relevância, pois saber se o cliente está satisfeito com o atendimento é uma excelente ferramenta para a melhoria de sua imagem perante eles, e ter uma boa relação com o cliente também é uma vantagem no momento da decisão de uma compra, trazendo por fim o retorno financeiro para a empresa. Desse modo, tornou-se viável para a acadêmica fazer uma monografia onde teve a oportunidade de adquirir informações e a partir daí analisar o grau de satisfação do atendimento aos clientes da empresa onde trabalha, contribuindo para torná-la cada vez mais competitiva. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nesta etapa do trabalho serão relacionados conceitos de autores renomados na área de Marketing, Satisfação de Clientes e Atendimento ao Cliente, com o intuito de argumentar o tema principal da pesquisa que é analisar a satisfação do cliente quanto ao atendimento oferecido pela empresa em questão. 2.1 MARKETING As bibliografias referentes a este tema demonstram que o marketing é uma ferramenta ou uma maneira para alavancar e melhorar a qualidade das vendas da empresa. Cobra (1994), esclarece que marketing é uma palavra originária do latim, mercari, que significa ato de mercar, comercializar ou simplesmente comércio. Alguns entendem marketing como propaganda, outros como promoção de vendas ou simplesmente a venda propriamente dita. Ainda Cobra (1994, p. 35) diz que: “A sociedade moderna é influenciada pelo marketing no seu cotidiano. Desde que acordamos até o momento em que dormimos, todas as nossas ações são permeadas pelo marketing”. Segundo Schmitt (2004), na década de 1990, as empresas deixaram de continuar focadas principalmente no produto, tecnologia ou vendas e passaram a reconhecer a necessidade de se tornarem orientadas para o cliente e voltadas para o mercado. Conforme Chiavenato (2005), marketing focaliza o mercado colocando o cliente como o centro das atenções da empresa e que ainda constitui um conjunto de ações integradas para a realização da venda, de propagandas, divulgações e promoções para atender ao cliente, encantá-lo e fidelizá-lo. Segundo Pepper e Rogers (1994), o markting não acontece sozinho, ele é resultado do trabalho das pessoas dentro da organização. A maneira de como é abordado o markenting dentro da empresa é decorrência da organização dessas pessoas. Conforme Cobra e Tejon (2007), o marketing busca o equilíbrio entre o que o mercado necessita e deseja e o que o produtor pode ofertar com algo para 15 superar suas expectativas. Marketing segundo Kotler; Armstrong (1998, p. 3), pode ser definido como: “O processo gerencial através dos quais indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros”. Para esta definição o autor destacou alguns pontos importantes para serem analisados como necessidades, desejos, demandas, produtos, valor, satisfação, qualidade, trocas, transações, relacionamentos e mercados. Ainda para Kotler e Armstrong (1998, p. 3), “As necessidades são estados de carência percebidas que são divididas entre necessidades básicas físicas, necessidades sociais e necessidades individuais.” Estas necessidades fazem parte da própria constituição do homem, porém podem ser moldadas por intervenções externas e internas. As intervenções externas estão ligadas a cultura e a sociedade em que a pessoa está inserida, enquanto as intervenções internas referem-se a sua própria personalidade, estas personalidades moldadas passam a serem chamadas de desejos. Á medida que o homem é exposto a objetos que despertam seu interesse e desejo, as empresas vão criando produtos e serviços para satisfazê-los. No momento em que estes desejos podem ser comprados, surge então a demanda. Acontece também com muitas empresas, de criarem produtos para depois procurarem compradores, quando o certo é primeiro descobrir o que o consumidor deseja possuir, para depois produzir. O produto é a forma física do que o consumidor deseja e necessita, segundo Kotkler e Armstrong (1998 p. 3) “[...] é qualquer coisa que pode ser oferecida ao mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo”. Deve-se saber também que quando um consumidor compra um produto ele está querendo receber não somente o objeto físico, mas os benefícios que ele proporciona, e é essa a visão que os vendedores, funcionários e colaboradores das empresas devem ter. Por fim Chiavenato (2005, p. 3) diz: “O marketing veio substituir o tradicional foco no produto pelo foco no cliente.” 2.1.1 Conceito de Marketing 16 Solomon (2002) conceitua basicamente o marketing como a razão da empresa existir para satisfazer as necessidades de seus consumidores. E que tais necessidades somente serão satisfeitas se a empresa ou seus profissionais consigam compreender as pessoas ou organizações que usarão seus produtos ou serviços, e que estes são melhores do que os oferecidos pelos seus concorrentes. Atualmente é comum em todos os segmentos de empresas uma constante reinvenção de conceitos, para manter clientes e fornecedores ativos e melhorar a colocação e fidelização de seus produtos e serviços neste competitivo mercado. Conforme Cobra (1994, p. 37), “O marketing ocorre quando as pessoas decidem satisfazer necessidades e desejos através de troca”. Enis (1983) definia marketing como uma atividade fundamental para as empresas, que abrange trocas conduzidas por pessoas com a finalidade de satisfazer necessidades. Kotler (1998) define que: “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. O autor descreve que os profissionais de marketing devem criar e despertar as necessidades e que o marketing se bem realizado induz as pessoas a comprarem coisas que não desejam. Em Baker (2005), o marketing é uma disciplina que começou a aparecer recentemente e que está ligada a manufatura. Na década de 1960 o marketing e a produção, foram caricaturados como antagônicos. Quarenta anos mais tarde a maioria dos profissionais de marketing desenvolveu autoconfiança para perceber e enfatizar sua importância e relevância, definindo-o como uma orientação gerencial e/ou uma filosofia de negócios. Ogden (2006, p. 1) diz que, “De uma maneira simples, o conceito de marketing estabelece que uma empresa deve satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor em troca de lucro.” A empresa deve trabalhar de modo que satisfaça seus clientes e os deixem felizes, fazendo assim que eles comprem mais e consequentemente aumente as vendas e os lucros. Chiavenato (2005, p. 3) “[...] marketing é o processo de planejar e executar a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar intercâmbios que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais”. 17 2.1.2 Marketing de Relacionamento Este título pode ser compreendido como a estreita relação entre a empresa e o meio que a cerca. Para Kotler e Keller (2006), um dos principais objetivos do marketing é manter um bom e duradouro relacionamento com pessoas, empresas, sejam elas clientes ou fornecedores que direta ou indiretamente levam o sucesso de suas atividades, pois todos são considerados parceiros de marketing e peças “chaves”, sendo de extrema importância construir uma forte ligação econômica, técnica e social entre as partes. O marketing de relacionamento leva ao cultivo de parceria com o grupo certo. Para Gordon (2001, p. 17): “Um relacionamento significativo começa, de um modo mais particular, quando o fornecedor e o cliente vêem que é de seu interesse unir-se por um longo período”. Conforme Cobra e Tejon (2007), as empresas entraram definitivamente na era do marketing de relacionamento. Esta era consiste em enfatizar as interações de curto e longo prazo entre a empresa, seus acionistas e seus clientes, identificando trocas mutuamente benéficas. Segundo Lima (2006), a busca de uma relação mais próxima entre empresa e cliente data da segunda metade do século XX. Neste período as idéias de qualidade se ampliaram, o foco deixou de ser no produto e passou a ser na satisfação do cliente. As empresas passaram a buscar meios de ouvir e considerar as suas opiniões nos projetos de novos produtos. No Brasil, esse movimento de qualidade teve início na década de 1980 quando esta visão empresarial ficou mais voltada para o cliente. Ainda, Lima (2006), afirma que o marketing de relacionamento vem do business-to-business, e que as relações entre empresas são mais bem documentadas, os prazos são diferenciados, há financiamentos especiais e visitas técnicas estabelecendo assim um contato mais próximo, pessoal e individualizado. Cobra e Tejon (2007, p. 21) afirmam que: A expressão marketing de relacionamento é aplicada a um variado número de atividades de marketing, de programas de incentivo para consumidores finais a atividades de vendas que visem à fidelização de clientes no mercado business - to- business (B2B – venda de negócio para negócio). 18 O marketing de relacionamento baseia-se no fato de que clientes importantes necessitam de uma atenção maior, pois o cliente fiel e lucrativo é bajulado com vantagens muitas vezes não oferecidas a outros clientes. Segundo Stone e Woodcock (2002, p. 93): O marketing de relacionamento permeia todos os níveis do planejamento estratégico. No nível de estratégia corporativa, um maior conhecimento do cliente significa que você pode entrar em novos mercados, com maior grau de certeza. [...] No nível de estratégia empresarial o marketing de relacionamento proporciona maior conhecimento de mercados específicos. [...] No nível funcional essas mesmas técnicas podem ser usadas para elaborar e testar especificações de produtos, abordagem de entendimento do cliente e opções promocionais. Stone e Woodcock (2002), afirmam que no marketing de relacionamento, o vendedor tem um papel extremamente importante, pois será este quem estabelecerá o relacionamento com os compradores de sua empresa, a fim de manter e aumentar a carteira de clientes. Pois a venda nada mais é do que um relacionamento, e, portanto, o vendedor precisará ter habilidade para não perder seus clientes e sempre que possível fidelizá-los cada vez mais. Conforme Gordon (2001) é importante para a empresa realizar uma relação de clientes, selecionando quais terão uma atenção especial levando-se em conta, os mais lucrativos, quais os potenciais a serem mais lucrativos e quais os que serão mais importantes para o futuro da empresa. Gordon (2001, p. 165) ainda diz que: [...] o marketing de relacionamento é como uma supercola. Se você conseguir colar-se aos seus clientes de modo que você e ele se sintam bem preparados para trabalhar para o benefício mútuo, você terá alcançado o objetivo. Lima (2006) ressalta que no marketing de relacionamento podem ser realizadas várias ações de comunicação para melhorar o relacionamento entre os clientes ou grupos de clientes. Dependendo do tamanho e da importância dos clientes, as ações a serem realizadas pela a empresa serão mais ou menos grandiosas. O relacionamento pode ser promovido valorizando o aniversário pessoal do cliente, o aniversário de fundação do cliente, feriados ou outras datas comemorativas, todos com a finalidade de estreitar o laço de relacionamento. Sviokla e Shapiro (1994), afirmam que, quanto mais longo o relacionamento com os clientes mais aumentam os lucros da empresas. Este 19 aumento nos lucros não ficam somente em pequenas proporções, podem ser dobrados mantendo somente 5% dos clientes ativos e fidelizados. Kotler (1998, p. 59), afirma que “para entender o marketing de relacionamento com o consumidor, deve-se primeiramente, examinar o processo envolvido em sua atração e manutenção.” O marketing de relacionamento consiste em criar relacionamentos mutuamente satisfatórios de longo prazo com, clientes, fornecedores, distribuidores, a fim de ganhar e reter a preferência nos negócios. Para Giangrande e Figueiredo (1997) a empresa tem cliente externo e cliente interno, que no caso são os funcionários, e tanto o cliente externo quanto o interno são igualmente importantes para o negócio, pois a organização que não conseguir cativar seus funcionários não cativará seu consumidor. E pela via marketing de relacionamento, estarão sendo envolvidos os funcionários como agentes propulsores do negócio da empresa. Poderão ser criados por esta via programas especiais de integração e envolvimento dos clientes internos, no caso os funcionários, e seus familiares com a empresa como a participação em eventos e concursos em datas especiais. Com os consumidores, poderão ser oferecidas visitas às instalações das empresas, cursos e palestras com o objetivo de manter um estreito relacionamento entre empresa e cliente. Ainda para Giangrande e Figueiredo (1997, p. 85): “O marketing de relacionamento nada mais é do que um novo enfoque dado ao marketing tradicional, acrescido de funções até então relativas a outras áreas da organização.” Para Kotler e Armstrong (2003), o marketing de relacionamento ressalta a satisfação e valor do cliente da empresa, pois buscar clientes novos custa muito mais caro do que valorizar o já existente. Já Gummensson (2005), define marketing de relacionamento como sendo o marketing baseado em interações dentro de uma rede de relacionamentos com valores e estratégias transformados em aplicações práticas. 