Ingestão de vitamina B12 e função intestinal de acordo

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DANIELA MARQUES ECKERT
INGESTÃO DE VITAMINA B12 E FUNÇÃO INTESTINAL DE ACORDO COM O
CONSUMO DE FIBRAS EM ADVENTISTAS OVOLACTOVEGETARIANOS
GUARAPUAVA
2009
1
DANIELA MARQUES ECKERT
INGESTÃO DE VITAMINA B12 E FUNÇÃO INTESTINAL DE ACORDO COM O
CONSUMO DE FIBRAS EM ADVENTISTAS OVOLACTOVEGETARIANOS
Trabalho de Conclusão de Curso a ser
apresentado ao Departamento de Nutrição, da
Universidade
Estadual
do
Centro-Oeste
(UNICENTRO), como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Nutrição.
Orientadora: Prof. Ms. Raquel Rosalva Gatti.
Co-orientadora: Prof. Ms. Rosangela da Silva.
GUARAPUAVA
2009
2
INGESTÃO DE VITAMINA B12 E FUNÇÃO INTESTINAL DE ACORDO COM O
CONSUMO DE FIBRAS EM ADVENTISTAS OVOLACTOVEGETARIANOS
THE INTAKE OF VITAMIN B12 AND INTESTINAL FUNCTION IN ACCORDANCE
WITH CONSUMPTION OF FIBER IN ADVENTISTS
OVOLACTOVEGETARIANISM
Daniela Marques ECKERT 1
Raquel Rosalva GATTI 2
Rosangela da SILVA 3
RESUMO
Pesquisas têm indicado que dietas vegetarianas oferecem vantagens, como apresentar mais
fibras, que regularizam o funcionamento intestinal. O objetivo deste estudo foi avaliar a
adequação da ingestão de vitamina B12 e verificar o funcionamento intestinal, comparando
com a ingestão de fibras, líquidos e prática de atividade física em Adventistas do Sétimo Dia
(ASD) ovolactovegetarianos. Foram entrevistados 11 indivíduos ASD ovolactovegetarianos
de ambos os sexos. Para a coleta de dados, utilizou-se anamnese alimentar e registro alimentar
de 4 dias. Para calcular a ingestão de fibras e vitamina B12 foi utilizado o software DIETWIN
CLÍNICO. O banco de dados e os cálculos para a comparação entre variáveis foram feitos
através de planilha do Excel®. A média de vitamina B12 consumida foi de 1,19 µg/dia.
Observou-se que 90,9% da população apresentaram inadequação na ingestão de vitamina
B12. Todos os indivíduos tinham hábito intestinal, entretanto apenas 63,6% tiveram ingestão
adequada de fibras. A média do consumo de fibras foi de 30,52 g/dia. Quanto ao consumo de
líquidos, 100% dos entrevistados tiveram ingestão adequada. A prática de atividade física
regular foi relatada por 63,6% dos indivíduos. Concluiu-se que a ingestão de fibras e a prática
de atividade física não interferiram na motilidade intestinal, enquanto que o consumo de
líquidos estava dentro da quantidade recomendada, portanto não se podem afirmar quais
foram as variáveis que mais influenciaram para a ausência de constipação. A ingestão de
vitamina B12 foi quase 100% de inadequação, por isso deve ser feita uma educação alimentar
desses indivíduos.
Palavras-chave: Dieta Vegetariana, Vitamina B12, Fibras Alimentares.
ABSTRACT
Researches have shown that vegetarian diets offer advantages, as the high presence of fiber,
which regulate the intestinal function. The objective of this study was to value the adequacy
of vitamin B12 and to verify the intestinal function, comparing with the fiber and liquid intake
and the practice of physical activity in ovolactovegetarians Seventh Day Adventist (SDA).
Were interviewed 11 individuals ovolactovegetarians SDA of both sexes. To collect data, it
was used a food anamnesis and a 4 days food record. To calculate fiber and vitamin B12
intake it was used the software DIETWIN CLÍNICO. The database and the calculations for
the comparison between variables were made by Excel® spreadsheet. The average of vitamin
3
B12 consumed was 1,19 µg/day. It was noted that 90,9% of the population had inadequacy in
the intake of vitamin B12. Everybody had normal intestinal habit, however just 63,6% had
adequate fiber intake. The average fiber consumption was 30,52 g/day. About the liquid
consumption, 100% of the interviewees had adequate intake. The practice of regular physical
activity was reported by 63,6% of the individuals. It was concluded that the fiber intake and
physical activity did not affect the intestinal motility, while that the liquid consume was
within the recommended amount, therefore it can not tell which were the variables most
influential to the absence of constipation. The intake of vitamin B12 was almost 100% of
inadequacy, for this reason should be done a nutritional education of these individuals.
Keywords: Vegetarian Diet, Vitamin B12, Dietary Fiber.
