Respostas – Prova Digestão

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Respostas – Prova Digestão
1) Durante a tomada do alimento , os músculos protatores do odontóforo puxam-no
anteriormente causando ligeira protação para fora da boca, para uma posição
próxima ao substrato sobre o qual o animal quer se alimentar. A rádula,
assentada no topo do odontóforo é então movida para a posição de alimentação.
Em seguida, os músculos protatores e retratores contraem alternadamente para
movimentar a rádula para frente epara trás sobre o odontóforo. Com a retração
do odontóforo e projeção da rádula há raspagem do substrato e aquisição do
alimento. Assim, o alimento é levado para o interior da cavidade bucal com o
movimento de retorno da rádula.
2) O estômago de um ruminante consiste em diversos compartimentos. O primeiro
e maior deles, o rúmen, contém bactérias e protozoários em grande quantidade
que degradam celulose e a tornam disponível para a digestão complementar. Os
produtos da fermentação (ácidos orgânicos) são absorvidos e utilizados, como
principal fonte de energia (cerca de 70% da demanda energética total). Os
microrganismos do rúmen podem sintetizar proteínas a partir de compostos de
nitrogênio inorgânico, tais como sais de amônio e essas proteínas podem ser
utilizadas também pelo hospedeiro. Os microrganismos simbiontes atuam
também sintetizando aminoácidos essenciais derivados de compostos sulfurados,
além de vitaminas do complexo B, como a vitamina B12. Em relação aos outros
grandes herbívoros, a fermentação no rúmen permite que os produtos da mesma
passem para o intestino grosso para complementação da absorção e digestão.
Outra vantagem é que a fragmentação mecânica de alimento pode ser
prolongada, pois as partículas grossas e não ingeridas podem ser regurgitadas e
mastigadas repetidas vezes. E a maior vantagem é que o processo de
fermentação microbiana na porção anterior do trato intestinal é a oportunidade
de reciclar o nitrogênio da uréia (essencial para a síntese protéica), que de outra
forma seria excretado e perdido.
3) Quando o alimento chega ao estômago, as células G distribuídas em todo o tubo
digestivo, porém em maior densidade localizadas no fundo das glândulas
gástricas, começam a produzir o hormônio gastrina. A gastrina elevada via
circulação sanguínea às glândulas da própria parede do estômago, estimulandoas a produzir o suco gástrico (HCl), que por sua vez ativa as enzimas pepsinas
(age nas células principais convertendo pepsinogênio em pepsina) que atuam na
digestão de proteínas.
4) A lípase pancreática é uma enzima produzida pelo pâncreas (suco pancreático) e
liberada na luz intestinal, responsável pela quebra de lipídios e, substâncias
simples (ac.graxo + Glicerol). Este processo ocorre no intestino delgado. Já a
lipase intestinal é uma enzima produzida pelo suco entérico, que é produzido nas
paredes do tubo, atuando também na quebra das ligações alfa de triglicerídeos,
como a lipase pancreática.
5) Os térmitas jovens são infestados com microrganismos simbiontes por meio do
canibalismo, ou seja, organismos jovens alimentam-se de indivíduos adultos. Já
a reinfestação dos adultos ocorre por meio da ingestão da ecdisona, já que com
esta é eliminada também a membrana peritrófica, de origem ectodérmica e que
abriga os organismos simbiontes. Uma vez ingerida a membrana, os
microrganismos simbionte são novamente adquiridos.
6) Mecanismo de corrente ventilatória observada nos lamelibrânquios: a água do
meio externo entra nas brânquias por meio di sifão inalante, e em seguida cai na
câmara intrabranquial. Deste compartimento ela passa para o espaço
intralamelar, que abriga o complexo ciliar-branquial. A corrente continua seu
fluxo através da câmara suprabraquial, e retorna ao meio externo via sifão
exalante. Elementos constituintes do complexo ciliar branquial: cílios laterais –
promovem efetivamente a corrente circulatória; cílios frontais – produzem muco
que envolve as partículas alimentares e as aprisionam; cílios látero-laterais –
7) A tomada de alimento em estrelas do mar ocorre extra-oralmente, ou seja, fora
do corpo, pela eversão do estômago cardíaco. A contração dos músculos da
parede corporal aumenta a pressão celômica e leva o estômago cardíaco, junto
com a superfície digestiva mais externa, a everter-se pela boca. O estômago
evertido libera enzimas digestivas e envolve a presa, liquefazendo os tecidos da
mesma. A presa parcialmente digerida pode ser levada para o interior do
estômago por meio da retração deste.
8) Os microrganismos simbiontes gástricos dos ruminantes utilizam os produtos da
fermentação celulósica para sintetizar suas proteínas, ou seja, o hospedeiro lhe
fornece matéria-prima para realização da síntese protéica, abrigo e condições
ideais de vida (pH ótimo, condições anaeróbicas), em troca de produtos que
serão utilizados no metabolismo oxidativo.
9) Os poliquetos tubícolas apresentam parapódios modificados para produção de
muco, os notopódios aliformes, entre os quais é formada uma malha mucosa. A
água é bombeada unidirecionalmente através dos tubos destes animais. A malha
mucosa pela qual a água é bombeada e filtrada permite o aprisionamento de
partículas em suspensão. Para controlar a perda de muco existe uma estrutura, a
cúpula ciliada dorsal, que retém o muco, enovelando-o (bolo alimentar) e
direcionando-o ao sulco ciliado, que enviará esse bolo à abertura oral, para ser
ingerido.
10) A digestão em lamelibrânquios é tanto extracelular quanto intracelular. A
digestão preliminar ocorre de forma mecânica, no estômago, que contém o saco
do estilete com cílios que executam o movimento de rotação do estilete, e seu
conseqüente atrito contra o escudo gástrico → desgaste da extremidade do
estilete e liberação das enzimas. O saco do estilete secreta o estilete (uma matriz
protéica) e enzimas que serão liberadas no escudo gástrico. O alimento é
triturado pela ação do estilete e então é encaminhado à glândula anexa, em
seguida é liberado nos sulcos intestinais e na tiflossole por correntes exalantes,
que impedem o retorno do alimento ao estômago (atua como esfíncter). A
digestão química ocorre intracelularmente, no interior dos cecos digestivos
(ricos em ácinos), que são conectados ao estômago. As partículas rejeitadas são
transferidas para o intestino e incorporadas às fezes.
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