2.1.3 Rede de Marketing Para Kotler e Keller (2006), o resultado do marketing de relacionamento, leva a criação de um ativo insubstituível pra a empresa que é a rede de marketing, onde consistem em relacionamentos compensadores e que a apóiam sendo os 20 clientes, fornecedores, funcionários, distribuidores, revendedores. O princípio de construir uma rede de relacionamento, é que se a empresa tiver contatos efetivos com os principais públicos interessados, os lucros serão uma conseqüência disso, e para desenvolver bons relacionamentos com grupos certos de interesses, é preciso saber suas necessidades, metas e desejos. Para obter estes dados, muitas empresas oferecem ofertas e serviços específicos para cada cliente. Estas empresas coletam informações que utilizam para oferecer mais produtos e mais serviços buscando capturar uma porção maior de gastos de cada cliente e conseqüentemente buscar sua fidelização para manter o foco no valor que ele terá ao longo da vida, tornando uma rede forte de compra e venda. 2.1.4 Mix de Marketing Conforme Chiavenatto (2005), o marketing tem relação direta com transações de bens, de serviços, de idéias e valores. Esta relação pode ser definida como composto de marketing. E que este por sua vez pode ser definido também como parte dos objetivos estratégicos da empresa e do conhecimento do mercado alvo para definir as atividades ligadas ao produto, preço, propaganda e venda. Cobra (1992), afirma que é preciso descobrir o que o consumidor deseja e necessita, e a partir daí orientar uma produção mais racionalizada. Partindo deste conceito fica muito mais fácil que o produto seja bem aceito e gere bons resultados. Mas para entender e responder as necessidades dos consumidores é preciso que todos os setores da empresa estejam integrados, pois se cada departamento estiver com um tipo de orientação, será impossível chegar a um resultado eficiente. A orientação voltada para o marketing visa á satisfação do consumidor/comprador, e não como a orientação para vendas que é focada na necessidade do vendedor. Assim a interação de uma empresa com seus ambientes internos e externos se realiza através de um composto de marketing que reúne quatro grandes aspectos chamados de 4 P’s. Chamado de composto de marketing ou mix de marketing, os 4 P’s são um conjunto de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para alcançar seus objetivos, que são: produto, preço, praça e promoção. Para Kotler e Armstrong (1998), o produto é a combinação de serviços e bens que a empresa fornece para seus consumidores do mercado-alvo. 21 Os produtos devem ter boa qualidade e suprir as necessidades dos clientes além de oferecer diferenciais como design e embalagem segundo Kotler e Armstrong (2003). Já o preço, significa o valor que os clientes devem pagar para obter tal produto, dentro deste parâmetro, o vendedor pode oferecer descontos, condições de pagamentos e financiamentos. Ainda para os mesmos autores, praça ou distribuição envolve atividades em que faz com que o produto da empresa chegue ao mercado e consequentemente ao consumidor. A distribuição pode ser feita como venda direta, através de representantes ou distribuidores, é necessário analisar os locais onde será distribuído o produto, praças potenciais para determinado ramo, deve ser a mais conveniente possível, e para isso são criados estoque, a logística e distribuidoras que agilizam a entrega do produto. Kotler e Armstrong (2003), também diz que promoção significa as atividades em que destacam o produto ressaltando seus atributos para fazer com que os consumidores tenham vontade de adquiri-lo. No P da promoção se enquadram as ferramentas promocionais como propaganda, publicidade, venda pessoal, promoção de vendas, relações públicas entre outros. Já Kotler e Keller (2006), a empresa precisa delinear atividades de marketing e montar programas totalmente integrados para criar, comunicar e entregar valor ao consumidor. Existem varias formas de atividades de marketing, a maneira mais tradicional de descrevê-las é através do mix de marketing, que é definido como um conjunto de ferramentas que a empresa usa para alcançar seus objetivos de marketing. Estas ferramentas foram denominadas como os 4Ps do marketing, sendo Produto, Preço, Praça e Promoção. O quadro 1 mostra as variáveis especificas de marketing sob cada P: 22 Mix de Marketing Mercado-alvo Produto Variedade de Produtos Qualidade Desing Preço Características Nome de marca Preço de lista Embalagem Descontos Tamanhos Concessões Serviços Prazo de pagamento Garantias Condições de financiamento Devoluções Praça Canais Cobertura Promoção Variedades Locais Promoção de venda Estoque Propaganda Transporte Força de vendas Relações públicas Marketing direto Quadro 1: Os 4 P’s do mix de marketing. Fonte: Kotler; Keller (2006). Kotler e Amstrong (2003), dizem que o mix de marketing envolve várias ferramentas dentro dos 4 P’s onde a empresa pode utilizar estas ferramentas para explorar seu mercado e descobrir o que seus clientes desejam. O profissional de marketing utiliza estas ferramentas, ou seja, os 4 P’s para tomar várias decisões como características dos produtos, formação do preço, na distribuição e promoção para maiores vendas do produto. 2.1.5 O marketing e o produto Kotler (1988), diz que o produto é o que define o ramo de atuação das empresas e qual programa de marketing utilizar. Produto é tudo o que pode ser oferecido fisicamente, em forma de idéias ou serviço para os clientes para atender necessidades e desejos de uma demanda. Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida ao mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo. O conceito de produto não se limita a objetos físicos, qualquer coisa capaz de satisfazer uma necessidade pode ser chamada de produto. Além de mercadorias e serviços, os produtos 23 incluem pessoas, lugares, organizações, atividades e idéias. Kotler (1998, p. 4). 2.1.6 Evolução das estratégias de Marketing Alvarez (2008) diz que, as estratégias de marketing estão relacionadas à forma com que a empresa escolhe e define sua orientação de mercado, ou seja, a estratégia será influenciada pelo ambiente de mercado no qual a empresa está inserida. Nesse contexto pode-se identificar de uma forma geral, algumas orientações de atividades de marketing do ponto de vista de interação com o mercado: a) Marketing de massa - ações de mercado diferenciadas, que atende o mercado de forma única. Em geral, é característico em mercados pouco desenvolvidos, e de baixa concorrência. b) Marketing de segmentos - pressionadas pela concorrência, as empresas começam a reconhecer que os consumidores são diferentes e buscam fazer ofertas específicas para cada grupo de consumidores como forma de conquistá-los. c) Marketing de nichos - com a concorrência acirrada, na tentativa de se diferenciar, as empresas buscam diferenciar-se buscando se concentrar em grupos menores de consumidores, com características específicas, que possam receber ofertas de produtos e serviços capazes de atender demandas mais particulares e que dessa forma dêem preferência frente a seus concorrentes. d) Marketing individualizado - que atende os consumidores de forma individual com a intenção de minimizar sua insatisfação e, portanto, conquistá-lo e ainda mais importante, retê-lo. Segundo Alvarez (2008, p. 15): “Essas orientações afetam de forma direta as ações e o processo de gestão de Marketing e Vendas das empresas.” 2.2 CIM – COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING Ogden (2002) diz que a comunicação integrada de marketing é essencial para a venda de produtos ou serviços, pois se torna decisiva na hora da compra. O CIM significa uma harmonia nos setores e departamentos da empresa para que se possa transmitir ao consumidor uma única mensagem, ou que as mensagem 24 transmitidas sejam claras, concisas e integradas. Em outras palavras, cada setor da organização envolvido no marketing e na comercialização de um produto ou serviço deve transmitir ao consumidor a mesma mensagem. Quando um consumidor recebe mensagens conflitantes, ou seja, que não condizem umas com as outras, em televisão, rádio, por amigos ou familiares,leva a falta de credibilidade do produto fazendo com que o mesmo decida por não comprar. Por isso é necessário integrar as mensagens passadas aos clientes, para que ele tenha confiança no que está vendo ou ouvindo sobre determinado produto, levando-o a compra. 2.2.1 O relacionamento entre Marketing e CIM Ogden (2002) diz que a comunicação integrada de marketing é essencialmente o reconhecimento da importância de comunicar a mesma mensagem para os mercados-alvos. Além disso é importante que cada uma das variáveis da CIM sejam planejadas e claras na mensagem que fornecem, pois cada uma dessas variáveis afetam o programa de marketing como um todo, de modo que para garantir a eficácia, todas devem ser gerenciadas. Ainda Ogden (2002), esquematiza no quadro 2 o processo de gerenciamento de marketing utilizado por muitas empresas. 25 Missão e/ou visão organizacional Análise da situação Análise das oportunidades de mercado (AOM) Mercado-alvo Objetivos de marketing Análise do comportamento do comprador Estratégia de marketing Análise da segmentação de mercado Táticas de marketing Produto Preço Canais de distribuição Comunicação integrada de marketing (CIM) Programa de marketing Resposta do mercado-alvo Quadro 2: Fluxograma de Gerenciamento de Marketing Fonte: Ogden (2002). 2.3 MERCADO Conforme Kotler e Keller (2006), mercado antigamente era considerado apenas como um local físico onde se efetuava transações de compra e venda, já hoje em dia, mercado é considerado como um conjunto de pessoas sendo compradores e vendedores que negociam determinados produtos ou classe de produtos como mercado imobiliário ou de grãos, por exemplo. Este mercado influencia em toda a economia moderna mundial. Kotler (2003) diz que dispomos de apenas quatro meios para conseguir obter alguma coisa, roubar, pedir emprestados, suplicar ou trocar. A troca é a 26 alternativa mais ética e eficiente, dar algo para obter algo, constituindo a essência do marketing e mercado. Hoje é certo que o mercado muda mais rápido que o marketing, os compradores evoluem conforme a economia, tecnologia, cultura e outros. 2.3.1 Transação de mercado Para Kotler e Keller (2006), os fabricantes vãos aos ditos mercados de recursos, que são os mercados de matérias primas, mercados de trabalhos, mercados financeiros, obtêm estes recursos e transformam-nos em bens e serviços necessários para a empresa, depois vendem o produto acabado a comerciantes que por fim irá vender ao consumidor final. Os consumidores finais pagam por estes produtos, o governo recolhe os impostos, faz transações com mais empresas transformando em serviços públicos. Nesse ponto de vista que gira a economia de mercado cada país, em conjuntos de complexa interação e interligados entre si por processos de troca. Os autores mostram estas transações conforme o quadro 3: Recursos Recursos Mercados de recursos Dinheiro Impostos, bens Serviços, dinheiro Serviços, dinheiro Mercados produtores Dinheiro Impostos Mercados governamentais Impostos, bens Mercados consumidores Serviços Serviços, dinheiro Impostos, bens Dinheiro Bens e serviços Dinheiro Mercados intermediários Quadro 3: Estrutura de fluxos em uma moderna economia de troca. Fonte: Kotler; Keller (2006). Bens e Serviços 27 Ainda Kotler e Keller (2006), por outro lado, o mercado muitas vezes é considerado um agrupamento de clientes, sendo os vendedores o setor e os compradores o próprio mercado. Mercado de necessidades, mercado de produtos, mercado de trabalho e assim por diante, onde os vendedores e compradores se relacionam por quatro fluxos, vendedores fornecem bens, produtos e serviços ao mercado que em troca recebem dinheiro e informação no caso, dados de vendas ou atitudes. 