INTRODUÇÃO
Evidências apontam que dietas vegetarianas trazem benefícios à saúde, como a maior
ingestão de fibras, que auxiliam no funcionamento intestinal. Parte dos indivíduos praticantes
dessas dietas é Adventista do Sétimo Dia.
Segundo Knutsen et al.(1) apud Couceiro et al.(2), os Adventistas do Sétimo Dia são um
grupo religioso conservador com mais de 13 milhões de membros ao redor do mundo.
Recomendam fortemente seu distinto estilo de vida por mais de 140 anos embora, atualmente,
somente o uso de álcool, tabaco e o consumo de alimentos impuros, como a carne de porco
são proibidos. Além disso, a Igreja recomenda que seja evitado o consumo de outras carnes
(bovina, frango e peixe), café, chá preto e outras bebidas que contenham cafeína, alimentos
refinados e condimentos(2). Eles têm sido objeto de muitos estudos epidemiológicos, os quais
sugerem fortemente que estão vivendo mais por seguirem certos princípios dietéticos
herdados a partir de suas crenças(3).
Durante séculos o vegetarianismo tem sido difundido percebendo-se que, ao longo da
história, grandes médicos, cientistas e filósofos seguiram a prática da alimentação vegetariana
fundamentada em diferentes concepções. O crescente número de vegetarianos atribui aos
profissionais da saúde, sobretudo nutricionistas, a responsabilidade de conhecer os princípios
da dieta vegetariana na expectativa de que, com base em evidências científicas, eles possam
direcionar adequadamente sua conduta com respeito a essa dieta, bem como adequar esse
padrão alimentar às necessidades nutricionais do indivíduo(2).
Muitas são as razões que levam os indivíduos a adotarem a dieta vegetariana e os
principais motivos estão relacionados à saúde, à ética, aos direitos dos animais, ao meio
ambiente, à fome, à economia e à religião(2).
O vegetarianismo abrange ampla variedade de práticas dietéticas com diferentes
4
implicações para a saúde(4). Assim, há diferentes definições das práticas vegetarianas, como
por exemplo: a dieta vegan, que não contém nenhum produto de origem animal; a
ovolactovegetariana, que inclui ovos e laticínios; a lactovegetariana, que permite leite e
derivados(5); e a ovovegetariana, que exclui carnes e laticínios(6).
Nieman(7) afirma que um crescente número de evidências científicas têm indicado que
as dietas vegetarianas oferecem vantagens significativas em relação às dietas onívoras,
principalmente, devido ao reduzido teor de gorduras saturadas e de colesterol, além de
apresentarem maior conteúdo de fibras, carboidratos complexos e antioxidantes, que exercem
impacto positivo na prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis. Atualmente
apontam-se benefícios do uso de dieta vegetariana, porém a adoção de práticas vegetarianas
mais restritivas confirma riscos à saúde se não forem bem planejadas. As dietas vegetarianas
são caracterizadas pelo elevado consumo de carboidratos, fibras, magnésio, potássio, folato e
antioxidantes, podendo apresentar deficiências em aminoácidos e ácidos graxos essenciais,
cálcio, zinco, ferro e cobalamina. São menos freqüentes as baixas ingestões de cálcio, zinco,
cobalamina e vitamina D entre os ovolactovegetarianos, por consumirem leites e derivados,
fontes significativas desses nutrientes(8).
Um nutriente que geralmente encontra-se em falta nas dietas vegetarianas é a vitamina
B12, devido ao fato de estar disponível apenas em produtos animais, entretanto os alimentos
fermentados, como os produtos de soja, pasta de soja e soja fermentada (missô e natô),
suprem parte da vitamina B12 pelas culturas bacterianas que causam a fermentação, mas
geralmente esta quantidade não é suficiente(6). Os ovolactovegetarianos podem atingir e
ultrapassar a RDA (Recomendação Diária Adequada) de vitamina B12, desde que o consumo
de ovos ou laticínios seja regular(2). De acordo com Winckler(9) apud Ribeiro et al.(6), a menos
que seja enriquecido, nenhum alimento vegetal contém uma quantidade significativa de B12
ativa. A deficiência dessa vitamina pode ocasionar transtornos hematológicos, neurológicos e
cardiovasculares, estando ela diretamente relacionada com a hiperhomocisteinemia, um fator
de risco cardiovascular e de danos neuronais(10).
De maneira geral, para se atingir as recomendações de vitamina B12, o ideal para a
alimentação dos vegetarianos é seguir a Pirâmide Vegetariana proposta pela ADA (American
Dietetic Association)(11) apud Ribeiro et al.(6), que funciona como um guia alimentar para
ovolactovegetarianos e contém o seguinte porcionamento: de 6 a 11 porções diárias para o
grupo dos pães, cereais, arroz e macarrão; de 2 a 4 porções diárias para o grupo das frutas; de
3 a 5 porções diárias para o grupo dos legumes e verduras; de 2 a 3 porções diárias para o
grupo das leguminosas, nozes e ovos; de 1 a 3 porções diárias para o grupo do leite, iogurte e
5
queijo; gorduras, óleos e doces usar esporadicamente. A RDA de vitamina B12 para todos os
indivíduos investigados (com 21 a 60 anos de idade) é de 2,4 µg/dia(12).
