EMISSÕES OTOACÚSTICAS TRANSIENTES Teste da Orelhinha Fga. NASF 1 Kenya Ayo-Kianga da Silva Faustino Fga. Coord. NASF Vanessa Magalhães Nakamura AUDIÇÃO Começa a partir do 5º mês de gestação e se desenvolve intensamente nos primeiros meses de vida. A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala e da linguagem no início da vida da criança. Detecção precoce: bebês que têm PA iniciam o tratamento até os 6 m apresentam desenvolvimento muito próximo ao de um ouvinte. No Brasil, estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de PA. No Censo de 2000, (IBGE), 3,3% da população tem algum problema auditivo. Aproximadamente 1% declarou ser incapaz de ouvir. O EXAME Emissões Otoacústicas Transientes Feito no berçário Em sono natural 2º ou 3º dia de vida Dura de 5 a 10 minutos Não tem contra-indicação Não é invasivo. EMISSÕES OTOACÚSTICAS - EOA Sons provenientes da cóclea após a apresentação de um estímulo sonoro. É o mais recente método para identificação de perdas auditivas periféricas em recém-nascidos (neonatos). Objetivo: detectar a ocorrência de deficiência auditiva periférica (já que as emissões otoacústicas estão presentes em todas as orelhas funcionalmente normais.) Quando existe qualquer alteração auditiva periférica, ou seja, quando os limiares auditivos se encontram acima de 30 dBNA, elas deixam de ser observadas. Graus da Perda Auditiva: Mínima: de 20 - 25 dB (crianças) Leve: 25 – 45dB Moderada: 41 – 65 dB Severa: 66 – 90 dB Profunda: mais de 90dB A plasticidade neurológica até os 2 anos de idade possibilita grandes avanços no processo de reabilitação dos casos protetizados. O diagnóstico após os 6 meses traz prejuízos inaceitáveis para o desenvolvimento da criança e sua relação com a família. Infelizmente, no Brasil, a idade média de diagnóstico da perda auditiva neurossensorial severa a profunda é muito tardia, em torno de 4 anos de idade . EOA Como é feito: Um aparelho estimula com um som breve, chamado de clique transiente, a orelha da criança através de um pequeno fone inserido no meato acústico externo. Requisitos para fazer o exame: Que a criança esteja quieta, de preferência dormindo. Comentário: Presentes: pode-se afirmar que as orelhas média e interna estão normais. Ausentes: o resultado é inconclusivo. Neste caso outros exames serão necessários para esclarecer o grau de capacidade auditiva. EOA - APARELHO EXAME RESULTADOS Lembre-se de que ouvir é fundamental para o desenvolvimento da fala e da linguagem. FATORES DE RISCO PARA PERDA AUDITIVA – 0 A 28 DIAS (RN) HISTÓRIA FAMILIAR - ter outros casos de surdez na família COSANGUINIDADE MATERNA ALCOLISMO MATERNO OU USO DE DROGAS PSICOTRÓPICAS NA GESTAÇÃO INFECÇÃO INTRAUTERINA - citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital, toxoplasmose, HIV + ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS - deformações de orelha e/ou o canal auditivo PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER CRIANÇA PEQUENA PARA A IDADE GESTACIONAL (PIG) HEMORRAGIA VENTRICULAR FATORES DE RISCO PARA PERDA AUDITIVA – 0 A 28 DIAS (RN) MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS – antibióticos aminoglicosídeos MENINGITE BACTERIANA ANÓXIA NEONATAL: APGAR < 4 no 1º min e < 6 no 5º min VETILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL por + de 4 dias PERMANENCIA NA UTI NEONATAL por + de 48 horas OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS A SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg HIPERBILIRUBINEMIA - 24 h após o parto. O bebê fica amarelo pelo aumento de bilirubina. Precisa fazer exosangüíneo transfusão. CRIANÇAS DE 29 DIAS A 2 ANOS ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM 7 m : imita alguns sons; 1 ano: fala + ou - 10 palavras; 2 anos: + ou - 100 palavras ; MENINGITE BACTERIANA OU VIRÓTICA - maior causa de surdez no Brasil; TRAUMA DE CABEÇA COM PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA MEDICAÇÃO OTOTÓXICA OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down e de Waldemburg; Infecção de ouvido persistente ou recorrente por mais de 3 meses COMO SOLICITAR? O pedido deverá ser feito no impresso de apoio diagnóstico. No pedido deverá estar discriminado: - o(s) indicador(es) de risco para deficiência auditiva; - o achado de otoscopia. ORIENTAÇÕES PARA O EXAME O exame será realizado com o bebê dormindo. Preferencialmente deverá vir com fome e sono e a mamada ocorrer minutos antes do exame, facilitando o adormecimento. Levar: - exames de audição já realizados (quando tiver); - relatório de alta da maternidade; - cartão SUS; - pedido do exame relatando o (s) indicador(es) de risco para deficiência auditiva e o achado da otoscopia. SIGA Saúde OBRIGADA!!!!!