2.3.2 Segmentação de Mercado Existem mercados que apresentam produtos semelhantes e muito parecidos, estes mercados são chamados de commodities conforme Alvarez (2008), onde o diferencial competitivo mais utilizado é o preço. Como os consumidores não são iguais e têm desejos e necessidades diferentes, as empresas classificam tais consumidores com características semelhantes afim de iniciar um processo de segmentação, tornando grupos homogêneos e permitindo a oferta de produtos e serviços diferenciados dos demais, para assim, evitar a guerra de preços. Conforme Alvarez (2008, p. 23): Ao iniciar o processo de segmentação, a empresa busca oferecer produtos para um grupo específico de consumidores com determinados hábitos de consumo, que os farão valorizar os produtos oferecidos e sua diferenciação, não estando dispostos a substituí-los. Essa percepção de diferenciais por parte do consumidor permitirá à empresa distanciar-se da guerra de preços e ter menos vulnerabilidade diante dos ataques dos concorrentes. Ainda Alvarez (2008), a segmentação buscará nos consumidores fatores de igualdade, como atitudes de compras e comportamento que determinará uma forma de marketing específica para este grupo. 2.4 CLIENTE É importante para a organização conhecer o cliente e sua atuação junto com a empresa. Já em Kotler (1999, p.110), simplifica que “clientes são pessoas e organizações que compram produtos para uso direto ou para incorporá-los a outro produto. Eles não adquirem os produtos com a finalidade de revendê-los”. 28 Para Kotler e Armstrong (1998) consumidores também são considerados os indivíduos e famílias que compram bens e serviços para seu próprio consumo. Conforme a observação dos autores pode-se afirmar que cliente é toda pessoa que entra em contato com a empresa para adquirir um bem ou serviço para consumo próprio e não com a intenção de revendê-los. Os clientes são de vital importância para a empresa, pois ela depende deles exclusivamente para sobreviver e se manter competitiva no mercado. Há uma maior valorização do cliente devido à concorrência acirrada encontrada em certos mercados, salienta Las Casas (1997). Conforme a sociedade foi se tornando competitiva, os clientes passaram a se tornar mais valiosos para as empresas, que fazem inúmeros esforços para garantir que eles possam sentir-se satisfeitos com o que elas oferecem. Segundo Cobra (1992), quando o mercado deixa de absorver quantidades adicionais de produtos gerados pela economia de escala de produção e quando o esforço de vendas por si só não é capaz de colocar esses mesmos produtos no mercado, surge a preocupação com o consumidor. Conforme o tempo foi passando, o cliente se tornou mais exigente para comprar um serviço ou produto de determinada empresa e, portanto, as organizações passaram a se dedicar mais aos clientes dando um atendimento todo especial a eles. Nos dias atuais, o cliente é o centro de tudo e de todos, e cada um busca sua fatia de mercado a fim de conquistá-los. 2.4.1 Atendimento ao cliente Giangrande e Figueiredo (1997), afirma que o bom atendimento é uma das principais formas da empresa manter-se a frente de seus concorrentes. Atender um cliente com qualidade é de extrema importância para que ele compre e volte a comprar mais vezes. Ainda Giangrande e Figueiredo (1997), dizem que nos anos 90 as empresas alteraram de forma significativa as suas estruturações, cargos e funções foram extintos ou transformados, e criados novos departamentos para dar inicio a década do cliente. As empresas estão buscando profissionais que consigam um equilíbrio entre razão e emoção, que consigam alcançar metas e traçar objetivos 29 sólidos e desafiadores, que saibam trabalhar em equipe, motivar e liderar pessoas e que trabalhem para perpetuar os seus negócios com foco no atendimento e satisfação de clientes. Conforme Gerson (2001), muitas empresas atualmente oferecem produtos similares, e talvez um dos únicos caminhos para a diferenciação que resta, está em exceder o tradicional atendimento ao cliente. Pois o bom atendimento é extremamente necessário para se chegar ao sucesso no meio empresarial de hoje, assim como manter seus clientes satisfeitos. O sucesso contínuo implica na manutenção de clientes a longo prazo. Ainda Gerson (2001), afirma que, sair em busca dos clientes também significa atendimento a eles, mesmo que a empresa tenha seus custos para tal fim. Esta deve fazer todo o possível para satisfazê-los tomando decisões que os beneficiem pois, um bom atendimento ao cliente se paga com a manutenção destes clientes a longo prazo. O custo de fazer negócio com o cliente antigo é cinco vezes menor do que a busca por novos clientes. Dantas (2004) define que o atendimento ao cliente consiste no fornecimento e reparo de produtos, acompanhado pelo comportamento amigável da parte prestadora de serviços. Afirma também que os elementos relacionados ao produto e que determinam o valor de compra e o nível de satisfação dos clientes podem ser sintetizados em: preço, desempenho, padrão de qualidade, cumprimento da especificação e atividade de pré e pós venda. Conforme Whiteley (1992), as empresas devem proporcionar qualidade em seus produtos, serviços e atendimento não de acordo com as definições da organização, mas sim conforme o cliente define, e quando houver algum erro por parte da empresa ou crítica vinda do cliente, levar isso como uma oportunidade para atendê-lo melhor e eliminar as falhas. Finch (1999) diz que, todas as pessoas da organização que de qualquer forma entrem em contato com clientes, mesmo não sendo do departamento de atendimento, são responsáveis por prestar este serviço e contribuem para a boa reputação da empresa em termos de atendimento. Conforme Giangrande e Figueiredo (1997), as empresas estarão buscando profissionais que consigam um equilíbrio entre razão e emoção, que consigam alcançar metas e traçar objetivos sólidos e desafiadores, que saibam 30 trabalhar em equipe, motivar e liderar pessoas e que trabalhem para perpetuar os seus negócios com foco no atendimento e satisfação de clientes. Segundo Gordon (2001), seguindo o velho ditado, o cliente tem sempre razão, e quando um cliente reclama ao departamento de atendimento da empresa, é sinal de erro em algum ponto do processo, isso é um fator colaborativo para a organização, pois dá oportunidade para a empresa retificar-se. Ainda Gordon (2001, p. 30): Hoje, o departamento de atendimento ao cliente está na linha de frente, lidando com o cliente furioso, decepcionado ou mal-informado. Mas essa função é falha, pois ela fornece o atendimento depois de o cliente já ter passado por uma experiência desagradável [...]. Talvez com uma redefinição, quando o centro de informação ao cliente adiantar-se às questões do cliente, o papel do atendimento assuma nova importância. Lima (2006) ressalta que, é investido tempo e dinheiro para atrair um cliente e quando ele resolve entrar em contato, muitas vezes se depara com pessoas despreparadas que não conseguem atendê-lo de forma adequada e nem ao menos conseguem ganhar sua simpatia. Nesse caso a empresa perde o pedido, o dinheiro investido para trazê-lo, ‘borra’ sua imagem, entre outros elementos que o mau atendimento proporciona. Há também empresas que investem em tecnologias e sistemas de última geração, mas esquecem de investir no principal, as pessoas que irão usufruir dessas tecnologias para atender bem os clientes. Para Lima (2006, p. 129): Atendimento adequado é aquele preparado para que o cliente tenha a resposta que busca numa única ligação ou num único e-mail. Além de ser eficiente e satisfazer o cliente, evita custos de rechamada para a empresa – ou seja, não haverá necessidade de retornar uma ligação para o cliente ou receber uma segunda chamada sua para o mesmo fim. Rapidez, eficiência, objetividade e personalização são as peças fundamentais para a excelência no atendimento ao cliente. Lima (2006) ainda afirma que a operacionalização de uma estratégia competitiva baseada na diferenciação pela qualidade no atendimento ao cliente exige que as empresas adotem como foco central de atenção as pessoas. Os recursos humanos podem gerar diferenciais competitivos no contato com o cliente desde que treinados, encorajados e motivados. Por isso, seleção, treinamento, liderança e motivação são os quatro pontos essenciais que devem ser observados em relação às pessoas que fazem parte do serviço de atendimento ao cliente. Dantas (2004) ressalta que atendimento ao cliente é uma atividade complexa em que interagem vários fatores. Para se ter êxito é necessário uma visão 31 global e integrada de todos os aspectos considerados fundamentais. É preciso dispor de um bom roteiro de trabalho e ferramentas adequadas para desenvolver ações racionais e eficazes que garantam a satisfação das necessidades e anseios da carteira de clientes da empresa. Com estas ações, conseqüentemente, a empresa passa a demonstrar sua imagem de seriedade e solidez junto ao seu mercado, tendo como retorno os lucros garantidos. Afirma ainda Dantas (2004), que o atendimento ao cliente evoluiu, e que pode ser definido como qualquer atitude que o fornecedor possa fazer para reduzir custos de fornecimento de informações e atendimento a reclamações. Portanto, atualmente, o atendimento ao cliente, além de relacionarem-se as características que determinam o valor de compra e o nível de satisfação, relaciona-se também a qualidade do serviço agregado. Segundo Godri (1994, p. 59) "Atendimento é sinônimo de empatia e atenção." Ou seja, o cliente deve ser tratado com prioridade, deve ser ouvido, acompanhado, tratado preferencialmente pelo nome e, acima de tudo, com respeito as suas decisões e opiniões. Godri (1994), ainda ressalta que, para um bom atendimento deve-se evitar a demora, tanto no atendimento pessoal, como no caso de telefone, sendo que neste último meio de comunicação da empresa com o seu consumidor é precioso evitar deixá-lo na linha de espera. Isto porque o telefone é um excelente instrumento de comunicação com os clientes, mas deve ser utilizado de forma adequada, pois um atendimento ruim pode fazer com que o cliente passe para a concorrência. Para Kotler (2003) vivemos hoje na era do cliente, onde ele é o rei. Isso acontece devido à concorrência e excesso de capacidade de produção. As empresas atualmente, devem ter consciência de que tem um outro chefe, o cliente. Se os colaboradores da empresa não estiverem trabalhando para servir seus clientes, definitivamente não evoluirão, pois se a organização não cuidar de seus clientes é muito provável que alguém tomará seu lugar. Kotler (2003, p. 26): Infelizmente, as empresas dedicam boa parte de seus esforços à conquista de novos clientes, dispensando pouca atenção à retenção e ampliação dos negócios com os atuais clientes. As empresas destinam nada menos que 70% de suas verbas de marketing à conquista de novos clientes, embora 90% de suas receitas decorram dos atuais clientes. Muitas empresas perdem dinheiro com os novos clientes durante os primeiros anos. 32 Concentrando-se excessivamente na aquisição de novos clientes e negligenciando os existentes. [...] Em conseqüência, são obrigadas a gastar ainda mais dinheiro no esforço sem fim para atrair novos clientes ou para recuperar ex-clientes, apenas com o propósito de substituir os clientes perdidos. Kotler (2003) ainda ressalta que, embora seja muito importante servir bem a todos os clientes, não deve-se atender a todos da mesma forma, pois para a empresa apesar de todos os clientes serem importantes, existem alguns que são mais importantes do que outros. Os clientes da empresa podem ser classificados como aqueles que gostamos, aqueles que toleramos e aqueles que detestamos, mas também pode-se classificar por categorias financeiras como, platina, ouro, prata, ferro e chumbo. Os melhores clientes devem receber mais benefícios, como brindes, descontos, prazos de entrega e pagamentos especiais, tudo isso com o objetivo de retê-los por mais tempo e incentivar os demais clientes a subirem para tal categoria. 