Outra questão relacionada aos adeptos destas dietas são as fibras alimentares (FA).
Cavalcanti(13) apud Mattos e Martins(35) explica que as propriedades físico-químicas das
frações das FA produzem diferentes efeitos fisiológicos no organismo. As fibras solúveis (FS)
são responsáveis, pelo aumento da viscosidade do conteúdo intestinal, diminuição da glicemia
e redução do colesterol plasmático. As fibras insolúveis (FI) aumentam o volume do bolo
fecal, reduzem o tempo de trânsito no intestino grosso, e tornam a eliminação fecal mais fácil
e rápida. As FA regularizam o funcionamento intestinal, o que as tornam relevantes para o
bem-estar das pessoas saudáveis e para o tratamento dietético de várias patologias. Embora
em concentrações diferentes, a maioria dos alimentos contém uma combinação dos dois tipos
de fibras: as solúveis, encontradas nas leguminosas e frutas; e as insolúveis, presentes nos
grãos de cereais, no farelo de trigo, nas hortaliças e na casca de frutas(14).
A FA pode atuar na prevenção da constipação, hemorróidas, hérnia hiatal, doença
diverticular, câncer de cólon, e pode contribuir também, na prevenção e tratamento da
obesidade, na redução do colesterol sangüíneo, na regulação da glicemia após as refeições, e
diminuir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes(15). O controle da constipação pode
ser realizado através do consumo de fibras (25 a 35 g/dia, para indivíduos com mais de 20
anos e de 10 a 13 g por 1000 kcal para idosos)(16), da incorporação de dieta balanceada, isto é,
com altas quantidades de carboidratos complexos e reduzida quantidade de gorduras, da
atividade física regular e da ingestão hídrica adequada(17,18).
De acordo com os critérios ROME II, para se diagnosticar a constipação intestinal, é
necessário que o indivíduo apresente dois ou mais dos seguintes eventos, por no mínimo 12
semanas nos últimos 12 meses: dificuldade de evacuação no mínimo 25% das vezes, fezes
ressequidas ou muito duras no mínimo 25% das vezes, sensação de evacuação incompleta no
mínimo 25% das vezes, sensação de obstrução ano-retal ou bloqueio no mínimo 25% das
vezes, manobras manuais para facilitar no mínimo 25% das vezes e menos de 3 evacuações
por semana(19).
O aumento da ingestão de fibras deve ser obrigatoriamente acompanhado por uma
maior oferta hídrica(20). Deve-se salientar a importância da água na formação do bolo fecal, no
trânsito das fezes, evitando a impactação e a desidratação. Não se deve caracterizar a
obrigatoriedade da água, podendo ser substituído por outros líquidos(21).
É recomendado que seja ingerido um litro e meio a dois litros de líquidos por dia (1,5
a 2 L/dia). Caso ocorra um baixo consumo hídrico, o paciente poderá apresentar efeitos
6
adversos causados pelo consumo de fibras, entre estes podemos observar desde a produção
excessiva de flatos até obstrução em qualquer parte do tubo digestivo, sendo mais comum nos
intestinos(22).
A atividade física é importante, pois a mobilidade é responsável pela manutenção do
tônus e resistência muscular, inclusive abdominal, portanto a restrição dos movimentos pode
trazer alguns efeitos negativos como a constipação(23). Também a hipoatividade física
provocada por imobilização prolongada contribui para a instalação da constipação(24).
Quando planejada adequadamente, a dieta vegetariana é saudável, nutricionalmente
adequada e resulta em benefícios à saúde e na prevenção de certas doenças(5).
O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação da ingestão de vitamina B12, e
verificar o funcionamento intestinal, comparando com a ingestão de fibras, líquidos e prática
de atividade física regular em ASD ovolactovegetarianos.
METODOLOGIA
Estudo de estimativa, com análise descritiva, de cunho quantitativo, transversal.
Levantamento investigativo de 11 indivíduos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, cujo
número refere-se a uma amostra, com idades superiores a 19 anos e inferiores ou igual a 60
anos, que utilizam dieta ovolactovegetariana, de ambos os sexos. Antes da coleta de dados, foi
enviado o projeto ao COMEP/UNICENTRO (Anexo 1). Após aprovação, foi feita autorização
dos participantes, através de assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Apêndice 1). Para a coleta de dados foi marcada uma visita domiciliar agendada, e utilizouse anamnese alimentar (Apêndice 2) e registro alimentar de 4 dias (Apêndice 3). Na análise
dos resultados foram avaliadas variáveis de sexo, idade, funcionamento intestinal, ingestão de
fibras, água, prática de atividade física regular e consumo de vitamina B12, em função de ser
um nutriente que geralmente encontra-se deficiente nas dietas vegetarianas. O método
utilizado para verificar o hábito intestinal foi os critérios ROME II(19). Para cálculo da
ingestão de fibras e vitamina B12 foi utilizado o software DIETWIN CLÍNICO, sendo que
para o cálculo da adequação de vitamina B12 foi utilizado o valor recomendado pela DRI(12) e
para a adequação de fibras foi utilizada a recomendação da ADA(16). O banco de dados e os
cálculos para a comparação entre variáveis foram feitos através de planilha do Excel® em
duplicata.
