Faculdade Nossa Senhora de Fátima Graduação em Fonoaudiologia Audição Acadêmicas: Alessandra Silva, Flávia Manuela, Flávia Veronese, Graziela Comiotto, Jariane Martins, Talita dos Reis Docente: Louise Dutra Supervisora: Janice Mainardi Clínica Fonoaudiológica I e II – Saúde Coletiva 2014/2 Anatomia da Audição Orelha Externa = Pavilhão auricular + Meato acústico Externo + Membrana Tímpânica Orelha Média = Ossículos (martelo, bigorna e estribo) + tuba auditiva MUNHOZ; CAOVILLA; SILVA & GANANÇA,2003 Orelha Interna = Cóclea + Canais Semicirculares Ilustração da Anatomia da Audição Fisiologia da Audição As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular. A MT vibra e transfere essa energia para os ossículos A vibração dos ossículos faz com que a energia sonora seja amplificada A movimentação do líquido presente na cóclea, que é chamado de endolinfa, faz com que as células ciliadas se contraiam Essa contração gera impulsos nervosos, que são transmitidos ao cérebro, onde os sons são compreendidos Vídeo Fisiologia da audição O que é uma Deficiência Auditiva? Consiste na perda maior ou menor da percepção normal dos sons. Problema incapacitante limita: Desenvolvimento global Atuação profissional e Relações sociais. O que é uma Deficiência Auditiva? Não se aplica apenas às perdas quantitativas de audição mas também às deficiências no uso da audição de forma qualitativa. Chamamos de distúrbio de audição qualquer dificuldade que um indivíduo apresente para ouvir, interpretar e responder a uma mensagem de fala NORTHERN, 1991 Vídeo Diagnóstico Precoce da Deficiência Auditiva Exames utilizados no Diagnóstico da Deficiência Auditiva Emissões Otoacústica Liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo. Capta perdas auditivas a partir de 25 dB. Utilizada: TAN, Triagem Auditiva em Escolares, Monitoramento da audição quando há exposição à ruídos e à agentes ototóxicos Exames utilizados no Diagnóstico da Deficiência Auditiva Audiometria Tonal Liminar Teste objetivo que permite a medição da audição através da obtenção dos limiares auditivos. Limiar auditivo é a menor intensidade sonora que o indivíduo consegue ouvir Permite a comparação com os padrões de normalidade Exames utilizados no Diagnóstico da Deficiência Auditiva Imitanciometria Avalia a integridade do sistema tímpano-ossicular e a via do reflexo acústico do músculo estápedio, que é responsável pela contração involuntária em resposta a um estímulo sonoro intenso. Exames utilizados no Diagnóstico da Deficiência Auditiva BERA ou PEATE Registro das respostas elétricas desencadeadas por um estímulo sonoro ao longo da via auditiva até o tronco cerebral Fornece uma medida objetiva sobre a integridade do sistema auditivo Tipos de Perda Auditiva Lesão na OE e/ou OM. Causas: excesso de cerume, oclusão do MAE, presença de corpo estranho, perfuração da MT, otites, etc... Condutiva Lesão de OI. Cóclea e/ou nervo vestibulococlear. Causas: presbiacusia, PAINPSE, Diabetes mellitus, etc... Neurossensorial MUNHOZ; CAOVILLA; SILVA & GANANÇA,2003 Lesão de OE e/ou OM + OI. É uma combinação das perdas auditivas condutivas e neurossensorial. Mista Sinais e Sintomas de uma Perda Auditiva Em adultos... Não percebe a voz humana; Prefere TV e som em forte intensidade; Apresenta distúrbios do sono. Apresenta comportamento social comprometido, irritação e impaciência constantemente; Sinais e Sintomas de uma Perda Auditiva Em crianças... Não se assusta quando o adulto aparece de repente; Não apresenta mudança no comportamento frente aos ruídos do ambiente; Sua comunicação não evolui em quantidade e em qualidade. Uso da voz em forte ou fraca intensidade. Emite palavras ininteligíveis em graus variados e não esperados para a idade; Zumbido É a percepção de uma manifestação auditiva endógena O zumbido dependendo da sua frequência e