2.4.2 Excelência no atendimento Para Las Casas (1997), quando uma empresa oferece o melhor atendimento para os seus clientes, ela quer que seu atendimento seja eficiente e seja excelente aos olhos dos clientes. Como o cliente passou a ter mais acesso ao consumo ele se tornou mais exigente e busca mais atenção por parte das empresas. A finalidade do atendimento ao cliente é criar soluções do ponto de vista do cliente, obtendo vantagem competitiva por meio da aproximação com o cliente. As empresas se esforçam para pensar como seus clientes, antecipar suas necessidades e criar valor para eles. As culturas por serviço de atendimento ao cliente, muitas vezes, dão autonomia para o funcionário da linha de frente e criam fortes vínculos de parceria cliente/funcionário que resultam em negócios sucessivos. Em qualquer empresa que o cliente vá, ele quer um atendimento todo especial, onde ele seja ouvido e as suas necessidades sejam supridas. Dessa forma, o atendente tem como tarefa mostrar sua atenção no momento de resolver qualquer problema para o cliente. Através do que o autor acima mencionou e relato de demais autores, observa-se que se toda a empresa estiver envolvida no atendimento e comprometida em atender da maneira como o cliente quer, a tendência é a obtenção dos resultados desejados, ou seja, um atendimento que deixe os clientes felizes e com 33 desejo de voltar ou estar sempre na organização. Um atendimento com excelência ajuda na boa construção da imagem da organização perante seus clientes. Quando uma empresa conhece as necessidades e expectativas de seus clientes elas podem determinar se, de fato, estão atendendo-as e aumentam as possibilidades de tomarem melhores decisões. 2.5 SATISFAÇÃO DO CLIENTE Para Kotler (2003), conseguir a satisfação dos clientes não é fácil, precisa-se de tempo e empenho por parte das empresas. A satisfação dos clientes é uma condição necessária para qualquer negócio, mas não suficiente. Este atributo é apenas um indicativo de retenção dos clientes em mercados competitivos. Porém as empresas nunca devem deixar de investir na sua marca, na fidelização e no comprometimento com seus clientes buscando ao máximo sua satisfação. Ainda Kotler (2003, p. 203): A maioria das empresas dedica mais atenção à participação no mercado do que à satisfação dos clientes. É um engano. A participação do mercado é indicador retrospectivo; a satisfação dos clientes é indicador prospectivo. Se o nível de satisfaçao dos clientes começar a cair, em breve se iniciará o desgaste da participação do mercado. As empresas precisam monitorar e melhorar o nível de satisfação dos clientes. Quanto mais alta a satisfação dos clientes, maior o grau de retenção. Conforme Lima (2006), satisfação de clientes é uma expressão comum no meio empresarial, e o principal fator de sucesso de uma empresa. Se o produto adquirido pelo consumidor superar suas expectativas, a satisfação é garantida. Há várias maneiras de identificar a satisfação do cliente, desde uma simples ligação ou entregar juntamente com produto um formulário de sugestões. Kotler e Armstrong (2003), dizem que a satisfação do cliente depende da expectativa por ele adquirida, se as suas expectativas não forem atendidas, isso gerará uma insatisfação, já, se o desempenho for atingido o cliente ficará satisfeito, e se o desempenho for atingido acima das expectativas do cliente, este ficará encantado. Kotler (1999), afirma que as empresas visam a satisfação porque os consumidores que estiverem apenas satisfeitos estarão dispostos a mudar quando surgir uma oferta melhor, enquanto que os que estiverem plenamente satisfeitos 34 estarão menos aptos a mudar. Diz ele que a alta satisfação ou o encanto cria afinidade emocional com a marca, não apenas preferência racional. Lima (2006, p. 149) ainda cita que, “O processo de satisfação do cliente começa no momento em que um consumidor ou cliente conhece a empresa, seja por uma propaganda, seja por indicação de outra pessoa.” Sâmara e Morsch (2005) afirmam que até chegar na satisfação do consumidor, há todo um esforço de ações mercadológicas que variam desde pesquisas de marketing, promoções, redução de preços a desenvolvimento de novos produtos visando essencialmente à satisfação de necessidades ou desejos dos compradores tendo como conseqüência desta troca o lucro necessário para a sustentabilidade do negócio. Segundo Johnston e Clark (2002), a satisfação trata da tentativa de atender as expectativas dos clientes. Se a tentativa atende ou supera as expectativas, o cliente fica satisfeito. Johnston e Clark (2002, p.122): Em termos simples, satisfação é o resultado da avaliação de um serviço por um cliente, baseado na comparação de suas percepções com suas expectativas anteriores. Se a percepção, a experiência e os resultados do serviço atendem as expectativas do cliente, ele deve ficar satisfeito (ou minimamente satisfeito). Se sua percepção do serviço exceder às expectativas, ele ficará mais do que satisfeito, ou até encantado. Se suas percepções não atenderem a suas expectativas, ele pode ficar insatisfeito [...]. Kotler (1998), diz que a satisfação aliada ao bom atendimento é o aspecto que faz o cliente retornar, por isso, a satisfação do cliente tem que ser o motivo maior, pois estes quando satisfeitos são mais do que simples consumidores ou clientes, mas, parceiros comerciais e advogados que defendem a empresa e fazem propaganda para amigos e familiares. Ressalta-se que um consumidor fica satisfeito quando as ofertas (produtos, serviços e atendimento) oferecidas a eles ultrapassam as suas expectativas. Kotler (1998, p. 53) define que: Satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa. Ainda Kotler (1998), o foco no cliente permite que a empresa alcance excelência no nível de satisfação, sendo que muitas empresas que possuem 35 sucesso mundial, adotaram esta estratégia. Para estas empresas os valores corporativos são: qualidade, atendimento, limpeza e valor. 2.5.1 Satisfação, valor e retenção de clientes Para Kotler (2000), a satisfação do comprador após a realização da compra depende do desempenho da oferta em relação às suas expectativas, que consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador. Clientes fiéis representam um volume substancial dos lucros de uma organização, e esta não deve arriscar a perder um cliente, pois perder clientes lucrativos pode afetar drasticamente os lucros de uma empresa. Estima-se que o custo envolvido na atração de um novo cliente é cinco vezes maior que o custo de manter um cliente atual satisfeito. Para manter os clientes satisfeitos, os profissionais de marketing podem acrescentar benefícios financeiros e sociais aos produtos ou criar vínculos estruturais entre a empresa e seus clientes, sendo que, a chave para a retenção de clientes é o marketing de relacionamento. Ainda de acordo com o mesmo autor, o grande desafio é transformar os prováveis consumidores em leais, ou seja, clientes. Muitos consumidores, inevitavelmente tornam-se inativos ou abandonam a empresa por algumas razões, dentre elas, a insatisfação, e mais uma vez cabe a empresa de reativar os consumidores insatisfeitos através de novas estratégias e ferramentas específicas, que são utilizadas para desenvolver maior satisfação e confiança dos clientes. Kotler (2000, p. 70) define que: Um cliente altamente satisfeito: permanece fiel mais tempo; compra mais à medida que a organização lança novos produtos ou aperfeiçoa produtos existentes; fala favoravelmente da organização e de seus produtos; dá menos atenção a marcas e propaganda concorrentes e é menos sensível a preço; oferece idéias sobre produtos ou serviços à organização; custa menos para ser atendido do que novos clientes, uma vez que as transações são rotinizadas. 2.6 VALOR PARA O CLIENTE Para Kotler (1998), sempre que o cliente pensar em realizar alguma negociação com seu fornecedor, é mensurado o valor que estará agregado no 36 serviço ou produto que estará adquirindo. A cada dia o cliente se torna mais exigente em relação a isso, ou seja, devido a concorrência pode-se exigir descontos e vantagens em cima do preço. Este fator disponibiliza um grau elevado de oportunidades de negociações e escolhas, e para a empresa se destacar, deve buscar o valor agregado ao seu produto ou serviço de uma forma muito bem calculada, para que não tenha prejuízo caso o preço fique baixo, mas também não perca o cliente caso o preço fique acima da concorrência. Ainda segundo Kotler (1998), as empresas devem buscar constantemente descobrir como aumentar a percepção de valor de seus clientes. A partir desta busca surgiu a cadeia de valores, que auxilia por meio do planejamento de algumas atividades básicas como, produção, matéria prima, finanças dentre outros, auxiliar na composição do preço de seus produtos. Outro método comum praticado pelas empresas e muito eficaz se analisado com precisão para formular os preços de seus produtos e serviços é analisar a concorrência, tentar descobrir como as mesmas trabalham e aderir e melhorar estes métodos para obter vantagens competitivas. Para uma empresa ser bem – sucedida, ela também examinar as vantagens competitivas além de suas próprias operações, nas cadeias de valor de seus fornecedores, distribuidores e consumidores. Face a essa competição intensa, muitas empresas estão fazendo parcerias com fornecedores e distribuidores específicos para criar uma rede de entrega de valor superior. Kotler (1998, p 56). 2.7 FIDELIDADE Andrade (1999), definiu fidelidade como sendo as compras e prestações de serviços não aleatórias feitas ao longo do tempo por alguma unidade de tomada de decisões. Sendo assim o cliente tem uma tendência específica em relação àquilo que compra e de quem compra. Além disso, o termo fidelidade denota uma condição relativamente duradoura e exige que a ação de comprar ocorra no mínimo duas vezes. Ainda Andrade (1999) diz que a definição de cliente fiel para ser considerada, deve atender alguns atributos como comprar regularmente, comprar várias linhas de produtos não apenas um, mostra-se imune a concorrência e ainda recomenda os produtos e serviços a outras pessoas. Tão importante quanto atrair clientes ou até mesmo de maior valia, é fidelizá-los. A empresa quando perde um 37 cliente perde todo o lucro que teria com as compras e serviços prestados no futuro com o qual já teve custos para conquistar. Já Kotler (1998), apesar de “fidelidade” ser uma palavra fora de moda, que descreve compromisso, tornou-se comum em meio ao marketing. A fidelidade dos clientes a determinada marca ou empresa reflete aproximadamente na taxa de retenção de clientes. A construção da fidelidade dos clientes exige discriminação, ou seja, saber diferenciar clientes lucrativos dos não lucrativos, pois não se pode esperar que a empresa tenha a mesma atenção para essas duas classes de clientes. Kotler (2003, p. 74) ressalta que: As empresas inteligentes definem os tipos de clientes que mais se beneficiarão com suas ofertas, esses são os clientes mais propensos a ser fiéis. E os clientes fiéis oferecem retorno à empresa, em termos de fluxo de caixa de longo prazo e na geração de um fluxo constante de novos cliente. Kotler (2003) também diz que algumas empresas pensam que para reter seus clientes precisam distribuir brindes e trabalhar programas de fidelidade. Esses esquemas talvez sejam parcialmente úteis em programas mais amplos de gerencia de relacionamento empresa e cliente, mas muito desses programas não são suficientes para despertar fidelidade, pois não criam vínculos emocionais. Ainda que o objetivo da empresa seja tornar seus clientes fiéis, a fidelidade nunca é tão forte ao ponto de um cliente resistir ao apelo de um concorrente onde lhe ofereça um preço mais baixo e mais alguma coisa além do que o cliente já tem. De acordo com Cobra e Tejon (2007), a busca pela fidelização de um cliente é contínua e mais complexa do que reter novos clientes, e quando o objetivo é fidelizar um comprador, as vantagens em prazo de pagamento, prazo de entrega e outras ofertas não cessam nunca. 2.8 NECESSIDADES E DESEJOS Segundo Kotler e Armstrong (2000), foi a necessidade e o desejo dos consumidores que propulsaram a origem do marketing, pode-se classificar estes dois fatores como níveis básicos ou específicos. Necessidade básica significa as necessidades primárias de um indivíduo como se vestir, se alimentar, necessidade de moradia, ou seja, fatores que garantam sua sobrevivência. Já as necessidades específicas, também podem ser chamadas de desejos, ou seja, são necessidades 38 em um nível mais amplo, onde o consumidor compra algo sem estar precisando ou para satisfazer suas necessidades, mas sim para suprir expectativas e qualificações determinadas pelo próprio cliente. Kotler (1998, p. 27) diz que; Necessidade humana é um estado de privação de alguma satisfação básica. As pessoas exigem alimento, roupas, abrigo, segurança, sentimento de posse e auto - estima. Essas necessidades não são criadas pela sociedade ou empresas. Existem na delicada textura biológica e são inerentes a condição humana. 