7
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram entrevistados 11 indivíduos ASD ovolactovegetarianos, de ambos os sexos e
idades entre 21 e 60 anos. Entre os indivíduos, 72,7% (n=8) eram do sexo masculino e 27,3%
(n=3) do sexo feminino. A idade média foi 39,27±12,08 anos.
Existem vários estudos envolvendo ASD vegetarianos, que comprovam a sua melhor
qualidade de vida. Eles têm menor chance de desenvolver doenças cardiovasculares, menores
taxas de colesterol total, LDL, triglicerídeos e glicemia em virtude de seu estilo de vida mais
saudável(25).
Esta pesquisa contou com 11 indivíduos essencialmente ovolactovegetarianos entre
mais de 380 membros que existem na Igreja. No Brasil, até 2006 ainda não era conhecido o
número de vegetarianos(26). Pesquisa feita pelo grupo Ipsos (grupo que realiza pesquisas de
marketing, propaganda, mídia, satisfação do consumidor e pesquisa de opinião pública e
social) verificou que em 2006 no Brasil 28% das pessoas tinham procurado comer menos
carne. O país tinha o segundo maior índice mundial, atrás apenas dos Estados Unidos(27).
A dieta vegetariana pode oferecer vantagens significativas. Teixeira et al.(26)
descreveram e analisaram o estado nutricional e aspectos do estilo de vida de vegetarianos e
onívoros, e concluíram que uma alimentação com excesso de proteínas e gorduras de origem
animal, confere maior risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT) quando comparada à alimentação vegetariana, sendo o vegetarianismo uma opção
para prevenção e tratamento destas doenças.
Entre os indivíduos entrevistados, 45,5% relataram que tiveram mudança nos hábitos
alimentares recentemente e 54,5% não demonstraram mudanças. As mudanças relatadas
foram:
diminuição
do
consumo
de
refrigerantes
(18,2%),
mudança
para
ovolactovegetarianismo (18,2%) e diminuição do consumo de doces em geral (9,1%).
Em relação à ingestão de vitamina B12, verificou-se que os indivíduos
ovolactovegetarianos tiveram um consumo baixo desta vitamina, devido à exclusão de carnes
da dieta e também à baixa ingestão de ovos e laticínios verificada através do registro de 4
dias. A média da ingestão diária da vitamina foi de 1,19±0,59 µg, sendo que a recomendação
da vitamina para os investigados é de 2,4 µg/dia(12). Foi observado que a maioria (90,9%) teve
inadequação da ingestão vitamínica, enquanto que apenas 9,1% estavam adequados (Figura
1). A vitamina B12 está disponível em alimentos de origem animal, e pelo fato de esses
indivíduos serem vegetarianos, seu consumo é menor. Apesar de serem incomuns casos de
deficiência de vitamina B12 sérica, esses indivíduos necessitam de um planejamento e seleção
8
adequada de alimentos diariamente, para evitar o surgimento de problemas relacionados à
baixa ingestão da vitamina como anemia megaloblástica, hiperhomocisteinemia e
manifestações neurológicas.
Figura 1 – Adequação da ingestão de vitamina B12 por ovolactovegetarianos ASD.
Tamura et al.(28) apud Di Ciero(29) mostraram em seu estudo com vegetarianos que a
deficiência da vitamina B12 foi acompanhada pelo aumento da suscetibilidade a algumas
infecções. Welch e Loscalzo(30) apud Gabriel et al.(31) afirmam que concentrações plasmáticas
inadequadas de uma ou mais vitaminas do complexo B são fatores contribuintes para
aproximadamente dois terços de todos os casos de hiperhomocisteinemia. Entretanto, como a
necessidade de vitamina B12 é pequena e ela é tanto armazenada quanto reciclada no corpo,
os sintomas da deficiência podem demorar anos para aparecerem(10).
Em concordância com esta pesquisa, Janelle e Barr(32) apud Ferreira et al.(8)
perceberam que, mulheres vegetarianas apresentavam menor ingestão de vitamina B12, além
de outros nutrientes como riboflavina, niacina e sódio, e maior ingestão de ácido fólico,
vitamina C e cobre. Esses mesmos pesquisadores sugerem atenção para que quantidades
necessárias da vitamina sejam ingeridas, podendo ser utilizados produtos enriquecidos com
cianocobalamina (forma farmacológica do nutriente), como extrato hidrossolúvel de soja e
cereais matinais. Em estudo realizado no Chile com vegetarianos e onívoros pareados por
sexo, IMC e idade, os vegetarianos consumiram maior quantidade de fibras, vitamina C e
beta-caroteno e menor de vitamina B12(33).
