Morfogênese do bacterioma e estabelecimento de simbiontes em

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Morfogênese do bacterioma e estabelecimento de simbiontes
em Diaphorina citri (Hemiptera; Psyllidae)
Fábio C. A. Dossi; Fernando L. Cônsoli
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – USP, Departamento de Entomologia e
Acarologia, Caixa Postal 9, CEP 13418-900, Piracicaba, SP, [email protected];
[email protected]
Interações mutualistas são comuns entre insetos que ocupam nicho
alimentar restrito. De modo geral, a continuidade das associações ocorre por
meio de mecanismos de compartimentalização e transmissão vertical de
simbiontes. Poucos estudos consideram a complexidade espacial dessas
interações, principalmente sob o enfoque embrionário. A internalização de
microrganismos simbiontes e sua interação com o hospedeiro é muito variável
e dependente da distribuição inicial dos simbiontes no ovo, do momento em
que a infecção ocorre e da forma de movimentação dos simbiontes no
deutoplasma. Desse modo, este trabalho teve como objetivo estudar a
distribuição de simbiontes e a formação do bacterioma durante o
desenvolvimento embrionário do psilídeo dos citros. Diaphorina citri possui
embriogênese típica, com duração em torno de 80 h (28±2°C, 60±10%,
fotoperíodo 14L:10D). Não há alterações no posicionamento e organização da
massa de simbiontes, localizada no polo posterior do ovo, antes da blastulação.
Durante a fase de blástula, vitelófagos se aderem à massa de simbiontes,
formando uma camada de revestimento. Em seguida, bactérias de mesmo
morfotipo se deslocam para a periferia da massa de simbiontes, infectando
parte das células circundantes. As primeiras células infectadas ficam
posicionadas externamente à massa de simbiontes e os microrganismos
remanescentes na mesma infectam o restante das células circundantes. Como
resultado, células contendo o simbionte do sincício são observadas fora da
massa de células infectadas. A partir de aproximadamente 38% após o início
da embriogênese, as células da massa de simbiontes assumem nova
configuração, com os bacteriócitos (células que contém o simbionte primário)
posicionados externamente às células que contém o simbionte do sincício. Este
arranjo se mantém durante os estágios seguintes do desenvolvimento. Os
movimentos de blastoquinese deslocam o bacterioma em formação, que ocupa
grande parte da região abdominal ao final da embriogênese.
Palavras-chave: Psilídeo dos citros; Bacterioma; Endossimbiontes.
Apoio/financiamento: CNPq.
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