2.9 SERVIÇOS O serviço é algo que uma empresa presta para outra empresa, ou pessoa física, buscando suprir suas necessidades. Dantas (2004) afirma que os serviços possuem características que os diferenciam bastante dos produtos como bem físico. Destacam-se, portanto, que os serviços não podem ser tocados e não há como se prestar um serviço pela metade. Outra diferença é que segundo o autor, os serviços são perecíveis, ou seja, não podem ser estocados, devendo ser consumidos no momento de sua prestação. Conforme Gianesi e Corrêa (1994), serviços são experiências que o cliente vivencia e que, pela sua intangibilidade, se tornam difíceis para avaliar seus resultados ou sua qualidade. Por isso, para se adquirir ou solicitar um serviço, o risco está incluso. Portanto se faz necessário a referência de terceiros e a escolha de empresas renomadas no mercado para reduzir o risco de um serviço mal prestado. Segundo Las Casas (1991), serviços são considerados transações cujo objetivo não tem associação com a troca ou aquisição de bens. O autor considera ainda que serviço pode ser uma ação, esforço ou atitude prestados. Desta forma, também podemos definir serviço como atos ou ações que caracterizam parte intangível presente nas situações de compra e venda. Ou também como sendo a parte que deve ser vivenciada ou uma experiência que a ser vivida em determinado momento para posteriormente avaliar-se seu desempenho em diferentes níveis de duração ou de intangibilidade. Segundo Lovelock e Wirtz (2006), serviço, é uma atividade econômica que proporciona benefícios, cria valor e oferece uma mudança para quem recebe o 39 serviço. Por ser um desempenho ou um ato, são transitórios e perecíveis e, portanto, não podem ser estocados após serem produzidos. Ainda Lovelock e Wirtz (2006, p.8): Um serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra. Embora o processo possa estar vinculado a um produto físico, o desempenho é transitório, frequentemente de natureza intangível e não resulta normalmente em propriedade de quaisquer dos fatores de produção. Segundo Hoffman e Bateson (2003), não há uma definição perfeitamente clara de que é serviço. No geral, serviço pode ser definido como esforços, ações ou desempenhos. O autor informa ainda que os serviços ditos como puros, são predominantemente intangíveis. E ainda, podemos melhor descrever predominantemente intangíveis os produtos que não tem propriedade física e que o cliente não pode sentir antes da compra, como por exemplo, ensino ou uma consultoria. Kotler e Keller (2005), definem serviço como sendo um ato ou um desempenho, com característica intangível, onde existe a relação entre duas partes, tendo por base que uma parte oferece a outra algo que não resulte em propriedade de nada. Segundo Las Casas (2002), serviço pode ser definido como sendo uma ação, ou um ato de cunho intangível, que apresente-se de variadas formas. 2.9.1 Características de serviço Com base nos estudos de Kotler e Keller (2005) destacam-se quatro principais características de serviços sendo: a) Intangibilidade - o serviço é intangível uma vez que não podemos sentir nem experimentá-lo antes da opção de compra. b) Inseparabilidade - serviços são produzidos pela parte que oferece, de modo que a mesma torna-se parte dele, bem como o cliente estará presente e interagindo junto ao fornecedor. c) Variabilidade - existe a dificuldade de padronizar serviços, pois o mesmo depende de quem irá realizá-lo, bem como onde e quando será fornecido. d) Perecibilidade - não há como estocar serviços, o mesmo depende da presença do cliente, sendo o seu consumo simultâneo ao processo de produção. 40 2.9.2 Qualidade em serviços Las Casas (2002), uma empresa deve oferecer a seus clientes serviços devidamente planejados, e com qualidade, pois assim será gerada a satisfação do cliente que irá voltar novamente, bem como indicará para seus conhecidos. Ao falarmos de satisfação do cliente, não há como deixar de abordar a qualidade, tendo em vista que um cliente estará satisfeito quando o mesmo percebe a qualidade atribuída a seu serviço. Salienta-se ainda que, as expectativas do cliente devem ser administradas de modo que o resultado do serviço prestado seja semelhante à expectativa gerada pelo cliente em torno do serviço, isso fará com que o mesmo fique satisfeito; entretanto em situação oposta, caso o resultado do serviço prestado fique abaixo da expectativa gerada, o cliente ficará insatisfeito. 2.10 MODELO KANO De acordo com Figueredo (2005), Noriaki Kano, criou o que conhecemos hoje como Modelo Kano de Satisfação do Cliente, com o objetivo de conhecer quais atributos podem determinar a satisfação dos clientes. Para Tontini (2003) com a utilização deste método de verificação, é possível verificar os atributos que tem que ser melhorados e identificar quais atributos podem ser menosprezados pela organização, por não agregarem valor ao cliente. De acordo com Tontini (2003) modelo Kano de satisfação do cliente não identifica o grau de satisfação dos clientes e sim identifica os atributos que influenciam a satisfação dos clientes. Este método classifica os atributos em cinco categorias, podendo ser obrigatórios, unidimensionais, atrativos, neutros ou reversos. 41 Atributos Descrição Exemplo Obrigatórios São os atributos esperados, que obrigatoriamente um produto ou serviço deva ter, ele não pode deixar de existir. São considerados básicos pelo cliente, pois, quando estão presentes, geralmente não são percebidos, não influenciando na satisfação dos clientes, entretanto, se o atributo estiver ausente, causa grande insatisfação para os clientes. Uma garantia de três anos para automóveis nos EUA é algo comum, e os clientes vêem isso como algo padrão para a indústria. Se um fabricante de carro decidir dar apenas um ano de garantia, nenhum cliente irá comprar este carro”. Quanto melhor for o desempenho deste atributo, maior será a satisfação do cliente e se o Unidimensionais desempenho não for bom provocará a insatisfação do cliente, ou seja, a satisfação gerada será proporcional ao desempenho do atributo Em uma determinada classe de automóvel, se o gasto de combustível por quilômetro rodado estiver abaixo de um certo nível, quanto menor for o consumo, tanto maior será a satisfação do cliente. Se o gasto de combustível por quilômetro rodado estiver acima desse nível, o cliente ficará insatisfeito. Pode-se dizer que quanto menor for a quilometragem rodada por litro de combustível, tanto maior será a insatisfação do cliente em relação a esse atributo. Neste exemplo, o nível “zero”, ou neutro, é a média da indústria para aquela classe de automóvel Atrativos Neutros Reversos A presença deste atributo gera satisfação ao cliente, enquanto que, quando ausente, não gera insatisfação, pois são os atributos que o cliente não espera receber. É considerado ponto chave para a satisfação dos clientes, pois o desempenho positivo tem maior impacto na satisfação do que o desempenho negativo. São os atributos que não influenciam na satisfação dos clientes, sua presença ou sua ausência não gera satisfação ou insatisfação, são os atributos que o cliente não utiliza, ou utiliza raramente. Um brinde qualquer ao abastecer um veículo num posto e combustível, será um atrativo a mais, porém, se ele não existir não fará diferença. O teto solar nos automóveis, para Sua presença gera insatisfação e algumas pessoas, não é bemsua ausência gera satisfação ou vindo. Para esses clientes, o teto neutralidade. solar pode ser considerado um atributo reverso”. Quadro 4: Classificação dos atributos Fonte: Adaptado de Borsoi (2005, p. 40) 42 Estes atributos podem ser apresentados graficamente, conforme demonstrado na figura 1. Figura 1: Modelo Kano de satisfação Fonte: Tontini (2003, p. 1) 2.10.1 Índice de Satisfação de Berger Conforme Tontini (2003) existem alguns métodos utilizados para classificação dos atributos, como Coeficiente de Satisfação do Cliente – CSC, que possibilita identificar o percentual de clientes que encontra-se satisfeito ou insatisfeitos com a presença ou ausência de cada atributo. É realizado um cálculo do coeficiente de satisfação (%CS) e do coeficiente de insatisfação (%CI), conforme fórmula abaixo: Figura 2: Fórmula do coeficiente de Berger Fonte: Tontini (2003) 43 Para cada atributo é efetuada a fórmula. Após, os resultados podem ser demonstrados através de tabelas ou de gráfico de dispersão, conforme visto na figura 3. Figura 3: Gráfico de dispersão do índice de satisfação de Berger Fonte: Tontini (2003, p. 7) 44 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este capítulo tem por objetivo apresentar a metodologia empregada na realização desta pesquisa. Foi realizada pesquisa bibliográfica através de consultas em livros de autores renomados em administração para o desenvolvimento da fundamentação teórica e realizada também uma pesquisa de campo onde levantou-se os principais atributos a serem analisados buscando medir a satisfação dos clientes referente a estes atributos. 3.1 TIPOS DE PESQUISA 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica Segundo Mattar (2001), a forma mais rápida para aprofundar uma pesquisa é a busca do conhecimento através de trabalhos realizados por terceiros, via levantamento bibliográfico, que nada mais é, do que a procura de livros, revistas, teses e dissertações sobre o assunto em questão. 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo Mattar (2001), diz que: “As pesquisas descritivas são caracterizadas por possuírem objetivos bem definidos, procedimentos formais, serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de problema [...]”. Ainda Mattar (2001) informa que os métodos da pesquisa descritiva compreendem questionários e entrevistas e são utilizadas quando o propósito é, por exemplo, descrever características de grupos como o perfil de clientes e consumidores, estimar comportamentos de uma população e verificar a relação entre variáveis. Portanto, a pesquisa realizada com o objetivo de medir o grau de satisfação dos clientes de uma empresa se encaixa no conceito de Pesquisa Descritiva. 45 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA A abordagem da pesquisa foi quantitativa, realizada junto aos clientes da empresa. Os dados foram apresentados através de gráficos e números, onde se teve a base sobre a satisfação dos clientes da empresa em questão. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA Segundo Rudio (1996), o objetivo da pesquisa científica é estabelecer generalizações a partir de observações e informações sobre um determinado grupo ou conjunto de indivíduos que neste caso podem ser chamados de população ou universo. No caso de uma pesquisa descritiva como esta, o termo população pode designar uma classe de indivíduos com as mesmas características. A população submetida à pesquisa em questão, foram os 100 clientes do Estado de Santa Catarina, de um ranking de 250, que mais compram na empresa, onde analisou-se o grau de satisfação quanto ao atendimento oferecido a estes clientes. Dos 100 questionários aplicados para a pesquisa, somente 32 clientes retornaram. O erro amostral, para este retorno, foi de 17,68% considerado a população infinita. no = 1 E 2 o Conhecendo o tamanho N da população formado por 250 clientes ativos é de 16,51%, ajustando o cálculo anterior. n= N .no N + no Sendo que: n 0 = Aproximação da amostra, população infinita; E 0 = erro amostral tolerável; N = tamanho da população; n = tamanho da amostra. 46 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Foi utilizado um questionário (APÊNDICE 1 e 2), para pesquisa quantitativa, endereçado aos clientes via e-mail, fax, telefone ou entregue impresso com perguntas objetivas, como instrumento de coleta de dados. Como as perguntas foram objetivas, a pesquisadora almejou obter respostas precisas para a elaboração de um trabalho que auxilie a empresa na melhoria da satisfação destes clientes. 