Alimentos refinados (pães, biscoitos, massas, grãos e cereais) eram consumidos
diariamente por 54,5% (n=6) dos indivíduos, semanalmente por 27,3% (n=3) e raramente por
9,1% (n=1) dos indivíduos entrevistados. Apenas 1 (9,1%) ovolactovegetariano relatou não
consumir produtos refinados. Sabe-se que tais produtos são contra-indicados para a
normalidade do funcionamento intestinal. De acordo com o registro de 4 dias, a média do
9
consumo de alimentos refinados foi de 129,77±88,19 g/dia, enquanto que a média de
alimentos ricos em fibras (frutas, hortaliças, leguminosas, cereais, grãos, biscoitos, pão e
macarrão integral) foi de 762,71±248,62 g/dia. Além de frutas e hortaliças que são ricas em
fibras, de acordo com o registro de 4 dias, os indivíduos também consumiam pão integral
(81,8%), feijão e arroz integral (72,7%), milho verde a aveia (45,5%), biscoito integral e
linhaça (36,4%), lentilha e gérmem de trigo (27,3%), granola (18,2%), ervilha e macarrão
integral (9,1%) (Figura 2).
Figura 2 – Alimentos ricos em fibras consumidos pelos ASD ovolactovegetarianos.
No estudo de Cota e Miranda(34) para verificar a prevalência de constipação intestinal,
associando aos fatores de risco em alunos universitários de uma instituição federal superior,
dos alunos constipados, 20% consumiam folhosos 2 vezes ou mais por dia; 25% não
consumiam cereais integrais; e 80% consumiam feijão diariamente. Quanto ao consumo de
alimentos refinados em constipados, 100% consumiam arroz branco diariamente. Já dos não
constipados, 13,9% consumiam folhosos 2 vezes ou mais por dia; 38,5% não consumiam
cereais integrais; e mais de 60% consumiam feijão diariamente. Apenas 0,8% dos não
constipados não consumiam arroz branco diariamente. Portanto, neste trabalho não houve
associação significativa entre o consumo de alimentos ricos em fibras e constipação intestinal.
De acordo com a anamnese e freqüência alimentar, pode-se afirmar que as frutas,
alimentos ricos em fibras, eram consumidas diariamente pela maioria da população (90,9%),
enquanto que apenas 9,1% consumiam em apenas alguns dias da semana.
As frutas mais consumidas foram a banana, a maçã e a laranja, com percentuais de
90,9%, 72,7% e 72,7% respectivamente de consumo mais freqüente. Enquanto que as
hortaliças mais consumidas foram a cenoura, o alface e a rúcula com percentuais de 81,8%,
10
72,7% e 63,6% respectivamente. Pode-se afirmar que 100% dos entrevistados consumiam
algum tipo de hortaliça diariamente.
Verificou-se que todos os indivíduos entrevistados apresentavam hábito intestinal
normal (Tabela 1), pois todos possuíam fezes de consistência normal e evacuavam sem
dificuldade. Quanto à freqüência das evacuações, 90,9% evacuavam todos os dias e 9,1%
evacuavam 3 vezes na semana, estando dentro da normalidade de acordo com os critérios
ROME II(19) .
Todos os ASD ovolactovegetarianos possuíam hábito intestinal normal, contudo,
apenas 63,6% dos ovolactovegetarianos tiveram ingestão adequada de fibras. Entre as
mulheres, 66,6% tiveram ingestão adequada e entre os homens 62,5% tiveram adequação na
ingestão. As mulheres consumiram em média 24,04±4,72 g/dia, e os homens 32,95±11,38
g/dia de FA. A média da ingestão de FA entre os indivíduos foi de 30,52±10,60 g/dia, valor
que está dentro do recomendado para a população em geral(16).
Tabela 1 – Hábito intestinal de adventistas ovolactovegetarianos.
Freqüência das evacuações
Diariamente
3 vezes na semana
Menos de 3 vezes na semana
Funcionamento somente com o uso de laxantes
Total (n=11)
N
%
10
90,9
1
9,1
0
0
0
0
Sensibilidade ao evacuar
Com dificuldade
Sem dificuldade
0
11
0
100
0
0
11
0
0
100
Consistência das fezes
Endurecidas
Líquidas
Normais
Na pesquisa de Mattos e Martins(35) para estimar o consumo médio diário de FA nas
refeições de uma população de área metropolitana, o consumo de FA apresentado pelas
mulheres foi de 20 g, enquanto os homens consumiram aproximadamente 29 g. O consumo
médio diário da população foi aproximadamente de 24 g de fibras totais. Estes autores
verificaram que a maioria dos alimentos consumidos continha baixo teor de fibras (< 2,4 g de
fibras) e entre esses alimentos o arroz e o macarrão foram os mais consumidos pela
11
população. Apenas o feijão foi um alimento consumido com muito alto teor de fibras (≥ 7 g de
fibras).