intensidade pode prejudicar permanentemente as atividades do sujeito portador de zumbido. Alem disso, pode tornar o paciente socialmente incapacitado Originada na cóclea e no nervo auditivo ou em estruturas vizinhas, como os músculos da orelha média FUKUDA, 2003 Zumbido Causas Tratamento Tratamento • • • • Medicamentos ototóxicos Trauma acústico Alterações Vasculares Disfunção do Sistema Vestibular • Medicamentoso: pode aliviar as manifestações • Auxílio instrumental: em pessoas com PA a utilização da prótese auditiva diminui a sensação de zumbido. Em outras situações, o uso de mascarador de zumbido pode ser útil, pois acaba concorrendo com o zumbido ou inibe temporariamente sua manifestação • Cirúrgico: reservado aqueles casos nos quais o zumbido é intolerável. Feito com injeção intratimpânica de gentamicina/corticosteróide ou estimulação elétrica com eletródos intracocleares /extracocleares FUKUDA, 2003 Exemplos de Perdas Auditivas TRAUMA ACÚSTICO É uma perda auditiva súbita decorrente de uma única exposição a pressão sonora ou ruído suficientemente intenso capaz de causar um trauma. Membrana Timpânica normal Também pode ocorrer devido a trauma físico do ouvido, crânio ou coluna cervical. Membrana Timpânica após trauma por foguete Exemplos de Perdas Auditivas TRAUMA ACÚSTICO SINTOMAS: • Provoca uma perda auditiva súbita, devido ao rompimento da membrana timpânica. • Além de outros efeitos dependendo do tipo de trauma que causou a perda. • Pode provoca zumbido. TRATAMENTO: • Em sempre haverá tratamento, e audição não poderá ser recuperada. Porém, pode ser realizada a reconstituição do tímpano. Exemplos de Perdas Auditivas OTITES São inflamações e/ou infecções que podem acometer a orelha externa e média. Exemplos de Perdas Auditivas OTITES SINTOMAS: Quando acometem a Orelha Externa, têm a característica de serem inflamações e/ou infecções da pele do pavilhão auricular e/ou do conduto auditivo externo. • - Dor intensa - Vermelhidão e edema do conduto • - Secreção • - Coceira • - Perda da audição • Medicamentoso TRATAMENTO: Exemplos de Perdas Auditivas OTITES SINTOMAS: TRATAMENTO: Já quando acometem a Orelha Média, têm a característica de serem inflamações e/ou infecções que provocam acúmulo de líquido na OM e podem estar relacionadas a distúrbios funcionais/mecânicos da tuba auditiva. • - Dor - Febre • - Secreção quando há rompimento da MT • - Sensação de ouvido tapado • - Perda da audição • Medicamentoso • Cirúrgico (colocação de tubo de ventilação Exemplos de Perdas Auditivas ROLHA DE CERUME Acúmulo excessivo de cerume no conduto auditivo que vem a obstruir a passagem do som, provocando um perda auditiva temporária e sensação de ouvido tapado. A perda é temporária, pois assim que retirado o cerume, a audição volta ao normal. Para o seu tratamento devese procurar um médico para fazer a limpeza do conduto. Importante: Não deve-se utilizar limpezas ou remédios caseiros para a retirada do excesso de cerume. Procure sempre um profissional para isso. Exemplos de Perdas Auditivas DOENÇAS INFECCIOSAS Algumas doenças infecciosas tem como consequência, entre outros fatores, a Perda Auditiva. As perdas auditivas causadas por infecções podem se geradas por infecções no próprio indivíduo, ou serem congênitas, ou seja, a mãe contrai a doença e transmite a PA ao seu filho. Exemplos de Perdas Auditivas DOENÇAS INFECCIOSAS Exemplos de Infecções Congênitas que provocam PA Sífilis Exemplos de Infecções no próprio indivíduo que provocam PA Caxumba (pode também provocar PA se adquirida) Rubéola Meningite Exemplos de Perdas Auditivas PAINPSE Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados Perda auditiva do tipo Neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído. FATORES QUE INFLUENCIAM: - Características do ruído - Tempo de dose de exposição - Susceptibilidade