47 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA Através da pesquisa aplicada com os clientes da empresa em questão, obtiveram-se os seguintes resultados com as perguntas formuladas com os clientes pesquisados. 4.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS ENTREVISTADOS Como características básicas, foram analisados a classificação do cliente como pessoa física ou jurídica, o atendimento conforme é feito, diretamente na empresa ou via representante, e se o cliente é consumidor final ou revenda. 4.1.2 Pessoa Física ou Pessoa Jurídica Tabela 1: Situação do cliente Alternativa N° respondentes % de respondentes Pessoa Jurídica 32 100% Pessoa Física 0 0% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa Pessoa Física 0% Pessoa Jurídica 100% Figura 4: Situação do cliente Fonte: Dados da pesquisa 48 A pesquisa foi realizada com clientes do Estado de Santa Catarina tendo 32 questionários válidos, onde 100% dos entrevistados, por coincidência, foram classificados como pessoa jurídica. Demonstrando assim que a grande maioria dos clientes se encaixam nessa classificação devido ao abastecimento direto de peças para revendas. 4.1.3 Atendimento Direto ou Via Representante Tabela 2: Forma de atendimento Alternativa N° respondentes % de respondentes Atendimento direto 26 81% Via representante 06 19% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 2 19% 1 81% Figura 5: Forma de atendimento Fonte: Dados da pesquisa Referente a forma de atendimento aos clientes, foi identificado 81% dos entrevistados como sendo atendimento feito diretamente na empresa e 19% via representantes comerciais. 49 4.1.4 Consumidor Final ou Revenda Tabela 3: Caracterização da compra Alternativa N° respondentes % de respondentes Consumidor Final 08 25% Revenda 24 75% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 1 25% 2 75% Figura 6: Caracterização da compra Fonte: Dados da pesquisa Pode-se perceber neste gráfico que a maioria dos entrevistados (75%) são clientes que compram o material para revendê-lo, sendo o consumidor final (25%), a minoria. 50 4.2 QUESTÕES ABERTAS 4.2.1 O que a empresa faz de bom, e que portanto deve continuar fazendo 0% 10% 20% 30% Qualidade no produto 21% 17% Preço Atualização de itens 7% Tempo de entrega 7% Visitas comerciais 50% 40% Atendimento Sem resposta 40% 5% 2% Figura 7: O que a empresa faz de bom e que portanto, deve continuar fazendo Fonte: Dados da pesquisa Conforme a figura 7, o atendimento é o fator que a maioria dos clientes entendem como característica boa da empresa e que deve continuar atendendo-os desta forma pois 40% dos entrevistados estão satisfeitos. A qualidade no produto também foi bem vista pelos clientes com 21% dos entrevistados citando este atributo. O atributo menos citado foi referente a visitas comerciais, entende-se portanto que tal atributo não foi tão considerado. 51 4.2.2 O que a empresa faz de ruim, e que portanto deve deixar de fazer 0% 10% 20% 30% Sem resposta 50% 41% 28% Prazo de entrega Nada Não creditar ICMS 40% 16% 3% Acabamento das peças 3% Demoras resolução probelmas 3% Embalagem 3% Preço 3% Figura 8: O que a empresa faz de ruim, e que portanto deve deixar de fazer Fonte: Dados da pesquisa A maioria dos entrevistados não respondeu a este questionamento. Em seguida 28%, respondeu que um fator ruim é o prazo de entrega muito longo. Sugere-se então, manter um estoque com maior número de peças para atender prontamente os clientes na medida do possível. 52 4.2.3 O que a empresa não faz, e que deve passar a fazer 0% 10% 20% Aumentar a linha de peças 30% 40% 31% 19% Diminuir o prazo de entrega Melhorar o acabamento das peças 12% Sem Resposta 12% Frete pago 8% Nada 12% Melhorar a embalagem 4% Melhorar site 4% Oferecer brindes 4% Sem resposta 4% Figura 9: O que a empresa deve oferecer Fonte: Dados da pesquisa Quando questionados referente ao que à empresa não faz e que deve passar a fazer, 31% dos clientes declararam que a empresa deveria aumentar a linha de peças, 19% responderam que deveria diminuir o prazo de entrega e 12% melhorar o acabamento das peças, podendo ser verificado na figura 9. 53 4.3 NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES Para avaliar o desempenho da empresa, foi identificado atributos relevantes para o cliente na escolha de uma empresa de ferragens. Para levantar estes atributos, primeiramente foi aplicada uma pesquisa com quatro questões abertas em cinco clientes, onde questionou-se itens básicos, a partir das respostas dos entrevistados criou-se uma lista com 15 atributos principais para formular a pesquisa final que foi aplicada posteriormente. No quadro 5, pode-se verificar a lista de 15 atributos principais. ALTERNATIVA INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO MUITO SATISFEITO SATISFEITO TOTAL Simpatia e cortesia no atendimento 0% 0% 3% 44% 53% 100% Facilidade de contato 0% 0% 3% 53% 44% 100% Frequência de visitas com erciais 9% 44% 3% 28% 16% 100% Conhecimento nos produtos 0% 3% 13% 53% 31% 100% Qualidade dos produtos 0% 0% 19% 50% 31% 100% Diversidade de Produtos 3% 3% 19% 56% 19% 100% Resolução de problemas 3% 13% 6% 63% 16% 100% Política de preço 3% 6% 22% 56% 13% 100% Prazo de Pagamento 0% 6% 16% 66% 13% 100% Flexibilidade nas emergências 0% 16% 16% 53% 16% 100% 16% 0% 28% 53% 3% 100% Localização da empresa 6% 28% 6% 56% 3% 100% Embalagem 6% 9% 6% 69% 9% 100% Credibilidade 0% 3% 6% 66% 25% 100% 0% 3% Desempenho Geral Quadro 5: Os 15 atributos principais da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa 9% 69% 19% 100% Prazo de Entrega 54 4.3.1 Análise dos atributos Conforme Kotler (2000) satisfazer o cliente não é mais suficiente, é necessário encantá-lo. Nas análises que seguem, será verificado se os clientes estão “encantados” com o desempenho daquele atributo, pelo percentual de clientes “muito satisfeito”, e será verificado também se a empresa não consegue atender as expectativas dos clientes pelo percentual de entrevistados “levemente satisfeito” ou “insatisfeito”. Será verificado também se existem percentual de clientes “neutros” em cada atributo. Tabela 4: Simpatia e cortesia no atendimento Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 0 0% Levemente satisfeito 01 3% Satisfeito 14 44% Muito satisfeito 17 53% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 53% 50% 44% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 3% 0% INSATISFEITO NEUTRO Figura 10: Simpatia e cortesia no atendimento Fonte: Dados da pesquisa LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO 55 Quanto à simpatia e cortesia no atendimento, observa-se que 53% dos clientes encontram-se muito satisfeitos, isso leva a empresa a considerar seu atendimento uma das prioridades para reter seus clientes. E apenas 3% dos clientes entrevistados encontram-se levemente satisfeitos. Tabela 5: Facilidade de contato Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 0 0% Levemente satisfeito 01 3% Satisfeito 17 53% Muito satisfeito 14 44% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 53% 50% 44% 40% 30% 20% 10% 0% 0% INSATISFEITO 0% NEUTRO Figura 11: Facilidade de contato Fonte: Dados da pesquisa 3% LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO 56 Com o desempenho deste atributo, 53% dos clientes estão satisfeitos, 44% muito satisfeitos e somente 3% mostrou-se levemente satisfeitos. Enquanto que não foram detectados clientes insatisfeitos. Para incrementar o percentual de clientes muito satisfeito, pode-se verificar a possibilidade de implantar um sistema de SAC na empresa, ou seja, um Sistema de Atendimento ao Cliente. Tabela 6: Freqüência de visitas comerciais Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 03 9% Neutro 14 44 Levemente satisfeito 01 3% Satisfeito 09 28% Muito satisfeito 05 16% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 50% 44% 45% 40% 35% 28% 30% 25% 20% 15% 10% 16% 9% 3% 5% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 12: Frequência de visitas comerciais Fonte: Dados da pesquisa Referente a freqüência de visitas comerciais, os clientes ficaram divididos, mas 44% dos entrevistados se colocaram como neutro diante deste atributo, ou 57 seja, não é necessário um esforço de melhoria deste atributo. Foram encontrados também clientes insatisfeitos (9%), é interessante para a empresa planejar visitas comerciais, ao menos com estes clientes insatisfeitos, pode-se incluir também na lista de visitas os clientes levemente satisfeitos (3%), tornando este atributo nulo em termos de insatisfação. Sugere-se que seja realizado, juntamente com os clientes, um planejamento de visitas periódicas, a fim de buscar melhorar o desempenho deste atributo. Tabela 7: Conhecimento nos produtos Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 01 03% Levemente satisfeito 04 13% Satisfeito 17 53% Muito satisfeito 10 31% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 53% 50% 40% 31% 30% 20% 13% 10% 0% 0% INSATISFEITO 3% NEUTRO Figura 13: Conhecimento nos produtos. Fonte: Dados da pesquisa LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO 58 Com relação ao conhecimento nos produtos, 53% dos clientes estão satisfeitos com o desempenho do atributo, 31% muito satisfeitos. 13% dos entrevistados estão levemente satisfeitos com o conhecimento dos produtos, então, para que este atributo seja melhorado, pode-se verificar a possibilidade de treinamento dos atendentes para passar mais conhecimento aos clientes referente ao material que a empresa oferece. Ressalta-se que 3% dos clientes declararam estarem neutros com relação a este atributo. Tabela 8: Qualidade dos produtos Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 0 0% Levemente satisfeito 06 19% Satisfeito 16 50% Muito satisfeito 10 31% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 50% 50% 40% 31% 30% 19% 20% 10% 0% 0% INSATISFEITO 0% NEUTRO Figura 14: Qualidade dos produtos Fonte: Dados da pesquisa LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO 59 Para o atributo qualidade dos produtos, metade (50%) dos clientes entrevistados declararam-se satisfeitos e 31% muito satisfeito, levando a empresa a acreditar que seus produtos estão suprindo as necessidades de seus clientes. Pode-se analisar que 19% dos clientes estão levemente satisfeitos com a qualidade nos produtos, a partir disso, sugere-se verificar junto a estes clientes o que os leva a não estarem totalmente satisfeitos com os produto e aplicar a partir daí um controle de qualidade nos materiais para que as falhas sejam reparadas. Tabela 9: Diversidade de produtos Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 01 03% Neutro 01 03% Levemente satisfeito 06 19% Satisfeito 18 56% Muito satisfeito 06 19% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 56% 50% 40% 30% 19% 20% 19% 10% 3% 3% 0% INSATISFEITO NEUTRO Figura 15: Diversidade de produtos Fonte: Dados da pesquisa LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO 60 Enquanto que com a diversidade dos produtos, 56% dos clientes estão satisfeitos com o desempenho do atributo, 19% muito satisfeitos, 9% levemente satisfeito e 3% permaneceu neutro. Ressalta-se que 3% dos clientes considera-se insatisfeito quanto a diversidade dos produtos. A empresa deve estudar a viabilidade de estar diversificando sua linha de produtos, buscando juntamente aos clientes quais os itens seriam mais interessantes desenvolver para que a empresa alcança-se um percentual maior de clientes satisfeitos. Tabela 10: Resolução de problemas Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 01 03% Neutro 04 13% Levemente satisfeito 02 06% Satisfeito 20 63% Muito satisfeito 05 16% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 70% 63% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 16% 13% 6% 3% 0% INSATISFEITO NEUTRO Figura 16: Resolução de problemas Fonte: Dados da pesquisa LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO 61 Dos clientes, 63% declaram estarem satisfeitos com o desempenho deste atributo, 16% está muito satisfeito, enquanto que 6% está levemente satisfeito. Destaca-se que 13% permaneceu neutro e 3% estão insatisfeitos com a resolução dos problemas. Verificando estes dados, percebe-se que a empresa está com falhas em termos de resolução de problemas junto aos clientes. Para melhorar o desempenho deste atributo, sugere-se que seja dispensada mais atenção ao cliente, criar sistemáticas para resolver os problemas de forma eficaz tanto para a empresa quanto para seus clientes, deixando-o informado quanto ao andamento de resolução de problemas, e tentar agilizar ao máximo os problemas existentes. Tabela 11: Política de preço Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 01 03% Neutro 02 06% Levemente satisfeito 07 22% Satisfeito 18 56% Muito satisfeito 04 13% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 62 60% 56% 50% 40% 30% 22% 20% 13% 10% 3% 6% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 17: Política de preços Fonte: Dados da pesquisa Com a política de preços adotada pela empresa, 56% dos clientes estão satisfeitos, 13% muito satisfeitos, 22% levemente satisfeitos e 6% permaneceu neutro quanto a este atributo. Destaca-se que 3% dos clientes consideram-se insatisfeito quanto a política de preços. Como houve cliente levemente satisfeito e até mesmo insatisfeito, sugerese que seja verificada a política de preços praticada pelo mercado, para a partir daí fazer um comparativo dos preços, verificando se realmente os preços praticados pelo mercado estão muito abaixo dos preços praticados pela empresa, caso isso ocorra, formular novos preços ou praticar uma tabela de descontos para tornar estes clientes insatisfeitos em clientes muito satisfeitos, não correndo o risco de perder pela concorrência. 