Hardinge et al.(36) observaram um alto consumo de fibras em vegetarianos puros e
ovolactovegetarianos. Este dado relacionado com a ausência de distúrbios gastrintestinais
demonstrou existir relação positiva entre o alto consumo de fibra e a ausência de doenças
intestinais nos dois grupos de vegetarianos.
De acordo com Ramos e Oliveira(24) a constipação intestinal pode acarretar várias
complicações como impactação fecal (fecaloma), incontinência, dilatação, complicações
hemorroidárias, risco de fístula anal, câncer de cólon, obstrução intestinal e até perfuração do
cólon. Dammous et al.(37) em sua revisão sobre o consumo de fibras e constipação intestinal
concluíram que uma dieta rica em FA beneficia a prevenção da constipação intestinal.
Belo, Diniz e Pereira(38) testaram o impacto da suplementação dietética com fibras
GGPH (goma-guar parcialmente hidrolisada) no tratamento da constipação intestinal
funcional (CIF) em pacientes hospitalizados, concluindo que a intervenção dietoterápica com
FA causou impacto significativo na remissão deste quadro, com aumento considerável na
média de evacuações semanais. Entretanto, o uso adicional de fibra GGPH não resultou em
maior impacto na função evacuatória.
Após anos de estudos Burkitt(39) descreveu que as doenças cardiovasculares, o câncer
de cólon e de reto, a apendicite, a diverticulose e os cálculos biliares eram raros ou quase
desconhecidos nas populações da África rural. Em paralelo, essas mesmas doenças já
apresentavam alta incidência nos Estados Unidos e nos países industrializados. Burkitt et
al.(40) apud Teixeira et al.(25) observaram que o africano rural evacuava mais de 450 g de fezes
pastosas uma vez ao dia, enquanto as populações de áreas industrializadas evacuavam, em
média, 100 g de fezes duras, concentradas e com esforço. Observou que enquanto os africanos
rurais usavam cereais integrais (60 - 170 g de fibra da dieta) e pequena proporção de
alimentos de origem animal, os habitantes de países industrializados usavam cereais
refinados, principalmente arroz e trigo, proteínas e gorduras de origem animal e pouca fibra.
O trânsito intestinal do africano tinha duração de 15 a 17 horas e o dos habitantes de áreas
industrializadas, de 72 a 80 horas.
Eastwood e Passmore(41) relataram que vegetarianos têm em média o peso das fezes
em torno de 225 g/dia. De um modo geral, 150 a 200 g de bolo fecal no reto já é suficiente
para despertar o reflexo da defecação. O peso das fezes é um importante mensurador do efeito
laxante das fibras.
12
Neste estudo foi verificado que quase metade dos indivíduos não tinha ingestão
adequada de FA, entretanto, tinha hábito intestinal normal. É grande o número de pessoas que
ingerem quantidades de fibras abaixo do preconizado e, mesmo assim, não apresentam
sintomas de constipação(35). Em pesquisa para avaliar as relações entre as quantidades de
fibras ingeridas, intensidade da constipação e o tempo de trânsito colônico em pacientes com
constipação funcional, Lopes e Victória(42) verificaram que os pacientes constipados
apresentaram maior ingestão de fibras que os voluntários sadios. No grupo de voluntários
sadios apenas um paciente (3,3%) apresentou ingestão de fibras de acordo com a
recomendação. Os pacientes constipados funcionais não foram sensíveis às suplementações
de fibra na dieta, fato que se confirma pela ausência de correlações significativas entre as
quantidades de fibras ingeridas e a intensidade da constipação encontradas neste grupo.
Vitolo, Campagnolo e Gama(43) ressaltam que outros fatores, além do consumo
adequado de fibra (prática de exercício físico e ingestão adequada de líquidos), estão
relacionados à etiologia da constipação intestinal.
Quanto ao consumo de líquidos, 100% tinham ingestão hídrica adequada. Além da
água, os líquidos citados foram: suco natural (81,8%), suco com soja industrializado (18,2%),
suco de caixa industrializado (9,1%) e chás variados (9,1%).
No estudo de Cota e Miranda(34) foi verificado que 90% dos indivíduos que possuíam
constipação intestinal ingeriam menos de 1,5 litros de líquidos por dia. No entanto, no grupo
dos não constipados este resultado apresentou-se também elevado (85,2%). Sendo assim, a
baixa ingestão de líquidos não apresentou associação estatística com a constipação intestinal.
A prática de atividade física regular foi relatada por 63,6% dos ovolactovegetarianos
entrevistados. Dos indivíduos 9,1% (n=1) relataram praticar exercício 2 vezes por semana,
27,3% (n=3) relataram praticar 3 vezes na semana, 9,1% (n=1) relataram praticar 4 vezes na
semana, 9,1% (n=1) relataram praticar 5 vezes na semana, e apenas 18,2% (n=2) praticavam
atividade física todos os dias. Dos entrevistados, 27,3% (n=3) não praticam atividade física.