individual - Exposição simultânea a produtos químicos ototóxicos Exemplos de Perdas Auditivas PAINPSE Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados SINTOMAS: • Diminuição da audição; • Zumbido; • Dificuldades de compreensão da fala em ambientes ruidosos; • Intolerância a sons intensos; • Cefaleia, tontura, irritabilidade. • Equipamentos de proteção individual PREVENÇÃO: (EPI); • Avaliação audiológica periodicamente. Exemplos de Perdas Auditivas Presbiacusia Perda Auditiva lenta e progressiva da capacidade de ouvir, iniciando nos sons de alta frequência (agudos), relacionada ao envelhecimento. A Presbiacusia é causada por alterações na orelha interna que ocorrem à medida que envelhecem. Exemplos de Perdas Auditivas Presbiacusia FATORES QUE CONTRIBUEM: SINTOMAS: TRATAMENTO: • • • • Histórico familiar; A exposição repetida a ruídos altos ao longo dos anos; Fumo; Alguns medicamentos. • Dificuldade de entender em locais ruidosos; • Vozes masculinas são mais fáceis de ouvir do que vozes femininas (sons agudos); • Zumbido. • É focado na melhoria da sua função auditiva, como por exemplo, o uso de aparelhos auditivos (AASI). Exemplos de Perdas Auditivas Ototoxidade Lesão da orelha interna provocada por agentes químicos. As substâncias tóxicas alcançam a orelha interna através da corrente sanguínea e acumulam-se na orelha interna MITRE, 2003 Algumas substâncias ototóxicas: antibióticos (Estreptomicina, Kanamicina, Neomicina, Gentamicina Viomicina, Cisplatina), diuréticos, arsênico, álcool, tabaco, chumbo, monóxido de carbono, mercúrio, aspirina, quinino e mostarda nitrogenada JERGER & JERGER, 1989 Exemplos de Perdas Auditivas Ototoxidade Características • Pode ser congênita ou adquirida • Congênita: ingestão de drogas ototóxicas durante a gravidez • Adquirida: utilização de substâncias ototóxicas durante qualquer idade Evolução • A perda auditiva pode ocorrer durante a exposição a um agente ototóxico ou pode aparecer somente meses depois que a exposição ototóxica tenha sido interrompida Sintomas • A perda auditiva pode ser precedida ou acompanhada por zumbido. Se o sistema vestibular for danificado, o paciente pode referir tontura e marcha oscilante JERGER & JERGER, 1989 Cuidados com sua audição Não utilize fones de ouvido em volume exagerado. Não utilize cotonetes para fazer a limpeza do ouvido. O melhor é utilizar somente uma toalha externamente. Descanse seus ouvidos e reserve um tempo do seu dia para ficar em silêncio. Monitore o volume da televisão e rádio. O ouvido é um órgão que se adapta às circunstâncias externas. Da mesma forma que ele se acostuma ao som alto, ele também se adapta aos baixos. Por isso, tente deixar o volume sempre tendendo para o mínimo. Troque os fones intraauriculares (que entram no ouvido) pelos modelos em forma de concha. Contatos: Rua Alexandre Fleming, 454 – entrada pela Rua Virgílio Ramos Bairro Madureira – Caxias do Sul – RS (54) 3535.7340 – (54) 3535.7342 Rua Alexandre Fleming, 454 Bairro Madureira Caxias do Sul – RS (54) 35357300 Referências Bibliográficas • MUNHOZ, M.S.L., CAOVILLA, H.H., SILVA, M.L.G. & GANANÇA, M.M. Audiometria Clínica. São Paulo: Atheneu, 2003. • VILELA, A.L.M & VILELA, V.V. Anatomia e Fisiologia Humana [acesso em 15 de março de 2014]. Disponível em: http://www.biologia.cjb.net • NORTHERN, 1991 in SANTOS, T.M.M.& RUSSO, I.P. Audiologia Infantil. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. • MITRE. E.I. & et al. Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia. São José dos Campos: Pulso; 2003. • JERGER, S. & JERGER, J. Alterações auditivas – um manual para avaliação clínica. Rio de Janeiro: Atheneu,1989. • FUKUDA Y. & et al. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar – Unifesp – Escola paulista de medicina – Otorrinolaringologia. Barueri: Manole; 2003. Obrigada pela Atenção