63 Tabela 11: Prazo de pagamento Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 02 06% Levemente satisfeito 05 16% Satisfeito 21 66% Muito satisfeito 04 13% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 70% 66% 60% 50% 40% 30% 20% 16% 10% 13% 6% 0% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 18: Prazo de pagamento Fonte: Dados da pesquisa Quanto ao prazo de pagamento, mais da metade (66%) dos clientes entrevistados estão satisfeitos com o desempenho deste atributo, sendo que somente 13% estão muito satisfeito. Não foram identificados clientes insatisfeitos com o desempenho dos prazos de pagamentos praticados pela empresa. Este atributo verificando os dados, não gera risco de perdas de clientes, mas considerando os clientes que responderam estar levemente satisfeitos, pode entrar em contato para sugerir uma nova condição de pagamento, para torná-los satisfeitos ou muito satisfeitos. 64 Tabela 12: Flexibilidade nas emergências Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 05 16% Levemente satisfeito 05 16% Satisfeito 17 53% Muito satisfeito 05 16% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 53% 50% 40% 30% 20% 16% 16% 16% 10% 0% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 19: Flexibilidade nas emergências Fonte: Dados da pesquisa Com a flexibilidade nas emergências, 53% dos clientes declaram estarem satisfeitos, 16% muito satisfeitos. 16% dos clientes declararam-se levemente satisfeito com este atributo, sugere-se então verificar quais produtos estes clientes mais compram para programar um estoque maior de peças, fazendo com que, seus pedidos, principalmente aqueles com urgência sejam atendidos prontamente. Não foi percebida insatisfação com este atributo. 65 Tabela 13: Prazo de entrega Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 05 16% Neutro 0 0% Levemente satisfeito 09 28% Satisfeito 17 53% Muito satisfeito 01 03% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 53% 50% 40% 28% 30% 20% 16% 10% 3% 0% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 20: Prazo de entrega. Fonte: Dados da pesquisa Quanto ao atributo prazo de entrega, 53% dos clientes estão satisfeitos, somente 3% muito satisfeitos e 28% levemente satisfeitos. Observa-se que o percentual de clientes que estão insatisfeitos são 16%. Sugere-se que a empresa acompanhe os prazos de entrega, buscando sempre atender no prazo correto. Entretanto, quando ocorrer problemas para atender tais prazos, que o cliente seja comunicado, bem como seja especificado o motivo. Outra sugestão interessante seria aumentar os itens em estoque para que o prazo de entrega diminua, e atenda a necessidade dos clientes quanto a este atributo. 66 Tabela 14: Localização da empresa Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 02 06% Neutro 09 28% Levemente satisfeito 02 06% Satisfeito 18 56% Muito satisfeito 01 03% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 60% 56% 50% 40% 28% 30% 20% 10% 6% 6% 3% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 21: Localização da empresa Fonte: Dados da pesquisa Com relação à localização da empresa, 56% dos clientes estão satisfeitos, e somente 3% estão satisfeitos, sendo que 28% declararam-se neutros. Observa-se que 6% dos clientes estão insatisfeitos com a localização da empresa. A empresa deve verificar se é viável a mudança de local, ou verificar junto aos clientes insatisfeitos a possibilidade de fornecer um desconto maior, ou pagar o frete do pedido para suprir esta insatisfação quanto a localização da empresa. 67 Tabela 15: Embalagem Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 02 06% Neutro 03 09% Levemente satisfeito 02 06% Satisfeito 22 69% Muito satisfeito 03 09% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 80% 69% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 6% 9% 9% 6% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 22: Embalagem. Fonte: Dados da pesquisa Quanto à embalagem, verifica-se que 69% dos clientes estão satisfeitos com o desempenho deste atributo, sendo que 9% encontram-se muito satisfeito, este atributo não seria preocupante se não existisse 6% dos entrevistados insatisfeitos com a embalagem dos produtos. Sugere-se que a empresa, juntamente com os clientes verifique a possibilidade de estar alterando as embalagens, de maneira que agrade o cliente e não gere custos para a empresa. 68 Tabela 16: Credibilidade Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 01 03% Levemente satisfeito 02 06% Satisfeito 21 66% Muito satisfeito 08 25% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 70% 66% 60% 50% 40% 30% 25% 20% 10% 0% 3% 6% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 23: Credibilidade Fonte: Dados da pesquisa Para este atributo, 66% dos clientes apresentaram-se satisfeitos com o desempenho do mesmo, 25% estão muito satisfeitos quanto a credibilidade da empresa, enquanto que 6% dos clientes está levemente satisfeito. Dos entrevistados, 3% permaneceram neutro quanto o desempenho da credibilidade. Não foram detectados clientes insatisfeitos com este atributo. 69 Tabela 17: Desempenho geral Alternativa N° respondentes % de respondentes Insatisfeito 0 0% Neutro 01 03% Levemente satisfeito 03 09% Satisfeito 22 69% Muito satisfeito 06 19% 32 100% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 80% 69% 70% 60% 50% 40% 30% 19% 20% 9% 10% 3% 0% 0% INSATISFEITO NEUTRO LEVEMENTE SATISFEITO SATISFEITO MUITO SATISFEITO Figura 24: Desempenho geral. Fonte: Dados da pesquisa Com o desempenho geral da empresa, observa-se que não foram detectados clientes insatisfeitos. Vale destacar que 69% dos clientes estão satisfeitos, 19% muito satisfeitos e 9% levemente satisfeitos. Somente 3% dos clientes permaneceram neutros. Para aumentar a taxa de encantamento com o desempenho geral, devese melhorar os atributos mensurados anteriormente, levando em conta as sugestões de melhorias e buscar a partir destes dados verificar junto aos clientes insatisfeitos o que pode-se fazer para torná-los encantados, ou seja, muito satisfeito com a empresa. 70 4.4 INTENÇÃO DE RECOMPRA DOS ENTREVISTADOS Foi questionado aos clientes se deixariam ou não de comprar com a empresa, a fim de medir a intenção de recompra dos mesmos. 4.4.1 Se pudesse, deixaria de trabalhar com esta empresa? Tabela 4: Intenção de recompra Alternativa N° respondentes % de respondentes Não deixaria com certeza 6 19% Não deixaria 16 50% Talvez 8 25% Sim deixaria 2 6% Sim deixaria com certeza 0 0% TOTAL Fonte: Dados da pesquisa 32 100% 60% 50% 50% 40% 30% 20% 25% 19% 10% 6% 0% 0% Não deixaria com certeza Não deixaria Talvez Sim deixaria Sim deixaria com certeza Figura 25: Se pudesse, deixaria de comprar com esta empresa Fonte: Dados da pesquisa Observando a figura 25, percebe-se que 50% dos clientes entrevistados não deixaria de trabalhar com a empresa mas somente 19%, não deixaria de trabalhar com certeza. 25 % dos entrevistados talvez deixaria e 6%, deixaria de 71 trabalhar com a empresa caso surgisse uma outra proposta com outros fornecedores. Este índice é preocupante para a empresa, com base nos dados anteriores, deve-se buscar soluções para que aumente a intenção de recompra dos clientes. 4.5 GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS ATRIBUTOS Foi solicitado aos clientes que enumerassem, por ordem de preferência, os quatro atributos que os mesmos considerassem importantes, citando como 1 o atributo considerado mais importante, 2 como sendo o segundo mais importante, 3 como o terceiro mais importante e 4 como o quarto mais importante. A tabulação dos dados da pesquisa são verificados na tabela 5 e figura 26. Tabela 5: Grau de importância dos atributos Primeiro lugar (Peso 4) Segundo lugar (Peso 3) Terceiro lugar (Peso 2) Quarto lugar (Peso 1) Resultado 18 9 4 0 107 Política de preço 3 10 10 4 66 Prazo de Entrega 2 5 7 7 44 Credibilidade 4 1 1 7 28 Diversidade de Produtos 1 3 5 1 24 Simpatia e cortesia no atendimento 2 1 1 6 19 Prazo de Pagamento 0 1 2 3 10 Flexibilidade nas emergências 2 0 0 2 10 Resolução de problemas 0 1 1 1 6 Conhecimento nos produtos 0 0 1 1 3 Frequencia de visitas comerciais 0 0 1 0 2 Facilidade de contato 0 0 0 0 0 Localização da empresa 0 0 0 0 0 Embalagem 0 0 0 0 0 Descrição Qualidade dos produtos Fonte: Dados da Pesquisa 72 0 20 40 60 80 100 120 Qualidade dos produtos Política de preço Prazo de Entrega Credibilidade Diversidade de Produtos Simpatia e cortesia no atendimento Prazo de Pagamento Flexibilidade nas emergencias Resolução de problemas Conhecimento nos produtos Frequencia de visitas comerciais Facilidade de contato Localização da empresa Embalagem Figura 26: Grau de importância dos atributos Fonte: Dados da Pesquisa. Os clientes destacaram a qualidade dos produtos como o atributo mais importante, sendo que para este atributo não foram encontrados clientes insatisfeitos. O atributo considerado como segundo mais importante foi a política de preços praticada pela empresa, para este atributo, 50% dos clientes estão satisfeitos, e somente 3% estão insatisfeitos. O terceiro mais importante foi o prazo de entrega, observando-se que 53% dos clientes estão satisfeitos, porém, 16% estão insatisfeitos. O quarto atributo considerado pelos clientes como um dos mais importantes foi a credibilidade, sendo que, 66% dos clientes declararam-se satisfeitos com o desempenho deste atributo. 73 4.6 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MODELO KANO Através da pesquisa, os clientes foram questionados, segundo Modelo Kano, de sua reação caso um atributo estivesse presente ou não existisse. O objetivo deste método é verificar a viabilidade pelo mercado de implementar das seguintes sugestões de melhorias: “Retornar as propostas em 10 minutos”, “Oferecer todos os itens em estoque”, “Oferecer peças para teste”. Os mesmos foram submetidos numa avaliação de pesquisa, através de uma escala de 1 a 5, sendo esta escala classificada como: 1 – Não gosto e não tolero. 2 – Não gosto mas tolero, 3 – Sou neutro tanto faz, 4 – Espero que seja assim, 5 – Supera as minhas expectativas. O resultado foi tabulado (TABELA 21), podendo-se verificar o percentual de coeficiente de satisfação e coeficiente de insatisfação. Tabela 21: Coeficiente de satisfação do cliente com relação aos atributos IT Descrição %CS %CI AT1 Retorno às propostas em 10 min. 46,9% 0,0% AT2 Oferecer todos os itens em estoque 15,6% -9,4% AT3 Oferecer peças para teste 21,9% -6,3% Fonte: Dados da pesquisa 74 Para melhor visualização, estes dados foram inseridos no gráfico de Berger, sendo que em cada quadrante pode-se observar o atributo correspondente, na figura 8. 100% Atrativo 90% Obrigatório 80% %CS 70% Retornar propostas em 10 50% minutos AT1 60% 40% Oferecer peças para AT3 teste Oferecer AT2 todos os itens em estoque 30% 20% 10% Neutro 0% 0,0% -10,0% -20,0% -30,0% Unidimensional -40,0% -50,0% -60,0% -70,0% -80,0% -90,0% -100,0% %CI Figura 27: Gráfico de Berger Fonte: Dados da pesquisa O atributo 1 “Retorno às propostas em 10 minutos” foi classificado pelos clientes como atrativos, ou seja, se este atributo estiver presente, teremos 46,9% de clientes satisfeitos, entretanto, se estiver ausente teremos 0% de clientes insatisfeitos. O atributo 2 “Oferecer todos os itens em estoque” foi considerado como neutro, sendo que 15,6% dos clientes estarão satisfeitos caso seja aplicado esta prática de manter estoque de todos os itens, mas se isso não acontecer, teremos somente 9,4% dos clientes insatisfeitos. O atributo 3 “Oferecer peças para teste” ficou considerado como Neutro também, ou seja, caso a empresa venha a oferecer peças para teste, 21,9% dos clientes se sentirão satisfeitos com a cortesia, mas se a empresa não oferecer itens para teste, somente 6,3% se sentirão insatisfeitos com a empresa. 