As atividades citadas foram: caminhada (45,5%), futebol (18,2%), corrida (18,2%), ciclismo
(9,1%), musculação (9,1%), RPM (9,1%), e exercício aeróbico (27,3%). Entre os homens,
62,5% praticavam atividade física regularmente (mínimo de 3 vezes por semana durante 30
minutos(44)) e entre as mulheres, 66,6% praticavam atividade física regular.
Entre os ASD investigados que não apresentaram ingestão adequada de fibras (36,4%),
50,0% destes praticavam atividade física regular, o que pode ter contribuído para o bom
funcionamento intestinal dos mesmos.
A tabela 2 mostra as porcentagens de adequação quanto ao consumo de fibras, líquidos
13
e prática de atividade física regular.
Tabela 2 – Adequação da ingestão de fibras, líquidos e prática de atividade física regular.
Adequado
Inadequado
Consumo de fibras
63,6%
36,4%
Ingestão de líquidos
100%
0
Prática de atividade física
63,6%
36,4%
Cota e Miranda(34) verificaram que grande parte dos entrevistados não realizava
nenhum tipo de atividade física, sendo 60,7% dos não constipados, sedentários, o que não vai
de encontro aos resultados encontrados neste estudo em que a maioria dos indivíduos
praticavam atividade física regular.
Em ensaio clínico randomizado, De Schryver et al.(45) apud Wannmacher(46) fizeram
um estudo com 43 constipados com mais de 45 anos e inativos, que foram divididos em 2
grupos. Um dos grupos manteve seu estilo de vida por 12 semanas, enquanto que o outro teve
um programa de atividade física regular por 12 semanas. Ambos os grupos receberam as
mesmas recomendações dietéticas. O grupo 2 teve melhoramento do funcionamento
intestinal, confirmando ser válido promover a atividade física regular.
Dukas et al.(47) apud Cota e Miranda(34), verificaram que mulheres que praticavam
atividade física diária e consumiam aproximadamente 20 g/dia de fibra, tinham prevalência de
2 a 3 vezes menor de constipação, quando comparado com mulheres que não praticavam
exercício físico e consumiam uma quantidade aproximada de 7 g de fibras por dia. O
exercício físico proporciona movimentos no intestino grosso e mudanças hormonais, que
provocam efeitos mecânicos no intestino, facilitando o peristaltismo. Estes mesmos autores
concluíram que a constipação tem-se estabelecido mais freqüentemente em mulheres,
principalmente naquelas com inatividade física diária, pouca renda, educação de qualidade
inferior, baixo consumo de líquidos e alimentos ricos em fibras.
CONCLUSÃO
Concluiu-se com esta pesquisa que a ingestão de fibras alimentares e a prática de
atividade física, não foram motivos decisivos ou totalitários para a ausência da constipação
intestinal, pois todos os participantes apresentavam função intestinal normal, entretanto
alguns deles não realizavam ingestão adequada de fibras e não praticavam atividade física
regularmente. A ingestão de líquidos foi adequada para todos os entrevistados, contribuindo
desta forma para o funcionamento intestinal normal. Não se pode afirmar quais foram as
14
variáveis que mais influenciaram para a ausência de constipação, devido aos resultados bem
variados. Quanto à ingestão de vitamina B12 que foi quase de 100% de inadequação, deve
haver uma educação alimentar desses indivíduos que estão excluindo produtos de origem
animal de sua dieta, ignorando a importância desta vitamina. Deve-se realizar educação
nutricional com o intuito de conscientizá-los quanto à variação dos alimentos, utilização de
alimentos enriquecidos ou uso de suplementação se necessário.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela vida, saúde e força para completar esta etapa. À minha
família pelo amor, confiança, incentivo, força e motivação. Aos colegas de turma e
professores que de alguma forma contribuíram com este estudo, especialmente à Professora
Ms. Raquel que orientou a pesquisa, pela dedicação, ajuda, paciência e explicações. Aos ASD
de Guarapuava-PR que participaram da pesquisa.
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tissue fatty acids with dietary fatty acids as measured by 24-hour recall and food frequency
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Intake, and Other Lifestyle Variables and Constipation in a Study of Women. Am J
Gastroenterol. 2003; 98: 1790-96.
18
ANEXOS
19
ANEXO 1
20
APÊNDICES
21
APÊNDICE 1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
GUARAPUAVA-PR
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
EU, Raquel Rosalva Gatti professora do curso de Nutrição da UNICENTROCEDETEG e a acadêmica de Nutrição Daniela Marques Eckert, estamos desenvolvendo
pesquisa intitulada: ‘FUNÇÃO INTESTINAL DE ACORDO COM A INGESTÃO DE
FIBRAS EM ADVENTISTAS USUÁRIOS DE DIETA OVOLACTOVEGETARIANA’. O
objetivo da pesquisa é: verificar o funcionamento intestinal em adventistas
ovolactovegetarianos com cálculo comparativo ao consumo de fibras, água e atividade física
regular.
Para tal é necessário realizar levantamento através de questionário, contendo perguntas
sobre o funcionamento intestinal, quantidade de água consumida e de outros alimentos e
também registro alimentar durante 4 dias (todos os alimentos que serão consumidos durante
os dias) e receberá informações para o registro.
Eu,
___________________________________RG
nº_____________________,
abaixo assinado confirmo ter recebido as informações sobre a pesquisa a ser desenvolvida, e
ciente dos direitos abaixo relacionados, autorizo minha participação e permito os direitos dos
resultados obtidos serem divulgados em eventos científicos e revistas indexadas, sabendo que
é assegurada a preservação da identidade e a minha privacidade. E recebo também:
1. Garantia de receber resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a dúvidas acerca
dos procedimentos, riscos e benefícios e outros relacionados a pesquisa.
2. A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e desta forma não mais
participar do estudo, sem que isto me traga qualquer prejuízo.
3. A segurança que será preservada a minha identidade e privacidade.
4. A garantia de que não haverá riscos, desconforto e nem gastos de qualquer natureza.
5. A garantia de que o pesquisador irá seguir todas as exigências que constam na
resolução nº196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde que
regulamenta o desenvolvimento de pesquisas envolvendo seres humanos.
Telefones para dúvidas ou contato com o pesquisador: (49) 8811-7242
__________________________________
Participante da pesquisa
__________________________________
Acadêmica Daniela Marques Eckert
____________________________
Profª Raquel Rosalva Gatti
Pesquisadora
22
APÊNDICE 2
ANAMNESE ALIMENTAR
Data: ____/____/_____
Data de nascimento: ____/____/_____
Idade: __________________
Sexo ( )
Tel: ________________________
Escolaridade: _____________________
Profissão: ____________________________
Produção de refeições domiciliar: ________________________________________________
Função intestinal:
( ) diariamente sem dificuldade
( ) diariamente com dificuldade
( ) 2 vezes na semana sem dificuldade
( ) 2 vezes na semana com dificuldade
( ) 3 vezes na semana sem dificuldade
( ) 3 vezes na semana com dificuldade
( ) 1 dia sim e outro dia não sem dificuldade
( ) 1 dia sim e outro dia não com dificuldade
( ) Funcionamento somente com o uso de laxantes
Consistência das fezes:
( ) Endurecidas
( ) Líquidas
( ) Normais (pastosas)
Ingestão hídrica/dia:
( ) 1 copo
( ) 2 copos
( ) 3 copos
( ) Mais de três copos
( ) Não toma água
Uso de outros líquidos:
Quais? _____________________________________________________________________
( ) 1 copo
( ) 2 copos
( ) 3 copos
( ) Mais de três copos
23
Freqüência do consumo de produtos refinados como pão branco, biscoito, bolacha, arroz e
macarrão:
( ) Diariamente
( ) Semanalmente
( ) Mensalmente
( ) Raramente
( ) Nunca
Freqüência do consumo de frutas:
( ) Diariamente
( ) Semanalmente
( ) Mensalmente
( ) Raramente
( ) Nunca
Quais as mais utilizadas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Freqüência do consumo de hortaliças:
( ) Diariamente
( ) Semanalmente
( ) Mensalmente
( ) Raramente
( ) Nunca
Quais as mais utilizadas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Atividade física (tipo, freqüência e duração):
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Mudança recente de hábito alimentar/motivo:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
24
APÊNDICE 3
REGISTRO ALIMENTAR – 4 DIAS
- Registrar 3 dias da semana e 1 dia de fim de semana.
- Marcar o horário que se alimentou.
- Marcar o tipo de refeição (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e
ceia).
- Marcar só a quantidade de alimento engolido. O que ficou no prato não deve ser marcado.
- Frutas, pães, bolachas, doces duros (quantas fatias, pedaços ou unidades).
- Arroz, macarrão, saladas, legumes, purês, carne picada ou moída, doce mole e outros
(quantas colheres de sopa ou escumadeira).
- Feijão, sopas (quantas conchas ou colher de sopa).
- Marcar o tipo de preparação: frito, cozido, assado, ensopado, grelhado e tipo de molho
usado.
- Marcar todos os alimentos consumidos fora do horário das refeições (beliscos).
25
1º DIA
Data____/____/_____
Horário
Refeição
Dia da Semana:_______________________
Alimento
Quantidade
26
2º DIA
Data____/____/_____
Horário
Refeição
Dia da Semana:_______________________
Alimento
Quantidade
27
3º DIA
Data____/____/_____
Horário
Refeição
Dia da Semana:_______________________
Alimento
Quantidade
28
4º DIA
Data____/____/_____
Horário
Refeição
Dia da Semana:_______________________
Alimento
Quantidade
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