75 Vale ressaltar que mesmo os atributos neutros tem um percentual de clientes que ficam satisfeitos com sua implementação, e se este cliente for importante em termos de faturamento para a empresa, será interessante oferecer este atendimento a ele, pois será um atrativo para tal cliente. 76 5 CONCLUSÃO Atualmente existe uma grande concorrência entre as organizações, manter os clientes satisfeitos, não é um diferencial, e sim, tornou-se uma obrigação para todas as empresas que querem manter-se no mercado. No decorrer deste trabalho percebe-se que não basta suprir as necessidades do clientes, é preciso manter-los encantados. Com isso, a realização deste estudo se torna de fundamental importância para a empresa, pois a mesma, até então, não conhecia o nível de satisfação de seus clientes. Através desta pesquisa pode-se identificar o nível de satisfação dos clientes, bem como realizar a avaliação desta satisfação, juntamente com o grau de importância dos atributos levantados, sendo que estes atributos foram classificados pelos clientes, segundo o Modelo Kano, verificando assim, quais foram considerados neutros, unidimensionais, atrativos, obrigatórios ou reversos. Analisando o trabalho como um todo, pode-se verificar junto a pesquisa aplicada alguns atributos relevantes para a empresa. O prazo de entrega, é um atributo que precisa ser melhorado na empresa, junto com a embalagem dos produtos, e também prazo de pagamento. Um ponto forte detectado pela pesquisa aplicada foi o atendimento ao cliente, sendo um atributo muito elogiado pelos entrevistados, os clientes mostraram-se encantados com a forma de atendimento prestada pela empresa. Verificando o nível de satisfação com o desempenho geral da empresa, não foram detectados clientes insatisfeitos e a grande maioria deles, 69%, estão satisfeitos e 19% dos clientes estão muito satisfeitos. Logo, com os resultados apresentados, observa-se que, apesar de pontos que necessitam de melhorias, a empresa mostrou um bom desempenho frente a seus clientes. Com a classificação dos atributos segundo o modelo Kano, ressalta-se que responder as propostas em 10 minutos foi considerado pelos clientes como atrativo, ou seja, quando ausente, não é percebido pelos clientes, entretanto, se presentes, podem gerar satisfação ou insatisfação, porém, como o nível de satisfação com o desempenho deste atributo foi elevado, a empresa deve mante-lo. Enquanto que o atributo 2, o oferecimento de todos os itens em estoque, e o atributo 3, oferecer peças para teste, foram classificados pelos clientes como neutros, 77 podendo ser desconsiderados pela empresa, pois sua presença ou ausência não gera satisfação ou insatisfação. Foram levantados três atributos considerados importantes para os clientes e aplicáveis à empresa. Um deles seria melhorar o prazo de entrega, já que no decorrer da pesquisa aplicada pode-se notar que a maioria dos clientes estão insatisfeitos com este atributo. Outro ponto interessante a ser frizado, e muito comentado pelos clientes é aumentar o mix de produtos, e por fim, um atributo interessante e atrativo constatado através do Modelo Kano, seria responder as propostas em 10 minutos. Foram sugeridas mais melhorias ao longo deste trabalho, que deverão ser consideradas e, após sua implantação, aconselha-se que seja realizada nova pesquisa de satisfação a fim de verificar o impacto das melhorias nos clientes. 78 REFERÊNCIAS ALVAREZ, Francisco Javier S. Mendizabal. Trade Marketing: A conquista do consumidor no ponto-de-venda. São Paulo: Saraiva, 2008. ANDRADE, E. L.; Introdução à pesquisa operacional. ed. Rio de Janeiro, 1999. BAKER, Michael J. Administração de Marketing. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. BARBETA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às Ciências Sociais. 5. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002. BORSOI, Eroni. Atributos críticos para a satisfação dos usuários de internet na região de Chapecó - SC. 2005. 89 p. Dissertação do Curso de Pós-Graduação em Administração – PPGAd, da Universidade Regional de Blumenau, Blumenal. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de vendas: Uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. COBRA, Marcos. Administração de Vendas. 4 . ed. São Paulo: Atlas, 1994. ______, Marcos. Administração de Marketing. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 1992. COBRA, Marcos; TEJON, José Luiz. Gestão de vendas: Os 21 segredos do sucesso. São Paulo: Saraiva, 2007. DANTAS, Edmundo Brandão. Atendimento ao público nas organizações: quando o marketing de serviços mostra a cara. Brasília: Senac, 2004. ENIS, Ben M. Princípios de Marketing. São Paulo: Atlas, 1983. FIGUEIREDO, Marcelo Salmeron. Percepções sobre os atributos de qualidade da associação educacional do vale do itajaí mirim a partir da integração dos Modelos Servqual e Kano. 2005. 165 p. Dissertação do Curso de Pós-Graduação em Administração – PPGAd, da Universidade Regional de Blumenau, Blumenal. FINCH, Lloyd C. Cortesia ao telefone e atendimento ao cliente. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. GERSON, Richard F. A excelência no atendimento a clientes: mantendo seus clientes por toda a vida - programas eficazes para manter seus clientes. Rio de Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. GIANESI, Irineu G. N; CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de Serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1994. 79 GIANGRANDE, Vera; FIGUEIREDO, José Carlos. O cliente tem mais do que razão: a importância do Ombudsman para a eficácia empresarial. São Paulo: Gente, 1997. GORDON, Ian. Marketing de relacionamento: estratégias, técnicas e tecnologias para conquistar clientes e mantê-los para sempre. 4. ed. São Paulo: Futura, 2001. GODRI, Daniel. Conquistar e manter clientes. 32. ed. Blumenau-SC: Eko, 1994. GUMMESSON, Evert. Marketing de relacionamento total: gerenciamento de marketing, estratégias de relacionamento e abordagem de CRM para economias de redes. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. HOFFMAN, K. Douglas; BATESON, John E. G. Princípio de Marketing e serviços: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Larning, 2003. Janeiro, Qualitymark, 2001. JOHNSTON, Robert; CLARK, Graham. Administração de operações de serviço. São Paulo: Atlas, 2002. KLOTER, Philip. Administração de marketing: análise, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. planejamento, ______. Administração e Marketing. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. ______. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar, e dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999. ______.Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. ______. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1998. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. ______. Administração de marketing. 12 ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2005. p.104. LAS CASAS, Alexandre L. Marketing de serviços. São Paulo: Atlas, 1991. ______. Alexandre L. Marketing de serviços. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2002. ______. Marketing: Conceitos, Exercícios e Casos. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 1997. 80 LIMA, Agnaldo. Gestão de Marketing Direto: da conquista ao relacionamento com o cliente. São Paulo: Atlas, 2006. LOVELOCK, Chistopher; WIRTZ, Jochen. Marketing de services: pessoas, tecnologia e resultados. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. OGDEN, James. Comunicação Integrada de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002. PEPPERS, Don; ROGERS, Martha. Marketing Um a Um: marketing individualizado na era do cliente. Rio de Janeiro: Campus, 1994. RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. Petrópolis: Vozes, 1996. SCHMITT, Bernard H. Gestão da experiência do cliente. Porto Alegre: Bookman, 2004. SOLOMON, Michael R. O Comportamento do Consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. STONE, Merlin; WOODCOCK, Neil. Marketing de Relacionamento. São Paulo: Littera Mundi, 2002. SVIOKLA, John J.; SHAPIRO, Benson P. Mantendo clientes. São Paulo: Makron Books, 1994. TONTINI, Géson. Como identificar atributos atrativos e obrigatórios para o consumidor. Revista de Negócios. v. 8, N. 1. 2003. Disponível em: http://proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/view/325/310. Acessado em 17/10/09. WHITELEY, Richard C. A empresa totalmente voltada para o cliente: do planejamento à ação. 24. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1992. 81 APÊNDICE 82 Apêndice 01 – Questões para selecionar os atributos. 1Quais características/ motivos/ fatores, você leva em conta na escolha de nossos produtos? 2- Você está satisfeito com: 3- Você está insatisfeito com: 4- Dê sugestões de melhorias. 83 Apêndice 02 - Questionário para realização da pesquisa. 1) Entrevistado:_________________________________________________________ ____ 2) Características Básicas: a - ( ) Pessoa Física ( ) Pessoa Jurídica b - ( ) Consumidor Final ( ) Revenda 3) Forma de Atendimento: a - ( ) Atendimento Direto ( ) Via Representante 4) O que a empresa faz de bom, e que portanto deve continuar fazendo? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________ 5) O que a empresa faz de ruim, e que portanto deve deixar de fazer? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________ 6) O que a empresa não faz e que deve passar a fazer? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________ 84 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Muito Satisfeito Satisfeito Levemente Satisfeito ATRIBUTOS Neutro IT Insatisfeito 7) Assinale com X, o grau de satisfação com o desempenho atual da empresa. Simpatia e cortesia no atendimento Facilidade de contato Freqüência de visitas comerciais Conhecimento em relação aos produtos Qualidade dos produtos Diversidade de produtos (mix) Resolução de problemas Política de preço Prazo de pagamento Flexibilidade nas emergências Prazo de entrega Localização da empresa Embalagem Credibilidade Desempenho geral 8) Se pudesse, deixaria de trabalhar com esta empresa? 1 – ( ) Sim deixaria com certeza 2 – ( ) Sim deixaria 3 – ( ) Talvez 4 – ( ) Não deixaria 5 – ( ) Não deixaria com certeza 9) Enumere por ordem de 1 a 4 os atributos abaixo, sendo que “1” para o atributo mais importante e sucessivamente até o menos importante como “4”. IT ATRIBUTOS Simpatia e cortesia no atendimento Facilidade de contato Visitas comerciais Conhecimento dos produtos Qualidade dos produtos Diversidade de produtos Resolução de problemas Política de preço Prazo de pagamento Flexibilidade nas emergências Prazo de entrega Localização da empresa Embalagem Credibilidade 85 10) Como você se sente, se a empresa: Retornar as propostas em 10 minutos. 1 – ( ) Não gosto e não tolero 2 – ( ) Não gosto, mas tolero. 3 – ( ) Sou neutro, tanto faz. 4–( ) Espero que seja assim 02 Não retornar as propostas em 10 minutos. 1 – ( ) Não gosto e não tolero 2 – ( ) Não gosto, mas tolero. 3 – ( ) Sou neutro, tanto faz. 4–( ) Espero que seja assim 03 Oferecer todos os itens em estoque. 1 – ( ) Não gosto e não tolero 2 – ( ) Não gosto, mas tolero. 3 – ( ) Sou neutro, tanto faz. 4–( ) Espero que seja assim 04 Não oferecer todos os itens em estoque. 1 – ( ) Não gosto e não tolero 2 – ( ) Não gosto, mas tolero. 3 – ( ) Sou neutro, tanto faz. 4–( ) Espero que seja assim 05 Oferecer peças para teste. 1 – ( ) Não gosto e não tolero 2 – ( ) Não gosto, mas tolero. 3 – ( ) Sou neutro, tanto faz. 4–( ) Espero que seja assim 06 Não oferecer peças para teste. 1 – ( ) Não gosto e não tolero 2 – ( ) Não gosto, mas tolero. 3 – ( ) Sou neutro, tanto faz. 4–( ) Espero que seja assim 01 5–( ) Supera as minhas expectativa s 5–( ) Supera as minhas expectativa s 5–( ) Supera as minhas expectativa s 5–( ) Supera as minhas expectativa s 5–( ) Supera as minhas expectativa s 5–( ) Supera as minhas expectativa s